Entrevista com o Secretário de Estado Henrique Gomes
«demitido» logo no início do mandato do atual Governo,
quando afrontou a EDP tentado baixar as rendas em vigor
e que considerava excessivas e perniciosas para o País.
(o video é longo, mas é demasiado importante para não ser visto até ao fim.)
Houve até quem abrisse garrafas de champanhe quando este Secretário de Estado foi afastado...
O enriquecimento de alguns é a miséria de muitos
Forte com os fracos, fraco com os fortes (-por Sérgio Lavos)
O secretário de Estado que já tinha batido com a porta em Outubro passado volta a bater com a porta. Desta, foi de vez, parece que por razões de incomodidade para as empresas do sector que a secretaria tutela. E o que vai fazer o Governo? Nomear para o seu lugar um dos supervisores da EDP, quadro da ERSE.
Sim, é verdade, a mesma ERSE que acha absolutamente normal que o consumidor português, pela electricidade e pelo gás natural, tenha de pagar mais do que a esmagadora maioria dos consumidores dos outros países da OCDE.
Henrique Gomes era uma pedra no sapato de António Mexia e dos chineses da Three Gorges? Parece que até queria reduzir as rendas e as tarifas fixas que o Estado paga à EDP. Não se pode, não se pode. Arranje-se alguém mais, digamos, "conveniente". Confirma-se: quem, neste Governo, se mete com os fortes, leva. (tags: crime organizado, crise )
António Borges – ministro-sombra das privatizações, parcerias, recapitalizações da banca e outras idas ao pote – auferirá um rendimento mensal de 25 mil euros que terá de dividir com os outros cinco economistas que coordena, tudo gente polivalente. Fará a sua consultoria, diz-nos o Expresso, a partir do seu gabinete de administrador, reparem no detalhe, da fundação Champalimaud. Pobre do descartável Álvaro. Enfim, esta flexibilidade laboral de Borges deve ser o preço a pagar para atrairmos o “talento” de topo da Goldman Sachs –“gigantesca lula-vampiro enrolada na cara da humanidade, com o seu tubo de sucção alimentar incansavelmente fossando em busca de tudo o que lhe cheire a dinheiro”.
Borges já tinha mostrado, em 2008, a sua admiração pelo sistema chinês de poupança, que é parte dos desequilíbrios da economia mundial, exortando também os portugueses a comprarem menos Mercedes e tudo. Talvez seja mesmo este modelo, assente num Estado social demasiado frágil para as necessidades dos reprimidos trabalhadores chineses, que está subjacente a um estudo encomendado pela associação portuguesa das seguradoras, que propõe o desmantelamento do Estado social para supostamente fomentar a poupança à chinesa.
Vejam lá que quem tem mais dinheiro é quem poupa em Portugal, o que implicitamente até justificaria a actual política de alterações das regras económicas por forma a favorecer a redistribuição de baixo para cima. O problema é a chata da procura que também vem do consumo a que a maioria é mais atreita, gastando tudo em vinho, até porque teve acesso a hospitais, escolas e subsídios de desemprego. O problema é o paradoxo da poupança e a depressão assim gerada, a dificuldade em promover simultaneamente a poupança pública e privada. A poupança é o que sobra e sobra cada vez menos, claro. O problema central foi a perversidade de um modelo de financiamento por poupança externa, o inevitável destino das periferias que se abrem de forma irrestrita às forças do mercado global e aderem a uma moeda forte. Em conjunto com as privatizações foram as grandes obras da ideologia liberal em Portugal.
O problema também é o que sabemos sobre o modelo norte-americano de capitalismo financeirizado, longe da “repressão financeira” dos chineses que ainda não foram totalmente nas cantigas dos Borges na área financeira, e para onde os bancos e as seguradoras nos querem na realidade levar: reformas derretidas no casino financeiro, famílias ainda mais endividadas e insolventes por terem de fazer face às despesas com bens e riscos sociais, todo o poder aos bancos e seguradoras para inventarem custos de transacção sem fim e assim sugarem, em comissões e outras extorsões, os rendimentos dos trabalhadores: a tal economia política da expropriação financeira de que nos fala Costas Lapavitsas. A erosão do Estado social no mundo desenvolvido só alimenta as lulas-vampiro financeiras e a ideologia da “promoção da poupança” é a forma possível de ocultar este processo nas actuais condições intelectuais e políticas.
De resto, haverá cada mais material para filmar um “Inside Job” em Portugal, para filmar o mundo dos que querem continuar a ir ao nosso pote. Um mundo feito de práticas financeiras opacas, mas também de percursos transparentes. Que o diga Luís Amado: o ex-dirigente de um partido que contesta há muito, e bem, os paraísos fiscais vai voltar às suas origens madeirenses, acumulando a direcção do BANIF com um cargo na administração da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, ou seja, do sórdido inferno fiscal madeirense. São mesmo estrangeiros estes negócios.
Factura EDP "dá desconto" no Continente (mais uma parceria-esquema prejudicial para o consumidor).
Vejam o que está depois da notícia (retirado de uma resposta no Expresso online…)
« Há dez minutos atrás, ao preencher o formulário para aderir ao descontinho de 10%, deparo-me com a obrigatoriedade de inserir um NIB para pagamento bancário. Como já tenho pagamento por conta bancária, recorri à menina EDP, através do 808 501 501 (linha dedicada aos patos que querem este descontinho e eu fui um deles).
- Fulana de tal... EDP... em que posso ser útil?
- Estou a tentar preencher online a adesão ao desconto de 10% e não há nenhum campo para indicar que já tenho pagamento pelo banco.
- Este será um novo contrato, por isso tem de introduzir o NIB, mesmo que seja o mesmo.
- Um novo contrato? Porquê?
- Porque a senhora está a deixar de ser cliente da EDP Universal e está a passar a ser cliente da EDP mercado liberalizado.
- E... isso quer dizer o quê???
- Que passa a estar no mercado liberalizado de fornecimento de energia que a TROIKA obrigou.
- E se eu não sair da EDP Universal?
- Mais tarde vai ter de sair, porque o mercado regulado vai acabar, por ordens da TROIKA.
- E vai acabar quando?
- Em 2015 vai deixar de haver.
- Então quer dizer que até 2015 ainda posso estar como cliente do mercado regulado!?
- Sim, mas depois tem de sair.
- E se sair já, o que acontece ao preço que vou pagar?
- Até final da campanha os preços mantêm-se...
- E depois de Dezembro de 2012 (final da campanha)?
- ????
- JÁ PERCEBI ! NÃO QUERO ADERIR, MUITO OBRIGADA.
Espero que os caros comentadores e leitores também consigam perceber a tempo o que aí vem. »
- E O QUE PAGAMOS NA FACTURA DA ELECTRICIDADE ?!...
Caros amigos:
Vocês por acaso sabem o que pagam na factura da electricidade?
Eu também fiz a mesma pergunta antes de saber o que andamos a pagar.
Vejam, neste exemplo duma factura de cerca de 66,50 €. O que se paga:
- 3,8 €, correspondentes a 6% do IVA (vamos passar a pagar 23%);
- 4,5 €, correspondente a 7% de Taxa para a RDP e RTP (para que Malatos, Jorge Gabrieis, Catarinas Furtados e outras que tais possam receber 17.000 e mais €/mês;
- 35,6 €, para subsídios vários, que correspondem a 53% do total da factura (em 2011 estes subsídios vários já atingiram 2.500 M€. Para não se perderem são dois mil milhões de Euros)
- 22,6 € correspondente realmente ao EFECTIVO consumo efectuado, ou seja 34% do total da factura. Desta forma, apenas consumimos 22,6 € de electricidade, mas pagamos no total 66,50 €.
Mas agora vamos ver o que são os subsídios vários, ou seja, os 53% do total da factura que pagamos, e que este ano já vão em 2.500 M€.
Permaneçam sentados para não caírem:
- 3% são a harmonização tarifaria para os Açores e Madeira, ou seja, e um esforço que o país (TODOS NÓS) fazemos pela insularidade, dos madeirenses e açorianos, para que estes tenham electricidade mais barata. Isto é, NÓS já pagamos durante 2011, 75 M€ para aqueles ilhéus terem a electricidade mais barata!!!!
- 10% para rendas aos Municípios e Autarquias. Mas que m... vem a ser esta renda? Eu explico: a EDP (TODOS NÓS) pagamos aos Municípios e Autarquias uma renda sobre os terrenos, por onde passam os cabos de alta tensão. Isto é, TODOS NÓS, já pagamos durante 2011, 250 M€ aos Municípios e Autarquias por aquela renda.
- 30% para compensação aos operadores. Ou seja, TODOS NÓS, já pagamos em 2011, 750 M€ para a EDP, Tejo Energia e Turbo Gás, ...
- 50% para o investimento nas energias renováveis. Aqueles incentivos que o Sócrates deu para o investimento nas energias renováveis e que depois era descontado no IRS, também o pagamos. Ou seja, mais uns 1.250 M€.
- 7% de outros custos incluídos na tarifa, ou sejam 175 M€. Que custos são estes? São Custos de funcionamento da Autoridade da Concorrência, custos de funcionamento da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Eléctricos), planos de promoção do Desempenho Ambiental da responsabilidade da ESE e planos de promoção e eficiência no consumo, também da responsabilidade da ERSE.
ou, para uma factura de 100 €, os custos serão os seguintes:
- IVA de 6% (passará a 23% em Novembro 2011) ....... 5,7 €
- Taxa de 7% para RDP e RTP .............................. 6,8 €
- Subsídios diversos ............................................. 53,5 €
- 3% para harmonização tarifária dos Açores e da Madeira....... 1,6 €
- 10% de rendas por passagem de cabos de alta tensão para Municípios e Autarquias. 5,4 €
- 30% para compensar operadores - EDP, Tejo Energia e Turbo Gás..... 16,1 €
- 50% para investimento em energias renováveis................................ 26,7 €
- 7% para custos de funcionamento da Autoridade da Concorrência e da ERSE...... 3,7 €
- CUSTO EFECTIVO DA ELECTRICIDADE CONSUMIDA .............. 34,0 €
TOTAL................. 100,0 €
Estão esclarecidos?
Isto é uma vergonha. NÓS TODOS pagamos tudo! Pagamos para os açorianos e madeirenses terem electricidade mais barata, pagamos aos Municípios e Autarquias, para além de IMI's, IRS's, IVA's em tudo que compramos e outras taxas... somos sugados, chupados, dissecados ...
EDP (ou IDIPI *) / Electricidade cara ?!! … Se fosse em país de carteis, burlões, ladrões e corruptos ...
Antes, ainda se podia dizer que 21% dos lucros da empresa revertiam em benefício do Estado Português (teoricamente para todos nós), agora privatizada ... a ABERRAÇÂO é maior e vai ainda ser PIOR !... aumento do IVA, aumento de taxas, aumento de preços em mercado liberalizado mas com poder de monopolista!
IDIPI - iletlecidade di Plotugal impossível !
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