O adiamento da apresentação do programa eleitoral do PSD para Setembro confirma as piores suspeitas: o PSD continua a ser um partido adiado. Para os eleitores, a dois meses das eleições, isso só quer dizer uma coisa: é mais fácil um garimpeiro descobrir uma pepita de ouro num rio português do que um eleitor descortinar uma ideia sólida do PSD. A política é sobre o momento: este, ou se usa ou se perde. E o PSD está a perder o momento para se afirmar, com ideias concretas, como alternativa a um PS habituado a bailar à volta de Sócrates e que não sabe dançar quando ele está confuso. Um político sensato usa a retórica para impor a sua narrativa dos acontecimentos e poder marginalizar os opositores. Isso permite duas coisas: impor as suas ideias e ganhar as eleições. É isso que o PSD não tem feito. John F. Kennedy não disse que um dia os americanos iriam à Lua. Disse: até ao final da década vamos à Lua. Foram. O PSD, até agora, tem dito muitas coisas, a maioria completamente contraditória. Diz por exemplo: o investimento público não deve ser desviado para grandes obras, mas sim para as PME. Mas quando penso no célebre PEC, que asfixiou as PME em termos de liquidez, até temo. Se quer ganhar as eleições, o PSD deve, quanto antes, mostrar as suas ideias concretas para Portugal. E dizer que País quer. É nos momentos de crise que se podem semear os sonhos do futuro. Mas, até agora, o PSD ainda não apagou a imagem de gestor fuinhas sem sonhos para partilhar. [Jornal de Negócios, Fernando Sobral]
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