----F.Domingues:
Com moderação, diria, em resumo: Estou de acordo com quase tudo o que disseram, sobretudo na falta de corte nas gorduras dos políticos (partidos - muitos milhões!, AR - c de 180 M - Presidência da R - c de 16 M - Gabinetes de Ministros - c. de 53 M, etc., ...
...Terá de haver um equilíbrio entre receitas e despesas e, claro, uma justiça que funcione
pois a que temos só protege os ricos e os advogados que fazem as leis de tal modo confusas que só eles as entendem - se é que entendem! - roubando milhões, primeiro ao Estado, depois aos particulares, nos seus pareceres e interpretações.
E não vale a pena citar nomes de lobbies de advogados que tal fazem.
Enfim, resta dizer que o mal não é só de Portugal mas de outros países europeus e de muitos por esse mundo, onde o dinheiro e a ganância dos ditos mercados dita as regras da escravatura da quase totalidade da humanidade a "meia-dúzia" de senhores...
...
---Carlos Sério
Todos já compreenderam que para “cumprir as metas e os objectivos do memorando” terá de encontrar-se um outro caminho que não o deste reforço de austeridade proposto em Orçamentoi.
... Não será que a insistência nesta solução falhada e absurda (a da austeridade) não procurará alcançar outros obscuros objectivos?
Creio bem que sim se nos recordarmos das palavras de Passos Coelho no início do seu mandato:
"independente daquilo que foi acordado com a UE e o FMI, Portugal tem uma agenda de transformação económica e social que é decisiva para pôr fim a modelos de endividamento insustentáveis.
Nesse sentido, o Governo incluiu no seu programa não apenas as orientações que estavam incorporadas no memorando de entendimento como várias outras que, não estando lá, são essenciais para o sucesso desta transformação do país” (3).
E o ministro A.S.Pereira, quanto ao verdadeiro objectivo do governo quando afirmou:
"Estamos totalmente empenhados em reformar o nosso país, alterar o nosso país de forma estrutural, no sentido de nos libertarmos dos obstáculos que têm impedido o crescimento económico”. (4)
Sim, o que Passos Coelho e o seu governo pretendem é na verdade uma alteração estrutural do modelo económico e social do país. Uma “refundação” do Estado, como lhe chama.
Na verdade, as profundas alterações que se procuram não são meramente conjunturais, temporárias, exigidas pela grave situação económica e financeira do país, mas alterações estruturais, isto é, que se perpetuarão para além dos próximos anos.
É a concretização da visão NEOLIBERAL do estado mínimo.
A Neodireita tem consciência de que o Estado de bem-estar social e as suas políticas sociais, não são apenas uma “administração”, mas um modelo civilizacional. As narrativas da Neodireita, estão assim voltadas para demolir tal modelo e substituí-lo por outro.
Aproveitando-se do memorando da Troika e das suas exigências, P.Coelho e o seu governo prepara-se para ANIQUILAR o ESTADO SOCIAL,
diminuir salários e pensões, reduzir apoios sociais,
reduzir ou eliminar direitos laborais,
enfraquecer os sindicatos,
privatizar o património do Estado, reduzir ao mínimo as tarefas do Estado e transferi-las para a actividade privada.
Procura-se uma nova redistribuição dos rendimentos, + DESIGUAL, onde a redução das funções sociais do Estado na Educação Pública, na Saúde Pública, na Segurança Social, se torne permanente e consolidada.
Trata-se da tentativa de implantação de um novo projecto de reforma ideológica, económico e social.
De uma verdadeira tentativa de GOLPE de ESTADO.
Um golpe de estado CONTRA a cidadania, a democracia e os direitos democráticos
e contra todas as conquistas sociais alcançadas com o 25 de Abril de 1974 consagradas na Constituição Portuguesa.
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