10 comentários:
De social-democ. vendida ao neolioberalismo a 28 de Maio de 2014 às 15:03


O PS DEPOIS DAS ELEIÇÕES EUROPEIAS

A CRISE DA SOCIAL DEMOCRACIA (pactuante com o capitalismo financeiro, desregulado, o neoliberalismo da globalização e privatização, do restismo e captura do Estado.)
(-por JM Correia Pinto , Politeia, 27/5/2014)

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abriram as portas às políticas hoje vigentes em todos os países capitalistas desenvolvidos.
A profunda desigualdade hoje existente nas sociedades ocidentais economicamente desenvolvidas é a consequência evidente da destruição daquele “Pacto” laboriosamente construído entre a Grande Depressão, mais abrangentemente depois da II Guerra Mundial, e o primeiro choque petrolífero.
E a destruição desse pacto social, no qual as forças “socialistas” colaboram, alicerça-se na expulsão da democracia de amplos domínios da vida política, nomeadamente na maior parte das matérias de natureza económico-financeira,
bem como daquelas em que estas mais intensamente se repercutem, como a saúde, o ensino e a segurança social.

Portanto, e em conclusão, a “vitória” do PS (31,45%) nas eleições de domingo passado não constitui uma fragilidade de Seguro da mesma forma que os resultados eleitorais dos partidos socialistas francês, espanhol e grego não representam uma fragilidade de quem os lidera,
mas eles são antes antes o resultado da interiorização que por toda a Europa os eleitores sociais-democratas fazem hoje dos partidos que os representam, ou seja,
de partidos que claudicaram na defesa desses interesses para abertamente se colocarem ao lado dos interesses do grande capital, nomeadamente do capital financeiro,
com base na desculpa mil vezes repetida de que não há alternativa viável às politicas dominantes.

Por outras palavras, o resultado eleitoral do PS mais não é do que antevisão da sanção, ainda mais contundente, que o eleitorado lhe irá infligir quando as suas políticas começarem efectivamente a ser postas em prática.


De Falharam jornalistas/economistas avençad a 28 de Maio de 2014 às 15:30
Reconhecer o óbvio
(falharam os economistas 'do sistema (neoliberais) e os jornalistas (e comentadores) avençados (pela banca e grandes empresas)...

(-por Paulo Gorjão, em 22.05.14, bloguitica)

Camilo Lourenço reconhece hoje num artigo publicado no Negócios aquilo que ninguém, sobretudo nos jornais económicos, tem muita vontade seguramente de debater publicamente.
Os jornais e os jornalistas de economia falharam e têm vindo a falhar na sua função.

Como diz Lourenço, não fizeram o trabalho de casa, como ficou evidente com o prospecto relativo ao aumento de capital do BES.
Como é possível que nada daquilo, ou muito muito pouco, tenha sido noticiado?
O que falhou e porque falhou?

Há muito tempo que me parece existir uma excessiva proximidade entre a elite do jornalismo de economia e as direcções dos bancos.
O sinal mais óbvio disto é a vasta lista de conferências em que todos participam em tom de amena cavaqueira.
Naturalmente, esta excessiva proximidade corre o risco de retirar objectividade aos jornalistas e é um factor potencialmente gerador de inibição, nomeadamente no domínio da investigação.

Como refere Camilo, o BES é apenas o fim da linha de um vasto leque de exemplos, de natureza diferente, mas que abarca também o que sucedeu com o BCP, BPN e BPP.
O problema, refira-se, não é exclusivo da relação entre jornalistas de economia e banca.
Na minha perspectiva abarca todo o PSI-20. Ora, se o PSI-20 é o grosso das notícias dos jornais de economia e se eles falham em matérias tão importantes, a pergunta que se coloca a seguir é se valem o preço de capa, do ponto de vista do leitor, nomeadamente do pequeno investidor bolsista. Valem?
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O que tem de ser feito tem muita força
(-LNT, barbearia, 28/5/2014)

Em duas linhas, os eleitores que ainda se deram ao trabalho de dizer que acreditam neste regime mas que
os Partidos do poder vão ter de fazer melhor se quiserem que neles continuem a acreditar,
explicaram claro que estão fartos da coligação de direita
embora ainda não tenham esquecido as razões que anteriormente os levaram a dar uma maioria absoluta ao poder instalado.

...o maior Partido da oposição não tinha capitalizado os votos que lhe escaparam.
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Mas agora, com o mal feito, a legítima direcção do Partido Socialista tem de reagir à contrariedade e reafirmar a seriedade com que se apresentou nos dois últimos Congressos Nacionais e o nosso Secretário-geral deverá confirmar, mais uma vez, que
o seu único interesse é a defesa da melhoria da condição de vida dos portugueses.

Para o fazer tem de clarificar urgentemente a situação interna no Partido Socialista
e evitar que o empastelamento criado pelo mal feito mine o que resta da credibilidade que os Partidos políticos ainda detêm em Portugal.
Tem de ser rápido, tem de ser seguro, tem de ser clarificador.

Temos de seguir em frente.
Há gente demais a viver mal demais para que se arrastem estes jogos de poder.
LNT
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Amigos do PS, será alguma vez oportuno defrontar Seguro?

Há um ano a maioria dos meus amigos socialistas achava que a eventual candidatura de António Costa a Secretário-Geral contra António José Seguro em ano de eleições autárquicas era "inoportuna" e "dividia" o partido num momento em que era fundamental mantê-lo "unido".

Parece que agora, que já passaram as últimas eleições antes das legislativas,
é outra vez, para alguns desses amigos, "inoportuno" e causador de "divisão" que haja eleição para Secretário-geral.

António José Seguro faz mal em não convocar Congresso Extraordinário entrincheirando-se no poder interno quando o PS precisa de ser arrojado para conquistar o país.

Os que convenceram Costa a retirar-se em nome da "unidade" há um ano nem uniram nem reforçaram o PS na sociedade portuguesa.
Se o PS escolher fugir de novo ao debate interno não chegará a eleições mais credível nem mais forte do que agora.

Seguro pode não arriscar a reconfirmação do seu poder interno, mas ao fazê-lo estará a alimentar a fragmentação do sistema partidário português que já está em movimento.
E esse será o erro histórico que ficará para sempre ligado à sua liderança do PS.

(- por Paulo Pedroso , http://bancocorrido.blogspot.pt/ 28/5/2014)


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