Duas canções da época, pela emblemática Dominique Grange:
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. Paris, 6 de Maio de 1968
3 de Maio será sempre Paris – de 1968, obviamente
Adeus esquerda, adeus direita ... E amanhã, uma ditadura neo-fascista camuflada ?
Jérôme Leroy, Adieu la gauche, adieu la droite… Et demain, Le Pen présidente? Le Causeur, 1/9/2014
Política em França (e Grécia, Portugal, ... União Europeia)
É necessário ter sempre em atenção os grandes títulos do Libération. Estes indicam-nos muito bem qual o sentido de humor desta esquerda de quem o eleitorado é suposto ter votado maioritariamente em François Hollande em 2012. A 20 de Agosto, o diário tinha como grande “caixa” “a indecência” para falar do aumento de 30% dos dividendos pagos aos accionistas dos grandes grupos no momento em que, infeliz coincidência, começavam a ser pagas as ajudas públicas, ou seja as ajudas pagas por nós para ajudar os patrões a contratarem-nos. Daí esta dupla penalização: pagar para trabalhar. Por este lado também temos o aspecto muito francês do patronato em celebrar o (neo)liberalismo ficando com o dinheiro dos contribuintes a fim de privatizar os lucros até ao dia em que seja necessário socializar as perdas.
Social-democracia ? (-por Joana Lopes, 28/8/2014)
C'est toujours la même histoire? (-J.Rodrigues, 16/1/2014, Ladrões de B.)
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O Muro de Berlim dos socialistas (-por Daniel Oliveira, 16/1/2014, Arrastão e Expresso online)
Esta conversão final de Hollande resulta da ausência duma narrativa alternativa (socorro-me do contributo doutro socialista famoso) para explicar esta crise. Sem ela, estão condenados a chegar às mesmas conclusões que aqueles a que supostamente se opõem. Esses sim, têm uma narrativa(neo/ultra-liberal privatizadora e anti-democrática): esta crise resulta dum Estado Social insustentável que levou a défices e dívidas públicas incontroláveis e dos custos excessivos da sua mão de obra que levaram à perda de competitividade da Europa. No meio, já ninguém se parece lembrar de como e onde nasceu realmente esta crise financeira e de que forma ela se alastrou pela Europa. Não seria necessário fazer grande esforço para encontrar uma "narrativa" alternativa. Bastaria consultar a cronologia dos acontecimentos.
A narrativa agora dominante é simples e leva a um programa claro: privatização ou redução das funções sociais do Estado, reduções fiscais para as empresas, redução de rendimentos do trabalho e perda de direitos sociais e laborais. Como os socialistas e social-democratas não têm, apesar de todas as evidências, outro diagnóstico para apresentar também não têm programa. São baratas tontas à procura do seu próprio lugar. É um equívoco pensar que o problema dos (PS/D) socialistas portugueses, franceses, espanhóis ou alemães são as suas lideranças sem carisma. Isso não é causa, é consequência. Seguro ou Hollande são os líderes certos (moles e 'virusados' neoliberais) para o atual discurso socialista: um redundante nada.
Só que em democracia é necessário haver alternativas. Para que os cidadãos não fiquem condenados a uma qualquer fatalidade e para que não sejam obrigados a procurar fora da democracia a solução para os seus problemas. Uma das razões porque me oponho a "governos de salvação nacional" é exatamente porque, se falham, deixam os cidadãos sem um "plano B" dentro do próprio sistema democrático. E é normal que essa alternativa seja garantida por forças que, pela sua implantação política e eleitoral, pelo seu conhecimento do aparelho de Estado e pela sua história, estejam em condições de liderar um governo. Mais: neste caso concreto, seria normal que fossem os socialistas e os social-democratas (europeus, não haja confusão com os "social-democratas" portugueses) a defenderem o Estado Social que é, em grande parte, criação sua. E a ter, já agora, uma visão alternativa sobre os caminhos do projeto europeu que ajudaram a construir.
A desistência dos socialista em apresentar alternativas obrigará, naturalmente, a uma alteração do quadro político na Europa. Ela já está, na realidade, a acontecer. Pode materializar-se no crescimento de forças à esquerda de socialistas e social-democratas. Por via da aliança entre estes e dissidentes socialistas, como aconteceu, muito timidamente, na Alemanha, com o Die Linke, ou por via do crescimento da esquerda radical, como sucedeu na Grécia, com o Siryza. Pode resultar no crescimento da extrema-direita, como está a acontecer em França, em que a Frente Nacional arrebanha o eleitorado socialista, baseando o seu discurso numa agenda social tradicionalmente de esquerda. Pode terminar no estilhaçar o sistema partidário à esquerda, com o crescimento de fenómenos inorgânicos, como em Itália, com o Movimento Cinco Estrelas. Ou pode acontecer que haja, dentro dos próprios partidos socialistas e social-democratas, uma revolta interna e que uma nova geração de políticos, que não está comprometida com os erros do passado, volte a dar aos socialistas um papel ideologicamente relevante (não é o mesmo que relevância eleitoral). Ainda não aconteceu em lado nenhum.
Uma coisa é certa: a política tem horror ao vazio. E é isso mesmo que a desistência socialista está a criar: um enorme e perigosíssimo buraco político, pronto a ser preenchido por o que há de melhor e, sobretudo, o que há de pior na Europa. Se não mudarem de rumo e insistirem em não ser mais do que uma versão mole dos que hoje dominam o pensamento político europeu, os socialistas estarão condenados a ser, como são os comunistas em quase todo o espaço europeu, uma relíquia do passado. Os opositores do modelo social europeu dirão que a única forma do centro-esquerda se modernizar é ficar igual a eles. É natural que seja esse o seu desejo. Mas é evidente que não lhe trará grande futuro. Se nada mudar, esta crise pode bem vir a ser o Muro de Berlim dos social-democratas (a cair).
Um novo sujeito político à esquerda (-por Daniel Oliveira, 14/11/2013, Arrastão e Expresso online)
Não precisamos de nos esforçar muito para olhar para António José Seguro e ver, na sua impreparação e falta de carisma, na sua falta de convicções e de programa, na sua moleza de carácter e na sua hesitação constante em matéria de princípios, um Hollande em potência. O voto favorável dos socialistas ao Tratado Orçamental (uma aberração para qualquer pessoa que defenda algum papel do Estado no combate a crises económicas) e a abstenção na redução do IRC (que, associada a um IRS e um IVA na estratosfera, resulta numa brutal transferência de recursos dos trabalhadores e dos consumidores para os bolsos das maiores empresas nacionais) diz tudo sobre o que podemos esperar de Seguro num governo, provavelmente em coligação com o PSD. Apesar das espectativas estarem tão baixas, arrisco-me a dizer que, como primeiro-ministro, António José Seguro será, como Hollande está a ser em França, a maior decepção que a esquerda portuguesa já viveu.
Mas é assim que as coisas têm de ser? Não há outra alternativa para além de esperar que a alternância na austeridade se vá processando em degradação permanente da democracia? Como em tudo, recuso destinos marcados. Em Espanha, onde, tal como por cá, a extrema-direita não medra, a austeridade imposta pela direita e o vazio de discurso do PSOE está a ter outros efeitos. Como cá, cerca de 75% dos espanhóis desaprova a ação de Rajoy (PP). Mas ainda mais (85%) desaprovam a liderança de Rubalcaba, no PSOE. PP e PSOE descem nas sondagens. É o fim do bipartidarismo espanhol - ainda mais poderoso do que em Portugal - que está em causa. Só que a decepção com estes dois partidos, apesar de engrossar a abstenção, não se fica por aí. O partido centrista, federalista, antinacionalista e laico (pouco definido do ponto de vista ideológico, mas em grande parte vindos das hostes do centro-esquerda) criado em 2007, UPyD, passa de menos de 5% para mais de 10%. Mas também a Esquerda Unida (IU) sobe dos 3% (nas eleições gerais em 2008) e 7% (nas mesmas eleições em 2011) para próximo dos 12% nas próximas europeias (onde teve, em 2009, 3,7%). Conforme as sondagens, uma e outra força política ocupam o terceiro e o quarto lugar, muito acima em intenção de votos do que é habitual. Os resultados da IU, muito menos significativo do que seriam se tivesse conseguido ir mais longe na sua abrangencia política, e da UPyD estão a obrigar o PSOE a reagir. De forma errática, é verdade. Mas já começou a viragem do discurso à esquerda e mudanças importantes no seu funcionamento interno.
Estou absolutamente seguro que, em Portugal, só uma forte ameaça vinda da esquerda pode impedir que o Partido Socialista (vire ao centro neoliberal e) siga o seu homólogo francês. E só ela pode obrigá-lo a dialogar e a entender-se com quem se opõe à austeridade em vez de dar ouvidos aos Amados, Teixeira dos Santos e restantes apologistas do bloco central. Quem julgue que basta apear a nulidade que é Seguro para travar esta corrida para o abismo está enganado. A questão ultrapassa a personalidade que lidere o PS. A questão é muito mais profunda: (a direcção do) PS, tal como o PSF e o PSOE, não tem um discurso consistente sobre esta crise. Porque, para ter esse discurso, teria de rever a matéria dada. As responsabilidades do centro-esquerda para a criação das condições para esta crise europeia e nacional são demasiado grandes para que possa regressar ao poder e mudar alguma coisa sem uma profunda reflexão. Começando pelo seu discurso europeu.
Essa ameaça dificilmente poderá surgir, por si só, de um novo partido político. Isso poderia balcanizar ainda mais o que já está dividido, bloqueando qualquer solução e, no fim, apenas contribuindo para oferecer, em troca de nenhuma alteração substancial de rumo para o país, um pequeno aliado aos socialistas. Essa ameaça dificilmente pode surgir do PCP, que não está interessado em qualquer estratégia de reconfiguração da esquerda portuguesa e cuja possível e circunstancial entrada no eleitorado socialista nunca terá, pela ausência de política de alianças, grandes repercussões. E essa ameaça não virá do Bloco de Esquerda, que perdeu a oportunidade histórica de cumprir esse papel. Hoje não tem capacidade de atração do eleitorado socialista ou de qualquer eleitorado que não seja já seu. A verdade é que dificilmente, em Portugal, com a nossa história, um movimento político amarrado à tradição da extrema-esquerda poderá ameaçar o PS. Não é apenas uma questão de imagem. É uma questão de conteúdo programático e de tradição política. Na reconfiguração do cenário partidário à esquerda, a abrangência ideológica tem de ser muitíssimo maior do que hoje é abarcado pelos partidos à esquerda dos socialistas. Para ser muito maior a sua credibilidade e o seu espaço de progressão.
Um novo sujeito político (coligação/frente democrática) deve juntar quem, fora e dentro dos partidos existentes, esteja interessado em unir forças. Pode e deve abranger partidos políticos já existentes ou partidos políticos que se entretanto se possam formar. Mas a refundação de um espaço político à esquerda do PS (e com este?) tem de ser muito mais do que uma simples soma de descontentamentos. Tem de transportar consigo um potencial de esperança que os atuais atores políticos são incapazes de oferecer aos portugueses. E isso depende dos seus protagonistas e do realismo e coragem das suas propostas. Tem de corresponder a uma frente democrática que defenda um novo papel para Portugal na Europa. Um patriotismo que, não desistindo dos combates europeus, ponha a democracia e o Estado Social como as primeiras de todas as suas prioridades. E que esteja, na defesa da soberania democrática e dos direitos sociais, disposta a negociar com todos os que defendam um programa urgência nacional que se apresente com firmeza em alternativa ao programa de subdesenvolvimento proposto pela troika. É isto, ou a preparação para a deprimente tragédia francesa.
A nêspera deitada, muito calada, a ver o que acontecia (-por Daniel Oliveira, Expresso online)
Se há coisa que a Grécia nos prova, como escrevi ontem, é que esperar pela coragem dos governantes é um erro. A maioria dos governos, eleitos ou não, responde apenas a um perigo: ao de perder o poder que tem. E nisso, os políticos não são diferentes da maioria das pessoas. O que fez a Nova Democracia grega dar uma volta de 180 graus no que defendia na sua relação com a troika não foi a evidência do descalabro da austeridade. Foi a possibilidade do Syriza vencer as eleições. O que impedirá Hollande de seguir a velha tradição socialista europeia, de, chegada ao poder, se acobardar, será a pressão dos franceses. Sem ela, os governantes tratam de si.
"Uma nêspera estava na cama, deitada, muito calada, a ver o que acontecia. Chegou a Velha e disse: olha uma nêspera e zás comeu-a! É o que acontece às nêsperas que ficam deitadas, caladas, a esperar o que acontece!" O poema de Mário Henrique Leiria também nos pode recordar que, em democracia, não somos clientes. Nem temos sempre razão, nem estamos aqui para ser servidos. Ou servimos a democracia ou outros se servem dela. Quem fica deitado, calado, a ver o que acontece, terá sempre um triste fim.
Acredito na democracia representativa. Se não fosse por convicção, seria pela mera constatação dos factos: ainda não conheci nenhuma sociedade livre em que ela não existisse. Mas também sei que ela não chega. Que entregar todo o exercício da democracia aos eleitos, julgando que o papel dos cidadãos é apenas esperar pelos resultados do seu voto, é desistir da democracia.
Se os franceses não fizerem nada, antes de, também eles, serem engolidos pela crise, François Hollande nada fará. Será, nas palavras que usou para se distinguir de Sarkozy, um "presidente normal". E a Europa, no estado em que está, não precisa de líderes normais. Precisa de quem, substituindo a pior geração de políticos que liderou a Europa desde o pós-guerra, seja tão arrojado como foi a incompetência dos seus antecessores. Mas para seguir o caminho inverso. E isso só acontecerá se a pressão popular mantiver o poder sempre em risco.
A estratégia que mais sucesso tem em Portugal é a da nêspera: ficarmos deitados, calados, a ver o que nos acontece. Na esperança que todos percebam que não somos a Grécia. Assim como os espanhóis esperam que todos percebam que eles não são os portugueses. E os italianos esperam que todos percebam que eles não são os espanhóis. E os franceses esperam que todos percebam que eles não são os italianos. Até serem todos comidos.
Da mesma forma que Hollande não enfrentará Merkel se os franceses a isso não o obrigarem - a política vive da economia de esforço e de risco -, Portugal, Irlanda, Grécia ou Espanha não se salvarão apenas porque a França mudou de presidente e este decidirá, sabe-se lá porquê, ser nosso advogado de defesa.
O governo português está deitado, muito calado, a ver o que acontece. Apoia a Alemanha, em tudo o que esta defenda, incluindo em matérias onde a sua posição é naturalmente oposta aos interesses nacionais - como nos eurobounds -, na esperança de ver o seu bom comportamento premiado. Não duvido que, se o poder hegemónico na Europa fosse francês, seria a França a merecer o nosso constante e acrítico aplauso.
O povo português tem estado deitado, calado, a ver o que acontece. Na esperança que isto passe e achando que enquanto nos fingirmos de mortos a realidade se vai esquecer de nós. Não resulta. Enquanto este governo sentir que o seu poder não está em perigo, enquanto os que se servem do Estado para fazer os seus negócios poderem continuar a tratar de si, nada mudará.
A posição dos portugueses e do seu governo é coincidente: a da nêspera. Passos espera que, perante a sua obediência, os outros reconheçam a nossa insignificância e, na hora do naufrágio, nos arranjem um lugar no barco salva-vidas. Os portugueses esperam que, não fazendo ondas e garantindo esta paz podre, alguém nos venha salvar desta agonia. Só que a estabilidade política que vive da apatia dos cidadãos e da bovina obediência das Nações (governos) nada pode trazer de bom a um povo. As nêsperas nascem e vivem para ser comidas. Se insistirmos em ficar quietos, à espera de Merkel ou de Hollande, dependendo da convicção ideológica de cada um, é esse o destino que nos espera. Chega a velha e zás !
Consta na imprensa internacional que Hollande, ao contrário do resto da rapaziada que tem andado por aí nos últimos anos, não beijou Merkel. Bom sinal, diz que é entendido nisto dos beijos políticos, porque o Mundo precisa de higiene e as trinta moedas rareiam à medida que os Judas se multiplicam.
Hollande que, tal como Durão Barroso, sabe falar bom francês, mas que ao contrário do Presidente do Conselho da Europa, não toca piano, nem é um gato maltês, foi a Berlim marcar a diferença. Quem esteve atento aos discursos de um e outra pôde notar o respeito que Hollande mostrou ao povo grego em contraste com o habitual dedo em riste que Merkel apontou a Atenas. Quem não deu por isso faça o favor de rever a conferência comum e anote.
Gostei do primeiro dia do novo Presidente da V República francesa.
Fez-me crescer a esperança para que, apesar de raios e coriscos, volte a despontar a ideia europeia baseada nos conceitos de fraternidade e solidariedade rompendo com a teoria da supremacia ensaiada pela dupla franco-germânica que agora enviuvou.
Gostei de ver que Hollande se molha quando está à chuva ao contrário dos líderes da União que se escapam por entre as gotas que caem do céu.
Gostei de saber que o raio que atingiu o avião de Hollande ao cruzar a fronteira alemã não só não o derrubou como também não evitou que ele cumprisse a agenda que tinha determinado.
Gostei de saber que Sarko não assistiu à tomada de posse do único Presidente que nesta República Francesa conseguiu vencer um Presidente da República que lutava pela reeleição. Confirmou que os franceses tiveram razão quando o despediram abrindo-lhe, segundo a filosofia de Passos Coelho, uma janela de oportunidades.
Gostei das palavras que Hollande disse em todas as intervenções de ontem. Dão-me ânimo para poder responder aos que continuam a desconhecer que o combate à política do capitalismo selvagem se faz com a política global da social-democracia europeia reunida na Internacional Socialista, que afinal há esperança e que a Europa provavelmente não morreu. Só precisa de menos beijos e de mais coluna vertical.
(por LNT, a Barbearia [0.266/2012]) * Inspirado na hard rock band "Kiss"
Falta de vergonha (-por Daniel Oliveira, Arrastão)
A Nova Democracia, partido que enganou a Europa com a sua contabilidade criativa e que depois ajudou a destruir a economia grega com a sua austeridade, acusa o Syriza, dois dias depois das eleições, de lançar da Grécia no caos. Há gente que não tem mesmo vergonha na cara. Ainda nem governo conseguiram formar e já são os culpados do que esta gente andou a fazer na última década.
Propostas radicalmente radicais de um partido extrememamente extremista e radicalmente radical, o Syriza , coligação de esquerda grega (-por Sérgio Lavos)
"1) Imediato cancelamento de todas as medidas vigentes de empobrecimento, como cortes nas pensões e salários;
2) Cancelamento de todas as medidas vigentes que vão contra os direitos fundamentais dos trabalhadores, como a abolição dos contractos colectivos de trabalho;
3) Abolição imediata da lei garantindo imunidade aos deputados e reforma da lei eleitoral (principalmente a questão dos 50 deputados bónus para o partido vencedor);
4) Investigação aos bancos gregos e imediata publicação da auditoria feita ao sector bancário pela BlackRock;
5) Uma comissão de auditoria internacional para investigaras causas do défice público da Grécia, com uma moratória em todo o serviço de dívida até serem publicados os resultados da auditoria."
Os media andam histéricos com o radicalismo do partido que ia ganhando as eleições na Grécia. Esquecem-se de que o partido de direita que ganhou as eleições desistiu de formar Governo ao fim de poucas horas. E claro, defende as medidas de austeridade que levaram à destruição do país. Com propostas destas, quem é verdadeiramente responsável nesta situação? A direita "responsável" que levou a Grécia ao fundo ou a esquerda "radical" que a quer salvar? (Via 5 Dias, traduzido por Nuno Moniz.- por Sérgio Lavos, Arrastão)
Duas revolucionárias mudanças de paradigma trazidas pelos resultados eleitorais em França (-por Sérgio Lavos)
Sarko refém de Le Pen (-por Daniel Oliveira, Arrastão)
Discours de Jean-Luc Mélenchon à Bastille le 18... por PlaceauPeuple
Teresa de Sousa pode tentar intoxicar os leitores do Público, comparando a plataforma de esquerda de Jean-Luc Mélenchon com a extrema-direita, o velho truque da propagandista oficial da terceira via e do europeísmo feliz no país, duas linhas convergentes e tão desgraçadas quanto esgotadas.
A verdade é que quem se der ao trabalho de ler o programa do candidato apoiado pela frente de esquerda, prática sempre recomendável antes de se escrever, concluirá que este se filia na tradição da esquerda humanista e socialista que não desistiu, que não se rendeu ao euro-liberalismo, que não deixou de pensar autonomamente.
A sua subida nas sondagens e a mobilização popular gerada, bem patente no extraordinário comício de ontem na Bastilha, estão a mudar os termos do debate francês e podem ajudar a mudar os termos do debate europeu. Aliás, veremos que os desafios europeus e democráticos a um euro e a uma globalização disfuncionaisvirão da fusão entre mobilização social e hegemonia nacional.
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