A dimensão nacional-fascista das políticas europeias
(-26/1/2014 por Tiago Mota Saraiva, 5Dias)
A mesma Merkel que acha que os países do Sul têm férias a mais, acaba de decidir baixar a idade de reforma na Alemanha para os 63 anos.
Se é verdade que é o capital financeiro, transnacional, que determina e lucra com grande parte da selvajaria que hoje assistimos na Europa do Sul, também é verdade que existe um nacional-fascismo emergente.
Merkel tudo fará para que se trabalhe mais e pior em Portugal do que na Alemanha, e não hesita em transformar os governos do Sul em "OBERKAPOS" (capatazes dos trabalhadores/escravos nos campos de concentração NAZIs) da miséria dos seus povos.
Mais, estas não podem ser lidas como políticas nacionais mas europeias, e é bom que se diga isto a todos os que continuam a esconder-se desta discussão, da esquerda à direita, atrás da frase “mais Europa, melhor Europa”.
Neste momento, o governo da Alemanha tem cada vez mais interesse que, em países como Portugal, aumente o desemprego, diminua a produção e aumente a dependência.
Provocar o desequilíbrio é uma política europeia.
As vantagens para Merkel são óbvias.
Em primeiro lugar porque tem empresas suas bem posicionadas a disputar as sobras (veja-se o exemplo do Lidl, que sem o instrumento do euro nunca teria conseguido entrar e permanecer em Portugal)
em segundo lugar porque lhe permite, a baixo custo, importar o que lhe for sendo mais útil (até pessoas).
Sempre fui cauteloso em comparar o presente com os fascismos do séc. XX.
Não acho que vivamos, ainda, nas condições de outrora mas creio que já existem sinais mais do que preocupantes.
Se é certo que o grande beneficiado desta crise não será o povo alemão, importa mantê-lo sereno e estimular o seu ódio para com os outros povos.
Não discutir a dimensão nacional fascista deste crise leva-nos a continuar a patinar na maionese do europeísmo de alguns.
[também a Itália de Mussolini apregoava:
" FASCISMO : uma fusão do Estado com o poder corporativo (as grandes empresas)"].
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