Terça-feira, 27 de Janeiro de 2015
Passos C. aplaude decisão do BCE de comprar dívida, mas já foi contra
ESTE É O MAIOR ALDRABÃO DA HISTÓRIA DA DEMOCRACIA !!!
A Renascença recupera dois momentos em que o primeiro-ministro foi contrário à medida tomada esta quinta-feira pelo Banco Central Europeu.
23-01-2015, por P.R.Pinto e M.Coelho
Pedro Passos Coelho aplaudiu a decisão do Banco Central Europeu de injectar milhões na economia da Zona Euro. O primeiro-ministro disse acreditar que a decisão anunciada pelo BCE vai evitar a deflação nos países da moeda única.
Esta sexta-feira, em Montalegre, garantiu que, ao contrário do que foi acusado por António Costa, nunca foi contra este tipo de programas. "Nunca me manifestei contra o programa do Banco Central Europeu, antes pelo contrário. Esta intervenção era uma intervenção aguardada que está a ocorrer dentro daquilo que é o estatuto e o mandato do BCE e esta intervenção era aguardada na medida em que a Europa de modo geral, mas sobretudo o euro, está a correr riscos de deflação. É uma operação bem-vinda por parte de toda a gente. Esperemos que ela seja tão eficaz quanto se deseja e o que se espera é que esta intervenção do BCE possa ajudar que a inflação se situe em perto de 2%".
No entanto, a 16 de Maio de 2014, Passos Coelho tinha dito em entrevista à CNBC, por altura da saída da troika, que apesar do importante papel do Banco Central Europeu (BCE), “não era partidário de um mandato diferente” para esta instituição, que “contribuiu para a frágil, mas ainda assim recuperação na Europa”.
Explicou que discordava da compra de obrigações: “Este tipo de política não é normal para o BCE, que já dispõe, por exemplo, de mecanismos de intervenção para evitar a fragmentação financeira”.
Contudo, “se necessário, o BCE poderia era comprar carteiras de crédito às pequenas e médias empresas da Zona Euro, o que seria, com certeza, uma medida bem recebida”.
Já em Junho de 2012, no Parlamento, em resposta ao então líder do PS António José Seguro, Passos Coelho opôs-se à compra de dívida por parte do BCE e explicava porquê.
“Se o senhor deputado entende que o BCE deve actuar em mercado secundário com programas mais intensos de compra de títulos de dívida soberana dos diversos países; se é isto que o senhor deputado entende deixe-me dizer-lhe: não concordo e não preciso de pedir licença a ninguém - nem em Portugal, nem na Europa – para lhe dizer aquilo que penso. Não aceito essa visão porque em primeiro lugar não cabe ao BCE em circunstância nenhuma exercer um papel de monetização dos défices europeus”.
Mais uns quantos "novos e espontâneos DRAGHISTAS"
Aceitam-se sugestões... Quem mais querem aqui colocar????
(: o Medina C., o Camilo L., o ... ... - apareciam/em em imensos programas de opinião/comentadores nas TV, na rádio e até escrevem 'livros' sobre governação e economia para Portugal ...)
Achei piada, momentos antes de começar a Quadratura do Círculo tinha partilhado um comentário parecido acerca da decisão do BCE, em que dizia: "Quanto sofrimento, quanta destruição??? podia ter sido evitada se tal decisão tivesse sido tomada há quatro anos???"
São ás paletes os vira casacas no CDS e PSD, mais outro com a mesma falta de vergonha do Passos e do "irrevogável" Portas! Frase da semana, de um "Draghista" renascido: "foram quatro anos de destruição de valor" (sic Lobo Xavier, na Quadratura do Círculo, SICN)"
Vamos à saúde e à dignidade humana e os princípios da religião católica.
(Lagarde, FMI: «a longevidade é um risco financeiro»; Em Portugal já morrem por dia mais de 500; «Faço o melhor que posso... »- Min. P.Macedo)
Assustadora é a ligeireza com que o pseudo-Ministro da competência na saúde fala da morte e dos que morrem. Assustador mas na linha de respeito pela dignidade humana. Há mínimos. Este governo não sabe o que é isso.
700 mortos nada tem de assustador Ministro Paulo Macedo diz que, em todo o mundo, registo de mais óbitos em hospitais é na urgência.
As medidas do Governo de contenção da despesa no sector da saúde fizeram com que Portugal acabasse por cortar o dobro do que era exigido no memorando de entendimento com a troika, diz um relatório da OCDE.
OCDE diz que Portugal cortou na Saúde o dobro do que negociou com a troika
Relatório destaca cortes nas despesas com o pessoal e “concentração e racionalização” da oferta em centros de saúde e hospitais como principais...
Ordem dos Médicos denuncia mais casos de cirurgias fictícias em hospitais - Portugal - DN Centro Hospitalar do Baixo Vouga não será caso único no reagendamento fictício de cirurgias para manter doentes em lista de espera, evitando o pagamento das...
Mais uma de autoria deste desGoverno !
Altice diz que não há compromisso para manter empregos na PT - Economia - DN
Grupo francês só vai pagar em dinheiro 5,6 mil milhões pela dona do Meo. Negócio pago com emissão de junk bonds.
JN: Acesso ao ensino superior : Colégios inflacionam notas e dão 90% de vantagem a alunos (seus, da privada) !
'Rankings' das escolas são isentos ?!! As 'privadas' é que são boas... Uma educação exemplar ?!
UNS TÊM PROVAS E NÃO PRENDEM E OUTROS NÃO TÊM PROVAS E PRENDEM. A CORRUPÇÃO NESTE PAÍS COMEÇA POR ONDE NÃO HAVIA DE COMEÇAR
José Guilherme devia dezenas de milhões ao BES quando deu €14 milhões a Salgado
Ricardo Salgado disse no Parlamento que "José Guilherme era mais credor do BES do que devedor". Mas em 2013, quando o Banco de Portugal compilou os maiores credores da banca, relacionou o construtor a dívidas ao BES de 223,5 milhões. Desses, 83 milhões estavam em seu nome pessoal.
Salgado. Antigo presidente executivo do BES recebeu 14 milhões de José Guilherme / Alberto Frias. Em abril de 2013, o Banco de Portugal listou dívidas de €223,5 milhões relacionadas com José Guilherme. Essas dívidas referiam-se a 25 entidades diferentes relacionadas com o empresário, a maioria delas empresas de construção e imobiliário. Daquele valor, 83 milhões estavam mesmo em nome de José Guilherme. Estes dados, apurados pelo Expresso, põem em causa a afirmação de Ricardo Salgado de que José Guilherme, que lhe deu €14 milhões, "nunca precisou do Grupo Espírito Santo para nada".
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De Levantem-se e Lutem !! a 27 de Janeiro de 2015 às 14:09
E AQUI ESTAMOS NÓS, POBRE POVO "VALENTE", QUE ACREDITOU NA CANÇÃO DO BANDIDO,
A PAGAR OS ROUBOS EFECTUADOS POR BANQUEIROS E POLÍTICOS CRIMINOSOS CRIARAM. E JÁ VAI NO 5º. ANO DE AUSTERIDADE! ... ELES CONTINUAM À SOLTA!...
"Aprendamos um pouco, isso e o resto, o próprio orgulho também, com aqueles que do chão se levantaram e a ele não tornam, porque do chão só devemos querer o alimento e aceitar a sepultura, nunca a resignação" - José Saramago in "Levantado do Chão"
9.710.539.940,09 EUROS (9,7 mil milhões de €)- É O VALOR DA FRAUDE DO BPN ! ... e a do BES / GES ainda só se vê o pico do 'iceberg' mas aproxima-se a Passos largos !! deste descalabro ... de que os pensionistas e funcionários públicos são os grandes culpados, não é ?!!
- deixem-se ficar calados, quietos e abstencionistas ... que os coveiros (bangsters, neoliberais e desgovernantes) já têm a vossa vala comum quase pronta !!
Não acredito!
Ele era lá capaz de fazer uma coisa dessas! Portas mete girl (CDS) no banco (de Fomento, do desgoverno!)
-por C.B.Oliveira, 27/1/2015
--- golden.bee, 27/1/ 2015
Carlos, não brinque com coisas sérias porque eu já estou enojada. O meu sentido de humor não dá para tanto. O jaguar das estatísticas não dava para isso.
Mas enquanto se despendem trabalhadores da SSocial, (não se admitem as centenas de médicos reconhecidos como necessários, ...) num mês a marilú já meteu mil trabalhadores na ilha das Finanças.
Isto já não vai só com piadas!
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Deixa-te de tretas, Violetta
A reacção do governo e dos partidos que o apoiam foi unânime: não somos a Grécia. Não precisavam de perder tempo a explicar-nos.
Já todos sabemos, há muito tempo, que Portugal não é a Grécia.
Se Portugal fosse a Grécia, teria um governo três dias após as eleições;
Não teria um presidente a ameaçar que se os partidos não se entenderem, não haverá governo;
Teria um governo que se preocupasse com as pessoas e não um grupo de lambe botas que, seguindo o exemplo de Durão Barroso, está a tratar da sua vidinha e borrifando-se para o país;
Teria um governo que não vendesse o país a retalho o património do país a interesses privados;
Teria um povo que se revoltaria por estar a ser roubado e exigiria saber quem beneficia com as privatizações;
O pavilhão Atlântico, ou Meo, ou o raio que o parta, não se encheria de miúdos para ver a Violetta, porque não haveria famílias a pagar 500€ por um bilhete nas primeiras filas.
Borgen: descubra as diferenças
(-por Teresa Ribeiro, em 27.01.15, Delito de opinião)
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Borgen, que é sobre política, seduz-nos também por esse realismo, ... já foi enaltecida mais que uma vez. ...expostas situações entre políticos, jornalistas e assessores que nos são familiares me levou a procurar as diferenças. Entre a Dinamarca, que está permanentemente no topo do ranking dos países com melhor qualidade de vida, e Portugal afinal só pode haver diferenças.
Através de Borgen, as que melhor se observam passam ao lado da trama política. Um contraste que salta à vista é o estilo de vida da protagonista, mãe de dois filhos menores e que no início da série ainda vemos casada. Apesar de ser primeira-ministra e mulher de um professor universitário, a sua vida familiar decorre dentro de padrões que entre nós só são expectáveis numa vulgar família de classe média. O casal não tem empregada e divide entre si as tarefas domésticas. Não há mordomias, nem luxos (nem sequer na casa oficial da 1ºMin.), é tudo muito frugal, simples.
Já se sabia que na escandinávia até se vêem ministros a ir para o trabalho de bicicleta. A cultura é outra. Os governantes consideram-se a si próprios funcionários públicos e são legalmente tratados como tal, mas Borgen despertou-me a curiosidade. Uma pesquisa levou-me a um estudo comparativo da autoria de Gustavo Sampaio, publicado em "Os Privilegiados". Uma pesquisa que revela até que ponto é falacioso o argumento de que os políticos em Portugal são mal pagos e têm uma vida dura. Ora tomem nota:
Na Dinamarca os membros do parlamento são obrigados a receber um vencimento base, acrescido de ajudas de custo pelas funções que desempenham (cá, os políticos podem optar entre as pensões que recebiam e o vencimento, como fizeram Cavaco Silva e Assunção Esteves).
O vencimento base de um membro do parlamento dinamarquês é de 600 998 coroas dinamarquesas/ ano (cerca de 80 605€). Repartido pelos 12 meses corresponde a cerca de 6717€/ mês, mais do dobro do vencimento base de um deputado português em regime de exclusividade (3271, 32€/ mês). Porém, os deputados portugueses recebem subsídio de Natal e de férias e a carga fiscal dinamarquesa é mais elevada (em 2012 a taxa máxima era de 56,6%, enquanto que em Portugal foi de 49%).
Na Dinamarca os abonos suplementares limitam-se a uma verba destinada a ajudas de custo: 665,54€/ mês, livres de impostos. Em Portugal há ajudas de custo para os deputados que residem fora da Grande Lisboa (69,19€/dia). Nos casos mais extremos as ajudas de custo podem ultrapassar os 2000€/mês, ao que se acrescentam as despesas de representação (que não estão previstas na Dinamarca). Um deputado português, em regime de exclusividade aufere 334,24€/mês em despesas de representação, mas a verba pode ser maior conforme os cargos que exerce.
Ao contrário dos dinamarqueses, os deputados portugueses têm direito a ser compensados pelas despesas de transporte, que são pagas ao Km. Na Dinamarca os membros do parlamento recebem passes para transportes públicos.
Descontados os impostos e somados os valores das ajudas de custo, os deputados dinamarqueses auferem entre 3500€ e os 4500€. A remuneração dos deputados portugueses depende de mais variáveis, mas um deputado em regime de exclusividade que resida fora da Grande Lisboa poderá receber 5534,58€ ilíquidos/mês, não muito menos que o rendimento ilíquido dos dinamarqueses: 7382,69€/mês. Em termos líquidos, a diferença é ainda menor, devido à carga fiscal na Dinamarca ser mais elevada.
The last but not the least: Os ex-políticos dinamarqueses não têm direito a pensões suplementares nem a reformas antecipadas, nem à contagem de anos a dobrar para efeitos de aposentação. Reformam-se como toda a gente aos 65 anos e têm os mesmos benefícios que qualquer outro funcionário público. Na Dinamarca também não existem subvenções vitalícias.
Tal como em Portugal, os deputados dinamarqueses podem acumular as suas funções com outras actividades remuneradas, só que isso não acontece muito, porque em regra não têm tempo. Quanto a ex-ministros integrarem conselhos de administração de empresas de sectores que tutelaram enquanto governantes está fora de questão, embora não haja lei que o impeça.
Pois, não é preciso escavar muito para descobrir as diferenças.
Intervalo técnico
Já passou tanto tempo desde que Tony Blair quis dar um rosto humano ao NEOLIBERALISMO de Margareth Thatcher e desde o dia em que Gerhard Schröder ocupou a cadeira de chancheler da Alemanha
e abriu, na Europa continental, as hostilidades contra o mundo do trabalho e o Estado social,
pomposamente baptizadas de "reformas",
que as pessoas já se esqueceram do que é a social-democracia, do que é ser social-democrata
e que tudo agora é extremismo, é esquerda radical, perigosa, quase a roçar o terrorismo.
Graças aos mercados/Deus que temos Matteo Renzi para esconjurar Alexis Tsipras e exorcizar os desvios à ideologia do pensamento único.
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As palavrinhas mágicas
(-por josé simões, 22/1/2015, derTerrorist)
(e quem se lixa é o mexilhão.jpeg )
«Reformas estruturais (neoliberais)»:
«Liberalização dos despedimentos; cortes salariais, diminuição do subsídio de desemprego, na duração e no valor a pagar; eliminação de apoios vários e de outros subsídios;
aumento da carga horária; redução dos períodos de descanso e de férias; eliminação da contratação colectiva;
privatização de todos os serviços públicos».
"Reformas estruturais" são as palavrinhas mágicas e Mario Draghi (agora do BCE e q.) veio da Goldman Sachs, do you know what i mean?
«A compra de 60 mil milhões de euros de dívida por mês por parte do Banco Central Europeu (BCE) é uma boa notícia para a zona euro, mas tem de ser complementada por acções noutras áreas, defende o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Paralelamente à compra de dívida, diz Christine Lagarde, é "essencial" que esta "política acomodatícia" seja suportada por outras "medidas abrangentes e tomadas em devido tempo noutras áreas", seja por reformas estruturais que aumentem o crescimento potencial dos países da zona euro [...]»
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Do fundamentalismo ideológico
"O Governo não interfere nessas matérias".
Alínea a) excepto se for para defender interesses privados em prejuízo do interesse público.
«A proposta de António Costa para a transferência da gestão das empresas de transporte de Lisboa para o município, que tinha sido bem recebida pelo Ministério da Economia, foi travada pelo primeiro-ministro, que prefere entregar sector a privados.»
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«Houve criação de emprego e emprego bem remunerado, que o Governo não tem um modelo de baixos salários para o país”, os pais que já estavam empregados começaram a ganhar mais, subiram de escalão no IRS, os filhos deixaram de poder receber abono de família. "O país está melhor", »
Viva o Passos, viva! pim!
«Quase 40 mil crianças e jovens perderam o direito ao abono de família entre dezembro de 2013 e o mês homólogo de 2014»
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O faz de conta
Quando Pedro Passos Coelho, com ar cândido, vem dizer que "espera que Grécia cumpra regras europeias" é:
- porque se está a fazer [mais uma vez] de sonso?
- porque é [outra vez] die stimme seines herrn/ a voz do dono?
- porque ainda não percebeu que [já] estamos na fase de mudar as regras?
- as três anteriores
Maiores hospitais do país unem-se contra farmacêutica que vende medicamento contra hepatite C
(por B.C., DN, 28/1/2015, http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4367289 )
Maiores hospitais do país unem-se contra farmacêutica que vende medicamento contra hepatite C
Cinco hospitais juntaram-se para interpor providência cautelar contra a Gilead por abuso de posição dominante.
Os hospitais de S. João e de S. António, no Porto, os Hospitais Universitários de Coimbra, o Hospital de Santa Maria e o Centro Hospitalar Lisboa Central decidiram
unir-se contra a farmacêutica norte-americana Gilead Sciences e interpor uma providência cautelar por abuso de posição dominante,
recusando-se a esperar pela conclusão das negociações entre a empresa que comercializa o novo medicamento contra a hepatite C e o Ministério da Saúde,
no sentido de baixar o preço do medicamento.
Segundo o Jornal de Notícias, as unidades hospitalares vão ainda apresentar
queixa na Autoridade da Concorrência, declarar a Gilead como empresa hostil
e cancelar as autorizações que deram aos seus profissionais de saúde para participarem em congressos patrocinados pelo laboratório.
As decisões surgem na sequência do difícil processo para disponibilizar em Portugal o novo medicamento para a hepatite C, o Sofosbuvir, que tem taxas de cura acima dos 90%.
O fármaco, que foi autorizado há um ano pela Agência Europeia do Medicamento, ainda não está aprovado em Portugal porque o Ministério da Saúde e a empresa não chegaram a acordo sobre o preço - o JN adianta que o Sofosbuvir custará cerca de 42 mil euros por tratamento
e, atualmente, só alguns doentes têm acesso ao fármaco, na sequência de pedidos de Autorização Especial feitos pelos hospitais. Já terão sido aprovadas quase 100 destas autorizações especiais.
O jornal contactou Eurico Castro Alves, presidente do Infarmed, que recusou comentar o assunto.
Na semana passada, um grupo de 13 doentes anunciou, conforme noticiou o DN, que vai entrar no início de fevereiro com uma
ação em tribunal, para que o Ministério da Saúde seja obrigado a dar-lhes acesso ao medicamento contra a hepatite C.
Ponderam avançar ainda com uma queixa crime por omissão de auxilio.
Saúde: Macedónia de incompetência, propaganda e canalhices
Houve um tempo em que a ida dos médicos para o Brasil ou para os países árabes, a partida dos enfermeiros para os países da União Europeia era visto com agrado pelo poder, partiam em busca daquilo a que cinicamente este governo designou por “zonas de conforto”. Recordo-me de ouvir o zipadinho Rangel sugerir a criação de uma agência pública para facilitação da emigração de quadros, não me recordo de ouvir o Dr. Macedo ou o seu secretário de Estado Adjunto manifestarem a mais pequena preocupação por esta sangria de pessoal médico.
Não se preocupara nem com esta sangria nem com o abandono do SNS por muitos médicos que se fartaram das canalhices deste governo e optaram por um sector privado em crescimento. Ao definhamento do SNS correspondeu o florescimento do sector privado graças à fuga de médicos e da classe média que ajeitou as contas do sector. Se dantes eram os doentes do sector privado que iam para o SNS quando as coisas se complicavam, agora são os doentes do SNS que fogem para os hospitais privados para não morrerem nas urgências do SNS.
A primeira reacção de Paulo macedo á crise foi dizer que a culpa era das empresas de colocação de médicos, o país ficou a saber que os médicos do SNS têm menos estabilidade no emprego do que a empregada doméstica do ministro, mas deixemos o tema para outra ocasião. De seguida o país abriu os telejornais com mais um grande feito do Dr. Macedo, o Amadora-Sintra tinha acabado de lançar um concurso para macas, os portugueses podiam ficar descansados, graças ao grande gestor da saúde já podiam morrer sem tratamento mas ao menos tinham o conforto de uma maca, morreriam confortavelmente deitados.
Paulo macedo continuou escondido dos olhos do público e quando achou que a coisa estava a passar mandou o seu secretário de Estado Adjunto dizer umas alarvidades na TVI24, a culpa de todos os males era da falta de médicos e a falta destes era da Ordem. Dois ou três dias depois o corajoso Macedo escolheu uma manhã se sábado para visitar um centro de saúde cujos utentes nem sabiam na sua maioria que estava aberto.
Depois a culpa deixou de ser da falta de médicos, a culpa era de um perigoso vírus da gripe, uma variante para a qual a vacina era menos eficaz e que matou mais gente em Portugal do que o ébola matou na Serra Leoa. De repente o país estava mergulhado numa crise porque foi surpreendido por um descendente da famosa pneumónica dos tempos da Grande Guerra. E eis que hoje somos surpreendidos por mais uma grandiosa medida do não menos grandioso Macedo, depois de há poucos dias ter anunciado a colocação de mais de 800 médicos, o Opus Macedo, uma verdadeira Obra de Deus, vai colocar mais quase 2.000 médicos. A fome deu em fartura, o país que não tinha médicos e ia contratá-los à América Latina e que ainda perdeu umas centenas para a emigração, já consegue em poucos dias mobilizar mais de 2.500 médicos, cerca de 800 internos e mais 1.800 especialistas.
Não há fome que não dê em fartura e agora resta-nos que esperar que da mesma forma que a fome de médicos deu lugar a um jackpot de clínicos, a fome que muitos portugueses sofrem dê igualmente em fartura de comida e de medicamentos. A esquerda anda tão distraída com o BES e com a Grécia que nem repara no que está acontecendo, nem uma única voz se lembrou de questionar se o facto de muitos idosos doentes crónicos terem deixado de tomar os medicamentos por falta de meios, ou outras medidas que obrigam os doentes com gripe a trabalharem, propagando a doença, tinha alguma relação com a crise no sector da saúde.
Para a esquerda a fome e a misérias parece não ser mais do que estatísticas cuja divulgação é uma oportunidade para os seus dirigentes aparecerem nas aberturas dos telejornais. António Costa aproveitou a divulgação de dados da pobreza do INE para fazer surf televisivo, mas sobre as consequências dessa miséria não disse uma palavra. A esquerda ignora que não são os ricos que estão a morrer nas urgências, esses dantes metiam uma cunha para terem, tratamento vip no SNS, mas agora e para alegria da direita está a procurar os hospitais privados.
Quem morre nas urgências, quem apanha gripe ao primeiro espirro do vizinho, quem morre ainda antes de ser atendido ...
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