Antes de 25/4/1974, Portugal era um país sem esperança e sem futuro.
O 25 de Abril devolveu-nos a dignidade e a liberdade.
Nos últimos anos, a política de direita neoliberal, quer-nos roubar a esperança, a dignidade, o trabalho, a liberdade, os direitos sociais e a cidadania activa.
Vamos deixar ? NÃO !. Temos de nos Unir e Lutar .
Associação 25 de Abril, mensagem da Direcção em Abril 2015:
Já passaram 41 anos sobre o dia em que o MFA libertou os portugueses de uma ditadura de mais de 47 anos, abriu as portas à Liberdade, à Democracia, à Paz, à Justiça Social. Durante estes 41 anos, os portugueses puderam decidir dos seus destinos, através de eleições livres, escolhendo os seus representantes nos diversos órgãos do poder. Muitos avanços se conseguiram, a sociedade evoluiu para melhor, mas, é uma constatação que não podemos ignorar, de há alguns anos a esta parte, o retrocesso vem sendo uma realidade e as conquistas alcançadas vêm sendo destruídas, como se quem exerce o poder esteja possuído de um desejo de vingança, para com os que protagonizaram a madrugada libertadora. Assumindo-se, pelo menos aparentemente, como herdeiros dos vencidos em 25 de Abril de 1974. Resultado, hoje estamos envolvidos por um pântano de indignidade, com servidores subservientes de interesses alheios aos portugueses ao leme do poder. Como afirmámos há quatro anos, a crise de valores que vivemos é bem mais grave que a crise financeira em que nos lançaram. A respeitabilidade e a dignidade do País têm sido postas em causa por dirigentes sem idoneidade para o exercício das funções que têm desempenhado e continuam a desempenhar. Só não assistimos ainda a acções de ruptura violenta porque, apesar de todos os maus tratos de que têm sido alvo, com destruição da condição militar, os soldados de Portugal têm posto acima de tudo o seu sentimento de dever patriótico, cumprindo todas as missões de que são investidos e garantindo a defesa do Estado Democrático e de Direito. Acreditamos que o seu sentimento de dever cívico continue a sobrepor-se a todos os sentimentosde revolta. Neste sentido, teremos de ser capazes de fazer uma ruptura com as políticas que levaram Portugal à situação a que chegou. Temos de continuar a sonhar, mesmo que nos pareça utópico, com o regresso dos valores de Abril à nossa Pátria. A indignidade atingiu limites insuportáveis, daí que um dos objectivos fundamentais dos próximos tempos é o de recuperarmos a Dignidade perdida. Temos de consegui-lo! O pão, a habitação, o trabalho, a saúde, a educação e a segurança social têm de voltar a ser direitos efectivos de todos os portugueses.Temos de conseguir que cada português possa ter o direito de tornar real a utopia de viver no seu Pais, em condições de dignidade. Para isso, temos de ser capazes de derrotar a ideologia dos mercados, do individualismo e do egoísmo. Só o faremos se conseguirmos resgatar a cidadania, se encontrarmos novas formas de expressão e mobilização. Os cidadãos têm de ser intervenientes nas decisões que lhes dizem respeito, sejam as individuais,sejam as de sentido colectivo. Por mais difícil e utópico que nos pareça, temos de conseguir praticar uma democracia de corpo inteiro, uma democracia que viva connosco e não seja apenas uma visita que nos venha bater à porta, de tempos a tempos, para nos pedir um voto. Temos de acabar com a corrupção, com o não cumprimento dos mais elementares deveres por parte dos dirigentes, com a desbragada destruição do parelho de Estado, com a despudorada transferência de tudo o que é público para o sector privado. Temos de ser capazes de recuperar um verdadeiro Estado Social, devidamente adaptado aos novos tempos que vivemos. Temos, enfim, de ser capazes de dar resposta aos anseios de uma enorme maioria de cidadãos que se não revê nos actuais partidos políticos e, ainda menos, nos dirigentes que nos desgovernam. Para isso, temos de conseguir mobilizar as vontades das mulheres e dos homens sérios de Portugal e recuperar os valores que nos fizeram sonhar há 41 anos. Não o poderemos conseguir se funcionarmos de forma isolada, por isso temos de congregar esforços com os povos europeus que enfrentam problemas semelhantes e, em conjunto, recuperar o projecto solidário, fraterno e justo que nos levou à integração na Comunidade Europeia. Caros amigos e compatriotas. Nós não desistimos e acreditamos que, com a mobilização de todos os democratas, conseguiremos recuperar os valores de Abril, para a nossa sociedade. É essa a nossa convicção, é essa a nossa esperança, é esse o nosso desafio, é esse o nosso compromisso! Viva Portugal ! Viva o 25 de Abril ! PASSARAM 41 ANOS (-por Eduardo Pitta ) Em
Abril de 1974, vivendo sob ditadura, Portugal
estava em guerra, com mais de duzentos mil homens deslocados em Angola, na Guiné e em Moçambique.
Havia fome. A
emigração era maçica. A PIDE/DGS fazia o que queria. As
prisões abarrotavam de presos políticos. Mais de um milhão de portugueses tinha as suas vidas esmiuçadas em fichas que estão hoje arquivadas na Torre do Tombo e no Centro de Documentação 25 de Abril. O Governo de Caetano
punha e dispunha nos Tribunais Plenários. Eram
proibidos os partidos políticos. Soares e Cunhal viviam no exílio. A homossexualidade era crime.
Notícias, livros, canções, peças de teatro, filmes, conferências, programas de rádio e televisão, etc., eram sujeitos ao crivo da censura prévia. Apenas
40% do território nacional dispunha de
electricidade (idem para água canalizada, esgoto/saneamento, ...). O Banco de Portugal tinha os cofres cheios. Thomaz (P.R.) era uma figura de retórica.
Em
Abril de 2015, o BdP continua a ter os
cofres cheios (? de ...?). Porém,
a fome e a emigração persistem. O
desemprego é uma mancha que alastra. Cavaco é uma
figura de retórica. O grande mistério:
quatro quintos da população (número que inclui muita gente de Esquerda) continua a pensar e a agir e a deseducar os filhos como fazia em 24 de Abril de 1974. É triste.
[*Imagem: foto de Thomas Meyer, do mural com cap. Salgueiro Maia pintado na Av. Berna, Lisboa. Clique.]
25 de Abril sempre?
Se no 8 de Março defendi a necessidade da existência de um Dia da Mulher, hoje venho dizer que continuamos a precisar do 25 de Abril.
Sem discursos, sem cravos. Só Liberdade e Democracia, que ainda tanto nos falta.
Na minha argumentação, podia aludir às notícias da semana sobre uma proposta de alteração às regras de cobertura jornalística das campanhas eleitorais ou sobre enfermeiras mungidas para provar que amamentam.
Podia relembrar os resultados das eleições - legislativas, autárquicas, europeias... - de há anos, onde o vencedor tem sido sempre o mesmo (como nas ditaduras travestidas onde se realizam plebiscitos): a abstenção.
Podia citar um estudo da OCDE que mostra que, em Portugal, o sucesso escolar dos alunos ainda está muito correlacionado com a sua origem económico-social.
Três factos que, na minha opinião, atestam, cada um por si, que 41 anos depois ainda há muito por fazer.
Mas prefiro falar do que não vem nos motores de busca. Democracia é uma palavra de origem grega que significa "governo do povo".
Popper definiu-a, não enquanto noção de soberania, mas como mecanismo de destituir governantes sem a necessidade de uma revolução.
Num país onde o cidadão comum confunde "discordar de X" com "dizer mal de X", não pode haver Democracia.
E continua a ser precisa uma revolução: na mentalidade.
(- por Sara Pitola, Destreza das dúvidas)
25 de Abril de 1974 – temos muito que agradecer
(- ateredominatus, 25/4/2015, https://enclavept.wordpress.com/
Hoje passam 41 anos de um alarido supostamente revolucionário que aparentava ter acontecido para mudar tudo no país chamado Portugal.
Parece que se destinava a fazer existir liberdade para a população e através dela criar o desenvolvimento, um dos benefícios dessa mesma liberdade.
É por isso que temos muito que agradecer, senão vejamos:
Temos muito que agradecer, na frente eleitoral, de forma veneranda e obrigada, de chapéu nas mãos e as arrecuas, pelo fato de podermos votar de forma livre durante os últimos 41 anos.
Anteriormente, obrigava-se a população a escolher um candidato único para votar.
Anualmente, existem inúmeros candidatos, todos igualmente maus e verificamos que chegamos a uma situação em que todas as candidaturas políticas que estão em posição de ganhar eleições defendem apenas um único grupo de interesses, embora estejam todas dispersas por vários partidos, agrupamentos e secções de medíocres e carreiristas videirinhos.
É uma melhoria, realmente, esta em que nos é dado a escolher o partido dos prós e dos prós para continuarmos a ser distraídos das verdadeiras realidades…Bem hajam.
Temos muito que agradecer, na frente decisão política, pelo fato de os nossos interesses já terem sido salvaguardados sem nada nos ter sido perguntado ou pedido verdadeiramente.
Os grupos de interesses específicos, todos não eleitos e que desenvolvem actividades sinistras em beneficio próprio e em serviço próprio, visando condicionar a população ou obter ganhos financeiros ou de aquisição/manutenção de poder ilegítimo, encarregaram-se dessa tarefa.
Os resultados são brilhantes. Mas não para a população. Bem hajam.
Temos muito que agradecer, na frente da gritaria mediática social, pelo fato de a democracia nova trazida pelo 25 de Abril de 1974 nos poder oferecer uma gritaria mediática, encharcada em jornalismo amarelo.
Anteriormente éramos abençoados com monocromáticos e monolíticos que mentiam para enaltecer o regime do ditador e os courtiers, fanáticos ou não, que o serviam. Para combater a cor cinzenta de um só tom, criou-se a difusão cultural e a ideia de pluralismo.
A elite de poder capturou o pluralismo e subornou a difusão cultural e reduziu-os à ditadura do seu próprio pensamento. Estamos apenas a ter que aturar o discurso porco e pobre que as elites corruptas portugueses querem que se ature.
Os seus ajudantes de campo são os micro exércitos de junta letras, pés de microfone e arrotadores profissionais radiofónicos todos em uníssono, alavancados pelos painéis de comentadores adquiridos, comprados e pagos pelas vozes dos donos. O objectivo é a desinformação permanente tal como o objectivo era a desinformação permanente pré 25 de Abril de 1974. Bem hajam…
Temos muitos que agradecer, na frente económica e financeira, pelo fato de podermos pedir dinheiro/obter crédito, a qualquer hora do dia ou da noite, por qualquer meio necessário.
É claro que há crédito e há credito e os insiders tem crédito que pagam a juros inferiores, e quando as coisas falham não o pagam. Depois, para o resto da população existe o credito com taxas altas, sujeito a mudanças de regras repentinas que visam criar impossibilidade de pagar por parte do comum cidadão para depois ser transformado em bode expiatório e ser extirpado de património…
É-nos também, possibilitado pedir crédito para, em grande parte dos casos, podermos adquirir mais coisas das quais verdadeiramente não necessitamos, mas quem concede este credito e promove esta cultura necessita que estejamos todos convencidos que precisamos. Bem hajam.
Temos muito que agradecer, na frente alimentar, que qualquer alimento que possamos adquirir, a credito se possível, esteja cheio de açúcar sintético ou normal, produtos químicos e aditivos que fazem muito bem o seu papel na proliferação de cancro, diabetes e obesidade adulta e infantil.
O que seria de uma saúde privada e vendida pelos privados como um produto a adquirir (um cluster excitante de mercado) acaso não existisse mercado para essa mesma saúde através de um regular (uma rotação de produto nas prateleiras…) fornecimento de doentes?
Os padres da economia, que foram quase todos comprados, adquiridos e pagos
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Os padres da economia, que foram quase todos comprados, adquiridos e pagos, afirmam que o mercado cria as suas próprias necessidades e a oferta cria a procura. Bem hajam.
Temos muito que agradecer, na frente da justiça e da administração da justiça terem uma legitimidade duvidosa ou inexistente onde os cidadãos são perseguidos de forma selectiva consoante tem ou não tem ” poder” para se defenderem?
Todos conhecemos os casos de pessoas penhoradas de forma injusta, de pessoas acusadas sem provas, de favores feitos a grupos de interesse e a empresas privadas, de falhas gritantes por parte de quem administra o sistema oficial de justiça sem que os principais interpretes do mesmo sejam fiscalizados e se necessário punidos pelos crimes que cometem ou pelas omissões que praticam. Bem hajam.
Temos muito que agradecer, na frente da auto estima nacional e do brio em ser português, (a falta dele) do convencimento que é feito segundo o qual, os imaginários e fantasiosos êxitos do futebol são algo que devemos vender aos estrangeiros como parte da nossa estima e identidade nacional e como parte do nosso êxito imaginário.
Ideias como solidariedade, auto estima colectiva, sacrifício pelos outros em termos geracionais e não só foram completamente destruídas.
Por todo o lado apenas observamos uma população auto absorvida em si mesma, entorpecida e abrutalhada, inchada na sua enorme importância, arrogante, destituída de conceitos de moralidade, insuportavelmente narcisista e sempre a fazer sexo com o seu telemóvel de ultima geração.
Uma população que se sente bem consigo própria, apesar de estar a levar na cabeça como nunca levou, teimosa na sua arrogância recusando ver a realidade à frente dos seus olhos e impondo pela sua estupidez fardos a terceiros que recusam este estado de alienação e recusam deixar-se envolver nele. Bem hajam.
Temos muito que agradecer, na frente da gestão financeira, pelo fato de se ter intitulado a regra de ” foi azar e eles não queriam fazem por mal”.
Gestores extremamente bem pagos para a qualidade do trabalho que desenvolvem tomam decisões imbecis, sem que os seus accionistas, quer sejam o Estado, quer sejam particulares, os removam dos cargos que ocupam.
É simples. É uma gestão de amigos para amigos, de insiders para insiders. O accionista português, que sabe nos seus ossos que chegou a estas posições de poder, prestigio e dinheiro através de jogadas ilegítimas não se sente com autoridade moral ou técnica para mandar pedras aos telhados de vidro. Estes accionistas suportam a gestão portuguesa porque sabem que as contas dos prejuízos são enviadas para que a população as pague. Os prejuízos são transformados em lucros através desta forma miraculosa assente na socialização dos prejuízos misturada com vigarice e trapaças, num circuito onde toda a gente ganha. Bem hajam.
Devemos estar gratos pelo fato de os mercados financeiros portugueses, bolsa de valores incluída, serem uma gigantesca vigarice organizada para beneficio de insiders e filhos família.
Acordos pela porta dos fundos, manipulações de preços consideradas legais, ou por lei ou por omissão de legislar, lacunas da lei convenientemente criadas, criação de entidades nebulosas que geram produtos financeiros opacos, um banco regulador privado para benefícios, publico para responsabilidades que nunca cumpre, gerido por um ex funcionário de um banco privado que tinha as funções nesse banco privado de ” gestão e criação de contas offshore”, são cartões de visita altamente recomendáveis para recomendar como sitio a investir.
Devemos estar gratos, na frente politica e social, porque sabemos que os nossos distintos deputados, os representantes da polis obedecem, não à republica, mas as sociedades secretas de que fazem parte, obedecem aos interesses financeiros que os controlam, legislam em nome de quem os comanda, e beneficiam os seus overlords continuamente em detrimento da população.
É gratificante perceber que o 25 de Abril de 1975 serviu para libertar o dinheiro que é necessário para se comprar com todo o à vontade, a influencia política necessária para se alterar leis e fica-se grato pela generalidade dos políticos portugueses aceitar e apoiar esta situação. Bem hajam.
Devemos estar gratos, por na frente comunicacional , apenas 3 empres..
25 de Abril de 1974 – temos muito que agradecer
(25/4/ 2015 by ateredominatus, )
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Devemos estar gratos, por na frente comunicacional , apenas 3 empresas controlarem quase 90% da comunicação social.
É tão bom ver telejornais em Portugal após o 25 de Abril de 1974.
Ao mesmo tempo, à mesma hora todos dão as mesmas noticias fúteis, vazias, condensadas com divina estupidez entorpecente.
Quando se quer rebentar de forma mais eficaz com a capacidade de pensar dos cidadãos manipula-se em direto , 24/24 horas de 3 formas diferentes, mas todas iguais.
Mensagens estúpidas e uniformes, homogeneizada como o leite pasteurizado, e os sorrisos imbecis de plástico , de quem apresenta as noticias são todos repetidos. Bem hajam.
Temos que agradecer: se todos eles repetem que o desemprego e baixo, o crescimento económico é alto, a inflação está a perfurar a barreira dos 100 metros para baixo, e os portugueses vivem ainda melhor do que viviam à 10 mil anos atrás, então é porque tudo isto é verdade.
Temos que agradecer o Portugal moderno, democrático e desenvolvido a que temos direito. Bem hajam.
PS: Como existem sempre imbecis que se recusam a perceber o que é escrito, este texto recusa ser uma apologia do regime anterior ao dia 25 de Abril de 1974.
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(-Publicado em Amor do Dinheiro, Aparelhos Partidários, Bodes Expiatórios, Cidadania, Democracia, Ditadura, Falsa Estabilidade, Irmandade de Némesis, Opressão, Política)
De Q. futuro ?! a 27 de Abril de 2015 às 11:36
No desfile de ontem as certezas do futuro
Foram muitos. Diferentes entre si, é certo. Mas apostando na viragem de que o país precisa na política e no governo.
Não nos venham cantar as velhas canções de bandidos, como as do vergonhoso discurso de Cavaco Silva que se despediu do Abril com que nunca se conformou.
Para ele o que interessa será o atingir-se uma espécie de convergência partidária, concebida como uma nova União Nacional, com a magnânima capacidade de interpretar o que interessa ao país e aos portugueses, sem os ter como elemento integrante das decisões.
Antes de se retirar para Boliqueime, agravará esta sua postura de presidente que se confunde com governo para governar para uma parte dos portugueses.
Cavaco já não é o presidente de todos os portugueses.
É uma coruja a proteger a sua própria ninhada, que ontem renovou os votos (de coligação PSD/CDS), sem surpresa para ninguém.
(-por António Abreu, 26/4/2015, Antreus)
De Corrupção, nepotismo, salafrários a 28 de Abril de 2015 às 11:12
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«Há que regular a máquina do Estado com tal precisão, que os ministros (...) estejam impossibilitados, pela própria natureza das leis (e ...), de fazer favores aos seus conhecidos e amigos.» (corrupção e nepotismo)
- Salazar, 1932, em entrevista a António Ferro.
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«Em poucas décadas estaremos reduzidos à indigência, ou seja, à caridade de outras nações, pelo que é ridículo continuar a falar de independência nacional (ou soberania).
Para uma nação ... o golpe de Estado foi o princípio do fim.
Resta o sol, o turismo e o servilismo de bandeja, a pobreza crónica e a emigração em massa.
Veremos alçados ao poder analfabetos (iliteratos e sem valores), meninos mimados, escroques de toda a espécie que conhecemos de longa data.
A maioria não servia para criados de quarto e chegam a presidentes de câmara, deputados, administradores, ministros e até presidentes da República.»
- Marcelo Caetano, no exílio no Brasil, depois de 1975.
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« Em Portugal, não há direita, não há esquerda, nem há centro, há sim um grupo de salafrários que se alternam nos governos, para ver quem rouba mais.»
- José Saramago.
(advogado, líder PSD, ministro, conselheiro de Estado do PR Cavaco, empresário (banqueiro BPN/SLN, hoteleiro queijeiro,... NEGOCIATAS do Centrão), ... -- "exemplo" para empresários tugas. !!!)
Passos dá Dias Loureiro como exemplo: "se queremos vencer na vida, temos de ser exigentes e metódicos"
Sexta, 1 Mai 2015
Na inauguração de uma queijaria em Aguiar da Beira, o primeiro-ministro fez um inesperado elogio público a Dias Loureiro, ex-administrador do BPN que estava presente na sala, como "empresário bem sucedido".
A frase é curta mas surpreendente. Ontem, durante a cerimónia de inauguração da queijaria Sabores do Dão, em Aguiar da Beira, Pedro Passos Coelho fez um elogio público a Manuel Dias Loureiro: "conheceu mundo, é um empresário bem-sucedido, viu muitas coisas por este mundo fora e sabe, como algumas pessoas em Portugal sabem também, que se nós queremos vencer na vida, se queremos ter uma economia desenvolvida, pujante, temos de ser exigentes, metódicos", afirmou.
Dias Loureiro é natural de Aguiar da Beira e foi secretário-geral do PSD, ministro e, mais recentemente, Conselheiro de Estado. Na sequência do escândalo BPN, de que tinha sido administrador, e de ter mentido ao Parlamento acabou por se demitir de conselheiro de Estado e se afastar da vida política.
Nesta visita a Aguiar da Beira, Passos Coelho aproveitou para defender a sua linha económica e criticar as propostas do PS. No seu entender, "as pessoas estimam hoje, mais do que nunca, a precaução e a prudência".
"Independentemente das preferências partidárias que existam, as pessoas, de um modo geral, sabem que é muito importante poder preservar a nossa autonomia, não andar aos trambolhões sem saber se precisamos de aumentar impostos ou cortar mais daqui ou dacolá, porque não há dinheiro que chegue", acrescentou nas declarações.
De Fome e Pobreza hoje e ao lado. a 27 de Abril de 2015 às 19:01
A FOME.... CONFISSÃO DE UM PROFESSOR!!!!
É triste o que está a acontecer em Portugal, quando comemoramos os 41 anos da nossa democracia!!!
A FOME.... CONFISSÃO DE UM PROFESSOR!!!!
Aos meus amigos, professores ou não, só peço uma coisa: reencaminhem muito, a todos os vossos contactos.
Para que todos tomemos consciência da miséria, envergonhada ou não, que grassa neste país, em que uns quantos vivem "à grande e à francesa" e tantos outros mal ganham para ter uma vida digna...
A POBREZA ENVERGONHADA!...PODE ESTAR AO NOSSO LADO!
O Diário do Professor Arnaldo – A fome nas escolas
Ontem, uma mãe lavada em lágrimas veio ter comigo à porta da escola. Que não tinha um cêntimo em casa, ela e o marido estão desempregados e, até ao fim do mês, tem 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para aos seus dois filhos.
Acontece que o mais velho é meu aluno. Anda no 7.º ano, tem 12 anos mas, pela estrutura física, dir-se-ia que não tem mais de 10.
Como é óbvio, fiquei chocado.
Ainda lhe disse que não sou o Director de Turma do miúdo e que não podia fazer nada, a não ser alertar quem de direito, mas ela também não queria nada a não ser desabafar.
De vez em quando, dão-lhe dois ou três pães na padaria lá da beira, que ela distribui conforme pode para que os miúdos não vão de estômago vazio
para a escola.
Quando está completamente desesperada, como nos últimos dias, ganha coragem e recorre à instituição daqui da vila – oferecem refeições quentes aos mais necessitados.
De resto, não conta a ninguém a situação em que vive, nem mesmo aos vizinhos, porque tem vergonha.
Se existe pobreza envergonhada, aqui está ela em toda a sua plenitude.
Sabe que pode contar com a escola. Os miúdos têm ambos Escalão A, porque o desemprego já se prolonga há mais de um ano (quem quer duas pessoas com 45 anos de idade e habilitações ao nível da 4ª classe?).
Dão-lhes o pequeno-almoço na escola e dão-lhes o almoço e o lanche.
O pior é à noite e sobretudo ao fim-de-semana.
Quantas vezes aquelas duas crianças foram para a cama com meio copo de leite no estômago, misturado com o sal das suas lágrimas…Sem saber o que dizer, segurei-a pela mão e meti-lhe 10 euros no bolso.
Começou por recusar, mas aceitou emocionada.
Despediu-se a chorar, dizendo que tinha vindo ter comigo apenas por causa da mensagem que eu enviara na caderneta.
Onde eu dizia, de forma dura, que «o seu educando não está minimamente concentrado nas aulas e, não raras vezes, deita a cabeça no tampo da mesma como se estivesse a dormir».
Aí, já não respondi. Senti-me culpado.
Muito culpado por nunca ter reparado nesta situação dramática.
Mas com 8 turmas e quase 200 alunos, como podia ter reparado?
É este o "Portugal de sucesso" dos nossos governantes...
É este o Portugal dos nossos filhos e netos...
CIRCULAR PELOS AMIGOS E CONHECIDOS, COMENTAR, BARAFUSTAR,
SÃO ACÇÕES QUE NADA PODERÃO
FAZER PARA REPOR OS VALORES DESTE PAÍS. É
NECESSÁRIO FAZER MAIS... MUITO MAIS!!!
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