Segunda-feira, 26 de Maio de 2014

 

   E depois de votar

   O meu filho mais velho votou hoje pela primeira. Consciente do que fazia. Informado. A escola onde votámos estava vazia. A abstenção parece que vai vencer, mais uma vez, estas eleições. É muito triste. Depois pergunto-me: será que a minha avó sabe exactamente o que faz um deputado europeu? Que responsabilidades tem? Que diferença faz? Talvez não. Como ela, existirão muitos, digo eu. Culpa dos partidos e, mea culpa solidária com quem é da profissão, dos jornalistas. Os americanos aprenderam o sistema político que têm com uma série televisiva, "Os Homens do Presidente". Os europeus também agradeceram essa oportunidade.  ...

 

 

alguma   matéria  para  reflexão  …       (-por Francisco )

EuropaCronicasRuptura.  ... que União Europeia é esta que:
  1) Ao mesmo tempo que temos cada vez mais famílias com dificuldades em alimentar as suas crianças, aumenta a riqueza dos mais ricos em Portugal, na Europa e no mundo;
  2) Ao mesmo tempo que a miséria, desespero e a taxa de suicídio aumenta, o BCE empresta dinheiro a banqueiros a cerca de 1% para que estes possam posteriormente emprestar aos Estados europeus (ex: Portugal e Grécia) a juros claramente superiores (4%, 5% ou mais). Desta forma parasitária é fácil ganhar muitos milhões à custa do emprego e salários dos trabalhadores europeus;
  3) Prepara um acordo comercial com os EUA, que essencialmente favorece os grandes grupos económicos em prejuízo dos direitos laborais, dos pequenos empresários e do meio ambiente;
  4) Promove ex-ministros e 'reguladores' ... depois de admitidas as suas falhas/"ingenuidade"... que custam milhares de milhões aos contibuintes (só o BPN custa entre 5 mil a 7 mil milhões de euros ao Estado Português…)
  5) Ao mesmo tempo que esta União Europeia concorda com o envio de tropas para países africanos, recebem as riquezas desse continente, apoia ditaduras (e e criminosos) mas as populações que legitimamente tentam emigrar/ fugir da fome e da repressão, procurando trabalho na Europa são tratados como criminosos, considerados ilegais e expulsos...

     O PSD-CDS e PS são fiéis representantes das políticas europeias e nacionais que levaram a este percurso na chamada União Europeia. Não contem comigo para reforçar estes partidos e estas políticas destes últimos anos.     (-por pestanandre )

                 Mais reflexão e memória

    O projecto do mercado comum, tal como nos foi apresentado, é baseado no liberalismo clássico do século XIX, segundo o qual a concorrência pura e simples resolve todos os problemas.   A abdicação de uma democracia pode assumir duas formas:   o recurso a uma ditadura interna, transferindo todos os poderes para um homem providencial,   ou a delegação de poderes para uma autoridade externa, que, em nome da técnica, exercerá na realidade o poder político, uma vez que, sob pretexto de uma economia sã,   acabará por ditar a política monetária, orçamental, social e, em última instância, a política no sentido mais alargado do termo, nacional e internacional.
             menvp disse :

 a Regulação Estatal é necessária... Concorrência a Sério:
    - os privados não querem que exista concorrência de empresas públicas... porque... É MUITO MAIS FÁCIL "dar a volta" a um qualquer Regulador... do que... "dar a volta" a uma empresa pública a fazer concorrência no mercado.   

   1: ... em produtos de primeira necessidade (leia-se, sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá combater eficazmente a cartelização privada.
   2: ... não está em causa o facto da iniciativa privada ser importante... : apenas se faz referência ao facto de também ser importante um certo tipo de intervenção estatal na economia, para a própria defesa da REPÚBLICA e da Democracia.
      P.S.- mais 'regulação' falhada... é ver o caso do BES...



Publicado por Xa2 às 07:59 | link do post | comentar

10 comentários:
De Vêm aí dias de "Facas Longas" a 26 de Maio de 2014 às 11:54

pós Eleições
25 de Maio: um balanço telegráfico
(http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/ 26/5/2014)

Depois de uma noite pouco dormida, um balanço telegráfico do dia de ontem, que foi terrível, para os europeus em geral e para os portugueses em particular, por vários tipos de motivos:

1 – O nível de abstenção mostrou um elevadíssimo grau de desinteresse e de protesto, num momento crucial para a Europa e para Portugal.

2 – A subida da extrema direita em vários países, nomeadamente mas não só em França, é uma verdadeira ameaça para a democracia, cujas consequências ainda nem conseguimos imaginar.

3 – Por cá, a derrota da Aliança Portugal e do PS (sim, não é gralha), mantendo no entanto, em conjunto, 59% dos votos, vem inscrever no horizonte uma alternância suave ou uma grande coligação ao centro, sem qualquer esperança em algo de verdadeiramente bom e decisivo para os portugueses. Embora 59% seja menos do que o habitual, ainda não foi desta que o nosso «centrão» implodiu eleitoralmente, como já foi o caso, por exemplo, na Grécia e em Espanha.

4 – Quanto aos outros, Marinho Pinto foi a surpresa e o grande vitorioso (mas nem atribuo ao facto a importância que muitos estão a atribuir, nem o considero um papão que vá comer criancinhas em Bruxelas), não me torna especialmente feliz o crescimento da CDU (por motivos que não cabem num balanço telegráfico) e o Bloco bem pode arrumar as cabeças e a casa, rapidamente e em força (se será capaz de o fazer, isso já é uma outra questão).

Portanto, e em suma, 25 de Maio de 2014 fica como um marco bastante negro no calendário das nossas vidas. E vêm aí dias de facas longas.



De Contar espingardas para Mudança de Lider a 28 de Maio de 2014 às 11:12
E dias de ... contar espingardas... no PS (e no BE ?)

M.Soares critica o elevado regozijo pela vitória do PS ... pois também houve uma descida de votação no PS (e noPSD+CDS e no BE) ...
o que revela que os políticos (PS / Seguro incluído) não estão a corresponder ao desinteresse/ crítica/ indignação dos eleitores ... não mobilizam, não convencem, nem estão a (esforçar-se o necessário para) resolver os problemas da maioria da população... : desemprego, 'cortes', emigração, impostos, baixa de serviços, ...

A declaração de A.Costa a disponibilizar-se para liderar o PS ... tinha de ser feita (senão cairia no descrédito do "agarrem-me se não eu, eu ...") pois as legislativas estão próximas e há que preparar/ mudar / muito a fazer ... é agora ou nunca ...
só que ... o Seguro tem o aparelho na mão e os dele dependentes (elitos e ou com tachos vários ou à vista) já lhe vieram afirmar apoio ... , logo, ACosta vai ter dificuldade em reunir tropas para convocar um Congresso/ Eleições (e ser eleito sec.geral do PS) ... em circunstâncias "normais", sem a anuência do actual "líder"/Seguro.

Zé T.


De Mudar/ Melhorar Liderança e eleitores a 28 de Maio de 2014 às 11:54
Há sempre quem cavalgue
(27/5/2014, LNT, a barbearia)

António José Seguro garantiu que o Partido Socialista não só não se tivesse desmoronado, como conseguisse derrotar por duas vezes a coligação da direita que, aliada à extrema-esquerda, derrubou um governo do PS quando inviabilizou uma saída da crise à espanhola e obrigou o País a ajoelhar-se perante o capital internacional.
...
...
--------Comentários :

Joaquim Moura disse...
Está muito equivocado. O resultado destas eleições evidenciou a total incapacidade da liderança do PS para mobilizar os eleitores (66% de abstencionistas) e largas faixas dos revoltados com o governo da direita (7,4% de brancos e nulos; MPT com 7,2%, etc.)para votar PS. A falta de capacidade de liderança é confrangedora e a representação de domingo à noite, ao pretender transformar uma votação de 31,45% em "grande vitória eleitoral", mais parecia uma tragicomédia.
A liderança de Seguro é vista pela direita como o seu seguro de vida.
Não é por acaso que quem vem publicamente atacar a candidatura de António Costa, seja principalmente o aparelho partidário que está claramente divorciado do sentimento popular. Pelos vistos não aprenderam nada com o que se passou nas autárquicas aqui em Matosinhos. O Povo do PS esmagou nas urnas o candidato do aparelho do PS e do Seguro.
Manter Seguro a líder é, dar à coligação da direita, mais 4 anos para governar, seja sozinha ou com as sobras do PS.
Como diz Ferreira Fernandes no DN de hoje: vê-se na cara. Mas há quem não queira ver e há quem veja, mas está agarrado há lógica do aparelho que domina este PS.
Joaquim Moura
Matosinhos

27 de Maio de 2014 às 18:23

Anónimo disse...
Caro Amigo;

Estou totalmente em desacordo consigo, com Seguro o PS não vai a lado nenhum isso é por demais evidente.
Gostei de ver a foto de Olaf Palm, mas olaf Palm e Seguro e até o presente PS não colam porque estão demasiados agarrados ao liberalismo por outras palavras já não são sociais democratas.

27 de Maio de 2014 às 20:02

Anónimo disse...
Caro anónimo das 20:02 uma pergunta.
O que sabe do projeto político, tratado orçamental, alianças, PPP transparência, Código laboral e outras questões substantivas. Também lhe irão pedir para defender ou demarcar-se da política/comportamento de José Sócrates que é manifestamente o seu maior apoiante e empurra?Nas intervenções semanais AC, além de dar brilho à imagem/ego e de sorrir a Pacheco Pereira que o convida insistentemente para SG do PS e coligar-se com PSD de Rui Rio, alguma informação sobre as ideias de combate à crise? Ouço e vejo todas as semanas. Não avançou em 2011 porque era difícil depois de Deus o desastre. Apoiou Assis e ainda antes das diretas, insultou em direto na quadratura Seguro. Em setembro 2011 no encerramento do congresso mais remoques sem jeito. Oportunista é o mínimo que se pode dizer de alguém tão competente e cheio de valor, que fica à espera que o PS fritasse 1 ou 2 SG. Tenho pena, mas é o que vejo. Conceição

27 de Maio de 2014 às 20:28

Anónimo disse...
Tendo votado PS, acho que não há desrespeito nenhum. Bem pelo contrário, acho até que o partido mostraria ter algum respeito por um número muito elevado dos seus eleitores se se mostrasse aberto para uma mudança interna.

28 de Maio de 2014 às 00:15

Anónimo disse...

"Com o calor do poder acordaram os que hibernaram".
O seu sub título diz tudo.


De pós-eleições: PS e o resto a 28 de Maio de 2014 às 12:53
--- E agora PS ?
(-por Vital Moreira , 27/5/2014, CausaNossa)

Afinal, há que reconhecer, Mário Soares é que tinha razão, quando antecipou que haveria um desastre eleitoral do Governo mas que o PS ganharia por pouco. A equação que parecia impossível aconteceu efectivamente.

A decepcionante escassez da vitória numas eleições em que tudo lhe era favorável deixa pouca margem ao PS para uma vitória robusta nas legislativas, tanto mais que o partido utilizou todo o arsenal agora, incluindo a antecipação do programa eleitoral.

O PS não se mostrou capaz de representar uma alternativa convincente.
Claramente, assim não vai lá.
-----------------

Recapitulando
(Jugular, 26/5/2014)
...
...
ou seja: todos, absolutamente todos os partidos parlamentares perderam votos em relação a 2011. o somatório combinado de votos perdidos é 2.605.337. destes, 701.010 são do ps, cdu e be.

parece óbvio que a maioria dos votos perdidos não foram para ninguém, mesmo se os 'pequenos partidos', entre os quais se conta o mpt/marinho pinto com mais de 200 mil, tiveram, combinados, 529.107 votos.

não há pois um único partido com representação parlamentar que não tenha levado um abanão.

o que o eleitorado disse ontem speaks volumes -- e é um sério aviso.
aquilo que se está a passar na europa toda já começou por aqui. o terreno está fértil para populismos 'redentores' e extremismos aterrorizadores.
e se não é crível que no tempo que medeia entre hoje e as legislativas de 2015 surja uma força política capaz de capitalizar a irritação e ressentimento do país,
certo é que se nada mudar até lá o que se segue é muito provavelmente o dilúvio -- que já nos rodeia.

o be acabou;
a cdu dificilmente crescerá mais;
o ps tem de decidir se quer ficar como está e morrer (é olhar para o psf de hollande, aquilo é o futuro do segurismo -- 15% e a descer, pasok style)
ou fazer alguma coisa.
quanto ao psd e ao pp, espero que tenham o que merecem, e o que merecem ainda é pior que aquilo que tiveram ontem.
---------

O PS em ebulição pós-europeias e pré-legislativas
(-Macroscópio, 28/5/2014)

Dividido entre duas legitimidades, a instituída - ocupada por Seguro; e a da oposição interna, corporizada por António Costa. Ambas desafiam o PS e a generalidade dos simpatizantes -
a repensar ideias que consubstanciam um programa de governo para disputar eleições em 2015 à coligação ultra-liberal e confiscatória actualmente no poder e apenas "segurada" pelo balão de oxigénio permitida por Belém, patrono desta medíocre coligação que tanto mal tem feito ao país e aos portugueses.

Com efeito, é neste colete-de-forças que se coloca a questão de saber quem melhor, na área do PS, poderá disputar as eleições legislativas em 2015. Quem melhor bate a dupla-maravilha de Passos Coelho e Portas em 2015: Seguro ou António Costa?

O aparelho do partido, com as suas federações e concelhias entende que é aquele;
a sociedade civil pensa que Costa oferece mais garantias para bater esta direita com tique fascistas e imposteiras.
Esta dualidade de opiniões conduz necessariamente a uma luta política interna dirimida num Congresso extraordinário.

Por outro lado, há também uma questão de natureza pessoal (porque a política faz-se com pessoas!!) que divide os dois candidatos a PM pelo PS, ou seja,
António Costa é mais velho e goza duma larga experiência governativa, tendo já ocupado várias pastas ministeriais e desempenha agora a função de edil da capital do país; ao invés,
Seguro foi secretário de Estado da Juventude e ocupou outros cargos de menor responsabilidade, oferecendo no quadro das inevitáveis comparações um menor currículo e também menor projecção no plano nacional.

Veremos, doravante, como Seguro resiste ao cerco de Costa e debita ideias mobilizadoras em Congresso a fim de convencer os militantes, a sociedade e os media de que tem duas asas para voar; e, ao mesmo tempo,
como Costa se diferencia do seu competidor para tentar conquistar os militantes e a sociedade - debitando um plano de governo para Portugal - simultaneamente diferenciador de Seguro e do actual governo -
que tem enterrado Portugal e os portugueses vivos, tamanha é a carga fiscal e as erradas políticas públicas deste XIX Governo (in)Constitu


De cacos : Europa e centrão d interesses a 26 de Maio de 2014 às 11:57

juntar os cacos: a Europa aqui tão perto.

(http://maquinaespeculativa.blogspot.pt/ 26/5/2014)

A Europa mete água por todo o lado:
partidos dos extremos entram pelos territórios habituais dos partidos do sistema,
fascismos de vários tons chegam-se descaradamente à frente no voto do povo,
europeus votam em grande escala contra esta Europa,
partidos de governo são humilhados nas urnas
e partidos da oposição clássica (à direita e à esquerda) são desfeiteados.
O cenário é de desastre para o "bloco central" europeu:
Populares e Socialistas continuam a ter a maioria no Parlamento Europeu mas, em vez de serem o duo de alternativas que se oferece aos povos como mecanismo de uma democracia a funcionar,
ficam agora como o pólo único do sistema cercado por todos os lados, a terem de se juntar para não soçobrarem.
Os senhores da Europa já têm pouco para delapidar: o tesouro está em manifesta decomposição.

A nível nacional, a direita no governo, que passou a campanha toda a falar de política interna, entre a narrativa esquálida do despesismo e o papão de Sócrates, descobre na noite das eleições,
depois de um desastre eleitoral sem precedentes, que as eleições eram europeias e não se deve falar de política interna a propósito desse assunto distante que é a Europa.
Como se ainda não tivessem percebido que a política europeia e a política nacional são uma e a mesma coisa.

O Partido Socialista, que, depois de três anos de massacre, consegue chegar umas migalhas à frente da direita, recuar em relação às últimas eleições autárquicas, ter menos 12 ou 13% do que a percentagem obtida nas últimas europeias em que estava na oposição, reclama uma grande vitória - e consegue fazê-lo sem se rir, o que é espantoso.

Com um novo pequeno PRD em campo (Marinho e Pinto),
com o Livre a obter resultados que lhe dariam deputados numas legislativas,
com a esquerda da esquerda em recomposição,
com uma vitória tangencial para si próprio, o SG do PS aparece para dizer banalidades e para a costumeira propaganda, para mero uso interno, com que tenta vender a preço de ouro o mero chumbo que conseguiu nesta jornada.
O nível de compreensão da realidade mais uma vez demonstrado por António José Seguro está ao nível da moção de censura de Jerónimo de Sousa, cuja aversão ao parlamentarismo o leva a confundir sistematicamente o ritual com a vida real.

A esquerda, a começar pelo PS, pode optar por fazer de conta que ganhou o país nestas eleições.
Mas será uma pena se insistir nessa cegueira.
Mesmo o PCP, que avançou eleitoralmente, estará a ser obtuso se fizer de conta que isso, só por si, tem alguma utilidade para o avanço da sua proposta política.
Os fiéis de sempre em cada máquina partidária vão propalar as maravilhas do costume acerca do desempenho dos seus atletas, mas isso não vai mudar o país para melhor, apenas pode aprofundar a actual incapacidade dos opositores para juntar os cacos do país e apresentar um programa alternativo mobilizador que seja capaz de arrancar algo de bom à realidade tão real que insiste em não se vergar às meras utopias de conveniência.

Para não abandonarmos o país aos derrotados que nos governam, é preciso que algo de novo aconteça do lado das alternativas.
E o que falta acontecer só pode acontecer se muitos compreenderem quão próximo estamos do abismo -
e compreenderem que a retórica habitual já nem chega para manter os rebanhos na cerca,
quanto mais para inventar soluções novas que caibam no estreito caminho que ainda nos é possível e necessário.


De Não querem ver e atiram poeira... a 26 de Maio de 2014 às 12:38
Eleições Europeias - O Cego que Não Quer Ver...
26/5/2014, A.P.Fitas
A história destas eleições europeias chama-se: "O Cego Que Não Quer Ver". O título caracteriza, por um lado, a campanha eleitoral marcada pela exclusividade das críticas e condenações do governo às oposições e das oposições ao Governo e, por outro lado, o facto de nenhuma das forças político-partidárias candidatas à eleição ter analisado, esclarecido, reflectido, problematizado e discutido a arquitectura institucional europeia, relativamente aos custos da perda da soberania nacional e à limitação das opções político-económicas que condicionam a organização da coesão social e a afirmação da diversidade cultural. A história, consistente e efectivamente ilustrativa do título que aqui se propõe, foi aliás reiterada pelo silêncio conivente dos comentadores e da comunicação social no que se refere à constatação desta objetiva disfuncionalidade (des)informativa da campanha - que é, em si própria, registe-se!, uma táctica ideológica!... A oportunidade e justeza do título confirma-se nos resultados que, esta noite, obtivemos, em Portugal:

a) Abstenção: 66,2%

(pergunta: numa Europa que se requer dos cidadãos, quando a abstenção é superior a 60%, deveriam convocar-se novas eleições?!);

b) PSD/CDS: 27,7%

(pergunta: quando uma coligação tem menos de 30%, a ética aconselharia a que continue a assumir a responsabilidade de gestão de um país?);

c) PS: 31,5%
(pergunta: num contexto em que a crise económico-social e política atinge os patamares de gravidade que caracterizam a vida dos portugueses no que ao desemprego, à pobreza, à economia, à saúde, à educação, ao desenvolvimento regional, etc. diz respeito, quando o maior partido da oposição obtém apenas pouco mais que 3% do que a aliança governamental, deve considerar esse resultado uma vitória?);
d) CDU: 12,7%

(pergunta: que ilações retirar do facto de um partido que, sem alterações programáticas mas, com renovação de quadros, num contexto ideológico completamente adverso, sobe de 2 para 3 eurodeputados?);

d) MPT: 7,2%

(pergunta: que ilações retirar do facto de ter sido eleito um protagonista social cuja campanha eleitoral foi completamente ignorada pela comunicação social mas que se tornara conhecido por ter denunciado estratagemas, conluios, maquinações, estratégias e desonestidades de governantes, políticos, bancos e até, com contundência e desassombro sistémico, dos que encarnam os interesses corporativos da classe que representou no mais alto cargo da sua ordem profissional?);

e) BE: 4,6%

(pergunta: que ilações retirar dos resultados de um partido que, num contexto económico-político e sociocultural de crise agravada e sem penalizações provocadas por qualquer desgaste de exercício do poder, perde 2 eurodeputados?);

A história "O Cego Que Não Quer Ver" merece ainda 4 apontamentos:

1) relativamente ao eventual epifenómeno que se materializa em Marinho Pinto, perguntar se, em verdade!, a acusação de populismo que sobre ele recai é ou não é um argumento retórico de quem não sabe o que dizer perante alguém que se apresentou, à revelia de todos, com uma atitude de denúncia, sem "parti pris" e que, mesmo sem historial ideológico público de suporte, apela à defesa intransigente do exercício da justiça, dos valores, da solidariedade e da liberdade (designadamente de imprensa) - exactamente as matérias que o tornaram conhecido e popular na sociedade portuguesa, pela "gritaria" com que tirou o país da estupefação, da ficção e da intriga dos escândalos político-financeiros conferindo-lhes sentido, significado e intencionalidade, chocando tudo e toda a gente;

2) perguntar porque razão não é motivo primordial de análise e preocupação política o actual mapa da geografia da abstenção em Portugal (66,2%) que demonstra cerca de 70% de abstenção em 5 distritos: Bragança (71,1%), Faro (71,5%), Vila Real (70,4%), Viana do Castelo e Viseu (69%) e apenas menos de 65% de abstenção em 6 distritos: Évora, Lisboa e Porto (62%), Beja e Braga (63%) e Setúbal (64%)... neste contexto, é, simbólica e incontornavelmente!, relevante, a verificação dos custos de proximidade que se denotam no facto de Faro ter 71% de abstenção tal como Trás-os-Montes e o Alto Minho;

3) ...


De A crise da Social-democ., do PS, da Euro a 28 de Maio de 2014 às 14:55

A CRISE DA SOCIAL DEMOCRACIA
(Politeia,

... Mais do que a incapacidade interpretativa de simples dados aritméticos o que a declaração de Assis verdadeiramente significa é a sua incapacidade para compreender o que realmente se está a passar relativamente à Europa tanto na sociedade portuguesa como na europeia, em geral, com especial destaque para o eleitorado dos países em crise.
...
Qualquer que seja o futuro próximo da conjuntura política portuguesa – desagregação da coligação no poder em consequência da redução do CDS à mínima expressão eleitoral;
substituição de Seguro na chefia do PS (possível mas pouco provável), eleições antecipadas ou não -,
o que se perfila no horizonte político é uma coligação do PS com as forças europeístas da direita e do centro direita com vista a garantir a “estabilidade da governação” em Portugal, esteja quem estiver à frente do partido.

... afinal, não houve qualquer vitória, o futuro do PS – e o mesmo acontece ou vai acontecer na Europa aos partidos congéneres – é uma acentuada viragem à direita destinada a garantir o cumprimento do Tratado Orçamental,
acabando esta estratégia por contribuir para a completa descaracterização dos partidos sociais-democratas ou até mesmo, em alguns casos, para a sua extinção,
e porventura para a desagregação da própria Europa que jamais poderá subsistir num clima de crescente desigualdade na distribuição dos rendimentos quer entre os países que a compõem quer no interior de cada país.

.... Hoje, toda a gente sabe isso, não há qualquer hipótese de pôr em prática no plano europeu uma política conjunturalmente diferente da que vem sendo seguida desde Maastricht e que se consolidou com os tratados e acordos intergovernamentais subsequentes.
Na União Europeia tudo o que é importante está “constitucionalizado”.
E as forças dominantes da Europa, integrem-se elas nos partidos sociais-democratas ou conservadores, estão em completa sintonia com as bases fundamentais dessa política, procurando apenas algumas delas no puro plano retórico sugerir a ideia de que é possível limar algumas das arestas mais agrestes dessa política sem pôr em causa o edifício que as suporta.

Pura fantasia! Em Portugal está à vista o que vai acontecer.
O PS, se Seguro permanecer à frente do partido, vai continuar a fazer uma política semelhante à que foi feita nestes últimos três anos, porventura com mais radicalismo verbal, mas sem questionar nada do que é verdadeiramente essencial.
O mais provável – mas não certo – é quer ganhe as eleições legislativas por escassa margem e acabe por fazer com o PSD, muito provavelmente o PSD de Passos Coelho, uma coligação governamental com as consequência acima assinaladas.
A outra hipótese, pouco provável, é que Costa (principalmente depois de saber que Guterres é hipótese para as presidenciais) ou César assumam a chefia do partido e tentem liderar um bloco social constituído pelas forças representativas do “Manifesto dos 74” com vista a alcançar uma maioria absoluta nas legislativas de 2015 que os dispense de uma aliança ostensiva com o PSD.
Mas também neste caso o PS caminhará inexoravelmente para um destino idêntico ao do PS francês ou do PASOK já que as políticas que será obrigado a pôr em prática rapidamente conduzirão à
desagregação desse “bloco” e à própria desagregação do Governo.

Sem pôr em causa/romper os actuais fundamentos da União Europeia os partidos socialistas e sociais-democratas da Europa não têm qualquer futuro como partidos de esquerda.
O seu futuro será o de servirem de muleta às políticas “constitucionalizadas” pela União Europeia que são políticas – é bom não esquecê-lo – cujas bases fundamentais foram institucionalizadas por esses mesmos partidos do mesmo modo que nos Estados Unidos essas mesmas políticas tiveram um impulso decisivo sob a governação Clinton.

Em conclusão, a crise da social-democracia não é de agora nem pode já ser evitada sem profundas rupturas que nenhum desses partidos hoje defende.
Ela resulta da destruição do “Pacto Social” e do papel desempenhado nessa destruição, desde há trinta anos e mais acentuadamente desde a década de noventa do século passado, pelos próprios partidos socialistas, trabalhistas e sociais-democ. que com a sua actuação abriram as


De social-democ. vendida ao neolioberalismo a 28 de Maio de 2014 às 15:03


O PS DEPOIS DAS ELEIÇÕES EUROPEIAS

A CRISE DA SOCIAL DEMOCRACIA (pactuante com o capitalismo financeiro, desregulado, o neoliberalismo da globalização e privatização, do restismo e captura do Estado.)
(-por JM Correia Pinto , Politeia, 27/5/2014)

...
...
abriram as portas às políticas hoje vigentes em todos os países capitalistas desenvolvidos.
A profunda desigualdade hoje existente nas sociedades ocidentais economicamente desenvolvidas é a consequência evidente da destruição daquele “Pacto” laboriosamente construído entre a Grande Depressão, mais abrangentemente depois da II Guerra Mundial, e o primeiro choque petrolífero.
E a destruição desse pacto social, no qual as forças “socialistas” colaboram, alicerça-se na expulsão da democracia de amplos domínios da vida política, nomeadamente na maior parte das matérias de natureza económico-financeira,
bem como daquelas em que estas mais intensamente se repercutem, como a saúde, o ensino e a segurança social.

Portanto, e em conclusão, a “vitória” do PS (31,45%) nas eleições de domingo passado não constitui uma fragilidade de Seguro da mesma forma que os resultados eleitorais dos partidos socialistas francês, espanhol e grego não representam uma fragilidade de quem os lidera,
mas eles são antes antes o resultado da interiorização que por toda a Europa os eleitores sociais-democratas fazem hoje dos partidos que os representam, ou seja,
de partidos que claudicaram na defesa desses interesses para abertamente se colocarem ao lado dos interesses do grande capital, nomeadamente do capital financeiro,
com base na desculpa mil vezes repetida de que não há alternativa viável às politicas dominantes.

Por outras palavras, o resultado eleitoral do PS mais não é do que antevisão da sanção, ainda mais contundente, que o eleitorado lhe irá infligir quando as suas políticas começarem efectivamente a ser postas em prática.


De Falharam jornalistas/economistas avençad a 28 de Maio de 2014 às 15:30
Reconhecer o óbvio
(falharam os economistas 'do sistema (neoliberais) e os jornalistas (e comentadores) avençados (pela banca e grandes empresas)...

(-por Paulo Gorjão, em 22.05.14, bloguitica)

Camilo Lourenço reconhece hoje num artigo publicado no Negócios aquilo que ninguém, sobretudo nos jornais económicos, tem muita vontade seguramente de debater publicamente.
Os jornais e os jornalistas de economia falharam e têm vindo a falhar na sua função.

Como diz Lourenço, não fizeram o trabalho de casa, como ficou evidente com o prospecto relativo ao aumento de capital do BES.
Como é possível que nada daquilo, ou muito muito pouco, tenha sido noticiado?
O que falhou e porque falhou?

Há muito tempo que me parece existir uma excessiva proximidade entre a elite do jornalismo de economia e as direcções dos bancos.
O sinal mais óbvio disto é a vasta lista de conferências em que todos participam em tom de amena cavaqueira.
Naturalmente, esta excessiva proximidade corre o risco de retirar objectividade aos jornalistas e é um factor potencialmente gerador de inibição, nomeadamente no domínio da investigação.

Como refere Camilo, o BES é apenas o fim da linha de um vasto leque de exemplos, de natureza diferente, mas que abarca também o que sucedeu com o BCP, BPN e BPP.
O problema, refira-se, não é exclusivo da relação entre jornalistas de economia e banca.
Na minha perspectiva abarca todo o PSI-20. Ora, se o PSI-20 é o grosso das notícias dos jornais de economia e se eles falham em matérias tão importantes, a pergunta que se coloca a seguir é se valem o preço de capa, do ponto de vista do leitor, nomeadamente do pequeno investidor bolsista. Valem?
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O que tem de ser feito tem muita força
(-LNT, barbearia, 28/5/2014)

Em duas linhas, os eleitores que ainda se deram ao trabalho de dizer que acreditam neste regime mas que
os Partidos do poder vão ter de fazer melhor se quiserem que neles continuem a acreditar,
explicaram claro que estão fartos da coligação de direita
embora ainda não tenham esquecido as razões que anteriormente os levaram a dar uma maioria absoluta ao poder instalado.

...o maior Partido da oposição não tinha capitalizado os votos que lhe escaparam.
...
Mas agora, com o mal feito, a legítima direcção do Partido Socialista tem de reagir à contrariedade e reafirmar a seriedade com que se apresentou nos dois últimos Congressos Nacionais e o nosso Secretário-geral deverá confirmar, mais uma vez, que
o seu único interesse é a defesa da melhoria da condição de vida dos portugueses.

Para o fazer tem de clarificar urgentemente a situação interna no Partido Socialista
e evitar que o empastelamento criado pelo mal feito mine o que resta da credibilidade que os Partidos políticos ainda detêm em Portugal.
Tem de ser rápido, tem de ser seguro, tem de ser clarificador.

Temos de seguir em frente.
Há gente demais a viver mal demais para que se arrastem estes jogos de poder.
LNT
----------

Amigos do PS, será alguma vez oportuno defrontar Seguro?

Há um ano a maioria dos meus amigos socialistas achava que a eventual candidatura de António Costa a Secretário-Geral contra António José Seguro em ano de eleições autárquicas era "inoportuna" e "dividia" o partido num momento em que era fundamental mantê-lo "unido".

Parece que agora, que já passaram as últimas eleições antes das legislativas,
é outra vez, para alguns desses amigos, "inoportuno" e causador de "divisão" que haja eleição para Secretário-geral.

António José Seguro faz mal em não convocar Congresso Extraordinário entrincheirando-se no poder interno quando o PS precisa de ser arrojado para conquistar o país.

Os que convenceram Costa a retirar-se em nome da "unidade" há um ano nem uniram nem reforçaram o PS na sociedade portuguesa.
Se o PS escolher fugir de novo ao debate interno não chegará a eleições mais credível nem mais forte do que agora.

Seguro pode não arriscar a reconfirmação do seu poder interno, mas ao fazê-lo estará a alimentar a fragmentação do sistema partidário português que já está em movimento.
E esse será o erro histórico que ficará para sempre ligado à sua liderança do PS.

(- por Paulo Pedroso , http://bancocorrido.blogspot.pt/ 28/5/2014)


De 4º Reich: nazis, neoliberais, euro e... a 17 de Junho de 2014 às 09:47

O Quarto Reich

A inflamada declaração de Angela Merkel, numa entrevista à televisão pública alemã, ARD, em que sugere a PERDA DE SOBERANIA para os países incumpridores das metas orçamentais, bem como a revelação sobre o papel da célebre família alemã Quandt, durante o Terceiro Reich, ligam-se, como peças de puzzle, a uma cadeia de coincidências inquietantes.

Gunther Quandt foi, nos anos 40, o patriarca de uma família que ainda hoje controla a BMW e gere uma fortuna de 20 mil milhões de euros. Compaghon de route de Hitler, filiado no partido Nazi, relacionado com Joseph Goebbels, Quandt beneficiou, como quase todos os barões da pesada indústria alemã, de mão-de-obra escrava, recrutada entre judeus, polacos, checos, húngaros, russos, mas também franceses e belgas.

Depois da guerra, um seu filho, Herbert, também envolvido com Hitler, salvou a BMW da insolvência, tornando-se, no final dos anos 50, uma das grandes figuras do milagre económico alemão.

Esta investigação, que iliba a BMW mas não o antigo chefe do clã Quandt, pode ser a abertura de uma verdadeira caixa de Pandora. Afinal, o poderio da indústria alemã assentaria directamente num sistema bélico baseado na escravatura, na pilhagem e no massacre. E os seus beneficiários nunca teriam sido punidos, nem os seus empórios desmantelados.

As discussões do pós-Guerra, incluíam, para alguns estrategas, a desindustrialização pura e simples da Alemanha - algo que o Plano Marshal, as necessidades da Guerra Fria e os fundadores da Comunidade Económica Europeia evitaram. Assim, o poderio teutónico manteve-se como motor da Europa. Gunther e Herbert Quandt foram protagonistas deste desfecho.

Esta história invoca um romance recente de um jornalista e escritor de origem britânica, a viver na Hungria, intitulado "O Protocolo Budapeste". No livro, Adam Lebor ficciona sobre um suposto directório alemão, que teria como missão restabelecer o domínio da Alemanha, não pela força das armas, mas da economia.

Um dos passos fulcrais seria o da criação de uma moeda única que obrigasse os países a submeterem-se a uma ditadura orçamental imposta desde Berlim. O outro, descapitalizar os Estados periféricos, provocar o seu endividamento, atacando-os, depois, pela asfixia dos juros da dívida, de forma a passar a controlar, por preços de saldo, empresas estatais estratégicas, através de privatizações forçadas. Para isso, o directório faria eleger governos dóceis em toda a Europa, munindo-se de políticos-fantoche em cargos decisivos em Bruxelas - presidência da Comissão e, finalmente, presidência da União Europeia.

Adam Lebor não é português - nem a narração da sua trama se desenvolve cá. Mas os pontos de contacto com a realidade, tão eloquentemente avivada pelas declarações de Merkel, são irresistíveis.

Aliás, "não é muito inteligente imaginar que numa casa tão apinhada como a Europa, uma comunidade de povos seja capaz de manter, durante muito tempo, diferentes ordenamentos jurídicos."

Quem disse isto foi Adolf Hitler.

A pax germânica seria o destino de "um continente em paz, livre das suas barreiras e obstáculos, onde a história e a geografia se encontram, finalmente, reconciliadas" - palavras de Giscard d'Estaing, redactor do projecto de Constituição europeia.

É um facto que a Europa aparenta estar em paz. Mas a guerra pode ter já recomeçado.

------------ (-por Filipe Luís, sexto sentido, via e-mail)


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