Terça-feira, 12 de Novembro de 2013

Um povo muito fofinho

  Os portugueses são um povo muito fofinho.  ... No dia em que ficamos a saber que os multimilionários portugueses  enriqueceram 10,8% com a crise (muito acima da média europeia) os tugas vomitam a suas frustrações, ódios e invejas, em cima dos funcionários públicos!
   Animado com este fervor patriótico dos tugas, Hélder Rosalino (Sec.E.Adm.Púb.) aproveitou para anunciar que o governo está a preparar mais cortes nos salários dos funcionários públicos, devendo o diploma estar pronto até final do mês.
   Enquanto isto, Cavaco deve ter ..contribuído para a domesticação dos tugas, ... Passos, por sua vez, deve ter aproveitado o dia para almoçar com Marilú(Min.Fin.) e delinear mais umas medidas que dobrem a canalha.
   ... Como foi pena ter visto, num dos canais, o pio a ser cortado cerce a quem defendeu com mais vivacidade os grevistas e mimoseou os governantes e o paralítico de Belém com alguns epítetos menos fofinhos.
   Estamos bem servidos. Temos um povo estóico que defende a política do nosso governo com unhas e dentes e ataca de forma veemente os traidores dos funcionários públicos ... Governo e povo tuga/ fofinho merecem-se. ... São ambos invejosos, mesquinhos e vingativos.
   Os que teimam em defender os seus direitos é que deviam ser deportados. São perigosos estalinistas que não hesitariam em meter este povo fofinho de analfabetos em campos de correcção onde aprendessem o princípio mais básico da cidadania: a defesa dos seus direitos.
   Eu não gosto do povo fofinho. Nem deste governo. Nem de tugas. Mas, como dizia Hanna Arendt, eu não tenho de gostar do meu povo. Devo é gostar dos amigos que me rodeiam, falem eles a língua que falarem. Não me revejo, pois, nos elogios ao povo corajoso que tem resistido com estoicismo às medidas de austeridade. Não pertenço a esse grupo. O meu povo são os meus amigos e medimos estoicismo e coragem por outra bitola.
-------      Quando a troika mandou taxar as rendas excessivas; aplicar uma taxa às PPP; reduzir o número de municípios e cortar nos apoios ao ensino privado.   Nestas situações, o governo nunca ouviu os conselhos da troika e ofereceu, em troca, os trabalhadores portugueses, para serem degolados no altar dos sacrifícios.
-------           Min. Def. num momento patético
   “Estado totalitário”? Fala do oposto a Estado totalitário, fala de estado social, em sentido estrito. Senão vejamos: o Estado totalitário de que fala o MDN não é algo com a natureza do salazarismo ou de qualquer outra ditadura, não se refere a um Estado sem liberdade ou democracia. Não, para Aguiar Branco o Estado totalitário a que se refere é “totalitário” porque tende a disponibilizar acesso à saúde a “todos”, saúde “totalitária”?, perigosamente igual para todos, ricos ou pobres. E de igual modo para o ensino e educação, escola igual para “todos” e não em função do vencimento do papá. Estado totalitário ao querer abranger “todos”no apoio ao desamparo, no desemprego, no direito à reforma, de acordo naturalmente com os descontos feitos.
    Trata-se portanto, no pensamento do ministro, de um Estado social “absorvente”, que “absorve” a sociedade ao ponto de se tornar “totalitário”. Trata-se, mesmo assim de uma exageração ministerial pois que há a liberdade de criar e oferecer medicina privada e de a ela aceder quem quiser , desde que tenha dinheiro para isso. O mesmo se passando com o ensino e até com a constituição de seguros de reforma
    O que parece que Aguiar Branco pretende é que o Estado reduza senão totalmente pelo menos ao máximo as ofertas de saúde (Serviço Nacional de Saúde), de educação (escolas gratuitas ou quase), segurança social, reforma assegurada e gerida pelo Estado. E o ministro quererá  tudo isso porquê e para quê? Não porque queira o mal de ninguém, seguramente pois julgo-o  ” pessoa de bem”. Talvez seja  porque partilha o pensamento “liberal” (no sentido usado em Economia) de que quanto menos Estado melhor para a máxima liberdade de cada um se desenvencilhar conforme o dinheiro que tiver no bolso. Mas partindo duma “grelha de partida” em que uma pequena minoria de ultra-milionários são donos de quase tudo e outros donos de pouco ou mesmo  nada. Partilha o nosso ministro a doutrina neoliberal de Hayek, Friedman, da Escola de Chicago?.
    Quer nos convencer que as fortunas ultra–milionárias que conhecemos por aí , foram em geral, obtidas pelo “suor do seu rosto”, pelo mérito? !! ...
   Intoxica-se a comunicação social dizendo que se trata de documentos falsos e, quando vier a ser provado que não há falsificação nenhuma, assobia-se para o ar. Os vigaristas têm sempre desculpa ou justificação para as suas acções.
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       A Farsa da descida do desemprego   (-por Ivo R. Silva, 9/11/2013, AdArgumentandum)

   É evidente que há gente a ser paga – e muito bem paga – para bajular as políticas deste governo nos órgãos de comunicação social (mídia). Gente amestrada para a contra-informação, para a propaganda, para a aldrabice pura e simples, a coberto de supostas especializações técnicas.    Não sei se em dinheiro, se em cargos, se em promessas futuras, se em jantares, se em favores de qualquer espécie, mas parece-me óbvio que a corrupção está ao rubro no nosso país. (tal como o nepotismo, a grande cunha e os assédios).   E muito mais do que aquilo que se possa imaginar.   Só isso pode explicar – isso ou a imbecilidade… – que apareça quem dê loas a uma “descida do desemprego” sem atender ao que isso verdadeiramente significa, ou ao que se deve em concreto essa ligeira alteração estatística.

    A verdade, contrária ao que se pretende fazer crer, não é que haja “mais gente com emprego”.   A verdade, é que menos gente a contar para as estatísticas do desemprego.   Daí a tal “descida” no número de desempregados.   E isso acontece sobretudo por três razões: ou porque emigraram (no ano passado, em média, saíram 10 mil por mês), ou porque se encontram 'em formação', ou porque – frustrados pelas consecutivas tentativas de procurar uma agulha num palheiro – simplesmente desistiram de procurar “activamente” algo que não existe.

    Nenhum dos corrompidos do sistema diz, evidentemente, que o número de postos de trabalho destruídos é muito superior ao número dos tais que deixaram de estar inscritos como “desempregados”.   Se os que passaram a “não inscritos” – esta é a verdadeira designação – foram em número de 34 mil, já o número de despedimentos entre Julho e Setembro foi de 102 mil.   Também nenhum dos serventuários do sistema refere o aumento de + de 6 mil jovens desempregados do que no trimestre anterior. Não convém. É capaz de ser só a incómoda teimosia dos números.

    Não se diga que quando falamos destes sentadinhos de estúdio falamos de gente ingénua, bem posta na vida e incapaz de perceber o que realmente se passa. Não é isso. Isso é fazer deles coitadinhos. Esta gente é paga para isto. Esta gente está a soldo de interesses. Está corrompida dos pés à cabeça. Está a desempenhar um papel, porque sabem que, mais tarde ou mais cedo, serão recompensados por isso. E o pior de tudo, para mal dos nossos pecados, da nossa paciência e se calhar das nossas carteiras, é que sê-lo-ão mesmo

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Publicado por Xa2 às 07:47 | link do post | comentar

4 comentários:
De SWAP- especulativo, jogo, ilícito, NULO a 12 de Novembro de 2013 às 10:05
Só os swaps negociados pelo pessoal do PSD são legais?

«Pedro Marinho Falcão, advogado da empresa queixosa, do ramo da indústria de produção de papel, na Lousada, disse à Lusa que esta foi a primeira vez que um banco foi condenado ao pagamento de tão elevada quantia.

O contrato de Gestão de Risco Financeiro (swap) foi considerado pelo tribunal "um contrato especulativo, um contrato de jogo, um contrato ilícito e, portanto, nulo",
afirmou o advogado, considerando que é "a primeira vez que um tribunal tem a coragem de condenar um banco a pagar uma quantia tão elevada".» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Há aqui qualquer coisa de errado.
: «Pergunte-se ao MP se não há matéria para investigar (e acusar os Bancos e os administradores e governantes responsáveis) ou se os meios estão ocupados com os angolanos.»


De Renegociar dívida: «também tu !?!!» a 12 de Novembro de 2013 às 13:50
OE2014

(o burlão agora vira-casacas) Daniel Bessa diz que renegociação da dívida é inevitável

O economista Daniel Bessa disse hoje que a renegociação da dívida é "inevitável", salientando que Portugal deve apresentar-se junto dos seus credores com "alguma credibilidade".

O economista, que falava na conferência anual da Ordem dos Economista, destacou que o que "vier é ganho" e que sente que esse momento tem de chegar com "cada vez mais urgência".

Portugal não tem condições para propor "com credibilidade" uma renegociação sem
lançar um imposto "pesado" sobre o património,
nomeadamente as componentes mais líquidas como depósitos bancários e carteiras de valores mobiliários, defendeu.
(claro que os mais ricos, através de empresas e fundos offshores, fogem a estes impostos... que vão recair sempre na classe média !).

Agência Lusa, 12/11/2013


De Da mídia ao poder: assalto e manipulação a 15 de Novembro de 2013 às 11:01
14.11.13 -- 10:06 (JPP, Abrupto)

COMO ENTÃO SE DISSE

Quatro paginas da Visão retratam, na voz de um dos participantes (que não quer que se esqueçam do seu papel), como, sob a batuta de Miguel Relvas,
um grupo de autores de blogues e jornalistas, ajudou a ascensão de Pedro Passos Coelho, o "derreter" de Manuela Ferreira Leite, o papel de Aguiar Branco,
e, mais tarde, a transumância desta gente para o poder.
Está lá quase tudo:
nomes, circulação de informações, circunstâncias, combinações, manipulações e prémios.
O modelo foi a Câmara Corporativa do PS de Sócrates.

O único sitio onde este processo foi analisado e denunciado foi aqui no Abrupto. Enquanto estava a decorrer.
Houve quem rasgasse as vestes, quem me acusasse de conspirativite, tudo, o habitual. Agora aqui tem parte da história.
Agora falta ir mais longe na relação com a comunicação social, embora haja já muitos jornalistas envolvidos directamente em operações de desinformação e combate político.
Sem consequências, bem pelo contrário.
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De Dias extra no passa por Greve transp. a 17 de Janeiro de 2014 às 09:51
Deco defende dias extra para passe por causa de greves
(- 16/1/2014, DN, http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3636029 )

A associação de defesa do consumidor Deco defendeu hoje que as empresas de transportes devem compensar os clientes afetados por greves prolongadas, alargando o período do passe mensal em função do número de dias da paralisação.

O secretário-geral da Deco, Jorge Morgado, sublinhou que o objetivo não é pôr em causa o "inalienável direito à greve", mas sim garantir que os consumidores não são duplamente penalizados com a falta de transporte e a perda do dinheiro que já pagaram pela prestação daquele serviço ao adquirirem um passe de 30 dias.

"Neste tipo de greves o que acontece é que os cidadãos já pagaram antecipadamente o seu transporte mensal", ou seja, já "depositaram na empresa o seu pagamento de transportes o que quer dizer que a gestão da empresa já conta com esse dinheiro antecipadamente", explicou, acrescentando que "a paragem dos transportes, o que faz, é diminuir as despesas da empresa"

Já os consumidores "sofrem duplamente a penalização da greve, porque não tem transporte e porque já pagaram antecipadamente esse direito ao transporte", frisou o responsável da Deco.

"É suficiente como prejuízo não ter acesso ao transporte, por isso, a empresa deveria indemnizar as pessoas que pagaram antecipadamente esse transporte e esse pagamento devia ser restituído dando esses dias de greve" e prolongado o prazo de 30 dias dos passes.

"Se houver dois dias de greve, o passe seria válido por 32 dias", exemplificou Jorge Morgado.
...


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