3 comentários:
De .CGD é de interesse público. a 15 de Junho de 2016 às 16:32

----- Não misturem as coisas, seus debochados!


Já critiquei de forma inequívoca esta decisão do governo.

Estou por isso à vontade para defender a ideia de que uma injecção de capital na CGD não é a mesma coisa que atirar dinheiro para cima do Espírito Santo, ou de qualquer outro banco privado.
Insistir na tecla de que é tudo a mesma coisa, é próprio de debochados de direita, habituados ao empreendedorismo privado, feito à custa dos dinheiros públicos.

A CGD é um banco público ao serviço de todos os contribuintes e cuja existência é fundamental para o país e até para a nossa independência.
Pagar para garantir a sua sobrevivência parece-me, por isso, aceitável.
Isso não impede que seja legítimo a qualquer cidadão exigir que o Estado cumpra o seu papel, reclamando junto da justiça indemnizações aos administradores por si nomeados que utilizaram dinheiros públicos como se fossem propriedade sua.
Nenhum governo pode eximir-se, também, à aplicação de sanções administrativas previstas na Lei a administradores que delapidaram bens públicos,
seja por incompetência, seja porque utilizaram os seus cargos para satisfazer clientelas partidárias ou amigalhaços.

Quanto à banca privada, se compreendo (?) a necessidade de salvar um banco com a dimensão do Espírito Santo, pelas implicações que a sua falência acarretaria para todo o sistema financeiro,
já não me conformo quando sou chamado a contribuir para salvar bancos privados de pequena dimensão, cujos proprietários e administradores fizeram gestão danosa, cientes de que o Estado os socorreria em caso de necessidade.
O caso BPN é, nesta matéria, o exemplo mais flagrante de um banco criado para satisfazer amigos e clientelas partidárias, com recurso a uma teia de vigarices.
Não pode o Estado dar-se ao luxo de "salvar" vigaristas.
Quanto a mim, isso só foi possível, porque Portugal foi governado durante décadas por um bloco central de interesses, que se protegia mutuamente quando surgiam problemas.

O que se exige à geringonça é que acabe de uma vez por todas com essa teia de interesses.
Isso é tão importante como restituir aos trabalhadores, desempregados e reformados, o dinheiro que o governo Passos /Portas lhes roubou, para meter nos bolsos dos mais poderosos.

(-- por Carlos Barbosa de Oliveira, junho 15, 2016, Crónicas do rochedo)


De .'Português', 'Nacional' ?!! vão... a 16 de Junho de 2016 às 09:56
--- Dinheiro «Português/ nacional»?!!. (--no post: http://luminaria.blogs.sapo.pt/nacionalismo-protecionismo-vs-globalização neoliberal , 17/3/2016)


------ «Banca portuguesa»?! «nacional»?!! vão gozar outros…

1º- Português ou nacional só é aquilo que for detido pelo Estado (central, …, autarquias), pelo ‘público’, pelo que «é de todos os cidadãos». Logo, quanto à banca (e empresas em geral) … apenas a CGD é portuguesa (único accionista é o Estado), e, com alguma boa vontade, algumas outras entidades em que o Estado é accionista maioritário… também o Montepio pois é/era mutualista…
Todos os outros bancos são empresas privadas (dinheiro, quotas, acções, ...gestão).

[ também o «Banco de Portugal» (BdP), NÃO é de Portugal, NÃO é português, NÃO é público, o «BdP» é de accionistas PRIVADOs (de outros bancos, que por sua vez são detidos por ...?...) e responde perante os seus accionistas e o BCE, não responde nem se submete aos órgãos de soberania portugueses. ]

2º- o que é PRIVADO tem por objectivo único* o lucro, os dividendos, os prémios, o DINHEIRO,… e a qualquer momento vende(-se) por quem der mais dinheiro … seja ao irmão, ao vizinho, ao ‘estrangeiro’, ao anónimo desconhecido, ao fundo sgps/holding/corporation em ‘offshore’…

(*- reconhece-se que alguns empresários privados, geralmente em empresas familiares,
têm «consciência e sentido de responsabilidade social/ comunitária»... mas, a qualquer momento por alterações ou constrangimentos familiares ou económicos, fazem/podem fazer passar essa «consciência nacional/ portuguesa/ e responsabilidade comunitária» para segundo plano ou esquecê-la / desaparecer completamente.)

3º – o dinheiro não tem pátria, nem nacionalidade, nem lei… e foge a impostos (por muitas vias incluindo ‘offshores’ e aldrabice contabilística); foge Justiça e às Leis portuguesas (porque pode adotar foro estrangeiro, britânico, arbitragem, ‘offshore’, …); e foge a responsabilidades políticas, sociais, laborais, éticas, ambientais, económicas, financeiras, fiscais, …

4º- o Estado português (tal como outros, que seguem o neoliberalismo e ditames da UE, ‘troika’, ‘mercados’, …), através dos seus representantes nos governos e parlamento ...
diminuiu muito ou deixou, de facto, de defender o «interesse nacional»/ colectivo/ público, deixou de valorizar, preservar e defender interesses e recursos verdadeiramente estratégicos nacionais… privatizando-os, … porque está (para estar) ao serviço e/ou submisso a interesses externos e/ou obscuros (do dinheiro, capitais/ ‘investimentos’, de magnatas/oligarcas, de ‘corporations’, de 'fundos', de empresas transnacionais).

Portanto, quanto a centros de decisão «nacional», capital ou ‘investimento’ ‘nacional’/’português’ privado … e respectivos arautos empresariais e/ou políticos neoliberais... vão enganar e burlar outros !! ou ... emigrem para bem longe !!


De Estado ao serviço do centrão e negociata a 16 de Junho de 2016 às 12:49
----O bolso do contribuinte sempre à disposição…

14/06/2016 por António de Almeida , Ladrões de B.

Houve um tempo em que se discutiu a privatização da CGD. Apesar de ser contra a intervenção do Estado na economia, sou forçado a admitir que pública ou privada,
a Banca em Portugal conta sempre com o bolso do contribuinte, pelo que a CGD não vai ser, nem o seria em qualquer situação excepção à prática vigente.

A grande vantagem da Banca privada seria à partida estar imune à instrumentalização partidária,
se pensarmos que os maiores prejuízos agora revelados na CGD resultam da gestão de inspiração socrática de nos tempos em que foi liderada por Santos Ferreira e Armando Vara.
Porém se nos lembrarmos que esta dupla também liderou o BCP numa espécie de nacionalização informal imposta pelo governo de então,
sem esquecer o desastroso resultado da promiscuidade entre BES e empresas públicas, à cabeça das quais a PT,
ou que a nomeação de gestores bancários por critérios de filiação partidária está longe de ser um exclusivo do PS, eu diria que o recente episódio da CGD é apenas mais um capítulo da novela “o estado a que isto chegou…”


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