Sexta-feira, 9 de Outubro de 2015

  Aníbal, Pedro, Paulo, António, Jerónimo que...  (- por F.Fernandes, DN.)

Em bom, é assim:   "João amava Teresa que amava Raimundo/ Que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili/ que não amava ninguém. /João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,/ Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,/ Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes/ que não tinha entrado na história." Em bom, é assim, célebre poema assinado por Carlos Drummond de Andrade. Ao poema, ele chamou Quadrilha. Não, não é isso que estão a pensar, mas no sentido da tradicional contradança. Por isso me permito uma versão portuguesa, citando políticos, para aqui trazidos por nos darem música.
Sai cantiga de escárnio e maldizer:
    Aníbal apadrinhava Pedro que casara com Paulo que desdenhava Pedro que piscava o olho a António que se encontrava com Jerónimo que se queria vingar de Catarina que também instigava António que não sabia o que fazer.
   Aníbal foi para o Algarve reformado, Pedro e Paulo continuaram casados, sonhando com umas terceiras núpcias, grandes como as primeiras, melhores do que as segundas, António hesitou na passagem de nível, olhou para a esquerda, olhou para a direita, foi talvez atropelado, apanhou talvez o comboio do poder,
   Jerónimo progrediu para 18 deputados, talvez até 19, e mesmo 12 era bom logo que fossem mais do que Catarina que invejou André Lourenço e Silva, que tinha um cão chamado Nilo e não entrou na história porque é deputado do PAN e só se interessa por periquitos.

 – E poderia extender a sua cantiga também aos candidatos presidenciais, incluindo Marcelo e o mais recente (padre) Edgar Silva (53 anos, deputado na A.L. da Madeira pelo PCP). 


Publicado por Xa2 às 07:47 | link do post | comentar

9 comentários:
De Ala direita do PS...contra Costa Esquerd a 12 de Outubro de 2015 às 18:57

Dizia eu há dias, meio no gozo, que por esta hora já deveria haver quem, no PS, se preparasse para "cortar os pulsos", caso acontecesse alguma espécie de entendimento com o BE e o PCP.

O pessoal da EXTREMA DIREITA do PS, com Francisco Assis à cabeça, ainda que no seu risível jeito apalhaçado e histriónico de boneco de tenda de espectáculo de "Robertos" de feira… correram imediatamente a dar-me razão.

Numa espécie de "surto" de reaccionarismo primário e destrambelhado, Sérgio Sousa Pinto, um "cromo" ex-dirigente da JS,
depois dos ataques de ódio vesgo a Sampaio da Nóvoa, ao pressentir que o PS poderia equacionar um apoio à sua candidatura, ataques feitos num tom que mais parecia de esquadrão de "assassínio político" da PIDE de Salazar… demite-se!

Demite-se do secretariado nacional do partido… só por estar no ar a hipótese de haver contactos do PS à sua esquerda.

Desgraçadamente para o Partido Socialista e para a democracia e para o povo português… uma boa parte do barro de que tem sido feito o "socialismo" à portuguesa,
apesar de à vista desarmada parecer barro… é mais… tipo… como direi?… merda!
-- Samuel Quedas.
http://aventar.eu/2015/10/10/surto-de-reaccionarismo-primario-e-destrambelhado/12115701_1228138530545646_3778989475376965845_n/


De PS/Costa: a solução possível ? a 12 de Outubro de 2015 às 19:05

Não conheço as razões de Sérgio Sousa Pinto, mas discordo

-- 11 Outubro 2015 por Penélope 51 comentários


Parece que SSP não concorda com a estratégia de António Costa de tentar um acordo de governo à esquerda.
Mas que alternativa existe?
Vejamos o lado dos credores, que não sei se é o que aflige subitamente SSP, mas que tanto aflige a direita e reis da asneira fácil como o José Gomes Ferreira.
O que teriam gostado de ver nestas eleições?
Que os PàF, desastrosos mas subservientes, tivessem mantido a maioria absoluta.
Porém não penso que sejam tão ignorantes ou ingénuos ao ponto de acharem que tal era possível.
O que teriam então gostado a seguir?
Que a PàF governasse com maioria relativa e contasse com a abstenção ou mesmo com o apoio do PS.
Para quê? Para continuar o lindo serviço.
Ora, para poderem acreditar nesta hipótese, teriam de desconhecer totalmente o líder socialista, os seus princípios políticos, as suas preferências, pensar que estava disposto a levar alegremente o partido para o suicídio e desconhecer também a história de partidos como o PASOK, da Grécia.
Não desconhecem. O partido praticamente desapareceu de tanto se confundir com a direita.

De modos que ou as coisas se arrastam durante uns meses sem qualquer garantia de entendimento à direita e com este presidente a recusar um governo de esquerda,
até que um novo presidente da República convoque novas eleições e a direita consiga maioria absoluta, o que, salvo campanha magistralmente urdida, que eleve a pulhice e a falta de vergonha à quinta potência, me parece bastante improvável,
pois não há como escamotear a situação social, económica e financeira do país, perto do descalabro
(já e antes do eventual bico de obra para a formação de uma maioria), ou os credores terão de agradecer a Zeus o facto de ser um moderado como António Costa a liderar a esquerda e a moderar os radicais nesta situação, com um programa credível, que respeita os compromissos internacionais do país.
A alternativa seria as instituições amanharem-se com um Syriza 2 também aqui nesta ponta do continente.
Mas calma, não vai acontecer.
E é já em dezembro que a Espanha vai a votos.
António Costa tem a única solução possível e tem que ser bem sucedido. E apoiado.


De Direita, algum PS e a Democracia a 12 de Outubro de 2015 às 19:12
É a democracia, estúpidos


A direita estava descansada com o ovo no cu da galinha, Cavaco excluía o BE e o PCP, Passos Coelho fazia vergar António Costa pressionado pela ala direita do PS, a direita formaria governo, o PS entraria em crise e Costa seria levado à demissão, Marcelo passeava até às presidência, ganhas as presidenciais Passos demitir-se-ia com o argumento de não o deixarem fazer as reformas necessárias, realizar-se-iam eleições legislativas antecipadas e a direita ganharia com maioria absoluta, repetia-se a história, desta vez sem personagens como Oliveira e Costa ou Dias Loureiro, mas com o Marco António e o Miguel Relvas.



A estratégia era perfeita e Cavaco decidiu jogar tentando marcar dois golos, um pelo seu governo e outro por forçar Costa à submissão, depois de ter receado ter de dar posse a um governo que ajudou a derrubar, era o prémio de consolação para o pior presidente da história da República, não considerado pelo povo conseguiria, pelo menos, a gratidão da direita. A estratégia não tinha como falhar, o PCP e o BE odeiam e desejam destruir o BE, uma solução governativa que correspondesse a uma maioria dos paRtidos de esquerda no parlamento era impensável, a minoria maioritária da direita iria governar.

Mas Jerónimo de Sousa percebeu que a estratégia de Passos e Cavaco e entre apoiar um governo do PS ou viabilizar um governo maioritário da direita não lhe restava alternativa. Cavaco pensava que Jerónimo de Sousa lhe fazia o favor e enganou-se, ignorou a Constituição e desprezou os líderes dos outros partidos, incluindo Paulo Portas, e tramou-se, Passos ficou sem condições para apresentar uma solução alternativa. Agora Cavaco está confrontado com o risco de ter uma solução governativa diferente daquela que encomendou, resta-lhe lembrar-se de que Portugal tem uma Constituição e apressar-se a indigitar Passos Coelho para primeiro-ministro. Cavaco pensou que ia tosquiar António Costa e vai acabar por ser ele o tosquiado.

Agora anda toda uma direita a clamar que ganhou as eleições, como se fossem gaiatos a berrar que a bola é deles e dizendo que António Costa está violando as regas do jogo. Só que não foi António Costa que decidiu jogar aos consensos, foi Cavaco que viu mais uma oportunidade de forçar o PS a “obedecer” a Passos Coelho chamando a isto consenso. Teve azar, jogou mal e agora corre um sério risco de conduzir o país a uma grave crise política. É o preço que o país poderá pagar por ter eleito alguém sem condições para exercer o cargo de Presidente da República.


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