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De Zé T. a 16 de Outubro de 2013 às 09:44
Excelente demonstração simplificada sobre a Economia,
sobre o défice público (USA), o desemprego, a destruição da classe média, o aumento do fosso de rendimentos e os ricos a passarem a super ricos, os impostos, a crise, ...
Parabens. Voltem a ver e a divulgar.
Economia pós-autista
(-por Nuno Teles, 29/10/2013, Ladrões de B)
Com a crise financeira internacional de 2008, um terramoto atravessou não só a economia como também a teoria económica. A rainha perguntava na London School of Economics: "Como é que ninguém viu aproximar-se a crise?"
Mas tal como a economia, onde as mudanças foram ténues, também a teoria económica, na sua versão dominante, pareceu imune à crise.
O escandaloso Nobel a Eugene Fama , o tal que teorizou que os mercados financeiros agem de forma eficiente, mostrou bem como a crise não alterou nada do que se aprende nos departamentos de economia um pouco por todo o mundo.
Felizmente, existem estudantes de economia realmente interessados em aprender como a economia funciona e que EXIGEM PLURALISMO teórico nas suas salas de aula (dos austríacos aos marxistas).
Movimentos de estudantes têm aparecido nos últimos 10 anos que lutam pela revisão dos “autistas” currículos universitários onde só o paradigma neoclássico tem lugar.
O mais recente é a “Associação por uma Economia pós-crise” da Universidade de Manchester que chegou às páginas do The Guardian (aqui e aqui). A luta destes estudantes é exemplar.
Depois de se organizarem e recolherem assinaturas a pedir pluralismo teórico e análise da presente crise económica no seu curso, o departamento de economia pediu uma proposta de novo currículo para macroeconomia a um dos seus professores.
O programa era impecavelmente pluralista, mas foi rapidamente vetado pela direcção por não cumprir "requisitos científicos".
O assunto parecia arrumado.
Contudo, os estudantes organizaram um módulo alternativo com a colaboração do dito professor.
Perto de metade dos estudantes inscritos na cadeira de macroeconomia (à volta de 200) frequentam agora este curso feito à margem da Universidade. A seguir.
Novo ciclo
(-por Sérgio Lavos, 15/10/2013, Arrastão)
Nós somos mesmo o melhor povo do mundo. Andamos desde 2010 a levar com cortes impostos por um poder externo - a União Europeia - com o argumento de que estes cortes são para o nosso bem, servem para equilibrar as contas públicas e transportar o país para uma fase de prosperidade e riqueza.
Nestes três anos, vimos
o desemprego crescer de 12% para mais de 17%,
a desigualdade aumentar de forma brutal,
a qualidade dos serviços públicos piorar de forma incomensurável,
a pobreza generalizar-se a uma classe média que ainda por cima foi acusada pelos governantes e por alguns dos seus sabujos de ter andado a viver acima das suas possibilidades,
as prestações sociais que deveriam servir para acudir a quem passa mal em alturas de crise serem drasticamente reduzidas;
vimos o nosso nível geral de vida degradar-se de forma substantiva,
levando à emigração de centenas de milhar de portugueses jovens e menos jovens;
vimos os nossos filhos a terem um ensino público muito pior,
os nossos pais e avós a verem as suas reformas retalhadas sem piedade,
deixando de poder ajudar os filhos e netos desempregados e a si próprios;
vimos as nossas vidas serem viradas do avesso por causa de uma troika que transformou a Europa no único continente onde neste momento a pobreza aumenta - e bastante -
e de um Governo que quis ir, desde o primeiro momento, além da troika,
um Governo de mentirosos, de delinquentes com passagem pelo BPN, de irrevogáveis carraças do poder que andam a sugar-nos há décadas,
de incompetentes alucinados que não acertam uma previsão, uma meta, um objectivo,
de deslumbrados com complexos de messianismo cujo destino pretendem que seja indestinguível do do país que transitoriamente governam,
uma soma de nulidades políticas que, por obra de manobras politiqueiras de quinta categoria, se viram alçados ao poder e ao pote num dos piores momentos da nossa História.
Assistimos a tudo isto de forma mais ou menos passiva, com um ou outro assomo de dignidade rapidamente substituída por uma generalizada anomia.
Quando depositamos o destino das nossas vidas nas mãos de medíocres perigosos --
- e temos a certeza de que eles são as duas coisas, mesmo quem votou no PSD e no CDS sabe muito bem que gente é esta que nos (des)governa -,
abdicando do poder que lhes delegámos, desistimos do nosso país e de nós próprios.
Somos o melhor povo do mundo porque às mãos de sádicos submetemos a nossa possibilidade de escolha, de mudança.
Se tudo piorar - e vai piorar -, não poderemos ficar surpreendidos -
teremos o resultado daquilo que abdicámos de escolher,
teremos um país pior, mais desigual, um país onde os ricos ficam mais ricos, a classe média empobrece e os pobres tornam-se miseráveis.
Está a acontecer, neste momento, as notícias saem diariamente.
Merecemos isto?
De
[FV] a 16 de Outubro de 2013 às 16:21
Pergunta o amigo (ou o Sérgio Lavos) se nós como portugueses merecemos isto?
Vou dar-lhe a minha opinião:
- Merecemos!
E justifico o porquê de o merecermos.
- Primeiro porque enquanto povo somos uns «canastrões». Estamos sempre à espera de que alguém resolva os problemas por nós. Não só os do País, mas desde logo os do dia-a-dia, quer seja em casa quer seja no trabalho, quer seja no bairro onde vivemos, etc... Esse espírito de «encostados» já vem de longe. Já esperámos por El-Rei D. Sebastião e continuamos a esperar nesse mesmo espírito sebastianista, que apareça alguém que resolva;
- Segundo porque espelhamos esse nosso estar, nas eleições. Votamos sempre nos «mesmos» tendo memória curta ou acreditando imbecilmente nas promessas eleitoralistas do momento. Funcionamos para além de sem memória também de sem raciocínio próprio...
- Terceiro porque este espírito de «encostados» se espalhou pelo mundo dito «civilizado» e ocidental... Nos dias que correm os problemas dos Estados Unidos são idênticos aos nossos e ao do resto dos outros países dos regimes democráticos ou tolerantes...
- E ainda, porque valorizámos as «igualdades» em vez das «diferenças». Por nos aburguesámos - habituaram-nos `«papinha toda feita». Ninguém está disponível para o trabalho (no sentido do sacrifício) para merecer o seu salário. Entra-se numa empresa e a primeira coisa que procuramos saber é quais são os nossos direitos... quando não quando me posso reformar...
- Porque a civilidade matou o sentido «animal» do instinto que fazia os Homens lutar pela sobrevivência na sociedade. Hoje os «civilizados» contam com o «ovo no cú da galinha» mas não estão disponíveis para tratarem do «galinheiro» todos os dias do ano sem direito a férias ou a apetites, porque as galinhas têm de comer e beber todos os dia, senão não há «ovo» e depressa não haverá sequer galinhas...
- E por último porque nos termos tornados em «objetos» sem alma nem vontade própria ficámos nas mãos de uma minoria que comanda os destinos das nações. E não me estou a referir aos patéticos políticos que exercem os cargos de «relevo» na comunidade, porque esses são meros «fantoches» ou marionetas nas mãos dos «ultra» do poder económico. Esses não são mais que meros e descartáveis representantes descartáveis que a troco de uns «tostões» e de visibilidade mediática e social se prestam a tudo para se manterem acima da mediania e mediocridade do chamado povo.
Portanto, caríssimo, quanto à sua questão reafirmo: Sim, merecemos, tudo o que nos está a acontecer! Porque globalmente comportamo-nos não com Homens mas como carneiros em que basta um saltar para um lado e vão todos atrás e isto se não estivermos todos já «adormecidos» pelo «alprazolam»...
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