Estado da Nação
(por Luis Borrega Toscano, 7/7/2015, 365forte)
Os 7 Pecados Capitais do Governo
A mentira é o Alfa e o ómega, o Zénite e nadir da ação governativa da direita no Governo.
Os portugueses sabem como começou, quando Passos e o PSD prometeram, durante a campanha, não subir impostos, nem cortar nas pensões e salários.
Sabem também como se desenvolveu, quando durante 4 anos: destruíram mais de 400 mil empregos, aumentaram as desigualdades, atiraram o país para níveis de pobreza de há dez anos, empobreceram o país e regrediram as condições de vida dos portugueses para níveis de 1990!! Aplicaram cortes brutais na Educação, cortaram o dobro na Saúde (sim, o dobro!) do acordado com a Troika e colapsaram a Justiça.
Mentiram quando bradaram aos céus que o Novo Banco não traria 1 cêntimo de custo para os portugueses e que o défice estava controlado (as perdas começam nos 1000 milhões! e o défice pode ir aos 6%).
Mentem quando se regozijam com quatro intensos anos de reformas estruturais. Incentivos à emigração? É mito urbano, mesmo tendo a taxa de população emigrada mais alta da União Europeia!
O desinvestimento no conhecimento e na ciência infelizmente não é mentira.
Mas os portugueses já sabem como vai acabar, quando Passos e Portas, não tendo um mínimo de vergonha, vêm agora declarar guerra às desigualdades e até negam que o seu governo tenha atingido os cidadãos mais vulneráveis. E preparam-se para continuar a tratar os portugueses por tolinhos quando em Bruxelas defendem mais cortes e em Lisboa juram o seu oposto, quando tentam dar um ar de elevação para logo a seguir mostrarem do que são feitos. Com mentiras não acautelaram os interesses de todos os portugueses, e com mentiras aumentaram a dívida e querem continuar o PREC da direita (Processo de Raspagem do pote Em Curso).
A mitomania é mesmo a marca de água destes senhores. Só que a água quer-se límpida. E este Governo joga muito sujo.
A expiação essa, pode esperar pelo menos mais quatro anos.
2015-07-04, PuxaPalavra
Pacheco Pereira denuncia o roubo das privatizações de Passos Coelho
"O relatório do Tribunal de Contas sobre a EDP e REN, foi arrasador para o Governo e, consequentemente, quase ignorado na imprensa.
Entre outros factos, o relatório refere que "a participação de 21% na EDP vendida por 2,2 mil milhões de euros rendeu ao Estado, em 2012, 144 milhões de euros em dividendos.
Se se tivesse mantido, a longo prazo, mesmo tendo em conta os custos da dívida pública, esta participação tinha um potencial de rendimento, uma "renda perpétua", na ordem dos 3,8 mil milhões de euros.
Numa "ótica financeira", com esta venda da EDP, a "perda de valor para o Estado ascendeu a cerca de 1,6 mil milhões de euros"."
Publicado a 02/07/2015
Categoria Notícias e política Licença Licença padrão do YouTube
A REDACÇÃO DA VACA A BOMBAR
A vaca, perdão Portugal, é um bonito país. Tem sol e mar, areias, velhos monumentos, bons costumes, eucaliptos, pastéis de Belém, e tuk tuks. Em Portugal, as plantas crescem para cima, mas se for preciso, com a força de vontade dos portugueses, também crescem para baixo. Nós podemos sempre fazer o que queremos, diz o ministro do "bombar". É só força de vontade, que para os portugueses não há dificuldades. Não somos gregos. Mas eu queria isto… Não pode ser, temos de ser prudentes. Sábio Governo. Mas eu tenho direito a isto… Não pode ser. Isso dos direitos já não se usa. Tinha, mas já não tem. Isto é que é um Governo moderno despachado, desenvolto, atirado para a frente, que deu bom nome à lei da selva. Obrigado, vaca, digo, Governo.
Para o sol chegar a mais lados, deixou de haver árvores a não ser eucaliptos, que cheiram bem. Na parte de trás do País, aquilo que se chama interior, há uma doença, a interioridade, mas não afecta as costas, por isso podem ir à praia à vontade. Também não vive lá muita gente. A sábia política do nosso Governo tem sido despovoá-lo, acabando com a política retrógrada dos arcaicos e velhos Reis portugueses. Antes ser "povoador" era uma honra, hoje é ser "despovoador". A vaca, digo, o Governo, tem feito uma política muito competente para despovoar. Acabaram as estações dos correios e o correio só aparece uma ou duas vezes por semana. Acabaram os postos de saúde. Acabaram os tribunais. Acabaram muitos serviços públicos, existem umas lojas de cidadãos a 30, 50, 100 quilómetros. Reanimou-se a oferta de táxis para estas deslocações, e, além disso, vir de Guadramil para Bragança, dá muito cosmopolitismo, os velhos sempre saem de casa para ver o mundo. Isto é que são preocupações sociais. Nenhum louco abre uma empresa nestes sítios. Não há problemas pode vir para um "ninho de empresas" num centro comercial em Lisboa, recebe uns subsídios do Impulso Jovem e, depois, é só mostrar o seu "empreendedorismo" e inventar o moto -contínuo. As leis da Física dizem que é impossível, mas desde quando é que a entropia foi um problema para os portugueses?
Depois, é um gosto passear pelas cidades de Portugal, a começar por Lisboa. Tantos cartazes de "vendido", na Assembleia, nas paragens de autocarro, nas estações de Metro, nas caixas da EDP! Isto é que é reanimação da economia para acabar com as profecias dos Velhos do Restelo. Tudo se vende e é bom seguir o exemplo da Remax. Sempre podiam colocar a fotografia do vendedor, que tanto prédio, comboio, autocarro, linha eléctrica, barragem, aeroporto, porto, vende! Lá teríamos de novo a vaca, corrijo, os senhores ministros a sorrir babados de sucesso.
Essa banda de maus portugueses, a chamada "oposição", anda para aí a distribuir fotografias caluniosas da vaca, em que apenas um mamilo de uma teta escorre para o balde colectivo do povo e o resto vai em tubinhos da ordenhadora não se sabe bem para onde. Eles dizem que sabem, mas é calúnia de certeza. A vaca é boa, a vaca é úbere, a vaca tem as cores nacionais na lapela, a vaca ri, como diz o nosso Presidente da República, e uma marca francesa de queijos, de tanta felicidade. Ser portuguesa!
Mas está tudo tão bem que até dói. Pleno emprego em 2300, não está mau. IRS a 4%, em 2500, e só não se acaba com ele por prudência. Sábio Governo, de novo, que não quer prescindir de nenhum "instrumento", para poder continuar a fazer da nossa vida "um exercício".
Bebés já há muitos desde que o nosso preclaro Governo, seguindo as mais modernas tendências do "admirável mundo novo", cultiva embriões in vitro e faz nascer as crianças numa proveta com líquido amniótico. As quotas são correctas: em cada 10, seis são brancas, três pretas, meia criança amarela e outra meia para o resto das raças. Os ciganos protestam porque só há 1% de criança cigana, ou seja não nasce nenhuma, mas isso é povo do RSI, não deviam ter direito à palavra. A vaca é que sabe. São excelentes notícias para a emancipação feminina, acabamos com a maldição de Eva. Depois de saírem da proveta as crianças vão ser educadas por hipnopedia, para não terem trabalho a estudar e poderem ser "jotas" mais cedo sem terem a preocupação de disfarçarem uns diplomas manhosos. Agora o diploma tira-se a dormir em 60 noites e não há mais 'casos' ...
A REDACÇÃO DA VACA A BOMBAR
A vaca, perdão Portugal, é um bonito país. ...
...
...
...e não há mais "casos" nem Sócrates, nem Relvas.
Os velhos vão ser reeducados para morrer mais cedo e não pesarem nas gerações futuras.
Na Europa já se diz que o século XXI é o "século português" tão admirada é a vaca, digo, o nosso belo país.
Os turistas chegam cá e gritam de excitação "what a beautiful cow, I’m sorry, what a beautiful country". Os mais letrados acrescentam "Is this Utopia?"
Não tenham dúvidas. A água é sempre cristalina. O céu sem nuvens. As ruas limpas.
A segurança alimentar impecável, ou seja, não lhe vão dar a comer um qualquer ciclóstomo pré -histórico.
Os animais são respeitados religiosamente, com excepção dos gatos pretos que representam o demónio e os demónios, como se sabe, governam a Grécia.
Pode andar nas ruas sossegado às 3h da manhã que a nossa vaca, mais um engano, as nossas autoridades, colocam um batalhão de comandos à volta.
E só não há trabalho porque não é preciso trabalhar para nos dedicarmos à cultura gastronómica muito em moda nestes dias.
Ou ser costureiros, o que dá uma comenda rapidamente.
Tudo é bom, tudo é deles e nada é nosso.
É uma forma de comunismo dos cidadãos esclarecidos que acreditam nas virtudes purgantes da pobreza.
Razão tinha esse percursor do nosso futuro, António de Oliveira Salazar. Pobres mas honrados. E muito limpinhos, na casa dos pobres.
Sem bens somos mais felizes, desprovidos das tentações do mundo, vemos a vaca como ela deve ser vista, radiosa, cheia, opulenta, pujante, brilhando no escuro de tanta felicidade que dela emana, sempre a bombar.
Vejam lá se eu não sou capaz de dizer bem da vaca.
Vá lá convidem-me para o Governo, bem mereço.
(J. Pacheco Pereira, Sábado, via Abrupto, 4/7/2015)
De Segurança Privado + idas ao pote a 13 de Julho de 2015 às 18:09
Os Malucos do Riso vs. Os Amigos do Pote
(por josé simões, derTerrorist, 11/7/2015)
(passos coelho.jpg com boné de polícia )
«MAI contrata seguranças privados para guardarem polícias», podia ser um sketch de mais um episódio de humor básico-manhoso dos Malucos do Riso mas não, é só mais uma etapa do percurso, iniciado em 2011 pelos Amigos do Pote, no assalto ao Estado e no saque ao dinheiro dos contribuintes.
«Ministério das Finanças autorizou despesa superior a 3,3 milhões de euros».
Cortar nas gorduras do Estado e fazer mais com menos foram, em 2011, recuperadas outra vez para 2105, as bandeiras do PSD e do CDS, traduzidas em cortes no subsídio de desemprego – no valor e na duração temporal, cortes no Rendimento Social de Inserção, cortes no Complemento Solidário Para Idosos, cortes na saúde e na educação, aumento de taxas e de impostos. Não há dinheiro para nada, a menos que seja para negociatas com clientela político-partidária vária, sempre à sombra do guarda-sol do Estado. “Há que aliviar o peso do Estado da economia”, eis outro mito urbano jamais saído da boca de Pedro Passos Coelho.
Esta direita que nos governa, despreza – por maltratar e malbaratar, o dinheiro do contribuinte em seu proveito, não zela pelo interesse do Estado. E merece ser punida por isso.
Memória (IX)
Pedro Delgado Alves (ontem, no Debate do Estado da Nação)
«1. O sujeito - Pedro Passos Coelho - que aumentou o IVA da restauração e da energia, e queria aumentá-lo outra vez para reduzir a TSU das empresas,
diz que foi só uma recomposição do cabaz de bens?
2. O sujeito - Pedro Passos Coelho - que retirou o RSI e o abono de família a milhares de pessoas e reduziu as prestações do RSI e do complemento solidário de idosos
diz que os cortes não afetaram os mais pobres?
3. O sujeito - Pedro Passos Coelho - que só não cortou nos salários e pensões a partir de 600-700 euros e só não cobrou impostos sobre o subsídio de doença e desemprego porque foi impedido pelo Tribunal Constitucional,
diz que os cortes não afetaram os mais pobres?
4. O sujeito - Pedro Passos Coelho - que é o primeiro-ministro do país que viu sair meio milhão de emigrantes nos últimos quatro anos,
diz que é falso que tenhamos tido mais emigrantes do que a Espanha ou a Irlanda?
5. Chamem-lhe o que ele é, senhoras e senhores deputados socialistas, senhores e senhoras porta-vozes do PS, chamem-lhe mentiroso, aldrabão, indiferente ao sofrimento do seu próprio povo e indigno das funções que exerce!
Chamem-lhe o que ele é, não tenham medo!
Ou pensam que ganham a luta com vénias e salamaleques?»
Augusto Santos Silva (via Câmara Corporativa)
(via Nuno Serra, Ladrões de B., 9/7/2015)
------ Isso agora é o que menos importa
( por josé simões, )
(cartas.png)
Como o quando e o onde já sabemos, o que interessava agora saber é o "quem, como e porquê" ganhou 100 milhões de euros (*) sem mexer uma palha, sem criar um posto de trabalho, sem investir na economia real, sem produzir absolutamente nada, sem beneficio para a economia e para a sociedade, sem sair de casa, só com especulação. Pedro Passos Coelho gosta disto, é o mercado a funcionar, diz. E estas, sim, é que são as "regras do jogo" que importa mudar.
(* - http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/fidelidade_perde_100_milhoes_com_o_colapso_nas_accoes_chinesas.html
A forte queda castigou as acções da Fosun, dona da Fidelidade que também viu a sua carteira de títulos chineses perder valor. Encolheu em mais de 100 milhões de euros com o "pânico" vivido na bolsa de Xangai.
Após várias sessões marcadas por quedas expressivas, a bolsa de Xangai regressou aos ganhos. Mas provocou "estragos" avultados. Empresas como a Haitong, dona do BESI, mas também a Fosun, que controla a Luz Saúde ...)
------ Carlos Tavares : "Casos BCP, PT e BES tiveram efeito devastador" no mercado
------Governo espanhol reduz IRS para estimular crescimento económico
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------O que eu queria ouvir António Costa/ PS dizer
(por josé simões, 10/7/2015,http://derterrorist.blogs.sapo.pt/ )
Era que uma vez primeiro-ministro de um Governo do Partido Socialista uma das suas primeiras tarefas era a de
restituir ao Estado uma das suas mais nobres funções – o social,
e de meter mãos à obra para desmantelar o Estado paralelo ao Estado, criado nestes 4 anos de governação PSD/ CDS, com as transferências do Orçamento do Estado para as IPSS’s e outras organizações da caridadezinha,
umas mais outras menos, heterónimos da Igreja Católica, assente no argumento, mentiroso, mais um, de que são quem está no terreno e que chega mais rápido às pessoas, sem perda de sinergias, por melhor as conhecerem, mas
que mais não fazem do que duplicar funções e alimentar e engordar toda uma nova classe que se alimenta da nova indústria da miséria alheia.
Somos a próxima Grécia
(Nicolau Santos, in Expresso, 11/07/2015)
https://rcag1991.wordpress.com/2015/07/11/somos-a-proxima-grecia/
Não vai acontecer já amanhã, mesmo que a Grécia venha a sair do euro.
Nem é responsabilidade específica do atual Governo ou dos anteriores, apesar dos erros próprios e da má fortuna.
A verdade nua e crua é que o euro, da forma como está construído, leva inevitavelmente ou ao enorme endividamento dos países periféricos, colocando-os numa situação insustentável,
ou só se pode permanecer nele pagando durante décadas com elevadas taxas de desemprego, reduções drásticas dos custos de trabalho e empobrecimento das famílias,
venda de ativos, esmagamento do Estado social e forte emigração dos quadros qualificados.
A Grécia pode ser salva in extremis, mas não tem salvação.
Portugal só se manterá no euro se continuar mansamente a definhar económica, social e culturalmente, vendo degradar inexoravelmente os seus índices de bem-estar.
E Espanha e Itália também sentirão enormes problemas para se manterem na Eurolândia.
E tudo isto porque as condições essenciais para a existência de uma moeda comum implicavam a livre circulação de trabalhadores e capitais, a flexibilidade de preços e salários, a coordenação dos ciclos económicos e um mecanismo federal que compensasse os choques assimétricos.
Contudo, nunca o pensamento dominante na Europa admitiu alguma vez a existência de fundos que permitissem compensar os tais choques assimétricos.
Pelo contrário, a Alemanha e os que alinham com Angela Merkel e Wolfgang Schäuble sempre entenderam isso como uma forma de premiar os Estados gastadores do sul, sendo a alternativa aplicar-lhes programas punitivos de austeridade.
Esta visão não é compatível com uma zona económica integrada, onde há diferentes estruturas produtivas e onde os choques externos têm consequências completamente diferentes
que ou são compensadas por via de transferências ou agravam cada vez mais as desigualdades no interior da União.
Este euro só pode produzir, para os países do sul, ou a expulsão da moeda única ou um lento mas inexorável definhamento
Acresce que o pensamento neoliberal que domina a Europa é extremamente generoso para os movimentos de capitais.
Daí que tenha sistematicamente fechado os olhos à existência de paraísos fiscais no interior da zona euro, permitindo a Estados-membros fazerem concorrência desleal por via fiscal.
O resultado disto vê-se, por exemplo, no facto de a quase totalidade das empresas do PSI-20, as maiores de Portugal, terem a sua sede noutros países,
onde pagam os impostos resultantes de lucros que obtiveram no nosso país — o que fragiliza ainda mais, agora do ponto de vista fiscal, os países periféricos.
Estas falhas, involuntárias ou intencionais, na construção do euro, têm outras consequências.
Um país com menos receitas tem de reduzir os apoios sociais e as verbas para a investigação e desenvolvimento.
Para ser competitivo tem de baixar os custos salariais, através do aumento do desemprego e do enfraquecimento da contratação coletiva.
Salários mais baixos significam que os melhores quadros, cientistas e investigadores emigram para onde tenham melhores condições.
E tem de vender as suas melhores empresas porque o capital interno escasseia.
Este euro, sem novos mecanismos, só pode produzir, para os países do sul, ou a inevitável expulsão da moeda única ou um lento mas inexorável definhamento.
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