Terça-feira, 19 de Novembro de 2013

  

«Todos somos personagens do livro vivo da democracia; mas somos também o seu autor.» - F.D. Roosevelt

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É na consciência das difíceis escolhas que esta crise nos coloca que decidimos fundar um partido político assente nos quatro pilares das liberdades e direitos cívicos; da igualdade e da justiça social; do aprofundamento da democracia em Portugal e da construção de uma democracia europeia; e da ecologia, sustentabilidade e respeito pelo meio ambiente.

    LIVRE é um partido progressista, cujo património ideológico se faz da confluência e renovação de quatro correntes principais: o libertarismo de esquerda, o ecologismo político, o socialismo democrático e o projeto democrático europeu. 
    LIVRE promove e desenvolve práticas de democracia participativa, inclusive através da realização de eleições primárias abertas para escolha dos seus candidatos;   LIVRE promove e desenvolve práticas de democracia deliberativa, como processo inclusivo de encontro e formação de propostas e programas;   LIVRE promove a inclusão dos jovens, da diáspora, e dos cidadãos em geral, através do desenvolvimento de formas de democracia digital e eletrónica, que complementem a participação em assembleias e fóruns abertos.
    LIVRE pauta-se pela paridade, não-discriminação, inclusão e transparência; no respeito desses princípios, LIVRE poderá adotar códigos de ética para os seus representantes e eleitos, ou regulamentos específicos para a realização de primárias abertas ou procedimentos de democracia deliberativa.
    A cooperação e convergência entre partidos da esquerda portuguesa é um dos objetivos deste partido político, bem como o diálogo com todas as forças sociais e políticas para o aprofundamento da democracia em Portugal, na Europa e no resto do mundo. Esta convergência será realizada de forma aberta e democrática, sob o princípio da subsidariedade para programas conjuntos locais, nacionais ou europeus.

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(e muito mais em comentários ... :   sistema político, manifesto, como formar 1 partido ou movimento/associação, estatutos, organizações, primárias, directas, militante e apoiante, iniciação à prática cívico-política, 'jotas'/juventude partidária, ...)



Publicado por Xa2 às 13:20 | link do post | comentar

30 comentários:
De «Primárias abertas», Mediatismo, ... a 18 de Junho de 2014 às 11:23

--- O pós-modernismo das primárias abertas
...
... clarificar alguns mitos que por aí se agitam. Primeiro, as PRIMÁRIAS ABERTAS a simpatizantes (o que não é o mesmo que as directas de âmbito partidário restrito) estão longe de serem uma tendência forte na Europa. Tanto quanto sei, só existem, com expressão significativa, em três partidos socialistas (Itália, França e Espanha) e no extravagante 5 estrelas de Beppe Grilo.
Depois, não têm nada a ver com o exemplo americano, sempre referido. Os dois grandes partidos americanos, Democratas e Republicanos, não têm nada a ver com a situação europeia. Não têm organização, não têm um programa claro, são principalmente máquinas eleitorais. As suas posições políticas são a resultante das propostas de cada candidato e a sua legitimidade vem do voto nas primárias (para além de alguns processos curiosos, como os caucus). Por isto, é frequente verem-se divergências de voto no Congresso, porque cada senador ou representante foi eleito com legitimidade pessoal. Não é este o sistema europeu e invocá-lo em favor de primárias na Europa é fraudulento.

(-por João Vasconcelos-Costa , 14/6/2014, http://no-moleskine.blogspot.pt/ )
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----- O mediatismo dos novos partidos

Disse aqui há dias que a emergência de uma política alternativa, mormente a nível da criação de novos partidos, está capturada pela “boa imprensa”, pelo domínio das “sound bites”, pela imagem telegénica dos protagonistas, com a empatia a valer mais do que as ideias. ...
... O promotor do PODEMOS, Pablo Iglesias, é um dos mentores de um programa televisivo de grande audiência, o “La Tuerka”. Tem um estilo forte, de comunicação muito empática e abordando problemas concretos de forma muito directa, mas sem um “plano de fundo” que os espectadores possam considerar como cassete. Fica Iglesias como figura que vai ao coração das pessoas com queixas, sem precisar de um programa político. Assim, o programa do Podemos é teoricamente muito limitado: ênfase na democracia directa, movimentos de cidadania, militância em círculos e rede (?).

No entanto, concretiza-se em PROPOSTAS apelativas, verdadeiramente de ESQUERDA consequente, como, por exemplo:
- “Plan de rescate ciudadano centrado en la creación de empleo decente en los países del sur de Europa;
- Auditoría ciudadana de la deuda;
- Conversión del BCE en una institución democrática para el desarrollo económico de los países;
- Reorientación del sistema financiero para consolidar una banca al servicio del ciudadano;
- Recuperación del control público en los sectores estratégicos de la economía;
- Política tributaria justa orientada a la distribución de la riqueza y al servicio de un nuevo modelo de desarrollo”.

Tome-se também em conta que estas posições políticas programáticas como bandeiras pouco elaboradas invocam as palavras de ordem e as motivações de movimentos um pouco anarquizantes, como os Indignados 15M. Uma coisa e outra, resultando no sucesso do Podemos, são um desafio à nossa esquerda partidária convencional.
....
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De Partidos, CLASSES mudança e alienação a 18 de Junho de 2014 às 11:35
A natureza dos partidos
(-JV.Costa, 17/6/2014, http://no-moleskine.blogspot.pt/ )
...
...Em 1974, ainda havia uma grande parte de proletariado industrial e agrícola, em que o PCP tinha grande influência. ... Entretanto, tinha-se desenvolvido uma ampla pequena burguesia de funcionários, pequenos empregados, que acorda politicamente com as posições moderadas, a jeito das democracias liberais, do PS, nas camadas urbanas, e do PSD, nas camadas da pequena burguesia nortenha, provinciana e rural. O sistema partidário estabilizou-se em três polos principais, PS, PSD e PCP.

... as camadas sociais de então?
- O proletariado (operariado industrial e trabalhadores assalariados rurais e das pescas),
- a pequena burguesia de economia familiar e sem empregados em número significativo (artesãos, pequeno comércio),
- a pequena/média burguesia dos empregados, os intelectuais e quadros técnicos,
- os pequenos e médios empresários, já membros da burguesia, tal como os quadros administrativos e dirigentes, e, finalmente,
- a grande burguesia.

... mudanças económicas decorrentes da adesão à união europeia, julgo que mudou substancialmente a estrutura social, com reflexos nas projecções ideológicas e na forma de se ver a política.
- Aumentou enormemente o sector dos serviços, com escassa solidariedade orgânica, muita competição entre colegas, egoísmo.
Sem bases, reconheço, julgo que devem ter engrossado consideravelmente a votação de direita.
- Decresceu o proletariado industrial e principalmente o agrícola e das pescas, o que, com a debilidade por insegurança laboral de amplos sectores do pequeno empregariado, retira apoio fiel ao PCP e ao movimento sindical.
- No extremo oposto, foram cada vez mais hegemonizados ideologicamente os quadros gerentes e técnicos, a reverem-se socialmente na alta burguesia e captados pela ideologia liberal e seus partidos.
- E, talvez a principal mudança, a democratização do sistema educativo, fez crescer uma grande camada de pequena burguesia, mesmo da mais baixa pequena burguesia, com educação superior, abalada entre as influências culturais de origem e as universitárias, e presa de ideologias confusas, vagamente contestatárias e principalmente em revolta com uma sociedade que os confronta com desemprego insustentável, precariedade de vida, dependência doam pais, impossibilidade de constituir família, em contraste com os tempos dos seus pais, em que o diploma era tudo na vida.
... Há um conjunto de camadas ou sectores sociais móveis, entre os dois polos do sistema actual, os capitalistas e os proletários.
O resto está em mudança acelerada, muito em função das mudanças técnicas (o pós-industrialismo, o pós-taylorismo, o “capital humano”),
mas também da hegemonia cultural e ideológica que “compra” alienatoriamente a consciência de classe.


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