7 comentários:
De Mercados, desequilibrios e protectorado a 26 de Fevereiro de 2015 às 12:39

--- E na Grécia, riem que nem uns perdidos
(por Diogo Moreira, 25/2/2015, 365forte)


“Portugal colocado em vigilância apertada por Bruxelas, devido a desequilíbrios económicos”

E agora, Maria Luís Albuquerque, Passos Coelhos, e Paulo Portas, vão descobrir quão duro pode ser Schauble.


--- 23/2/2015: Mercados

Para quem acredita na racionalidade dos mercados, Portugal passou a ser uma das nações com maior solidez financeira do mundo.
Para quem não acredita na racionalidade dos mercados, apenas podemos rir.

Juros da Dívida Portuguesa a 10 anos abaixo dos EUA


De NÃO ! ao desgoverno tb na Educação. a 26 de Fevereiro de 2015 às 15:47
Bater o pé ou abanar a cauda?

26/02/2015 por Santana Castilho

1 Foi de subserviência que se tratou quando a ministra das Finanças, ML Albuquerque, foi a Berlim a um beija-mão despropositado e se prestou a ser exibida como troféu de colonização moderna pelo sinistro mandarim W. Schäuble. Foi de obediência servil o triste papel que o primeiro-ministro português representou na Europa, enquanto Y. Varoufakis lutava por uma dignidade que ele, P. Coelho, não tem e muito menos entende. O que vai resultar da estratégia do governo grego bater o pé à Alemanha e à mesquinha empresa de negócios em que a Europa se transformou está por apurar. Mas o que resultou dos três anos que o governo português passou a abanar a cauda à senhora Merkel e aos seus capachos já está apurado e traduzido em números. Bastam algumas linhas e outras tantas colunas do Orç.E. para 2015 para verificar que os 92.424 milhões de euros inscritos sob a epígrafe “operações da dívida pública” são mais que o triplo dos 29.000 milhões resultantes da soma do se prevê gastar com educação, saúde, segurança social e outras prestações sociais. Basta recordar os 300 mil emigrados forçados, o milhão e 200 mil desempregados, o milhão e 700 mil sem médico de família, os 23.089 professores, 2.107 enfermeiros, 10.842 administrativos e 21.834 auxiliares despedidos para perceber que quem com isto se sente orgulhoso jamais entenderá quem contra isto bate o pé.

O democrático bater de pé do governo grego tem um significado bem mais extenso que o querer da Syrisa. Merkel compreendeu isso quando apeou G.Papandreou, logo que ele decidiu referendar a austeridade na Grécia. Tal como já o havia intuído quando mandou o voto dos italianos às malvas e substituiu, tecnocraticamente, sem eleições, Berlusconi por Monti. Mais que tudo, é este medo continuado que a nomenklatura política europeia nutre pelo voto do cidadão comum, suportado pelo abanar de cauda de tantos pequenos chefes, que pode agora, em boa hora, ser posto em causa.

2 Amiúde, órgãos associativos ou institucionais de directores de escolas criticam de modo contundente as políticas impostas pelo Ministério da Educação e Ciência. Quase sempre as críticas são pertinentes e quase sempre as matérias a que se referem acabam tornando mais árdua a tarefa de gerir uma escola e diminuindo a qualidade do serviço público pelo qual são, também, responsáveis. Não raro, ouvi alguns dizerem que estavam nos limites e à beira da ruptura. Mas prosseguem sempre, quando a demissão em bloco poria, num átimo, cobro ao desrespeito de que se queixam e os livraria de genuflectirem ao próximo golpe.

A 16 Fevereiro, o Conselho de Escolas, uma espécie de adereço que se exibe quando dá jeito, um órgão que está para o Governo como Maria Luís esteve para Schäuble, tornou público um parecer em que acusa o Min. da Educação e Ciência de transferir para as câmaras a pouca autonomia que as escolas têm e de transformar o sistema de ensino numa “manta de retalhos de subsistemas educativos”, antevendo o nascimento de uma “rede de centros de decisão cuja heterogeneidade política, económica e de disponibilidade de recursos poderá levar à criação no país de uma multiplicidade de planos de estudo, de modelos de gestão das escolas, de modelos de afectação de recursos humanos, materiais e financeiros”. Disse ainda o conselho, no parecer em apreço, que “a decisão sobre tudo o que é essencial para o funcionamento das escolas é tomada fora das mesmas, com base num aparelho burocrático de normativos e aplicações informáticas” ineficiente. Mas todos os conselheiros continuaram em funções, segundo eles pouco mais que decorativas. Estranha forma de protesto a que vai de mão dada com a perene vassalagem ao chefe. Já aqui escrevi e agora repito: que falta faz à Educação a frescura de um momento Syrisa!

3 A subserviência acaba criando nos pequenos chefes um sentimento de grande impunidade. O DG dos Estabel. Escolares, José Alberto Duarte, com o discernimento e a competência que lhe conhecemos, entendeu não ser eticamente reprovável presidir a um júri de selecção de putativos delegados regionais de educação, apesar de um dos opositores, actual chefe de gab. do sec.EEAE partilhar com ele, há anos, a mesma habitação. Denunciada a caldeirada...


De Reprimir 'mercados financeiros' e seus.. a 6 de Março de 2015 às 15:27
(escroques) Da pior espécie


"Premiei um escroque da pior espécie". Com grande arrojo e não menor sentido de oportunidade, dado o actual poder de Ricardo Salgado, João Duque declarou-se assim arrependido de o ter apadrinhado num Doutoramento Honoris Causa do ISEG em 2013.
Bem avisámos nessa altura, denunciando como a Presidência Duque, ao homenagear Salgado, mas também também Catroga e Mexia, estava a trair a distinta história do ISEG nesta área, atribuindo honras por razões distantes dos contributos para a Economia.

Entretanto, reparem como Duque parece conseguir estar errado de formas sempre novas,
defendendo agora a transferência em curso de poderes regulatórios, daqueles desgraçadamente conformes aos mercados, para Frankfurt.

Ser governado pelo estrangeiro e esperar que o interesse público seja aqui defendido é pelo menos o cúmulo do provincianismo.
Será que não serviram para nada a experiência da troika, a miserável história do euro,
o que se sabe sobre o poder do capital financeiro no BCE, tanto mais intensa a promiscuidade quanto maior a distância do poder e da transparência democráticas?
Será que não serve para nada o que se sabe sobre a forma como o controlo estrangeiro da banca privada nacional,
em curso e que também assim se reforçará, expõe muito mais o país a movimentos desestabilizadores, particularmente em contextos de crise (olhem para sul e para leste)?

Bom, ainda vamos ver apadrinhamentos de Isabel dos Santos, por exemplo, com base na ideia de um percurso que começou na venda de ovos e que acabou onde acabará.
De resto, o caso BES não pode ser reduzido a uma questão de carácter, sendo preciso perguntar
que estruturas produzem e favorecem estes escroques e como é que estas podem ser modificadas:
diria, neste último caso, que com mais banca pública,
a única forma de garantir controlo democrático e defesa do bem público que é o crédito,
com controlos de capitais e com um verdadeiro Banco de Portugal, com todas as funções de um Banco Central, a responder perante o governo e perante a Assembleia da República;
no fundo com aquilo que os economistas neoliberais mais temem, tendo até cunhado um nome para o seu temor, mas que acabou por resultar melhor:
repressão financeira...

(por João Rodrigues , 5.3.15 , Ladrões de B.)


De .Direita e Políticos ... a 26 de Fevereiro de 2015 às 14:43

A direita dos bruxos e dos bruxedos

(26/2/2015,por Valupi , http://aspirinab.com/)


Santana Lopes acabou ainda por meter Paulo Portas ao barulho nesta situação, afirmando sempre não acreditar que esta fiscalização possa ter a ver com uma eventual candidatura presidencial.
“Dizem-me também às vezes que no CDS fazem alguma coisa sem o dr. Paulo Portas saber? Não, numa coisa destas custa-me a crer. Mas muitas pessoas dizem-me: ‘Não, ele sabe de tudo’. Mas quer dizer… não acredito. Só se comesse muito queijo. Com o que tem passado pela vida não ia fazer partidas destas a ninguém.”

--- A inspecção à Santa Casa e as presidenciais: Santana não acredita em bruxas, mas…

Negar que se quer dizer o que intencionalmente fica dito é um dos mais vulgares sofismas que nos afligem no consumo do quotidiano político. É um golpe baixo, definindo quem o usa como cultor da baixa política.
Assim, é muito mais frequente em políticos de direita do que de esquerda, por termos uma direita decadente e a baixa política ser o seu ecossistema favorito.
A direita portuguesa ou é brilhante, como Adriano Moreira, ou é isto que vemos na citação:
um constante emporcalhamento da cidade, a paixão pelas conspirações, o medo e o ódio como pontos cardeais.

Lula da Silva, na sua visita a Portugal em 2013, deixou um alerta que não perdeu nem perderá actualidade:
«
Quando a direita tem medo de perder o poder, ela começa a induzir a sociedade a não gostar da política, começa a dizer mal da política. Temos de ter a coragem de dizer à juventude que, em vez de largar a política, deve entrar na política, para que o jovem venha a ser o político com que sonha. É preciso politizar a juventude. Se ninguém presta para você, entre você na politica. »

Os populismos na versão PSD e CDS, para quem o PS é um partido de corruptos, ou na versão de Cavaco Silva, para quem só ele é que sabe e se porta bem,
e ainda na versão dos comunas, para quem a democracia liberal não passa de mais um ardil do capital,
comungam todos desse permanente envenenamento onde a política é apresentada como o palco das maiores canalhices e onde todos mentem por princípio e pulsão.

Eis aqui o presidenciável Santana – que recorreu, ou deixou que alguém recorresse por ele, a uma campanha negra para apresentar o seu maior adversário das legislativas de 2005 como homossexual e que quis, ou deixou que alguém quisesse por ele, lançar o caso Freeport em cima das eleições –
a sugerir que há membros do Governo que utilizam recursos do Estado ao serviço de interesses partidários ocultos e com o objectivo de atacar a sua imagem.
Alguém se escandalizou com a sugestão? Foda-se, este é o país onde a Procuradora-Geral da República pode dizer ainda pior e, provavelmente, nem uma brisa lhe irá descompor a pose.
Este é o país que não quer saber dos direitos dos cidadãos desde que esses cidadãos não sejam dos seus
– ou até sendo, para a miséria ser completa.
Aliás, teremos mesmo um Parlamento neste país?

Os políticos podem não prestar, alguns, mas aqueles que se recusam a assumir a sua responsabilidade política são ainda piores.
E são os políticos que não prestam que mais têm a ganhar quão maior for a apatia e cobardia à sua volta.


De Troika, negociatas e crime a 26 de Fevereiro de 2015 às 15:25
A Troika deveria ser investigada

26/02/2015 por Rui Curado Silva, http://aventar.eu/

Depois da transmissão pública da reportagem “Puissante et incontrôlée: la troïka” pelo canal ARTE (ainda disponível no site da televisão franco-alemã) espero bem que
a Procuradoria Geral da República se digne a investigar todos os elementos da Troika que estiveram em Portugal,
em particular os responsáveis pela iniciativa da venda do BPN ao BIC.
O que se passou foi um crime e esta reportagem dá-lhe o enquadramento que faltava para percebermos que foi de facto um crime.

Realizada pelo alemão Harald Schumann esta excelente reportagem debruça-se sobre o falhanço e as consequências sociais das políticas de austeridade implementadas pela Troïka.
A reportagem demonstra também que é falso que se trata apenas de semântica quando Tsipras recusa negociar com a Troika, mais do que isso demonstra que o governo de Tsipras está bem consciente dos estragos e das negociatas ilegítimas da exclusiva responsabilidade dos burocratas da Troika.

A autonomia sem escrutínio, a falta de legitimidade democrática, as decisões criminosas impostas ao sistema de saúde grego,
bem como as suspeitíssimas ordens de venda urgente de bancos falidos em Portugal (BPN ao BIC), na Grécia e em Chipre provam que a Troika não passa de uma negociata,
que só não é uma negociata como qualquer outra porque é responsável por mortes no sistema de saúde grego e muito provavelmente por crimes de corrupção e tráfico de influências.
Entre os entrevistados nesta reportagem, estão Krugman, Varoufakis, Louçã, Elisa Ferreira e João Semedo. A não perder.


De DesGoverno amigo dos Bangsters. a 26 de Fevereiro de 2015 às 16:25
O Governo amigo

(- por josé simões, 23/2/2015, http://derterrorist.blogs.sapo.pt/ )

Não bastou o resgate aos bancos alemães e franceses mascarado de "ajuda a Portugal e à Grécia";
não bastou a transformação da dívida privada em dívida pública;
não bastou a "linha de recapitalização da troika";
não basta o financiamento dos bancos pelo Banco Central Europeu a uma taxa de juro negativa, inferior à inflação,
para despois emprestarem aos Estados a taxas de juro substancialmente mais altas;
não.
Ainda foi preciso o Estado,
que precisa de financiamento como de pão para a boca,
cortar nas taxas de remuneração dos seus produtos fiinanceiros – Certificados de Aforro e Títulos do Tesouro**, de forma a torná-los aos olhos dos depositantes e aforradores menos apetecíveis
que os depósitos a prazo e os produtos e aplicações da banca privada, os mui famosos "produtos tóxicos" que deram origem à crise financeira.

Quem é amigo dos bancos, quem é?

** http://www.publico.pt/economia/noticia/portugueses-subscreveram-perto-de-dois-mil-milhoes-em-certificados-do-estado-1687030


De 1%enriquece+9% ajuda servil; 90% empob a 26 de Fevereiro de 2015 às 16:39
O Baptista Bastos está na "linha justa" por isso fica aqui muito bem.
Mas que é isso de "linha justa"?
É a dos interesses dos que são empobrecidos pelas políticas de governos dominados pela especulação financeira, como sucede na UE,
com a esperançosa excepção do governo grego do Syriza,
para enriquecer mais os 1% de multimilionários e sustentar os 9% da sua empregadagem
que troca a decência e a honra por umas migalhas, desde o infeliz jornalista que não quer perder o emprego e tenta ser a agradecida "voz do dono" - fica com umas "migalhinhas" -
até aos pançudos administradores a quem cabem umas migalhas grossas.
Vejam o que o BB diz. E diz bem.

-----Há sempre solução

Os gregos podem ser o exemplo de que não há impossibilidades.

Baptista-Bastos, CM 25.02.2015

Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, chega ao proscénio e diz que a Troika exagerou na imposição da austeridade, por desnecessária,
e roubou a decência aos povos de Portugal, Espanha e Irlanda.
Surge, afobado, o dr. Passos Coelho, e desmente Juncker, quase declarando que a Troika trouxe consigo felicidades inauditas.
As aldrabices, mentiras e omissões deste cavalheiro atingem as zonas da coprolábia.
Ou, então, pior do que tudo, usa os óculos de Pangloss, e vê um Portugal abençoado pelos deuses, embora esses deuses sejam desconhecidos, e o país seja absolutamente outro.

Um milhão e quinhentos mil desempregados;
dois milhões na faixa da miséria:
cento e quarenta mil miúdos que vão diariamente em jejum para a escola;
quase duzentos mil jovens que abandonaram o País por carência de futuro;
dezenas de doentes que morrem nos corredores dos hospitais por falta de assistência;
velhos a quem foi subtraído todo e qualquer meio de subsistência;
funcionários e outros aos quais cortaram todos os escassos salários
– isto não terá como consequência a perda da decência e da dignidade?
E perda da decência e da dignidade não consistirão nos constrangedores actos praticados por membros do Executivo, e pelo dr. Cavaco, relativos ao governo e, decorrentemente, ao povo grego?,
com a torpe recusa em apoiar as propostas de quem foi legitimamente eleito,
e colando-se, vergonhosamente, à estratégia da política alemã?

O grupo do dr. Passos é, por sistema, apupado e execrado, e o governo do Syriza recebe banhos de multidões a apoiá-lo e a incitá-lo.

A melancolia portuguesa e a dor do nosso viver sem luz advêm desta subalternidade que nos corrói a decência, a dignidade e a integridade moral.
Fomos coagidos a perder os valores que cimentaram o nosso ser, mesmo em tempos sombrios.
A nossa honradez e probidade foram substituídas pelo individualismo mais atroz.
Resta-nos, afinal, quê?
Estes mentirosos, esta casta de indigentes mentais, e este mutismo dos que se deviam opor
e alimentam a apagada e vil tristeza são sintomas de quê?
Da indeclinável decadência em que vivemos. Sem solução?
Cabe-nos a última palavra no próximo combate.
Os gregos podem ser o exemplo de que não há impossibilidades na História.


Etiquetas: austeridade, Baptista Bastos, Syriza, Tsipras, Varoufakis.

(# posted by Raimundo Pedro Narciso , 25/2/2015, PuxaPalavra)


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