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De Alemanha manda nas finanças tugas a 22 de Janeiro de 2015 às 11:42
22/1/2015

Berlim autoriza BdP a assumir prejuízo pela Dívida pública portuguesa


O título pareceu-lhe surrealista, no sentido em que o seu chófer de táxi fala de surrealismo? Queira continuar a ler.
Hoje em Frankfurte, na Alemanha, o Bundesbank, o banco central alemão, por intermédio do Banco Central Europeu (BCE),
autorizará o BdP (Banco de Portugal) a suportar os prejuízos que BCE eventualmente sofra por comprar dívida pública portuguesa.
É este o efeito certo para o nosso património do programa de Quantitative Easing (QE) que hoje será aprovado pelo BCE para evitar que a Eurozona caia na depressão.
Se evitar a depressão, ganharemos nós e ganharão todos.
A Alemanha impôs as suas condições para o QE: Hollande, Renzi, Passos coelho, tutti quanti aceitaram como de costume o bluff alemão.

Logo ouvirá o coro dos vencidos a cantarem vitória.
O Economista Português está certo que os meios de comunicação social apresentarão esta ação como uma maravilha de solidariedade europeia.
Ela é o equívoco que a Alemanha tem aplicado à classe dirigente portuguesa desde o estabelecimento do euro:
pago-vos as dívidas, ou parte delas, desde que ninguém saiba e que o compromisso não fique escrito.
Agora piorou:
a Alemanha só nos paga as dívidas se o BCE falir, pois somos devedores dele e com a sua falência ficaremos dispensados de lhe pagar;
se o BCE não falir e tivermos problemas, nós pagaremos e a Alemanha lucrará.

Logo queira ver o telejornal das vinte horas no qual o Dr. Carlos Costa, governador do BdP, nos dirá em quanto o QE aumentou o nosso passivo nacional (incluindo a dívida pública indireta).
E o ativo, também.

Para perceber melhor a operação hoje (por certo) aprovada em Frankfurte, queira ler

http://www.economist.com/blogs/freeexchange/2015/01/ecbs-momentous-meeting


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