Liberdade e proibicionismo (12.02.2014)
Ontem os fumadores, hoje os vapers, amanhã… todos nós. ...
Se não faz mal aos outros, o Estado não tem que intervir. Nem tem o Estado que nos proteger de nós próprios.
“the only purpose for which power can be rightfully exercised over any member of a civilized community, against his will, is to prevent harm to others. His own good, either physical or moral, is not a sufficient warrant” - John Stuart Mill, On liberty
Sempre houve, ao longo da história, pessoas que desenham um Homem Ideal e imaginam um mundo de exemplaridade, em que todos os indivíduos obedecem a esse Ideal. Foi assim que se proibiu o álcool, nesse episódio lamentável para a história da liberdade que foi a "Lei Seca", nos EUA.
Estas pessoas - que dão pelo nome de Proibicionistas - estão de volta, desta vez com um novo Homem Ideal: o Homem Saudável.
O Homem Saudável não fuma. Nem exala vapor . O vapor não é perigoso para os outros, e é menos perigoso do que o fumo para o próprio, mas tem um enorme defeito: não é fumo mas parece que é fumo. Ora, o Homem Saudável não fuma nem faz nada que se pareça com fumar.
Se da sua boca não sai fumo nem vapor, não pense que está a salvo. É que o Homem Saudável também não bebe álcool, nem ingere açúcar em excesso, nem refrigerantes, nem fast-food, nem… faz qualquer outra coisa que o afaste do Ideal.
Exagero?
Em Janeiro de 2014, no Reino Unido, surgiu uma nova ONG, chamada “Action on Sugar”, que iniciou uma campanha com o mote: “O açúcar é o novo tabaco” - incitando a que fossem aplicadas ao açúcar as mesmas medidas que foram aplicadas ao tabaco: mais impostos, avisos nas bebidas, etc.
Aproveite a sua ... bebida/comida/... ... enquanto pode.
Exerça e lute pela Liberdade, Prazer, Privacidade, Direito, Cidadania, ... e Responsabilidade.
Quando se não tomam medidas as situações agravam-se
Já tinhamos referido aqui, no Luminária, a propósito do esfaqueamento de jovens em visita a Lisboa aquando das festas populares da cidade, precisamente na noite de Santo António, tendo um deles sido obrigado a delicada cirurgia e internamento hospitalar de cerca de quinze dias.
O processo-crime e a respectiva queixa, apresentada junto dos serviços de segurança foi arquivada sem que qualquer responsável tivesse sido encontrado e responsabilizado.
Agora foi um morto além de um policia ferido, após troca de tiros no Lumiar, em Lisboa conforme a própria policia confirmou. A vítima mortal será um dos ladrões, tendo o outro sido detido.
Após o tiroteio que ocorreu ao início desta tarde, na Azinhaga da Cidade, freguesia da Ameixoeira em perseguição de dois indivíduos que teriam roubado uma viatura de passageiros.
A excessiva passividade da justiça associada ao agravamento económico e social tornam, como é evidente, a cidade menos segura que urge colmatar com mais regular policiamento bem como a adopção de medidas socioeconómicas mais responsabilizantes dos jovens em particular e dos cidadãos em geral.
Cimeira da NATO - blindagem organizativa [publicado por AG]
A Cimeira da NATO (ou OTAN) correu impecavelmente.
O país mostrou, mais uma vez, que sabe organizar. Como alguém disse, falta mostrar que se sabe organizar.
Fez bem o Primeiro Ministro em correr a agradecer à PSP o esforço organizativo que garantiu a segurança da Cimeira. Ainda mais notável quanto falharam os esperados blindados - que afinal não fizeram falta nenhuma.
Mostrar que o país se sabe organizar implica agora não passar uma esponja pelo que falhou.
Convem que se apure quem foi responsável pelo falhanço dos blindados: quem decidiu encomendar, quando, como, porquê, havendo a possibilidade de os pedir emprestados à GNR. Como os vamos pagar e a quem, através de que engenharia financeira?
Mostrar que o país se sabe organizar implica que alguém assuma responsabilidades no MAI.
Implica não continuarmos a blindar a irresponsabilidade.
Lá fora os policiais fazem valer a segurança que é exigida às democracias para que as democracias sobrevivam à fúria dos príncipes da liberdade.
Exagerada, diz o cidadão que não conseguiu arrumar o carro no perímetro de segurança do hotel aqui ao lado, adequada, diz o homem de fato cinzento que passa com um pingarelho atarraxado na orelha.
Portugal, terra de brandos costumes que já viu morrer um líder no hall de um hotel do Algarve e que já viu muitas outras coisas barbaramente brandas acontecerem,
é o anfitrião das principais democracias mundiais.
O que se vai discutir é do âmbito do conceito democrático. O que se vai decidir é o que os eleitos pelos seus povos estão universalmente mandatados para decidir. Teremos de estar de acordo com todas as decisões? Não, seguramente não. Teremos direito a manifestar o nosso desacordo? Certamente. Sabemos quem paga aos grupos internacionais profissionais da agitação que já abancaram por cá há uns dias? Temos uma ideia.
A democracia também se faz na rua. Para a fazer e para assegurar a sua sobrevivência temos de montar um esquema de segurança destes? Claro que sim.
Oxalá todos (forças de segurança e cidadãos) se saibam comportar como democratas. Oxalá os meios que passaram a equipar as forças de segurança sirvam, agora e sempre, para defender os cidadãos.
LNT
A avaliar pelo número de mortes nas estradas portuguesas o “Chisp” das matrículas já não é nenhuma porcaria, até porque usar o “chisp” passou a ser voluntário tal-qualmente com parece suceder com a grande maioria de mortes. Este ano já ultrapassa os 490.
Problema grave é mesmo o facto de terem de ser pagos e não são amortizáveis ao contrário de morrer, amortizável e não paga.
Não há nada que pague uma vida. Pouca gente se lembra disso quando agarrado ao volante.