Cleptocracia - governo de/por ladrões (+corruptos e nepotistas) (-por F.Castro, 21/5/2011)
... O pessoal continua a dizer que se
se baixarem os impostos (às empresas e ao capital) e se desregulamentar os mercados a crise passa, os empresários ganham dinheiro e criam empregos, pagam salários e a economia dispara. [A teoria
neo-liberal da treta do "chuveiro" foi iniciada por Reagan (e Thatcher no RU, depois seguida por Blair, ...), e logo desde aí näo criou mais que
bolhas especulativas,
crises, privatizações, desregulamentação e crescimento exponencial das
desigualdades e problemas sociais.]
Há 35 anos que eles dizem isto (esta
mentira muito propagandeada por 'Chicago boys', universidades, fundações/'thinktanks', agências de rating, grupos de mídia, grandes empresários, políticos de direita, ... troika) e há 35 anos que
o poder de compra das famílias vai baixando, enquanto os ricos vão ficando mais ricos. Parece-me que a coisa é mais simples:
a) os ricos compram os políticos; b) os políticos baixam-lhes os impostos e dizem-nos que não há dinheiro e que temos de apertar o cinto; c) os ricos empregam-lhes os filhos. ---xx---
A Bosnia-Herzegovina (B-H) é o exemplo de um Estado "complicado" em que a situação política/ administrativa esconde e 'branqueia' a situação económica/social em degradação e que esta provocou/ agravou os conflitos internos. Politicamente a B-H compreende: a Federação da B-H, com 10 cantões; + a Rep. Servia da B-H, separada em 2 zonas laterais com vários distritos.
B-H é uma amostra do que era a ex-Federação da Jugoslávia, que tinha regime 'socialista não-alinhado' em convivência multicultural pacífica, e que, após a morte do presidente Tito, em nome da «democracia e liberdade económica neo-liberal» foi 'sabotada e invadida' pelos EUA e UE para a trazer para a sua esfera de influência e domínio económico, favorecendo determinadas facções/partidos, caudilhos e governantes fantoches, levando-a à guerra civil, ao retalhar dos Estados/territórios e à rapina das suas empresas estatais e recursos públicos.
Mais que a divisão/diversidade 'étnico-religiosa-linguística', a questão actual da B-H (tal como da ex-Y., ou da Ucránia, ...), a razão fundamental é económico-política sendo que a vertente político-diplomática-militar está ao serviço de grandes bancos privados e empresas multinacionais ('corporations') ligadas ao armamento, reconstrução, minérios, energia, transportes, imobiliário, ... com muitos agentes-antenas e fantoches locais, campeões da (des)informação/propaganda, controlo dos mídia, lobbying e corrupção, intermediários de contratos 'leoninos' , privatizações/saldo e fazedores de legislação 'à medida' de determinados interesses e grupos.
Contra estes predadores/ destruidores do país e interesse comum é que estão a levantar-se/manifestar-se cidadãos e grupos mais esclarecidos e ou atingidos: estudantes, jovens, trabalhadores da classe média e baixa, desempregados e reformados empobrecidos. No meio de tudo isto estão também os partidos locais de esquerda contra direita e neo-nazis, ... com muito populismo, demagogia, 'nacionalismo', radicalismo e pulsões/medidas isoladas ou à mistura.
---xx---
Insurreição na Bósnia-H., revisitando a "questão nacional" e a discussão em torno da U.E. (-Francisco, 5Dias, 13/2/2014)
Recentemente, foi discutida a “questão nacional” e a postura a adoptar face à União Europeia e ao euro (sendo o ponto de partida para a análise o referendo sobre a independência da Escócia que terá lugar em Setembro).
Os
motins e amplos protestos em curso na Bósnia e na Ucrânia reforçam as “teses” que expus nesse texto. Uma delas é que
a UE, longe de ser um qualquer escudo contra a ameaça fascista, é na verdade a geradora dessa mesma ameaça e, inclusive, chega a ser
aliada no terreno de movimentos neo-nazis (
aqui,
aqui ou
aqui).
De naturezas bem diferentes, os protestos na Ucrânia, na Bósnia e
na Turquia (tal como no Brasil a onda de protestos do ano passado não se extinguiu) dão a imagem de uma
Europa com as periferias em chamas. Este é um sinal de que
o domínio/ expansão geográfica da UE atingiu os seus limites. Quanto aos limites políticos, esses serão ser bem visíveis nas próximas eleições europeias. No plano social,
o referendo na Suiça e os
movimentos de contestação que irrompem em vários países (
da Grécia à Alemanha) dão
sinal do profundo mal estar. Até no plano jurídico
surgem complicações com o Tribunal Constitucional Alemão.
Algumas exigências na
#Bósnia e
#Herzegovina:
Revisão das privatizações ;
Devolver a propriedade roubada ao povo ;
Sistema de saúde universal ; Que os
salários dos políticos não possa ser mais que duas vezes o salário médio (200€) ; Revogação do sistema de distritos étnicos ;
Demissão em massa
dos governantes; ... -
parece-lhes familiar ?!! .
De Estado neoLiberal. a 19 de Fevereiro de 2014 às 15:58
Menos Estado
= fraco com os poderosos e totalitário com o povo;
= mais rendas e lucros para monopolistas e empresas de amigos;
= mais custos e menos direitos para os cidadãos.
Acontece que quanto mais leve eles dizem que o Estado está mais pesado ele parece ficar para os cidadãos.
Mais lento, mais incompetente, mais problemático. E é natural que assim seja.
A eficácia do Estado, que o faz parecer mais leve, custa dinheiro.
Que depois é devolvido à economia através do seu melhor funcionamento.
É por isso que os países que funcionam bem e que são mais atrativos para empresas exigentes não chegaram lá através da degradação dos serviços públicos.
Os autodenominados "liberais" gostam de acreditar que tudo o que o Estado gasta é um roubo à economia, deixando-a mais pobre.
Até fazem uns contadores em que explicam aos contribuintes até que dia do ano estão "a trabalhar para o Estado".
Esquecendo-se de dizer até que dia do ano estariam a trabalhar para a seguradora, para o colégio, para o fundo de pensões e para todas as empresas privadas que garantissem os mesmos serviços que o Estado hoje oferece.
Para uns poucos o negócio seria seguramente melhor.
Mas para a maioria, nem um ano inteiro de trabalho chegaria. (...)
Mas claro que todo este debate só faria sentido se estivéssemos a falar de escolhas ideológicas.
Para além de nunca se terem cobrado impostos tão altos, o mesmo governo que está a encerrar lojas do cidadão prepara-se para abrir postos do mesmo género em estações de Correios.
Boa ideia?
Excelente, se não tivessem privatizado os CTT.
Ou se, privatizando, tivessem garantido no caderno de encargos da privatização esta obrigação de serviço público.
Claro que não o fizeram, porque nenhuma privatização se faz em Portugal sem a garantia de que, para além do lucro dado pelo monopólio, o Estado não fica a pagar uma mesada qualquer.
(Daniel Oliveira, Expresso, 18/2/2014, via EsquerdaRepublicana)
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