Quarta-feira, 29 de Janeiro de 2014
Obama e o estado da Uniâo: Há quem não se engane no sentido da agenda para sair da crise
(por estas bandas, em vez de estadistas temos políticozinhos fantoches ... ao serviço da alta finança e grandes grupos económicos)
** [ Obama, presidente democrático dos EUA : "O nosso trabalho é reverter estas tendências. ... propostas concretas, práticas para apressar o crescimento (investimento público e privado, ... para o desenvolvimento económico e social), fortalecer a classe média, e criar novas 'escadas' de oportunidade (para os cidadãos pobres ascenderem) até a classe média" ].
O papa Francisco criticou hoje "a dramática praga social" da usura, que ameaça tantas famílias, durante a audiência geral na praça de São Pedro.
"Quando uma família não tem dinheiro para comer porque tem que pagar o empréstimo a usurários, isto não é cristão, é desumano",
disse o papa, ao saudar uma associação que combate a usura, presente na audiência.
Francisco pediu às instituições que trabalhem para apoiar as vítimas desta "dramática praga social que fere a dignidade das pessoas".
Numa outra saudação, o papa argentino disse aos trabalhadores da fábrica 'Shellbox' de Castelfiorentino (no centro de Itália), que atravessa dificuldades económicas, que
"o trabalho é o manancial da dignidade", insistindo que essa "deve ser a principal preocupação de todos".
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Janet Yellen, que assume no sábado a presidência da Reserva Federal (Fed), banco central norte-americano, é considerada uma economista respeitada e PREOCUPADA sobretudo com o DESEMPREGO e o crescimento.
Yellen, de 67 anos, vai tornar-se a primeira mulher a presidir à Fed, instituição onde passou boa parte da sua carreira e na qual ocupava até agora o cargo de vice-presidente.
Será também a primeira democrata na liderança da Fed desde a saída de Paul Volcker em 1987.
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isto deveria entrar nas cabeças duras de todos os governantes, empresários e políticos...
Obama
denúncia do alargamento do FOSSO entre os mais ricos e os mais pobres.
“Os que estão no topo nunca estiveram tão bem. Mas os salários médios pouco se alteraram.
A desigualdade aumentou.
A mobilidade ascendente estagnou.
O facto é que, mesmo no meio da recuperação, demasiados americanos estão a trabalhar mais do que nunca apenas para sobreviverem.
E muitos outros não estão sequer a trabalhar. A nossa função é reverter estas tendências”, disse Obama.
Para cumprir esses objectivos, prometeu que 2014 será “um ano de acção” – nem que para isso tenha de contornar o Congresso através da assinatura de ordens executivas.
O primeiro exemplo já tinho sido avançado pelos meios de comunicação social horas antes do discurso, mas o Presidente norte-americano carimbou-o perante o país, ao anunciar o AUMENTO do SALÁRIO MINIMO para os funcionários de empresas com contratos com o governo federal.
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Ao Congresso, voltou a pedir que tape alguns dos “buracos” na política FISCAL, nomeadamente com a aprovação de uma descida dos impostos para as empresas que CRIAM postos de TRABALHO nos EUA;
e que reverta os cortes no sector da INVESTIGAÇÃO tecnológica, para “soltar a próxima grande descoberta americana”.
A defesa de leis de protecção AMBIENTAL e a aposta nas energias renováveis, também como meio para a criação de postos de trabalho,
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"Não há nenhuma saída livre" para Portugal
Tópicos da entrevista hoje 30/1/2014 dada por António Costa (presid.CMLisboa, PS) ao Jornal de Negócios:
• "No final deste ajustamento temos hoje menos activos, menos população qualificada, menos recursos e uma dívida maior do que a que tínhamos".
• "Não há nenhuma saída livre, porque todo o quadro de política orçamental europeia é altamente constrangedor para os próximos anos.
Vamos sair em liberdade? Não!
Vamos sair com as condicionalidades.
A questão é saber se é preciso uma condicionalidade adicional sob a forma de acordo próprio ou se a condicionalidade geral já é tida como suficiente.
A minha convicção é que o objectivo claro da União Europeia é chegar às próximas eleições europeias tendo decretado 'urbi et orbi' que a crise passou.
Porque isso é importante para os países sob ajustamento
e é muitíssimo importante nos países que não estando sob ajustamento estão sob a fortíssima pressão de candidaturas populistas que têm grande hipótese de afirmação eleitoral e portanto é decisivo
para os partidos do Governo na Holanda poderem dizer: temos o Sul na ordem. O mesmo na Finlândia, na Alemanha e em todo o sítio."
• "O último erro que os socialistas cometeram, e espero que seja mesmo o último, foi o Tratado Orçamental, porque ele veio consagrar duradouramente um desequilíbrio assimétrico no funcionamento e na gestão da nossa moeda".
• Guinada de Hollande? "Estamos todos um bocado como a Madame Trierweiler". ('encornados' pela deriva à direita/neoliberal do presid.francês "PS")
• "O que é grave é que os partidos socialistas tenham esquecido que a razão de ser da sua existência, desde a origem, é precisamente a de enfrentar a desigualdade".
• "(…) o peso dos salários, no rendimento mundial, está absolutamente esmagado".
• Regressar daqui a um ano e meio, na qualidade de primeiro-ministro, ao Jornal de Negócios?
"Eu posso combinar vir cá daqui a ano e meio. Agora, nessas condições, não depende mim".
• E se o PS perder as europeias, António José Seguro deve demitir-se?
"Não é para mim um cenário credível o PS perder as eleições europeias".
• Entusiasma-o ser Presidente? "Eu já sou presidente [da Câmara de Lisboa] e gosto."
• O engenheiro José Sócrates tem perfil para ser candidato presidencial? "Se tem perfil? Ah, tem perfil para tudo."
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