6 comentários:
De NBes >> défice do Estado será 7,5% !! a 9 de Setembro de 2015 às 12:19
1 de setembro de 2015

NOVO BANCO (ex-BES bom)

Facto: passou um ano sem que o Novo Banco tivesse sido vendido.
Consequência: os 4,9 mil milhões de euros que o Estado, através do Fundo de Resolução, aplicou nele, têm de ser indexados ao défice, que desse modo passará dos miríficos 2,7% anunciados pelo Governo para nada menos que 7,5%.
Um rombo e tanto.
Falhada a operação Anbang, mesmo que o senhor Guo Guangchang (o patrão da Fosum e, portanto, do Hospital da Luz e da seguradora Fidelidade) decida dar um passo em frente, o défice bateu no tecto:
o prazo de doze meses é improrrogável.
Maria Luís vai tentar comover Bruxelas, mas a realidade congelou o Novo Banco.

(por Eduardo Pitta , da literatura


De BEStas de Bangsters e políticos a 17 de Setembro de 2015 às 15:26
Na melhor das hipóteses

(- por josé simões, deTerrorist 15/9/2015)

Na melhor das hipóteses o Governo, escondido atrás do Banco de Portugal, vai acabar (a entregar de mão-beijada) a vender o Novo Banco à família Espírito Santo, já limpinho de dívidas, coberto pelo Fundo de Resolução dos milhões que os bancos não tinham, injectados pelo Estado, que é como quem diz o contribuinte, que vai mais uma vez salvar um banco e fazer disparar as contas do défice.

Não há dinheiro para nada, nem para a saúde, nem para a educação, nem para pagar pensões e reformas e a segurança social não é sustentável [repetir 10 vezes de manhã, ao almoço e ao deitar].

(e Na PIOR das hipóteses ... ? ... )


De A Má nacionalização do BES buracão. a 30 de Setembro de 2015 às 17:52
Tal como o BPN, também o BES foi nacionalizado

12/09/2015 por j. manuel cordeiro
Como já referiu o João Mendes, o fundo de resolução do NOVO BANCO contou com 4900 milhões de euros, dos quais 1000 milhões vieram da banca, CGD incluída, e 3900 milhões vieram directamente do Estado.

Isto é importante por dois motivos. Em primeiro lugar, ao contrário do que o governo PSD/CDS afirma, o BES foi nacionalizado. O processo apenas teve um nome diferente. E em segundo lugar, significa que os prejuízos não serão consequência de termos um banco público, tal como afirmou a ministra das finanças, mas sim do Estado ter entrado com a fatia de leão.

Vamos por partes.

1 O capital social do Novo Banco, de 4.9 mil milhões de euros, é integralmente subscrito pelo Fundo de Resolução. Mas este fundo é um testa de ferro, já que, como em tudo, manda quem é o dono do dinheiro. O facto do BES ter sido nacionalizado torna-se óbvio quanto se constata que o Estado é a entidade que entrou com mais dinheiro directamente para o Novo Banco (3900 milhões de euros, correspondendo a 79.6% do capital). Além disso, ainda controla mais capital do Novo Banco, indirectamente, via CGD.

Dizem que os 4.9 mil milhões foram um empréstimo. Ceeeeeeeeerto. Como se tem constatado nas últimas semanas, o empréstimo está em vias de ser incobrável. E se o for, o Novo Banco entrega a chave da porta, como fizeram os americanos que deixaram de pagar a casa?

Sendo claro que o maior “accionista” do NOVO BANCO é o Estado, qual é a percentagem dessa participação, composta pelos 3.9 mil milhões mais a participação da CGD? Parece uma pergunta fácil, mas o facto é que não consegui encontrar na impressa da especialidade (talvez a essa especialidade não seja a economia) uma resposta simples sobre quanto é que foram as contribuições individuais da banca. Tudo muito embrulhado. Nem a página dedicada a este assunto no sítio do Banco de Portugal esclarece esta questão.

Nesta confusão de números, sabemos o seguinte:
1.Estado entrou com 3.9 mil milhões de euros
2.Na altura da falência do BES, o Fundo de Resolução dispunha de 367 milhões de euros
3.Foi pedido à banca uma contribuição extraordinária mas esta recusou o pedido. Em vez das contribuições extraordinárias os banco concederam empréstimos num total de 635 milhões de euros ao Fundo, remunerado com juros de 2.95%. Fizeram negócio, portanto. Porreiro, pá!
4.Dos pontos 2 e 3 resulta que a banca contribuiu com 1002 milhões de euros.
5.Aparentemente, 18% do Fundo veio da CGD.

Se o ponto 5 estiver correcto, a participação do Estado, directa e indirectamente será de 4080 milhões de euros (18% x 1002 + 3900), o que corresponderá ao controlo de 83.3% do capital. Aqui está a nacionalização pura e dura, o que se traduz no oposto de todo o discurso do PSD/CDS e séquito de comentadores. A solução encontrada para o BES foi a mesma que foi aplicada ao BPN. Lá se vai o discurso da diferença em relação a Sócrates.

2 Sobre as palavras da Ministra das Finanças, que afirmou que o NOVO BANCO se possa traduzir em prejuízo para os contribuintes devido à CGD, contrariamente ao que ela e o seu governo afirmaram, percebe-se perfeitamente que é mais de meia mentira. Haverá algum prejuízo derivado da CGD ter entrado com dinheiro para o Fundo de Resolução, mas o grosso do prejuízo virá do empréstimo concedido pelo Estado ao Fundo. Em todo o caso, ambas as situações resultam da decisão política do governo em autorizar estes empréstimos, pelo que a responsabilidade é do governo. Não é de termos um banco público, nem do Governador do Banco de Portugal. É de quem autorizou o uso do dinheiro, ou seja, do Governo.

3 Mais algumas notas quanto à forma como o tema foi abordado pela comunicação social. O negócio em que a banca privada entra com dinheiro no Fundo de Resolução não é, como se poderia pensar, um mau negócio, já que a contribuição extraordinária irá cobrar juros ao Fundo de Resolução:

«O Jornal de Negócios avançou entretanto que a banca cobrará ao Fundo de Resolução juros semelhantes aos cobrados pelo Estado, que começam em 2,95%. Para os bancos, trocar a contribuição extraordinária pelo financiamento tem a vantagem de terem uma maior palavra a dizer na alienação do Novo Banco. [Económico]

E estas "gordas" para ler à pressa ?
«Cinco maiores bancos ...


De BES: Pagam Burla e Ladroagem a 30 de Setembro de 2015 às 18:05
Tal como o BPN, também o BES foi nacionalizado

('socializando as imparidades', i.e. o desGoverno neoLiberal dos PàFiosos faz o Estado/ contribuintes pagar a gigantesca Burla e Ladroagem dos Bangsters !!)
...
...
... «Cinco maiores bancos foram responsáveis por mais de 80% das contribuições para o Fundo de Resolução. Novo Banco também vai contribuir para o mecanismo que o salvou. [Económico]

Poderia-se pensar que foi a banca a entrar com o dinheiro para o BES. Com uma leitura atenta conclui-se que este sub-título é enganador, pois o Fundo de Resolução só entrou com 20% do capital.

Repare-se no que foi dito, de forma insistente, no momento da resolução do BES:


A solução entrará em vigor já amanhã e visa resgatar o BES após os prejuízos históricos de 3,5 mil milhões de euros, sem gastar dinheiro dos contribuintes. A gestão do BES, liderada por Vítor Bento, tentou evitar ao máximo a intervenção do Estado, mas as fortíssimas quedas das acções nas duas últimas sessões da semana passada tornaram este desfecho inevitável. A solução que está a ser ultimada pelo Governo e pelo Banco de Portugal dará a Vítor Bento o tempo necessário para reestruturar o BES e coloca o banco a salvo, definitivamente, da exposição ao Grupo Espírito Santo, transferindo esses créditos tóxicos para uma entidade que será criada de raiz. [Económico]

Puro lirismo. Manipulação completa da informação, com conluio da comunicação social, que não fez a análise que devia ter feito. Caramba, o Estado a entrar com 4900 milhões de euros e escreve-se isto?

E esta frase “BES será vendido no fim do ano e já há interessados”, também do anterior artigo do Económico? Fantástico. Tantos interessados mas, chegada a hora da venda, nem a pedinchar consegue o Governo vender.

4 Em jeito de conclusão, vemos que o processo BES é muito pouco claro, seja porque a informação publicada é incompleta e manipulada, seja essa informação não existe de todo. Descontando questões de semântica e olhando para as responsabilidades de facto, concluímos que a solução do BES não difere substancialmente da solução BPN. Não deixa de ser irónico Passos Coelho ter passado o debate com Costa a demarcar-se de Sócrates para, afinal, seguir-lhe as pegadas. Finalmente, toda a questão sobre o prejuízo vir da participação da CGD no Fundo de resolução é um logro para esconder que o grosso do prejuízo virá, isso sim, do empréstimo de 3900 milhões de euros ao Fundo. A estes prejuízos ainda se somarão aqueles derivados do Banco Mau e outros já anunciados pelo Banco Bom, perdão Novo Banco.
---------- por j. manuel cordeiro, 12/9/2015/Aventar:

-- ...foi o governo que autorizou a intervenção da CGD. Como qualquer outro executivo dos outros bancos, poderia ter pensado primeiro no interesse da CGD que gere.
-- ...o BES não devia ter falido. Se a falência do BPN era comportável pelo sistema, dada a sua pequena dimensão, e portanto poderia ter falido e ter-se usado o Fundo de Garantia para os depósitos, já o mesmo não poderia ser feito com o BES.
Por isso isso existe regulação, para impedir que estas coisas aconteçam.
O que devia ter acontecido é o BES ter sido travado há muito tempo, antes de ser irrecuperável.
Mas claro que muita coisa deveria mudar para que isso alguma vez acontecesse, como por exemplo, um banco não ter capacidade de nomear ministros (Manuel Pinho) ou até Directores Gerais das Finanças (Paulo Macedo, agora ministro da Saúde).
Muito teria que ser diferente, mas para isso para isso só quebrando o ciclo PS /PSD e seu atrelado CDS.
E nem mesmo com outros há garantia alguma que seja diferente, apesar de com estes sabermos como será.
A mudança começa nas pessoas, não é na política. Sim, estou a ser lírico. Às vezes também é preciso.
Mas mais vale lírico do que ser simplista e fazer de conta que era deixar falir e aproveitar para fazer de conta que o actual governo não tem nada a ver com o assunto.


De tugas Depenados à Buffet chinês a 9 de Setembro de 2015 às 13:01
Pato à Pequim

«Vender o Novo Banco é fundamental para o Governo se salvar de ser crucificado em Bruxelas por causa do défice e para Maria Luís Albuquerque não perder a face. Todos prometeram que os contribuintes não seriam arrastados para o pântano de pagarem aquilo que também foi uma decisão política de Passos Coelho quando não deu a mão a Ricardo Salgado. (...)

Cada dia que passa mais poder tem quem pode comprar o Novo Banco e menos poder tem o BdP.
Para Guo investir é o mesmo que fazer tai chi.
E, depois de atingir o objectivo, as regras mudam:
faz-se como Warren Buffett e
usa-se as empresas financeiras adquiridas para financiar novos investimentos.
Um dia se poderá ver, se Carlos Costa e Guo apertarem as mãos enquanto comem pato à
Pequim, este a pedir fundos ao BCE através do Novo Banco para se pagar com fundos europeus investimentos chineses.
Mario Draghi (do BCE) terá o seu último colapso.

O que espanta em tudo isto é o secretismo absoluto de Carlos Costa:
porque falharam as negociações com a Anbang,
porque a Apollo desapareceu do segundo lugar da "short-list",
que dinheiro está mesmo em jogo?

Os cidadãos têm o direito de saber, porque há muito dinheiro dos contribuintes em jogo e muita mais austeridade que pode nascer se tudo correr mal.
Porque o que se espera é que não sejam os portugueses a carne do pato à Pequim.»

Fernando Sobral
(via http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/ 3/9/2015)


De Direita: não Reestruturar a dívida... a 9 de Setembro de 2015 às 17:27
Porque eles não querem sequer ouvir falar em reestruturação da dívida

“A recusa em aceitar esta evidência, que espantosamente é ainda dominante em Portugal, só pode ser
explicada pelo facto da dívida desempenhar um papel instrumental central na
legitimação da agenda política conservadora que tem vindo a ser aplicada.”
[Alexandre Abreu@Expresso]

http://aventar.eu/2015/09/02/porque-eles-nao-querem-sequer-ouvir-falar-em-reestruturacao-da-divida/


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