Segunda-feira, 20.07.09

Quando nas eleições autárquicas de Dezembro de 2001 se candidatou à Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Santana Lopes não tinha a mínima perspectiva de vir a ganha-las.

Também é certo que quando os eleitores lisboetas lhe acabaram por dar a vitoria (ainda hoje está por confirmar se verdadeira, é que as duvidas nunca foram, cabalmente esclarecidas) ignoravam completamente no que se iria tornar a cidade de Lisboa sob a irresponsável governação, do ora entra ora sai, entre Carmona Rodrigues e Santana Lopes. A capital ficou num completo caos de obras paradas, Lisboa perdeu, totalmente, a credibilidade junto de fornecedores e credores. O município entrou em num desalinho colapso completo, assim como um total desgoverno nos serviços e departamentos.

Entre o desgoverno da cidade, onde regressou à presidência da Câmara Municipal por mais seis meses, na sequência da queda do seu (des)governo do País e da derrota do PSD nas eleições legislativas de Fevereiro de 2005, Santana Lopes foi tendo mais alguns devaneios nocturnos próprios de um “jovem” irrequieto que passa a vida a “andar por aí”. Há quem, à boca pequena, lhe chame o “Berlusconi Lisboeta” e se a população da cidade se distrai-se a dar-lhe, outra vez, o comando da capital corríamos o risco de ver o Salão Nobre dos Paços do Concelho transformado numa sala de striptease.

Quem não se lembra do exemplo foi o esbanjamento dos dinheiros públicos, inclusivamente em viaturas de que o famigerado AUDI de 120.000€ vendido em hasta pública ao fim de seis meses por menos de metade do preço?

Seria mau, seria aberrante que depois de tudo o que sucedeu à cidade e a muitas empresas que, por falta de pagamentos por parte do município, entraram em falência arrastando com isso algumas centenas de trabalhadores no desemprego, os lisboetas recaírem no mesmo logro.

Por mais curta que pudesse ser a memória, ela não será tão fraca que permita aos eleitores esquecerem a grave situação de total perda de credibilidade, local, nacional e mesmo no plano internacional em que a Capital do país foi colocada pela coligação santanista, a mesma que agora é reeditada.

Apesar dos enormes esforços realizados pela actual vereação conduzida pelo agora Presidente António Costa e, também, da recuperação da credibilidade, da retoma da execução das obras anteriormente paradas, do pagamento quase total das dívidas de curto prazo e renegociação das de médio e longo prazo, ainda cheira a putrefacção santanista. Estão por resolver entre outras as obras do Parque Mayer, de vários parques e jardins, a feira popular, sem esquecer que os amantes desse icon da cidade continuam sem outro espaço característico de Lisboa como era aquele.

Os eleitores sabem avaliar e saberão optar pela solução mais segura, mais séria e mais credível para o governo da cidade votando, maioritariamente, em António Costa e na equipa por si liderada. Este já deu provas de que merece essa confiança.



Publicado por Zé Pessoa às 00:05 | link do post | comentar | comentários (4)

Terça-feira, 14.07.09

António Costa, disse e assumiu que, nas circunstancias que eram conhecidas (convém não esquece-las) de verdadeiro descalabro e desnorte, que incluíam acusações mutuas entre Carmona Rodrigues e Santana Lopes de desgovernação da cidade, nestes dois anos de mandato não faria, porque não podia, qualquer obra de relevo que não fosse o de recuperar a credibilidade da câmara, o arrumar da casa, o saldar as dividas e fazer o saneamento financeiro, alem de disciplinar os serviços. Fez tudo isso e ainda consegue, quando quase toda a gente acha um erro político, fazer o saneamento básico de despoluição do Tejo, para onde continuam a ser despejados os esgotos de mais de 100 mil lisboetas. Se isto não é obra então o que será?

Não foi, nem será, por acaso que um icon da nossa “canção nacional”, o fado, como é Carlos do Carmo aceita representar o candidato como seu mandatário. O fadista que, segundo ele próprio, representa a quinta geração de lisboetas não deixa os seus créditos por mãos alheias, é exigente e assume-se como um “provedor” de Lisboa e de quem aqui vive e trabalha junto de António Costa e respectiva equipa para que não resvalem nos seus compromissos com as pessoas e com a cidade.

Ontem na apresentação da recandidatura “Unir Lisboa” Carlos do Carmo não deixou de referir alguns dos desígnios desta cidade metrópole e de recomendar algumas preocupações a incluir na “Carta de Intenções” ou “Programa Eleitoral” a ser sufragado pelos eleitores e que António Costa já deu provas de cumprir.

Tal como no caso das legislativas, torna-se necessário votar no PS por falta de alternativa credível, (não se pode votar em quem afirma querer rasgar tudo ou pretender suspender a democracia por seis meses) também em Lisboa a solução é votar em António Costa que deu provas de arrumação municipal, credibilização do município, honra nos compromissos, engrandecimento da Capital e respeito pelas freguesias e fregueses.

O Dr. PSL do PSD constitui uma putrefacção que continua a “andar por aí”, que nem gripe suína, a tentar apanhar os incautos, os distraídos e falhos de memória que se tenham esquecido dos malefícios e pragas deixadas na Figueira da Foz, em Lisboa e pelos lados de São Bento onde foram feitas algumas, faustosas, diabruras.



Publicado por Zurc às 16:48 | link do post | comentar | comentários (3)

Domingo, 12.07.09

…O Dr. Santana Lopes tem um dificílimo problema com a realidade. Acha que fez obras que não fez e acha que não fez dívidas que fez. Não é uma questão de opinião: basta ir ler os relatórios que o Tribunal de Contas produziu sobre as contas da gestão de Santana Lopes. Está lá dito com toda a clareza. O endividamento galopante a fornecedores iniciou-se com o Dr. Santana Lopes e desenvolveu-se com o Dr. Santana Lopes. Entre 2001 e 2004 quadruplicou a dívida a fornecedores e duplicou o passivo da câmara. E, ao contrário do que diz, não é por incorporação de dívidas anteriores, designadamente da Parque Expo. O Dr. Santana Lopes também gosta muito de falar de obras que não foram feitas. Dos 92 prédios entregues à EPUL para reabilitação quantos foram reabilitados? Cinco! Nas mega empreitadas em Alfama, Mouraria, Castelo, foi 80% da verba gasta e nem 40% recuperado. Sabe porquê? Porque foi tudo feito sem projectos, sem orçamentação e muitas das obras estão paralisadas desde 2004 por falta de condições financeiras para serem prosseguidas. A câmara deslocou os moradores para fora dos bairros e estamos a pagar um milhão de euros por ano de realojamentos sem que as obras estejam a ser feitas nas casas! A última coisa que pode passar pela cabeça de alguém é querer voltar à irresponsabilidade que caracterizou a câmara entre 2001 e 2004. É muito fácil estragar, é muito difícil voltar a arranjar…

[António Costa, i.]



Publicado por JL às 23:19 | link do post | comentar | comentários (1)

Quarta-feira, 08.07.09

Vai votar em António Costa?

Sim. Prefiro o António Costa ao Santana Lopes, embora o Santana Lopes me divirta muito mais. Mas ele só me diverte quando está fora do poder, no poder é um irresponsável.

[Maria Filomena Mónica, i]



Publicado por JL às 00:02 | link do post | comentar | comentários (1)

Terça-feira, 07.07.09

E, entretanto, não obstante termos um bom presidente, ainda por cima de ascendência goesa, facto que não é despiciendo, corremos o risco de ver na Câmara de Lisboa um basbaque que já lá esteve e tratou o município como o seu reino de brincar ao faz de conta.

O Pedro Santana Lopes, com as devidas distâncias, que são muitas, é o nosso Sílvio Berlusconi.

Apesar da mediocridade já demonstrada, há sempre quem lhes admire a beleza alvar dos traços, a virilidade própria dos fodilhões serôdios, a oratória brilhante, a demagogia dos discursos, a megalomania dos projectos, o amor aos pobrezinhos e às velhinhas, a saudade pelos tempos de antanho onde tudo era decente e genuíno.

Não havia cá pretos, castanhos e chineses e os teatros de revista estavam cheios de coristas anafadinhas e obedientes. Outros tempos. Comia-se um bom bife na Portugália e podia passear-se na Baixa sem preocupações.

A verdade é que o nosso menino guerreiro segue, com sucesso, as pegadas do il cavalieri, imitando-lhe o charme e o populismo.

São tantas as qualidades e os atributos, que os eleitores, cansados de políticos cinzentos e sisudos, votam neles.

A democracia tem destas coisas.

Há um certo apreço pelo que é grotesco e imundo.

A falta de vergonha compensa quase sempre.

[Ana Cássia Rebelo, Ana de Amsterdam]



Publicado por JL às 00:43 | link do post | comentar | comentários (19)

Domingo, 05.07.09

Juntar numa mesma frase Santana e túnel só pode dar um resultado: polémica. Bastaram poucas horas sobre a formalização da candidatura do cabeça-de-lista do PSD à câmara de Lisboa para que a contestação tenha rebentado. "O dr. Santana Lopes está a propor a criação de uma via rápida subterrânea a passar pelo centro da cidade. É uma espécie de Eixo Norte-Sul no coração de Lisboa. Qualquer engenheiro de transportes independente sabe que isto é um perfeito disparate. É tudo o que não se deve fazer." É assim que reage Fernando Nunes da Silva, professor de urbanismo e transportes no Instituto Superior Técnico.

Ainda o dossier do túnel do Marquês não está encerrado - há uma auditoria do Tribunal de Contas em curso e 23 milhões de euros por saldar de diferendo entre a Câmara e o construtor - e já Santana segue em frente e anuncia que, se for eleito para Lisboa, vai fazer uma ligação subterrânea entre o Saldanha, a Fontes Pereira de Melo, o Campo Grande e o Campo Pequeno.

Para Fernando Nunes da Silva, há um mérito: "Pelo menos tem uma vantagem. Está igual a si próprio. Primeiro anuncia, só depois estuda". O especialista considera que o túnel do Marquês foi um disparate, o próximo é "a continuação do erro". "Em vez de desviar o trânsito para as vias circulares de Lisboa - o Eixo Norte-Sul e a Segunda Circular - atrai o tráfego para o centro", critica.

O técnico em transportes diz que o túnel do Marquês de Pombal trouxe uma grande melhoria, mas apenas para os habitantes de Cascais. Em Lisboa não resolveu nada, em particular os dois pontos críticos: a Fontes Pereira de Melo e a Braamcamp.

"Como a avenida da Liberdade é a única opção entre o rio e o outro lado da cidade", os automóveis chegam ao fim da artéria e permanecem "porque não há capacidade de escoamento. "Não é o fluxo de carros, é o constante pára e arranca a subir que torna a avenida da Liberdade a mais poluída do país". Um segundo túnel no Saldanha está longe de ser a solução. "É um desperdício de dinheiro para resolver problema nenhum."

Nos anos 80, o projecto da câmara de Lisboa para o Saldanha visava tornar "o local num espaço de fruição, com passeios largos e arborizados, locais de estar e apreciar uma das mais desafogadas vistas da cidade", lembra Manuel João Ramos, presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M). Vinte anos depois, é uma zona essencialmente rodoviária e, com as obras do metro, de difícil movimentação dos peões. Um novo túnel significaria ainda mais trânsito. "Não vejo outro nome para isto a não ser irresponsabilidade", diz.

José Manuel Viegas, do Instituto Superior Técnico, lembra que este túnel já estava previsto no plano de 2005 sobre a mobilidade em Lisboa. "Considerámos que era uma opção que merecia ser estudada", refere, acrescentando que ainda hoje "vale a pena olhar para isto". Porém, para o especialista, caso Santana ganhe, a primeira fase do mandato deve ser aproveitada para estudar. E só depois decidir uma eventual construção.

"À partida, a vantagem seria tornar aquele eixo central mais fluido", defende. A avenida de Berna era, na altura, a artéria mais congestionada de Lisboa. Uma passagem subterrânea permitiria resolver cruzamentos complicados da Av. da República, como o da João Crisóstomo. "Era bom ter sido feita ao mesmo tempo que as obras do metro; permitiria poupar muito dinheiro. Agora o buraco para o metro já está fechado". Sobre o excesso de automóveis que um novo túnel poderá trazer, responde que essa questão só se resolve com menos estacionamentos.

O cruzamento com o metropolitano pode ser um problema. As obras do túnel do Marquês estiveram paradas durante sete meses devido à providência cautelar interposta por Sá Fernandes - por ausência de um estudo de impacte ambiental e porque poderia prejudicar estruturas do metro e do Aqueduto das Águas Livres. Agora, o túnel do Saldanha que Santana projecta poderá ter "problemas grandes por causa das estruturas do metro. Ainda por cima, agora com a extensão da linha. Santana vai bater outra vez com a cabeça no metro", defende Manuel João Ramos.

"O tráfego na Fontes Pereira de Melo e na Avenida da Liberdade nunca esteve tão mal. Se o túnel do Marquês tivesse vindo resolver o problema do trânsito não era preciso outro". Para o presidente da ACA-M, a construção de um túnel tem um "efeito bola-de-neve" porque há uma "duplicação de via, logo uma duplicação de oferta. É o que se chama tráfego induzido - a oferta traz procura." E quanto mais procura, mais trânsito, mais túneis. Manuel João Ramos afirma que ao túnel do Saldanha seguir-se-ão outros e que a hipótese já é falada no Técnico: "Fala-se de outro túnel no Campo Grande, com a Alameda das Linhas de Torres." O tal efeito bola- de-neve, segundo Manuel João Ramos, resultaria noutra passagem subterrânea no Campo Grande e com a saída da António Augusto Aguiar ainda outro que desembocaria no El Corte Inglés. [i]



Publicado por JL às 11:17 | link do post | comentar

Quinta-feira, 02.07.09



Publicado por JL às 11:41 | link do post | comentar | comentários (1)

Quarta-feira, 01.07.09



Publicado por JL às 18:00 | link do post | comentar | comentários (2)

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