A chance grega e a salvação da Europa (-por F. Louçã, 30/12/2014)
A Grécia terá eleições a 25 de janeiro e a possibilidade de eleger o primeiro governo de esquerda da história europeia das últimas décadas.
Talvez se possa dizer que o primeiro governo Mitterrand, que era uma coligação entre o PSF e o PCF, no seguimento de dez anos de “união da esquerda”, aplicou uma orientação para a mudança entre 1981 e 1983, quando nacionalizou todo o sistema financeiro e os principais grupo industriais nacionais (imagina hoje um PS a propor tal radicalismo?). No entanto, esse governo submeteu-se a partir de 1983 a uma política de austeridade e privatização. Ora, isso foi há mais de trinta anos. Desde então, os governos dos partidos de centro seguiram sempre uma orientação financeira alinhada com os interesses dos mercados, sem qualquer excepção em qualquer país europeu. A Grécia é portanto a primeira oportunidade em décadas para um país da União Europeia escolher uma alternativa de esquerda.
Isso não significa que o resultado esteja já definido. As próximas três semanas farão reviver os medos ancestrais, as campanhas de terror, as chantagens de todo o tipo, a polarização social. E a pressão internacional: durante as últimas semanas, a Comissão Europeia pronunciou-se em favor do candidato presidencial da direita e o comissário Pierre Moscovici, 'socialista', foi a Atenas reafirmar o mesmo. No sábado passado, em entrevista ao Bild, Wolfgang Schäuble veio garantir que o governo alemão obrigará a Grécia a pagar a conta. “As novas eleições não mudarão nada a respeito da dívida grega”, disse o ministro, para bom entendedor meia palavra basta. O FMI suspendeu os tratos com a Grécia assim que foram anunciadas eleições.
Os dados estão lançados mas ainda não se pode adivinhar quem ganha. O triunfalismo é portanto tão desaconselhável como o catastrofismo. Se a esquerda vencer, começará um ano vertiginoso: ou a dívida soberana (197% do PIB) é reestruturada em profundidade e com grandes perdas para o capital financeiro, ou a Grécia terá de ameaçar ou de forçar a sua saída do euro. O Syriza quer impor a primeira alternativa e evitar a segunda. Se, em contrapartida, a direita ainda for a tempo de recuperar e vencer, a Grécia prosseguirá a sua vertigem de endividamento e desagregação. Essa é a origem da contradição onde está a força da esquerda: é a única que representa a nação contra o protectorado, mas a sociedade está dividida.
No mapa político grego, este momento parece irrepetível. O partido socialista, o PASOK, que há quatro anos tinha maioria absoluta no parlamento e 40% dos votos, está hoje reduzido a uma franja e foi agora abandonado pelo seu anterior secretário geral, Papandreu, que forma um novo partido. Comprometido no governo de Samaras, é um resíduo do anterior sistema partidário. A Nova Democracia, o principal partido da direita, aparece atrás do Syriza (esquerda) em todas as sondagens. E os restantes partidos ficam muito à distância: o partido comunista (KKE), o Dimar (uma cisão social-democrata do Syriza e que participou no governo até há pouco), os Gregos Independentes (um partido de direita anti-troika) ou a Aurora Dourada (neo-nazis).
Caso a Grécia opte pela esquerda, será sem dúvida uma oportunidade difícil, mas ainda mais uma inauguração arriscada. Nenhum governo negociou jamais com as autoridades europeias a partir de uma posição de soberania ou de restrição às rendas financeiras da dívida pública. Nenhum governo enfrentou jamais a autoridade do governo Merkel. Nenhum governo questionou até hoje o Tratado Orçamental e a eternização da austeridade. Para o fazer, o governo de esquerda tem de estar muito bem preparado, ancorado em estudos precisos e planos de contingência detalhados, apoiado pela população e disposto a lutar com todas as consequências. O Syriza ainda não apresentou essas propostas concretas e espera-se que o faça nos próximos dias.
Creio que isto nos ensina duas lições e nos confronta com uma terceira questão em aberto. A primeira é que só haverá um governo de esquerda quando a esquerda unida tiver mais votos do que o centro: enquanto os partidos que aceitam a troika, a austeridade ou as regras do Tratado Orçamental forem dominantes, não há solução para uma alternativa. A segunda lição, na minha opinião, é que é preciso manter sempre um rumo claro: a esquerda só será mais forte do que o centro se milhões de pessoas fizerem seu o esforço de enfrentar a finança pondo em causa o chicote da dívida, pois essa é a explicação para o ascenso do Syriza. A terceira questão não tem ainda resposta: se tiver o apoio da maioria, o governo de esquerda é capaz de cumprir o seu programa, vencendo então essa maldição de Mitterrand? Não sabemos. Não falhar onde tantos recuaram é uma tarefa ciclópica. Saber para onde ir quando tantos se alimentam de medo e incerteza é um risco acima das possibilidades. E, no entanto, tudo é realizável: não resta mais nada, não há caminhos intermédios, não há meias tintas, não há conciliações possíveis, os de cima não cedem nada e levaram quase tudo.
Oxalá possamos ter a Grécia a desbravar esse caminho, porque à Europa não restam muito mais chances. Tudo, o poder de Merkel, a unidade da União, as suas leis futuras ou o Portugal de 2015, tudo tem uma primeira volta em janeiro nas eleições gregas. (e depois as portuguesas, ...)
----xxx--- A lição que os gregos nos deram em Termópilas em 480 AC onde derrotando os persas salvaram os valores que estão na base da nossa civilização, lhes dê força e ânimo para mais esta vitória. ... contra o imperialismo financeiro.
---
--- Nova carta à Alemanha (-por J.Castro Caldas, 4/1/2015)
--- Vem aí borrasca e da grossa (deflação e nova crise económico-política) (-F.Louçã, 6/1/2015)
--- O BCE resgatará a zona Euro do austerismo alemão ? (A.Gomes, 6/1/2015, Causa nossa)
--- Um país desordenado (-por A.P.Fitas, 14/11/2014, A nossa candeia)
O apego de Berlim à letra das regras treme como gelatina
(-por M.Carvalho, 5/1/2015, Esquerda republicana)
Os alemães sabem bem como as convicções de Merkel mudam com o vento.
Como é afirmado pelos seus biógrafos, o que a orienta não são princípios ou a suposta obsessão germânica com as regras, mas o poder.
Apoiante fiel da energia nuclear (um dos tópicos mais quentes da política alemã), deu uma pirueta de 180º semanas depois do desastre de Fukushima estabelecendo um prazo para encerrar as centrais nucleares e arrancar com o maior investimento de sempre nas renováveis.
Nos "resgates" à Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha, cujas dívidas privadas e públicas constavam dos activos dos bancos alemães, Berlim foi implacável ao defender que o ónus da crise deveria recair no devedor e não no credor (os juros dos empréstimos tb servem para cobrir o seu risco).
No "resgate" ao Chipre, cujas dívidas estavam ligadas à Rússia e não a Alemanha, Berlim dá nova pirueta e defende que os dois lados são responsáveis, impondo grandes perdas aos credores.
Desde 2008 que todos os bancos centrais duplicaram ou triplicaram a moeda em circulação através da compra de títulos de dívida pública;
todos excepto o BCE que sob enorme pressão de Berlim foi sempre recordado que o Tratado de Lisboa o impediria.
Muito provavelmente uma tal intervenção teria reduzido a crise do euro de 2010
(que foi mais grave que a de 1929 para muitos países do zona euro)
a uma mera crise orçamental em Atenas.
Estamos agora perante uma nova pirueta de Berlim no que toca às regras do euro no Tratado de Lisboa.
Segundo este, não há hipótese de um país abandonar o euro dentro da UE.
Esta é contudo a hipótese levantada por Berlim, uma saída do euro sem saída da UE, agora que os ventos que sopram de Atenas não são do seu agrado.
O capital financeiro e as matilhas assimétricas.
(-por Rui Namorado, 2/1/2015, OGrandeZoo)
[ Nos jornais de hoje: Juros da dívida inauguram novo ano abaixo de 2,6% , mas o rating de crédito continua em "lixo financeiro".]
A inquisição económica das AGÊNCIAS de notação ('rating') continua a condenar-nos ao inferno do lixo.
Mas os MERCADOS da dívida soberana, noutros casos tidos como sacrossantos, têm-nos deixado frequentar o paraíso dos juros baixos.
Que pecado é o nosso que nos faz ser condenados ao inferno por uns, para nos deixar repousar no paraíso pelos outros?
Sendo que uns e outros estão, alegadamente, ungidos pela mesma santidade que os conduz a uma objectividade serena e férrea.
É estranho; quase parece que a sua santidade tem os pés de barro e a sua objectividade é apenas um embuste de uma subjectividade bem pesada.
Quase podia garantir, perante tão contraditórios julgamentos, que
o serviço de uns e outros é muito menos aquilo que quer fazer parecer do que
aquilo que lhes dita a função de peças estratégicas da produção ideológica do capital financeiro.
De facto, se uns e outros, ou alguns deles, não são tontos,
a parafernália de instrumentos informáticos e de técnicos de ponta que se espraiam pelas suas salas, não são na verdade instrumentos para identificar conjunturas económicas e para informarem investidores, levando-os a directivas desencontradas que os desqualificam.
Estamos apenas perante pesquisadores de argumentos que possam ser colocados
ao serviço das estratégias politicas (neoliberais) de teor algo vampiresco dos grandes centros de poder financeiro mundial e dos poderes institucionais que os exprimem e suportam.
A directiva é afundar a Grécia? Disparem-se as munições guardadas que façam parecer que a Grécia é um caos em potência.
A palavra de ordem é salvar a Irlanda? Dispare-se o fogo de artifício que a transporte até ao céu da tranquilidade.
Quanto a Portugal, está para se ver ? Ponha-se um lado a distribuir cachaços e outro a ministrar afagos.
Que os beneficiários deste EMBUSTE de luxo e os donos desta MATILHA de excelência paguem regiamente aos atores e autores deste “grande teatro económico” pode compreender-se.
Que os poderes públicos, que deviam representar os povos agredidos, também paguem á canzoada que os morde, parece-me um tanto ou quanto estúpido.
Talvez não seja corrupção ilegal, talvez nem sequer seja pecado, mas é estúpido.
O 'tea party' em S. Bento
(a facção de extrema direita neoliberal no desgoverno da R.P., submisso aos interesses da alta finança e pró-monopolistas transnacionais)
(-por Mário Vieira de Carvalho, Prof. Catedrático Jubilado FCSH-UNL, no Público de 21/12/2014 )
Para o P.M. Passos C. (e companhia PSD/CDS), tudo tem de ser um negócio lucrativo: a começar pela Saúde e a continuar por aí fora.
Finalmente, Passos desatou a língua e começou a proclamar, sem eufemismos, o seu programa.
Não aquele programa social-democrata escrutinado nas eleições, mas sim o programa fundado nas suas crenças pessoais, jamais escrutinado pelo seu próprio partido e muito menos pelo povo português.
Fá-lo com uma euforia inaudita, qual cabo de guerra já derrotado e acossado no seu Bunker que, de súbito, lesse nos astros um sinal da divina Providência.
Cercado dos escombros e ruínas da “destruição criativa”, partilha agora connosco, diariamente, em voz alta, o sonho duma radiosa vitória final:
a promessa duma revolução milenar, que trará a redenção a Portugal, à Europa e a toda a humanidade.
Ficou a saber-se que, para Passos, tudo tem de ser um negócio lucrativo:
a começar pela Saúde e a continuar por aí fora; na Segurança Social, na Educação, na Ciência, na Cultura, nos transportes públicos, redes viárias etc., etc.
De tudo isso o Estado deverá retirar-se para dar lugar aos privados (com chorudas concessões, benesses, isenções, subsídios e rendas).
Só lhe falta explicitar se o princípio se aplica também à Administração Pública e aos órgãos de soberania, mas é de esperar que venha a fazê-lo em breve.
Passos não deixará escapar esse precioso detalhe do seu programa de capitalismo utópico”!
Com a privatização integral das funções do Estado, o governo, o parlamento e os demais órgãos de soberania tornar-se-ão supérfluos.
Serão substituídos por uma ou mais empresas de multisserviços, que desempenharão eficientemente as tarefas requeridas, pagas caso a caso pelos indivíduos que delas careçam.
Cada um por si.
Nunca mais haverá “todos a pagar para o benefício de alguns...”
Nesses amanhãs de sonho, em que os males do “socialismo” – diz ele – serão esconjurados, mas que já entrevemos pela pequena amostra dos seus três anos de governação, Portugal baterá todos os records:
será o país com as mais elevadas taxas de exclusão e discriminação sociais,
desemprego, desemprego jovem, capital humano não qualificado,
pobreza, pobreza infantil, trabalhadores no ativo que só sobrevivem graças ao apoio dos bancos alimentares,
destruição da capacidade produtiva,
criminalidade violenta (e crime organizado, de colarinho branco e sujo), delinquência juvenil,
suicídios, depressões, enfermos sem assistência,
envelhecimento demográfico, desertificação, etc.
Uma vez alcançado o primeiro lugar em todos esses rankings, acontecerá o milagre
e cada qual viverá feliz para sempre, pois não terá de contribuir com um pataco para o bem comum.
LIQUIDAR o ESTADO – (em vez de: melhorar o Estado) – é o seu programa.
Por isso, recusa liminarmente as virtudes da despesa pública, mesmo que seja investimento estratégico com efeito reprodutivo.
Daí que não tenha feito a reforma do Estado e se contente com cortes cegos.
E daí a sua hostilidade aos programas PRACE e SIMPLEX dos governos de José Sócrates, que constituíram uma verdadeira reforma do Estado e que cumpriram inteiramente os seus objetivos:
melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços públicos, reduzindo os custos de suporte.
Isso não interessa a Passos, empenhado como está na sua cruzada contra o “socialismo”, isto é,
contra tudo o que se pareça, de longe ou de perto, com o modelo social europeu.
Uma tal cruzada surpreende pela sua retórica extremista,
pois rompe necessariamente com ambas as bandeiras da sua família política – não só a “social”, mas também a “democrata”.
Não esqueçamos a matriz FASCISTA do primeiro “laboratório” do neoLiberalismo (o Chile de Pinochet),
onde o Estado instaurou uma DITADURA terrorista para impor a PRIVATIZAÇÃO integral da economia.
Tão levianamente radical como o discurso de Passos, nos dias de hoje, só mesmo o do 'tea party' (do partido republicano) nos EUA. Este ainda não chegou à Casa Branca, mas já se instalou em S. Bento. (e em Belém)
Duas inverdades repetidas sobre o Syriza
07/01/2015 por Rui Curado Silva,
O Libération relembrava esta semana que a desinformação em torno do Syriza vem acompanhada de duas grandes mentiras em que
se classifica o partido de ser euro-céptico e de ser anti-euro.
Se dúvidas houver, basta ler o programa do Partido de Esquerda Europeia – o qual não integra o PCP que é apenas membro do GUE – que acompanhava a candidatura de Alexis Tsipras à Presidência da Comissão Europeia redigido para o IV Congresso do Partido de Esquerda Europeu intitulado
“Unamo-nos por uma alternativa de esquerda na Europa” :
“a Esquerda Europeia considera que uma transformação profunda da Zona Euro, colocando-a ao serviço de uma visão da Europa baseada na solidariedade, é absolutamente essencial” (…)
“a Esquerda Europeia não incentiva a saída do euro, acto este que, por si só, não irá conduzir automaticamente a políticas mais progressistas.
Poderá até aumentar a competição entre os povos e criar uma explosão das dívidas soberanas através de uma prática de desvalorização concorrencial.
Temos que transformar os instrumentos existentes em ferramentas de colaboração ao serviço dos povos.“
----------
PFEC
06/01/2015 por José Gabriel
“Os gregos são livres de decidir o seu destino. Mas…” – diz Hollande com o tom melífluo dos tartufos.
O problema é a adversativa “mas”, que se ouve e lê por todo o lado e que, mesmo assim, é a forma mais branda das pressões e chantagens, por vezes brutais, disparadas contra o povo grego.
Que vão das manobras e golpes financeiros às ameaças políticas mais torpes,
da invectiva grossa e frontal da “führer” Merkel à baboseira de eunuco político do nosso ministro dos negócios estrangeiros.
E assim vai o PFEC – processo de fossilização em curso da democracia na Europa.
http://opaisdoburro.blogspot.pt/2015/01/leituras-obrigatorias.html
... ...
«(...) Que a União Europeia seja ela própria o principal factor de degradação dos valores da democracia não é de hoje.
Mas a demonstração deste misto de pesporrência e atrevimento vai-se tornando mais exibida.
No entanto, esse processo não foi inventado por Moscovici ou por Barroso, ou suscitado de repente para o caso grego.
De facto, ele nasceu com a União, antes de se chamar União. (...) Pierre Mendès France, deputado radical e depois membro do Partido Socialista Unificado, discursou no parlamento francês em Janeiro de 1957 – há quase sessenta anos, ainda a procissão ia no adro – contra a ideia de mercado comum de Jean Monnet.
Disse ele que “A abdicação de uma democracia pode ser conseguida de duas formas,
ou pelo recurso a uma ditadura interna concentrando todos os poderes num único homem providencial,
ou por delegação desses poderes numa autoridade externa, a qual, em nome da técnica, exercerá na realidade o poder político, que em nome de uma economia saudável facilmente irá impor uma política orçamental, social e, finalmente, uma política” (cit. in Medeiros Ferreira, 2013, Não Há Mapa Cor-de-Rosa, Lisboa: Edições 70, p.97).
(...)» – A ler: "Vá lá, até podem votar se se portarem bem", por FranciscoLouçã, no Público.
«Há 5 anos que sofrem na pele as consequências de um processo de engenharia social, digno de um capítulo do livro Shock Doctrine, de Naomi Klein.
Há 5 anos que vêem governos a rodar, mas é sempre a mesma austeridade, sempre mais crise, mais pobreza.
Há 5 anos que vivem no país que ninguém quer ser, mas é agora que Berlim, Bruxelas e o FMI ameaçam o povo grego inteiro com as duras consequências de um "voto errado" no dia 25 de Janeiro.
Não, as eleições gregas não são um plebiscito à permanência da Grécia no euro.
Até ver, se ela acontecer, será por imposição da Alemanha e não por escolha democrática.
As eleições gregas são, só e apenas, o momento em que todos nós, todos os europeus, poderemos finalmente vislumbrar uma inversão na relação de forças na Europa e acreditar que é possível resgatar a democracia da asfixia dos mercados. (...)
Uma eventual vitória do Syriza pode alterar as relações de poder na Europa.
Se o Syriza na oposição já inspira tanto medo, capaz de juntar Merkel, Juncker e FMI na sua condenação, imaginemos o efeito de uma voz em Bruxelas que
coloque os direitos dos cidadãos, defendendo a justiça económica e social à frente dos "direitos" dos mercados.
Finalmente, teremos quem fale por nós em Bruxelas, e irá fazê-lo em grego. Que orgulho.»
– A ler: "Um Governo que nos defenda", por Mariana Mortágua, no Expresso.
Comentar post