Quinta-feira, 17 de Outubro de 2013

   O  OUTONO  DOS  PILARES  EUROPEUS   (-por R.Namorado, 15/10/2013, OGrandeZoo)

Quanto mais a esquerda for inexpressiva na Alemanha e na França, mais estes dois pilares da União Europeia serão tomados pela anemia política de um melancólico outono. Nestes últimos dias, chegaram notícias de ambos os países que parecem indiciar um aumento do risco dessa deriva.
     1. Voltou teimosamente à superfície a pequenez da grande vitória eleitoral da Srª. Merkel, com o regresso às notícias da penosa marcha rumo à formação do seu novo governo.    Vitória estranha, embora tonitroantemente anunciada sem contestação, que sentou no parlamento alemão uma maioria de esquerda, repartida por três partidos (SPD, a Esquerda e os Verdes), remetendo a enorme vencedora para uma posição minoritária. Estranha esquerda essa que se aconchega na pseudo-vitória da direita, na esperança de que os seus eleitores, ao esquecerem-se da sua vitória, permitam que escape a uma severa reprovação.    Reprovação impulsionada pela insólita renúncia a formar governo, praticada pelos três partidos de esquerda e causada pela sua incapacidade em chegarem a um entendimento.
      Caminha-se assim para uma coligação liderada pela Sr.ª Merkel que envolverá o SPD, certamente ainda lembrado que a mais recente coligação idêntica (2005-2009) o fez descer da qualidade de um grande partido, separado dos democratas-cristãos por um escasso deputado, para a de um modesto partido de média dimensão, que ficou abaixo dos 25 %.     Em quatro anos de oposição (2009-2013), conseguiu a proeza pálida de, ao subir apenas cerca de 2%, exceder ligeiramente o  modesto patamar anterior.    Contudo, essa anemia política do SPD nada de positivo trouxe para o peso eleitoral dos outros dois partidos de esquerda, que continuaram penosamente a rondar os dez por cento.
    Será de esperar que os eleitores alemães de esquerda continuem a dar votos a partidos que preferem ser capachos, diretos ou indiretos, de um partido de direita, que tem assombrado a Europa, do que ousarem a enorme aventura de se entenderem?
     2. A França e, de algum modo, a Europa assustaram-se com um recente resultado de uma eleição local, conjugado com uma sondagem que colocava a Frente Nacional no primeiro lugar das intenções de voto dos franceses. Mesmo que não se possa  dizer que há aqui uma verdadeira exceção francesa e sendo a FN um fenómeno político com décadas, só por ligeireza, no entanto, se poderiam desvalorizar estes sinais.
    E eu não estou a pensar em sofisticadas interpretações do fenómeno, mais vocacionadas para compensarem a inação do que para serem guias da ação. Não estou a pensar numa meticulosa procura de culpados, como se fosse mais importante encontrá-los do que combater politicamente o prenúncio de novas serpentes.
    Estou a pensar na necessidade de confrontar a direita democrática francesa com os recorrentes sinais de transigência que vários dos seus vultos têm enviado à FN e com as consequências dessas atitudes.
    Estou a pensar no imperativo de se confrontarem as várias esquerdas com a necessidade de avaliarem aprofundadamente as razões  da perda de apoio social e eleitoral que as atingiu, parte da qual,  por desespero e primarismo político, talvez se  tenha transferido para a extrema-direita.
    Particularmente, o PSF não pode permanecer alheado da necessidade premente de uma reconversão estratégica, que supere definitivamente o pântano da terceira via, reconciliando-se com a sua matriz socialista, que no essencial o identifica e que não pode deixar de inscrever um pós-capitalismo no seu horizonte. O PSF, todos os partidos socialistas europeus, não podem pedir o voto ao povo de esquerda, para deixarem depois os banqueiros governar.
    E não podendo imprudentemente ignorar a realidade que os condiciona e rodeia, não podem limitar-se a deixarem-se arrastar pela corrente dos automatismos económico-financeiros do capitalismo, sem praticarem a resistência possível e sem se baterem pelo seu próprio caminho, rumo ao seu próprio horizonte.
    De facto, se os socialistas aceitarem exercer o poder político institucional, como meros certificadores de decisões que lhes escapam, como simples homologadores de decisões dos poderes de facto, podem penosamente governar durante uma ou outra legislatura, num ou noutro país, mas arriscam-se a sofrer um forte desgaste popular, pelas consequências sociais desse caminho.    E podem assim  perder, irremediavelmente o peso político necessário para que estejam em condições de desempenhar o seu papel nuclear, como garantes e potenciadores de um  desenvolvimento democrático que transcenda o capitalismo.
        Ora, faz parte das vicissitudes da luta política que um partido socialista se arrisque em prol dos seus objetivos históricos e identitários, expressão do interesse legítimo de todos os que são prejudicados pelo capitalismo, materialização de um humanismo completo, podendo pagar um preço político por essas decisões.
    Mas é um puro absurdo estéril que um partido socialista perca a sua base social e eleitoral de apoio, por se deixar arrastar na deriva dos automatismos económicos, eles próprios reflexos dos interesses e do domínio dos poderes económicos de facto.


Publicado por Xa2 às 07:54 | link do post | comentar

5 comentários:
De Imbecis e oportunistas a 17 de Outubro de 2013 às 18:00
A Europa dos imbecis e dos oportunistas.
Muito se escreveu e falou da Europa dos cidadãos mas quem dela se apoderou foram os trogloditas dos especuladores financeiros, pela simples razão de que, nos diversos países, os ditos cidadãos nunca se assumiram como tal. São (somos) os imbecis!


De Luminária a 17 de Outubro de 2013 às 18:10
Àh, já agora não deixem cair o debate sobre este blog.
Seria uma pena. merece um refrescamento a todos os níveis do que já foi dito, falta dizer e está por fazer.
E venha daí essa explicação do porquê de LUMINÁRIA!


De Luminárias críticas e caraterísticas a 18 de Outubro de 2013 às 09:22
[ extractos de comentários em 13/10/2013 no post «Memórias ...» - ver tb na 'tag' «Editorial»]
... ... ...

criticas ao blog/ bloggers :
------------------------------------
- cada um dá o que pode, é voluntário neste colectivo.
- cada um tem as suas medidas, linguagem, gostos, estéticas e pertinências.
- de facto são poucos a postar (2 a 4...?), poucos a comentar e poucos a ler o blog.
- precisa de mais links a outros blogs de referência (até para ser visivel e procurado (,embore não precise de ser 'campião' de coisa nenhuma)).
- ...
- deixem os narcisismos (eu e o meu produto é que somos bons, os outros têm 'mau gosto', não são 'criativos', não 'sabem' escrever, são 'repetitivos', 'só' fazem copy paste', ...)
e vão em frente, continuem com 'a caravana' ...
e PARABÉNS por FAZEREM e por serem diferentes de mim
(e não esqueçam:: eu, que até li uma coisita de Unamuno, eu é que sou o maior/melhor !! ah ah ah !!!).

----- PS :
e já agora, quanto ao nome do blog «Luminária» : pf !!! que candeeirito pretensioso, "falso farol da inteligentsia tuga" ... se ainda fosse "Lanterna Verde" ...
mas não é .


----------De [FV] a 15 /10/2013

... (quanto) ao candeeiro (do 'heading' do blog) ... :
- É um candeeiro típico de Lisboa antiga. Ainda se encontra nos Bairros do centro da capita, Alfama, Castelo, Baixa, Mouraria, etc...
- Durante muito tempo estes candeeiros até eram verdes... julgo que ainda hoje o são.
- O facto de não o ser no Luminária é porque a foto foi tirada à noite. E passo a explicar-lhe que as cores, sem luz, não existem.
Como diz o povo, de noite «todos os gatos são pardos» ou neste caso, no escuro todos os candeeiros» são pretos...
Mas dizem que gostos não se discutem.... e sabe porquê? Para evitar chamar de «gosto» a determinado tipo de aberrações, tendências e inclinações opinativas. Porque para ter «gosto, bom gosto» é preciso uma coisa chamada de «saber», saber no sentido de cultura e formação específica em estética. E infelizmente há por aí muita falta de «saber» e de «gosto». Porque aquilo a que habitualmente chamam de gosto é à boçalidade e ao piroso (Kitsch). Mas se um dia quiser conversar sobre «gosto» proponho-lhe que leia um livro chamado »As Oscilações do Gosto» de Gillos Dorfles e depois vamos tomar um cafezinho e falar sobre o tema.
-E se quiser também lhe poso explicar o porquê de este blog se chamar de «Luminária»... mas fica para outra ocasião.
Agora até estou de acordo consigo que estaria na altura de fazer um restinga ao cabeçalho deste blog, mas como o amigo sabe quando se trata de um coletivo, tudo é muito mais difícil, porque cada cabeça sua sentença. E mais importante que o cabeçalho é o conteúdo. E aí sim, todos devíamos fazer um esforço qualitativo em vez de quantitativo. Não só os blogers mas também os comentadores.


--------- De Luminária a 17/10/2013

------ sobre o candeeiro ( ...?! nome, título, «Luminária»!!!) ,
... não percebeu a IRONIA
e a afirmação de que NÃO É OUTRA COISA
(outro blog, outro nome/título, outa vontade, ...- é o que é .)
existente no final do comentário :
«« e já agora, quanto ao nome do blog «Luminária» : pf !!! que candeeirito pretensioso, "falso farol da inteligentsia tuga" ... se ainda fosse "Lanterna Verde" ...
mas não é . »»

------ e, já agora, quanto ao «gosto» sempre subjectivo e ... concordo com FV e até gosto do candeeiro e restante imagem (muito bem conseguida, parabéns ao autor);

------ e, segundo o que ouvi, o nome tem a ver com:
a residência dos autores iniciais (na freguesia do LUMIAR )
e com a associação a : iluminar/ "luz"/ ideias/ propostas/ críticas/ Pensar/... .

------ e, finalmente, no dicionário :

lu·mi·ná·ri·a
substantivo feminino

1. Lamparina, lanterna usada sobretudo em iluminações públicas de festa.
2. Candeia.
3. [Figurado] Astro.
4. [Por extensão] Tudo o que alumia.
5. [Figurado] Pessoa de grande ilustração e competência.

luminárias
substantivo feminino plural

6. Iluminação pública, em sinal de festa.

pateta das luminárias
• [Popular] Basbaque; palerma.


"luminária", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/lumin%C3%A1ria [consultado em 17-10-2013]


De .política de miséria . a 18 de Outubro de 2013 às 10:21

Reinventar o "socialismo de miséria".
Temas: 9. Polis (16/10/2013)
... ...

... ele era politicamente preferível à dissimulação dos actuais malabaristas.

Entretanto, às vezes aprende-se tanto (ou mais) a ouvir os apoiantes dos governantes como a ouvir os próprios mandantes. Leio por aí que "a esquerda" devia estar contente com a proposta de orçamento de Estado para 2014, porque ele poupa os de menos recursos e vai buscar aos que estão mais confortáveis (enfim, os "ricos" com rendimentos a rondar os 2000 euros e os funcionários públicos, porque estes não serão despedidos tão facilmente como os demais). O que se aprende com estas teses?, perguntar-me-ão. Aprende-se, respondo eu, como um debate ideologicamente datado pode entrar, de forma bizarra, pela porta do cavalo. Quando a esquerda defendia sem falsas vergonhas a importância da igualdade, a direita acusava de que a meta era "o socialismo de miséria". Quer dizer: a esquerda, combatendo as diferenças excessivas e só aceitando aquelas que resultassem do mérito e do esforço próprio, estaria a provocar o nivelamento por baixo. Hoje, quando não há qualquer travão às desigualdades brutais ditadas apenas pela origem de classe, pela falta de pudor na rapina ou pela corrupção dos circuitos de decisão, a direita vira o bico ao prego e reinventa, à sua maneira, o "socialismo de miséria". Mas, desta vez, é mesmo a sério: quem não esteja ainda na miséria (viver com o salário mínimo ou com 600 euros é o quê se não a miséria?) tem de aceitar ser cortado até alcançar gloriosamente, no altar da austeridade, esse patamar mínimo. Se não for este ano, será no próximo. Ou no seguinte. Se deixarmos.

-----------

« Nós temos que reduzir o salário dos trabalhadores e retirar-lhes o direito à greve »- Adolfo Hitler, 1933

- Soa-lhe familiar ?
Acordem !!


De capitalismo, mérito, colaboração, social a 7 de Janeiro de 2014 às 13:58
história parva(e inventada):
«Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira. Esta classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo. ... ” ... - (esta) é uma perfeita metáfora dos disparates que polvilham a história, e da moral simplista e absurda que apresenta.
A esse respeito, o Ludwig escreveu um excelente texto:
«Em primeiro lugar, o dinheiro não é um bom análogo dos resultados da avaliação porque a sua distribuição tem pouco que ver com mérito ou esforço. Um passou décadas a trabalhar arduamente para ganhar o ordenado mínimo; outro é secretário de Estado porque conheceu aqueles numa universidade privada e entrou para aquele partido; outro já nasceu rico; e assim por diante. Uma ideia central dos socialismos é precisamente a de distribuir os recursos em função do mérito e das necessidades e não, como acontece no capitalismo, em função da sorte, do poder, da família ou das cunhas. Nisto, o sistema de avaliação pelo qual cada um tem uma nota conforme o seu desempenho é muito mais próximo do ideal socialista do que da realidade capitalista. Para aproximar a realidade do capitalismo precisávamos de um sistema de avaliação onde a família e as amizades contassem 90% na nota final.
Em segundo lugar, o dinheiro não é apenas uma recompensa. É também o factor principal para determinar o esforço necessário e até a possibilidade de obter certos resultados. É muito mais fácil ter um lucro de um milhão começando com cem milhões do que começando do zero. Também nisto a universidade é muito mais socialista do que a rábula quer admitir. Numa universidade decente, todos os alunos têm igual acesso às salas, mesas, laboratórios, biblioteca e tempo dos professores. Socialismo. Se a universidade funcionasse como um capitalismo os alunos teriam de pagar tudo, item a item, e os alunos mais ricos teriam muito mais possibilidades do que os pobres. É o que acontece quando não há ensino público gratuito ou apoio estatal às famílias pobres que queiram ter os filhos na escola. Ou seja, quando não há socialismo. No entanto, longe de ser um fracasso, parece ser consensual que a educação de cada um não deve depender totalmente do dinheiro que a família tem disponível.
Finalmente, a ideia de trabalhar em conjunto e partilhar a recompensa não é estranha aos alunos do ensino superior. Há muitos trabalhos de grupo que contam para avaliação. Se bem que haja casos em que um se encosta aos colegas e leva a nota de borla, a realidade é que, em grupos pequenos e minimamente coesos, este tipo de colaboração é perfeitamente possível e até benéfico. Tanto que os modelos económicos, mesmo dos sistemas mais capitalistas, consideram que o agente económico é o agregado familiar e não o indivíduo. Cada família de pais e filhos normalmente funciona em socialismo.
Esta história tenta provar que o socialismo não funciona partindo de um sistema cujo funcionamento normal é muito mais socialista do que capitalista. Depois deturpa o método de avaliação de uma forma que não se aproxima de sistema económico nenhum. Nunca encontrei um sistema económico que uniformizasse os indicadores de desempenho. E, com base nisto, relata um cenário que, na minha experiência, é absurdo. Se a nota final de cada aluno fosse a média da turma, em geral aprovavam todos os alunos inscritos. Isto porque, por um lado, os alunos facilmente se organizariam para estudar em conjunto e, por outro, os alunos que vissem não conseguir ter positiva nos seus testes anulariam a inscrição para não prejudicar os colegas. As excepções seriam tão poucas que não teriam impacto no resultado. Com grupos pequenos formados por pessoas com interesses comuns e contacto regular, até este modelo forçado de colaboração funcionaria.
Se bem que o socialismo seja perfeito para grupos pequenos e coesos, como um agregado familiar, ter direitos de propriedade partilhados sobre os meios de produção não é compatível com a inevitável divergência de interesses em grupos grandes e heterogéneos, ...
---- Esq.Repub., 7/1/2014


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