30 comentários:
De 'eu', o Manifesto 3D e a Política a 19 de Dezembro de 2013 às 10:53
O que eu tenho a dizer sobre o Manifesto 3D
(-D.O.)
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... É isso que uma certa elite do regime, que se habituou a ver os seus interesses protegidos de qualquer crise, quer. E fará todas as pressões para que tal aconteça. E isso corresponde a continuar a lógica que nos está a afundar. E, de caminho, degradará ainda mais a nossa democracia, como se percebe com a experiência de bloco central de gestão da crise. na Grécia. Só que, com o resto da esquerda dispersa e pouco apelativa para o seu próprio eleitorado, o preço que o PS teria de pagar por um bloco central seria muito mais baixo do que se se arriscasse às rupturas com a lógica do memorando que entendimentos à sua esquerda obviamente exigiriam. Se não fosse por outra razão, a inércia levaria o PS para o bloco central.

É por isso que nenhum polo político que queira determinar a forma como sairemos desta crise se pode relegar apenas para o protesto e para a resistência (indispensáveis) ou pode querer esperar pelo dia em que governará sozinho. Para ter força, terá de ter a capacidade de mobilização e a amplitude que permita representar um espaço político que poderia valer hoje muitíssimo mais do que vale. Para isso, a sua plataforma programática tem de ser clara (e naturalmente distinta da dos socialistas) mas capaz do compromisso e de se dirigir à cultura dum eleitorado mais moderado, mas não menos fustigado por esta crise.

Só acredito numa convergência de governação contra a austeridade se este polo político, forte, credível e com grande potencial de crescimento, existir e for determinante para, com o PS , o PCP e muitos sectores que, não estando tradicionalmente à esquerda, pura e simplesmente defendem a dignidade deste pais, governar. Mas não estou disposto a esperar que a "unidade da esquerda" ou coisa semelhante com outro nome aconteça por milagre. Que se junte agora o que se pode juntar agora para que haja um novo factor político que contribua para uma convergência mais larga.

É legitimo perguntar porque não incluo aqui o PCP. Porque tem sido o PCP a deixar claro não fazer parte da sua estratégia fazer acordos pré-eleitorais para além dos seus aliados tradicionais. É uma postura legitima que deve ser respeitada. Nunca deixando de recordar que as convergências para uma alternativa para o país contam com todos os que nela queira participar, incluindo, como é evidente, o PCP.

Os que resumem a política à aritmética (ignorando as profundas alterações políticas e sociais que se estão a dar em Portugal e na Europa) concluíram que se estava a propor uma aliança entre o Bloco, o Livre e uns independentes. Como os envolvidos não têm espírito de casamenteiros, o que propõem não é obviamente isso. É uma nova candidatura política, que se estreia nas eleições europeias, que recebe o contributo de várias forças partidárias existentes, do ativismo de muitas organizações sociais e politicas, mas, acima de tudo, duma enorme massa de cidadãos sem partido que quer agir politicamente. Entre esses cidadãos estarão aqueles que se disponibilizam (e, pela primeira vez, não se limitam a fazer apelos) para participar num projeto inclusivo, novo nos seus modos de fazer as coisas e credível. Foi isto que 65 promotores e, até agora, cerca de dois mil subscritores (que a eles se juntaram em menos de 48 horas) disseram, através deste manifesto. Como não são possíveis listas de cidadãos ao Parlamento Europeu (com apoio, por exemplo, de cidadãos, partidos e organizações), a solução jurídica para isto será a última barreira a vencer. O que se quer saber é se há vontade para tanto. A julgar pela rapidez com que este manifesto está a recolher assinaturas, muitos cidadãos já estão a dar a resposta.

Concentrar esta vontade de tanta gente apenas no nome deste ou daquele candidato não é apenas redutor. É repetir o mesmo erro de sempre.
Os candidatos interessam aos eleitores e a mim também. Mas não acredito, nunca acreditei, que as mudanças que contam se façam seguindo iluminados.
Pelo menos eu, que não tenho dimensão para ser seguido nem espírito bovino para seguir alguém, só estarei onde quem se candidata a quê, sendo obviamente uma questão, nunca seja a mais relevante.
Vivemos tempos extraordinariamente difíceis. Temos mesmo de voltar à política. À que interessa.

É difícil ven


De 3D e Actos Políticos concretos a 19 de Dezembro de 2013 às 10:57

O que eu tenho a dizer sobre o Manifesto 3D

(-por Daniel Oliveira,19/12/2013, Arrastão e Expresso online)
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É difícil vencer os hábitos mediáticos, sempre conservadores, em relação a novas dinâmicas políticas. Só as percebem, sempre com espanto, quando elas já se impuseram.
Será difícil vencer os naturais temores de organizações já implantadas ou em momento de afirmação. Mas sei uma coisa:
pela primeira vez um conjunto tão alargado de independentes se disponibilizou para ajudar a fazer nascer uma coisa destas.

Pela primeira vez desde que esta crise começou, tenho, como mero cidadão (e é apenas com este estatuto e não mais do que esse que me envolvi neste manifesto) a esperança de que pode acontecer qualquer coisa diferente.
Porque desta vez não se trata de criar mais um partido.
Mas de mudar a tal "correlação de forças" para dar alguma esperança a este país desgraçado.

Tenciono contribuir para isso.
Não com mais apelos à unidade, mas com atos concretos para fazer crescer um espaço político que possa contar na determinação dos destinos de Portugal.


De Manifesto 3D + B.E. + Renov.Com.+ L.+... a 8 de Janeiro de 2014 às 09:10

Manifesto 3D ultrapassa 5 mil subscritor​es e propõe candidatur​a convergent​e às Europeias


Manifesto 3D <geral@manifesto3d.pt>
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Caro/a subscritor/a do Manifesto 3D,

Em menos de três semanas, o manifesto “Pela Dignidade, pela Democracia e pelo Desenvolvimento: Defender Portugal” foi subscrito por mais de 5 mil cidadãs e cidadãos (a lista de subscritores encontra-se disponível em http://manifesto3d.blogspot.pt/p/subscritores.html).

Os promotores iniciais do manifesto 3D reuniram, pela primeira vez, no passado fim-de-semana, para dar continuidade a esta iniciativa.
Foi eleita uma comissão coordenadora, a quem caberá formalizar nos próximos dias uma proposta dirigida à direcção do Bloco de Esquerda, à comissão instaladora do LIVRE e à direcção da associação Renovação Comunista
para a constituição de uma candidatura convergente e mobilizadora às eleições europeias.

Esta candidatura deve ir muito além dos partidos e movimentos referidos.
Deve estar aberta a todos os cidadãos e cidadãs, movimentos e organizações políticas e sociais que se revejam nos seus propósitos e que queiram
defender em Bruxelas uma inflexão da política europeia que se traduza no
abandono das políticas de austeridade e na adopção de políticas solidárias e de apoio ao desenvolvimento à escala europeia.

A candidatura às eleições europeias pretende ser apenas o primeiro passo para a construção de um projecto de governação alternativo à estratégia da troika e da actual maioria.
A construção dessa alternativa deve tirar partido dos esforços já desenvolvidos e possibilitar a elaboração de uma
base de programa de governação, tendo em vista as próximas eleições legislativas.

O Manifesto 3D realizará a primeira assembleia nacional de subscritores no início de Fevereiro, em data e local a anunciar.

Continuaremos a contar com o apoio e o envolvimento de todos os cidadãos e cidadãs que se revêm nos propósitos deste manifesto.

A Comissão Coordenadora

António Avelãs, Daniel Oliveira, Eduardo Pinto Pereira, Guadalupe Simões, Henrique Sousa, Isabel do Carmo, João Almeida, José Castro Caldas, José Reis, José Vítor Malheiros, Manuel Coelho, Ricardo Paes Mamede e Rui Feijó

www.manifesto3d.pt

PS: caso ainda não o tenha feito, apelamos a que divulgue o Manifesto 3D junto dos seus contactos. Para o efeito, enviamos abaixo uma sugestão de texto a incluir na mensagem de email.

***
---------------- Sugestão de texto de mensagem a enviar aos seus contactos:

Assunto: Já conhece o Manifesto 3D?

Cara/o amiga/o,

Foi recentemente lançado o Manifesto "Pela Dignidade, pela Democracia e pelo Desenvolvimento: Defender Portugal".

Trata-se de uma iniciativa de cidadãs e cidadãos sem filiação partidária, mas nem por isso menos empenhados e politicamente activos, que se propõem contribuir para a construção de uma plataforma abrangente em defesa da Dignidade, da Democracia e do Desenvolvimento do país.

O Manifesto 3D pode ser lido na íntegra e subscrito aqui: www.manifesto3d.pt.

Caso concorde com esta iniciativa cidadã, subscreva o Manifesto 3D e ajude-nos a divulgá-lo, reencaminhando esta mensagem para as suas redes de contactos.


***

Se não desejar receber mais emails relacionados com o Manifesto 3D, por favor envie uma mensagem para geral@manifesto3d.pt indicando no título "Não desejo receber mais mensagens".


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