De Próximo presidente ? a 12 de Outubro de 2015 às 10:55
Pro memoria
Para início, gostaria de deixar claro que Marcelo Rebelo de Sousa não receberá o meu voto nas próximas presidenciais.
Em segundo lugar, gostaria de deixar claro que qualquer Presidente, depois de Cavaco, será um valor a mais para Portugal.
Em terceiro e último lugar, e esclarecidos os dois pontos anteriores:
a) Marcelo é uma garantia do regime uma vez que é um dos autores da Constituição da República Portuguesa;
b) Marcelo é um social-democrata no sentido da social-democracia europeia. É verdade que foi um dos responsáveis pela inscrição do PPD no PPE mas isso decorreu mais da anterior adesão do PS ao PSE do que da vontade de Sá Carneiro;
c) Marcelo é um político assumido, ao contrário do actual Presidente da República que é um não-assumido político;
d) Marcelo é inteligente, culto, lê jornais (e até já os dirigiu), social-preocupado, bem-disposto e razoável;
e) Marcelo poderá ser o Presidente de todos os portugueses, depois de eleito (se for eleito), e nunca fará um discurso de vitória vergonhoso como o seu antecessor.
Por muito que me possa vir a bater por outro candidato (hipótese teórica) nunca deixarei de ter em conta todas as alíneas que citei no ponto anterior.
( LNT #BarbeariaSrLuis [0.275/2015]
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-- Subscrevo esta análise.
Biografia de candidato a Presidente da República:
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Edgar Freitas Gomes Silva
Natural do Funchal onde nasceu em 25 de Setembro de 1962
Licenciado em teologia pela Universidade Católica Portuguesa
Exerceu as funções de Padre católico.
Foi responsável por diversos projectos como o “Arco”, na Madeira, e por iniciativas sociais e de desenvolvimento local em bairros marcados pelos problemas da ultra- periferia social.
Da obra publicada contam-se livros sobre questões de desenvolvimento humano e social como “Instrangeiros na Madeira” (2005), “Madeira-Tempo Perdido (2007), “Os bichos da corte da ogre usam máscaras de riso” (2010), “Pontes de Mudança – Sociedades Sustentáveis e Solidárias (2011).
Foi membro fundador do MAC – Movimento de Apoio à Criança e da Escola Aberta, integrou movimentos de apoio às crianças de rua, entre 1987 e 1992.
Foi professor na Universidade Católica do Funchal entre 1987 e 1992.
Foi Assistente Nacional do Movimento Católico de Estudantes (MEC), entre 1992 e 1995.
Deputado na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira desde 1996. Foi membro da Assembleia Municipal do Funchal e da Assembleia de Freguesia de Santo António.
Membro do PCP desde 1998. Membro do Comité Central desde o XVI Congresso.
É responsável pela Organização do PCP na Região Autónoma da Madeira.
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Esta a biografia oficial.
Junto, com muito gosto, o apontamento pessoal de o conhecer e admirar há um quarto de século
(ainda era o Padre Edgar, sempre na mesma luta em que, como camarada, continua),
e de o fazer MEU CANDIDATO.
(-por Sérgio Ribeiro, anónimo sec xxi, 8/10/2015)
O candidato comunista à Presidência da República, Edgar Silva, defendeu hoje um mandato em Belém para "acolher o grito dos pobres", "atender ao clamor dos trabalhadores", da "Terra" e da "Natureza", prometendo "cumprir e fazer cumprir a Constituição".
Numa sala de um hotel lisboeta com centenas de pessoas em pé, além das outras muitas centenas sentadas, Edgar Silva, 53 anos, afirmou que o Presidente da República, embora não sendo "Governo, no entanto, deve atuar no quadro das funções que "o texto fundamental lhe confere, usando os seus poderes para determinar a mudança".
O candidato comprometeu-se com "os valores de Abril", a fim de "abrir novas avenidas de esperança e futuro para Portugal".
O antigo padre e deputado regional da Madeira assegurou ainda que irá contribuir para "defender e aprofundar o regime democrático", "os direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores", "os direitos sociais", "promover o crescimento económico e o desenvolvimento", "lutar contra a exclusão social e pela erradicação da pobreza", bem como dar "prioridade às crianças", "afirmar um Estado participado e descentralizado", sem esquecer a "diáspora portuguesa".
Lusa/SOL, 15/10/2015, http://www.sol.pt/noticia/417202/Presidenciais-Edgar-Silva-PCP-quer-acolher-grito-dos-pobres-
O dia em que perdi um Presidente
Os portugueses vivem, por estas horas, o início efetivo da corrida à Presidência da República.
.. Henrique Neto, um militante bastante mal amado no PS, há muito que avançou, embora pouco se tenha visto por ora.
.. Sampaio da Nóvoa, figura exterior aos baralhos partidários, não conseguiu ter o desejado apoio do PS, que o havia pré-lançado, mas vai à luta.
.. Maria de Belém Roseira, anunciou a sua candidatura, que formalizará na próxima semana, sendo a segunda militante socialista a entrar na corrida.
.. Tendo medido cuidadosamente o ambiente à sua esquerda, Marcelo Rebelo de Sousa apresentou ontem aquela que, tudo indica, será a candidatura com que a direita política espera poder conquistar Belém.
Tenho consideração pessoal por todos os nomes referidos, laços de amizade com vários dentre eles, mas posso agora confessar que o meu candidato preferido à Presidência da República era, de há muito, Guilherme de Oliveira Martins.
Trata-se de um cidadão com uma extraordinária - eu diria mesmo, ímpar - preparação em matérias de Estado, com grande equilíbrio político, uma muito rara capacidade de diálogo, um europeísta convicto, para além de possuir de um perfil cultural rico e abrangente, difícil de encontrar entre nós. O seu tempo à frente do Tribunal de Contas honrou a instituição, colocando-a numa posição de prestígio, num tempo polémico e muito complexo. O seu inatacável perfil ético constituir-se-ia numa garantia segura de confiança para todos os portugueses.
As coisas não correram como eu desejaria. Guilherme Oliveira Martins deixa o cargo de presidente do Tribunal de Contas e passa a integrar o Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian. Embora reconheça que o novo lugar lhe "assenta que nem uma luva", tenho muita pena que não possamos contar com ele no palácio de Belém. Estou certo de que seria um extraordinário Presidente da República portuguesa.
(-por Francisco Seixas da Costa , 10/10/2015, http://duas-ou-tres.blogspot.pt/)
Agora que o "entertainer" Prof. Marcelo está disposto a "sacrificar-se humildemente" pelo país e corre salivando mas com muita humildade, para o palácio de Belém,
lembremos o discurso de Sampaio da Nóvoa, no 10 de Junho de 2012 e digam-me se não preferem ter como PR alguém que sabe dizer o que ele diz aqui e não anda demagogicamente a distribuir pipocas pela Festa do Avante.
http://puxapalavra.blogspot.pt/2015/10/sampaio-da-novoa-no-10-de-junho-de-2012.html#links
Vêm aí os mercados !
(e as agências de rating, e os bancos/bangsters, e a troika, e Bruxelas, ... )
( por josé simões, 15/10/2015, DerTerrorist)
A bisca foi primeiramente lançada no sábado passado pelo José que tem um Programa de Governo, na televisão do militante n.º 1, num programa onde ficámos também a saber que o José também tem um Programa de Revisão Constitucional,
adiante, no seguimento do princípio defendido por Cavaco Silva em 2011, e que chegou a fazer escola, de que devíamos todos falar muito baixinho para não acordar os mercados.
Hoje, o blog da direita com swag, estica-se e já fala em enviados especiais da City a Lisboa e tudo.
Não se via nada assim desde que Wellesley veio dar caça a Junot.
Mais subtil, a televisão do militante n.º 1 mete em gordas os «Juros da dívida de Portugal a subir a dois, cinco e dez anos» e em miudinhas «alinhados com os da Grécia, Itália e Espanha»,
para já, três dos países vítimas colaterais da hipotética maioria de esquerda em Portugal e da irresponsabilidade de António Costa,
vulgo o regresso dos comunistas ao Governo de onde haviam sido arredados nos idos do camarada Vasco, agora mais raivosos que nunca em busca de uma revanche há 40 anos recalcada.
Vale tudo.
(para esta direita neoliberal, de incompetentes, desgovernantes, burlões, mentirosos, propagandistas e manipuladores, ...)
Dizia eu há dias, meio no gozo, que por esta hora já deveria haver quem, no PS, se preparasse para "cortar os pulsos", caso acontecesse alguma espécie de entendimento com o BE e o PCP.
O pessoal da EXTREMA DIREITA do PS, com Francisco Assis à cabeça, ainda que no seu risível jeito apalhaçado e histriónico de boneco de tenda de espectáculo de "Robertos" de feira… correram imediatamente a dar-me razão.
Numa espécie de "surto" de reaccionarismo primário e destrambelhado, Sérgio Sousa Pinto, um "cromo" ex-dirigente da JS,
depois dos ataques de ódio vesgo a Sampaio da Nóvoa, ao pressentir que o PS poderia equacionar um apoio à sua candidatura, ataques feitos num tom que mais parecia de esquadrão de "assassínio político" da PIDE de Salazar… demite-se!
Demite-se do secretariado nacional do partido… só por estar no ar a hipótese de haver contactos do PS à sua esquerda.
Desgraçadamente para o Partido Socialista e para a democracia e para o povo português… uma boa parte do barro de que tem sido feito o "socialismo" à portuguesa,
apesar de à vista desarmada parecer barro… é mais… tipo… como direi?… merda!
-- Samuel Quedas.
http://aventar.eu/2015/10/10/surto-de-reaccionarismo-primario-e-destrambelhado/12115701_1228138530545646_3778989475376965845_n/
Não conheço as razões de Sérgio Sousa Pinto, mas discordo
-- 11 Outubro 2015 por Penélope 51 comentários
Parece que SSP não concorda com a estratégia de António Costa de tentar um acordo de governo à esquerda.
Mas que alternativa existe?
Vejamos o lado dos credores, que não sei se é o que aflige subitamente SSP, mas que tanto aflige a direita e reis da asneira fácil como o José Gomes Ferreira.
O que teriam gostado de ver nestas eleições?
Que os PàF, desastrosos mas subservientes, tivessem mantido a maioria absoluta.
Porém não penso que sejam tão ignorantes ou ingénuos ao ponto de acharem que tal era possível.
O que teriam então gostado a seguir?
Que a PàF governasse com maioria relativa e contasse com a abstenção ou mesmo com o apoio do PS.
Para quê? Para continuar o lindo serviço.
Ora, para poderem acreditar nesta hipótese, teriam de desconhecer totalmente o líder socialista, os seus princípios políticos, as suas preferências, pensar que estava disposto a levar alegremente o partido para o suicídio e desconhecer também a história de partidos como o PASOK, da Grécia.
Não desconhecem. O partido praticamente desapareceu de tanto se confundir com a direita.
De modos que ou as coisas se arrastam durante uns meses sem qualquer garantia de entendimento à direita e com este presidente a recusar um governo de esquerda,
até que um novo presidente da República convoque novas eleições e a direita consiga maioria absoluta, o que, salvo campanha magistralmente urdida, que eleve a pulhice e a falta de vergonha à quinta potência, me parece bastante improvável,
pois não há como escamotear a situação social, económica e financeira do país, perto do descalabro
(já e antes do eventual bico de obra para a formação de uma maioria), ou os credores terão de agradecer a Zeus o facto de ser um moderado como António Costa a liderar a esquerda e a moderar os radicais nesta situação, com um programa credível, que respeita os compromissos internacionais do país.
A alternativa seria as instituições amanharem-se com um Syriza 2 também aqui nesta ponta do continente.
Mas calma, não vai acontecer.
E é já em dezembro que a Espanha vai a votos.
António Costa tem a única solução possível e tem que ser bem sucedido. E apoiado.
É a democracia, estúpidos
A direita estava descansada com o ovo no cu da galinha, Cavaco excluía o BE e o PCP, Passos Coelho fazia vergar António Costa pressionado pela ala direita do PS, a direita formaria governo, o PS entraria em crise e Costa seria levado à demissão, Marcelo passeava até às presidência, ganhas as presidenciais Passos demitir-se-ia com o argumento de não o deixarem fazer as reformas necessárias, realizar-se-iam eleições legislativas antecipadas e a direita ganharia com maioria absoluta, repetia-se a história, desta vez sem personagens como Oliveira e Costa ou Dias Loureiro, mas com o Marco António e o Miguel Relvas.
A estratégia era perfeita e Cavaco decidiu jogar tentando marcar dois golos, um pelo seu governo e outro por forçar Costa à submissão, depois de ter receado ter de dar posse a um governo que ajudou a derrubar, era o prémio de consolação para o pior presidente da história da República, não considerado pelo povo conseguiria, pelo menos, a gratidão da direita. A estratégia não tinha como falhar, o PCP e o BE odeiam e desejam destruir o BE, uma solução governativa que correspondesse a uma maioria dos paRtidos de esquerda no parlamento era impensável, a minoria maioritária da direita iria governar.
Mas Jerónimo de Sousa percebeu que a estratégia de Passos e Cavaco e entre apoiar um governo do PS ou viabilizar um governo maioritário da direita não lhe restava alternativa. Cavaco pensava que Jerónimo de Sousa lhe fazia o favor e enganou-se, ignorou a Constituição e desprezou os líderes dos outros partidos, incluindo Paulo Portas, e tramou-se, Passos ficou sem condições para apresentar uma solução alternativa. Agora Cavaco está confrontado com o risco de ter uma solução governativa diferente daquela que encomendou, resta-lhe lembrar-se de que Portugal tem uma Constituição e apressar-se a indigitar Passos Coelho para primeiro-ministro. Cavaco pensou que ia tosquiar António Costa e vai acabar por ser ele o tosquiado.
Agora anda toda uma direita a clamar que ganhou as eleições, como se fossem gaiatos a berrar que a bola é deles e dizendo que António Costa está violando as regas do jogo. Só que não foi António Costa que decidiu jogar aos consensos, foi Cavaco que viu mais uma oportunidade de forçar o PS a “obedecer” a Passos Coelho chamando a isto consenso. Teve azar, jogou mal e agora corre um sério risco de conduzir o país a uma grave crise política. É o preço que o país poderá pagar por ter eleito alguém sem condições para exercer o cargo de Presidente da República.
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