A crise também é de segurança e a UE está a falhar
(- por AG, 16/9/2015, http://causa-nossa.blogspot.pt/ )
"A Comissão tem de impor sanções à Hungria e a qualquer Estado Membro que recuse receber refugiados e impeça a abertura de vias legais e seguras para quem pede protecção.
Como pode o PPE manter nas suas fileiras o partido de Orbán que vergonhosamente criminaliza e ataca os refugiados, incluindo com gás lacrimogénio, trazendo do passado os piores demónios da Europa?
Quem usa a segurança como desculpa para violar os direitos humanos, o direito internacional e as leis e valores europeus, está, de facto, a fazer o jogo dos criminosos terroristas do Estado Islâmico, que querem a civilização a andar para trás.
Esta é também uma crise de segurança, da nossa segurança, porque a UE não agiu para travar a guerra na Síria, Iraque, Libia e a opressão noutros países, como está a falhar no combate aos terroristas do chamado Estado Islâmico - e por isso as pessoas fogem à procura de proteção na Europa. Foi o que confirmei nos 4 dias que, no final da última semana, passei no Curdistão iraquiano, onde todos me disseram que o êxodo não estancará enquanto o Estado Islâmico não for erradicado de Mossul e Raaqa.
Não é só o inverno que está a vir: pessoas desesperadas - refugiados e migrantes - continuarão a vir, com ou sem arame farpado. Quanto mais muros erguer, mais cercada se sentirá a Europa. Desunião e inacção são receitas para ruir. Não o permitiremos. O Conselho tem de assumir as suas responsabilidades e JÁ!"
(Minha contribuição para debate PE esta tarde sobre (in)decisões do Conselho face a crise por afluxo de refugiados)
O fracasso europeu multiplicado por dois
(16/9/2015, http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/2015/09/o-fracasso-europeu-multiplicado-por-dois.html )
«O adiamento para Outubro de uma resolução europeia comum sobre os refugiados, ao mesmo tempo que o espaço Schengen é posto em risco pela reabertura de fronteiras, é um somatório de más notícias.
Contrariando os efusivos apelos de Juncker, a UE não foi capaz de estar à altura das exigências do drama que tem pela frente – e no seu território.
Não foi a primeira vez, no caso sírio.
Martti Ahtisaari, antigo Presidente finlandês que foi mediador da ONU, veio lembrar que a UE e os EUA rejeitaram uma proposta russa que incluía o afastamento a prazo de Assad.
Foi em 2012 e percebe-se:
eles acreditavam que Assad ia ser derrubado, logo não precisariam negociar. Mas não foi.
Hoje, muitos milhares de mortos e desalojados depois, os mesmos que disseram “não” dispõem-se a encarar Assad, que continua a ser um ditador, como “interlocutor” para estancar a guerra e os refugiados.
Alguém tirará lições úteis deste mortífero “adiamento”?»
-Direcção editorial do Público
---- Para quem tem acesso ao Expresso diário:
O dia em que a Rússia sugeriu o afastamento de Assad e o Ocidente ignorou.
(http://leitor.expresso.pt/#library/expressodiario/16-09-2015/caderno-1/mundo/o-que-acontece-la-fora ...)
----- Allemagne: des migrants logés dans le camp de Buchenwald
(refugiados/migrantes da Síria e ... alojados no ex-campo de concentração NAZI de Buchenwald ) !!!
: http://fr.sputniknews.com/international/20150913/1018137986.html#ixzz3lzp63mRO
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