Segunda-feira, 2 de Junho de 2014

 Sim ...  PODEMOS !

    Vale mesmo a pena LER AQUI a mensagem política do PODEMOS... para que se acredite que há quem, neste cenário de degradação e empobrecimento contínuo, encontre, promova e defenda outras formas de organização económica, social e política.   Porque as alternativas existem e são possíveis de concretizar - se nos não faltar a coragem para tal.   De facto, a decepção cívica relativamente ao sistema político-partidário vigente nas chamadas "democracias ocidentais", nomeadamente no que se refere ao designado "arco da governação" que persiste na alternância entre os partidos socialistas (centro-esquerda?!) e os sociais -democratas (centro-direita?) a que a Europa parece reduzida de há muitas décadas a esta parte, encontrou, também em Espanha (e não apenas no Syriza da Grécia), uma expressão relevante no passado domingo, quando, na contagem dos votos das eleições europeias, se constatou que o movimento PODEMOS, liderado por Pablo Iglesias, um professor universitário de Madrid, marxista, de 35 anos, alcançou 1,2 milhões de votos e elegeu, na primeira vez que se apresentou a eleições, 5 eurodeputados.
      Agregando o património da mensagem política deixada pelo Movimento dos Indignados (15-M) e inspirado no slogan que elegeu Obama "YES, WE CAN", Pablo Iglesias afirma o fim do bipartidarismo, bem como a necessidade de reinvenção da democracia e da criação de um processo constituinte.   Num discurso desassombrado, o PODEMOS solicita e apela à derrogação do Tratado de Lisboa, à nacionalização da banca, à suspensão do pagamento da dívida e coloca, sem medo!, a hipótese da saída do euro - considerando que esse cenário não significaria o caos que nos fazem supor.   Claro que uma mensagem tão autónoma e pouco comprometida com o sistema de dependências em que a teia político-partidária se desenvolve, suscita e provoca (como não poderia deixar de ser!), reações e acusações de populismo (ler aqui). 
     Porém, o importante é que os eleitores se identificaram com as propostas apresentadas, acreditaram, investiram e conseguiram resultados que merecem o respeito de todos!... por muito que se esforcem para desacreditar os que, não dependendo do poder, lutam contra ele para o devolver à Polis, isto é, a todos nós, cidadãos.  (-


 O eurocepticismo é uma reacção natural dos povos face a uma União Europeia que constitucionalizou o neoliberalismo e impede o desenvolvimento. É uma história que pode acabar muito mal.

    A evolução político-jurídica da União Europeia ao longo das últimas três décadas tem correspondido a uma verdadeira constitucionalização do neoliberalismo. Do Acto Único Europeu ao Tratado de Lisboa, com passagem por Maastricht e Amesterdão, as peças foram sendo gradual mas inexoravelmente colocadas no lugar:   mercado único, mobilidade do capital, concorrência fiscal, pressões múltiplas no sentido da privatização, liberalização e flexibilização do mercado de trabalho. Sempre que necessário, atropelando a vontade dos povos.( e os direitos dos trabalhadores.) 

       Esta neoliberalização da União Europeia tem sido prosseguida com especial intensidade nos países que aderiram à União Económica e Monetária.   Sob um manto diáfano de cosmopolitismo, modernidade e redução dos custos de transacção, escondia-se na verdade uma ofensiva de classe e um mecanismo de divergência entre Estados.  Quer uma quer o outro decorrem da necessária acumulação de excedentes no centro e défices na periferia que resultam da impossibilidade de recurso à desvalorização cambial.  Isto, claro, num contexto adicionalmente caracterizado pela ausência de mecanismos de transferência orçamental com uma dimensão minimamente significativa e pela grotesca imposição da intermediação bancária entre o BCE e os Estados

   A divergência entre Estados resulta da impossibilidade de assegurar o equilíbrio externo e a estabilização macroeconómica na periferia por outra via que não a austeridade perpétua - algo que, após uma década de endividamento, se tornou agora evidente.   A ofensiva de classe decorre do facto do mecanismo de ajustamento tornado obrigatório ser a compressão dos salários directos e indirectos: enquanto que a desvalorização cambial afecta todos os rendimentos (de trabalho e de capital) de forma transversal, a 'desvalorização interna' implica necessariamente uma alteração na repartição funcional do rendimento em favor do capital e detrimento do trabalho, a par do desmantelamento dos serviços públicos de que os mais pobres dependem muito mais fortemente.

   Mas o ADN neoliberal da União Económica e Monetária introduziu ainda, porventura inadvertidamente, uma tendência latente para a estagnação generalizada, pois constitui o exemplo mais acabado da contradição central do neoliberalismo.   A desigualdade na distribuição do rendimento constrange a procura no mercado de bens e serviços (ao mesmo tempo que provoca bolhas especulativas em sucessivos mercados financeiros);   e o único mecanismo que neste contexto permite introduzir dinamismo na procura - o endividamento privado e público -, uma vez levado até ao limite, não pode ser renovado devido ao mandato anti-inflaccionário do BCE.

O resultado de tudo isto é o que está à vista:    desigualdade em máximos históricos, um lastro gigantesco de dívida privada e pública, periferias condenadas ao subdesenvolvimento, domínio absoluto da finança, estagnação generalizada (, destruição da classe média e aumento da pobreza).   Sem que se vislumbre a possibilidade de políticas que invertam estas tendências porque, e este é um aspecto crucial, a constitucionalização do neoliberalismo significa que o próprio leque de políticas possíveis, a nível nacional ou europeu, está decisivamente constrangido.   Todos os determinantes fundamentais de que tenho vindo a falar estão blindados em tratados cuja alteração exige uma impossível coordenação entre Estados com interesses e ritmos políticos divergentes.

   Perante tudo isto, e com maior ou menor percepção dos mecanismos subjacentes, os cidadãos europeus sentem o ataque de que são alvo e revoltam-se, legitimamente, contra uma União Europeia que hoje em dia não promete mais do que o subdesenvolvimento.  Infelizmente, como estamos agora a assistir pela Europa fora, os partidos anti-democráticos e xenófobos são quem está a ocupar mais rapidamente este espaço político, subvertendo estas legítimas aspirações.   Se o campo democrático não assumir rapidamente que esta União Europeia, e sobretudo este Euro, têm mesmo de ser desmantelados para que uma Europa solidária e de progresso possa ser reconstruída, são sombrias as nuvens que se erguem no horizonte.       (-por Alex. Abreu, 2/6/2014, publicado no Expresso online)



Publicado por Xa2 às 07:49 | link do post | comentar

14 comentários:
De PODEMOS: todos somos necessários. a 2 de Junho de 2014 às 10:28

PODEMOS

http://podemos.info/wordpress/wp-content/uploads/2014/05/Programa-Podemos.pdf
-----
PODEMOS
DOCUMENTO FINAL DEL PROGRAMA COLABORATIVO
El presente documento es el resultado de un proceso de elaboración colectiva del programa de Podemos a través de un método abierto y ciudadano en el que han participado miles de personas. Partiendo de
la propuesta de un borrador el proceso ha consistido en tres etapas:
--(i) debate y aportaciones online a título individual,
--(ii) enmiendas colectivas de los Círculos Podemos y
-- (iii) referéndum online sobre las enmiendas (emendas).
ÍNDICE :
1. Recuperar la economía, construir la democracia
2. Conquistar la libertad, construir la democracia
3. Conquistar la igualdad, construir la democracia
4. Recuperar la fraternidad, construir la democracia
5. Conquistar la soberanía, construir la democracia
6. Recuperar la tierra, construir la democracia
...
-------------
La corrupción es una pandemia que amenaza la supervivencia de la democracia. Frente a esta realidad Podemos defenderá en el Parlamento Europeo una batería de medidas que hemos denominado “Directiva Villarejo”. Carlos Jiménez Villarejo fue el primer Fiscal Jefe Anticorrupción y actualmente es el candidato númer 3 de la lista de Podemos al Parlamento Europeo.
-----------
-- ¿Qué es un «Círculo Podemos» ?

La Iniciativa «Podemos» ha conectado con una parte de la voluntad de cambio político generalizada, al suscitar importantes expectativas e ilusiones y cristalizar en cientos de Círculos Podemos.
Estos círculos no tienen que sustituir al tejido asociativo y ciudadano existente en cada lugar. Tienen que ser permanentemente lugares de bienvenida, de suma y de extensión. Para conseguirlo debemos dejar a un lado las distinciones:
todas y todos somos necesarios. Podemos.

Los Círculos Podemos están más allá de las siglas.
Son espacios para terminar con el miedo, la fragmentación y la resignación, para construir la unidad popular y ciudadana, contra el empobrecimiento y el secuestro de la democracia.
Desde los Círculos defendemos cuestiones de sentido común:
somos ciudadanos y tenemos derecho a tener derechos;
a vivir sin miedo;
a la sanidad, la educación, la jubilación (aposentação/reforma) y la protección social;
a la tierra y el territorio;
al empleo;
a la cultura;
a desarrollarnos (desenvolvermos) como personas y como pueblos;
a que no nos mientan (mintam);
a que no nos maltraten;
a que no nos carguen con sus deudas (dívidas);
a que no nos roben.

Somos muchos los que estamos de acuerdo en esto y en que los que nos han arrastrado hasta la difícil situación actual no nos van a sacar de ella.
La sociedad ya se está esforzando y remando para salir del pozo, pero algunos no hacen ningún sacrificio y sólo empeoran dicha situación.
Hay que recuperar la democracia que han secuestrado, porque el poder emana del pueblo y de la ciudadanía.
Podemos es una iniciativa para convertir la mayoría silenciosa que está harta en una fuerza de cambio.
Para conseguirlo debemos dejar a un lado las distinciones:
todas y todos somos necesarios.

Cada círculo es un espacio de participación en el que la sociedad redacta y defiende un
programa para hacer frente a la coyuntura de emergencia que viven los pueblos del sur de Europa,
así como un espacio de protagonismo ciudadano de estas elecciones al Parlamento Europeo.

Al mismo tiempo, cada círculo es un lugar de construcción de unidad popular, que se conforma no a través de la discusión interminable, sino
a partir de la toma de decisiones conjunta y del trabajo colectivo concreto.
-------------
PODEMOS organiza-se em : circulos locais e circulos temáticos, todos ligados em rede internet, todos colaboram e decidem):

Círculo Discapacidad
Círculo Feminismos
Círculo Educación
Círculo Deporte
Círculo Inmigración
Círculo Psicología
Círculo Sindicalistas
Círculo Música
Círculo Autónomos
Círculo TICs
Círculo Desempleados
Círculo Psicoanalistas
Círculo Jubilados
Círculo Audiovisual
Círculo Animalista
Círculo LGTBI
Círculo Fuerzas Armadas
Círculo Cultura
Círculo Funcionarios
Círculo Pleno Empleo
Círculo economia, ecologia y energia
...
La comisión de coordinación de Podemos ...


De vota PODEMOS português e internacional a 12 de Junho de 2014 às 12:27
PODEMOS. pt ; PODEMOS.es e PODEMOS. ue
-----------------
Vamos criar o PODEMOS Português, partido democrático eco-social (Ambientalista e defensor do Estado Social), ...
. Candidatos a deputados ou membros do secretariado sujeitos a votação nominal interna (tendo cada membro efectivo do PODEMOS direito a 10 votos: 4 para a 1ª preferência, 3 na 2ª, 2 na 3ª e 1 na 4ª), com mini-CV e link disponível na página do PODEMOS ... sendo depois, ordenados pelo nºde votos obtidos, apresentados na lista a sufrágio nacional...
. PODEMOS organiza-se em :
+ Coordenação Portuguesa (secretariado nacional) ,
+ circulos locais e/ou circulos temáticos,
todos ligados em rede internet (página, forum e e-mails),
todos colaboram e decidem (propostas, forum/discussão, referendos/votação, ...).
+ Com ligação e colaboração estreita (no PE, partilha de "bandeiras"/propostas e campanhas comuns) a outros partidos PODEMOS ou próximos (: verdes, esquerda, sociais-democratas, ... )
+ Com ligação/links a outros Movimentos de Cidadania activa (: Collectif Roosevelt2012.fr ; ATTAC ; M12O ; IAC ; MIC ; occupy wallstreet, ... ... )
e a confederações sindicais.
-- -- --


De .20 propostas do PODEMOS Es. a 30 de Outubro de 2014 às 14:45
25/10/2014
En la asamblea fundacional que la formación que hasta ahora lidera Pablo Iglesias se sometieron a votación, el pasado fin de semana, sus objetivos a conseguir cuando Podemos se convierta, ya, en partido político. Aquí recogemos 20 de sus propuestas:

ECONOMÍA

1. Reducción de la jornada laboral a 35 horas semanales y de la edad de
jubilación a 60 años, como mecanismos para redistribuir equitativamente el trabajo y la riqueza, favoreciendo la conciliación familiar.

2. Prohibición de los despidos en empresas con beneficios. Derogación de las reformas laborales implantadas desde el estallido de la crisis: 2010, 2012 y RD 3/2014.

3. Auditoría ciudadana de la deuda pública y privada para delimitar qué partes de éstas pueden ser consideradas ilegítimas para tomar medidas contra los responsables y declarar su impago. Reestructuración del resto de la deuda y derogación del artículo 135 de la Constitución española con el objetivo de garantizar los derechos sociales frente a los intereses de los acreedores y los tenedores de la deuda.

4. Reorientación de instituciones como el FROB y la SAREB para convertirlos en instrumentos dedicados a la recuperación de las ayudas públicas concedidas a la banca.

5. Tipificación del delito fiscal a partir de 50.000 euros de cuota defraudada y ampliación de los mecanismos y de los recursos destinados a su persecución.

REFERÉNDUM

6. Ampliación y extensión de la figura del referéndum vinculante, también para todas las decisiones sobre la forma de Estado y las relaciones a mantener entre los distintos pueblos si solicitaran el derecho de autodeterminación.

COMUNICACIÓN

7. Creación de medios públicos al servicio de los ciudadanos con una gestión democrática e independiente de los gobiernos de turno. Legislación destinada a instaurar una cuota mínima de medios públicos e independientes. Creación de una agencia de noticias europea independiente de estricto control democrático y ciudadano.

RELIGIÓN

8. Eliminación de los privilegios fiscales de la Iglesia Católica, así como de los privilegios que se le conceden en materia educativa.

JUSTICIA

9. Fin de las políticas antiterroristas y de seguridad ciudadana que vulneren la libertad de expresión, los derechos de asociación, de manifestación y de protesta, y las garantías procesales que deben asegurarse para todas las personas.

10. Derecho a la justicia gratuita y con todas las garantías de acceso a la misma en condiciones de equidad.

IGUALDAD

11. Despatologización de todas las opciones sexuales e identidades de género no normativas y puesta en marcha de políticas destinadas a corregir la discriminación, por ejemplo garantizando el acceso al empleo público de las personas LGTBI (lesbianas, gays, transexuales y bisexuales) en riesgo de exclusión social.

SANIDAD

12. Devolución al sector público de todos los centros y hospitales privatizados. Para ello se derogarán todas las leyes que permitieron esa privatización, y el RDL 16/2012 que cambió el modelo sanitario universal por otro de aseguramiento y resultó en la exclusión de diversos colectivos en razón de su situación administrativa, legal o laboral. Aumento de plantilla en la sanidad pública.

13. Contemplación del derecho a la interrupción voluntaria del embarazo de forma segura, libre y gratuita, dentro de la red pública. Garantía del derecho a una muerte digna.

EDUCACIÓN

14. Eliminación de cualquier subvención y ayuda a la enseñanza privada, incluida la modalidad de concertada, destinando el ahorro a la financiación y mejora de los centros públicos.

VIVIENDA

15. Consideración del suministro de luz, agua y calefacción como un derecho básico inalienable, que debe ser garantizado por parte de empresas públicas.

CULTURA

16. Reducción del IVA cultural del 21 al 4%. Control público encaminado a garantizar que los beneficios obtenidos por la difusión y distribución del arte nunca sean superiores a los del artista.

INMIGRACIÓN

17. Prohibición de los CIES. Anulación de los programas contra la inmigración FRONTEX y EUROSUR. Eliminación de las vallas fronterizas anti-persona y del SIVE. Fin de la política de externalización de fronteras. Fin a los vuelos o barcos de deportación de inmigrantes.

POLÍTICA EXTERIOR

18. ...


De . PODEMOS Sim. a 30 de Outubro de 2014 às 14:48
20 propostas do Partido PODEMOS, em Espanha:
...
...
POLÍTICA EXTERIOR

18. Política de apoyo a la autodeterminación del Sáhara Occidental. Reconocimiento del Estado Palestino y exigencia de la devolución íntegra de los territorios ocupados por Israel. Referéndum vinculante sobre la salida de España de la OTAN.

19. Abandono del proceso de suscripción del Tratado de Libre Comercio entre Estados Unidos y la Unión Europea. Apertura de un proceso de revisión sustancial de los Tratados de Libre Comercio con América Latina.

MEDIOAMBIENTE

20. Prohibición de la tauromaquia y del tráfico de especies exóticas o en peligro de extinción. Regulación de la caza mayor y de especies protegidas.
Democracia Directa: ¿Cómo sería la ley si la votaran los ciudadanos? Participa con tu voto y argumentos

Cargando el debate... Si el debate no se muestra, puedes verlo en http://www.quoners.es/q/referendums


De «Populismo de Esquerda»: PODEMOS. a 2 de Junho de 2014 às 10:45

Podemos: o “populismo de esquerda” que emerge em Espanha
(-J.A.Fernandes , 29/05/2014, Público.)
O líder Pablo Iglesias explica que “é mais importante o que se discute na televisão do que o que se debate no Parlamento”.

Chama-se Podemos — Yes we can — e foi a sensação das eleições europeias em Espanha. Formado há três meses, com um programa qualificado de “populismo de esquerda”, conquistou 1,2 milhões de votos (9,7%) e elegeu cinco eurodeputados — passa a ser a quarta força política espanhola. Tem um rosto: Pablo Iglesias, 35 anos, intelectual marxista, professor de Ciência Política na Universidade Complutense de Madrid e vedeta da televisão.

O seu sucesso assentou na mobilização do que resta do movimento dos “indignados” do 15-M (15 de Maio de 2011) e, sobretudo, na penetração no eleitorado socialista. Propõe-se “transformar a indignação em mudança política”. Mas Iglesias visa mais alto. Quer o voto daquela “gente humilde que historicamente depositou a sua confiança no PSOE e se sente muito decepcionada porque há uma distância enorme entre o que o PSOE propõe e o que depois faz”. Quer “reinventar a democracia e criar um processo constituinte”. Estas eleições confirmaram o desgaste dos grandes partidos, o PP e o PSOE, assim como o fim anunciado do bipartidarismo. É nesta brecha que Iglesias aposta.

Um ar populista
Dias antes da votação, interrogava-se no El País o politólogo José Ignacio Torreblanca: “Podemos é um partido populista?” Deixava a resposta em aberto. Sublinhava a ambiguidade do projecto. “Por um lado, Pablo Iglesias pede nada menos do que a derrogação do Tratado de Lisboa [de 2007], a saída do euro, a suspensão do pagamento da dívida (default), a nacionalização da banca e de quase todos os sectores estratégicos da economia. (...) Mas, ao derrogar o Tratado de Lisboa, não ficaria em vigor o Tratado de Maastricht, que é precisamente o que criou o euro? E a saída do euro? Suporia o regresso a uma peseta desvalorizada?”

Lendo o programa eleitoral do Podemos, “não aparece a palavra euro uma única vez”, nem se analisam as alternativas e as consequências sobre os espanhóis. “Qual é o verdadeiro programa? O do Podemos ou o de Pablo Iglesias? Qual deles é o populista?” Torreblanca pedia uma clarificação.

Numa entrevista na véspera da votação, Iglesias “arredondou” a resposta: “A recuperação da soberania na política monetária — que é o que propomos — implica a formulação de uma estratégia com outros países do Sul da Europa, que estão numa situação similar [à nossa]. O que é claro é que este euro não nos serve.” Saída do euro? “É um cenário de ficção política.” O que interessa é a reestruturação da dívida.”

A campanha eleitoral passou ao lado do euro e concentrou-se noutros temas: denúncia da corrupção e da “casta” política, crescimento, emprego, reestruturação da dívida pública “ilegítima”, fim dos despejos de casas, proibição de deslocalizações para fora da Europa. “O debate não é entre esquerda e direita mas entre a casta política e os cidadãos”, proclamava Iglesias. Outro tema foi o ataque cerrado a Merkel: “Não podemos ser uma colónia da Alemanha”; ou “os alemães querem fazer de nós os seus criados.”

Falando numa “política do futuro”, Iglesias evocava também a Revolução Francesa: “A Europa é governada por absolutistas, e nós vamos ser os seus sans-cullottes.”

“El Gato al agua”
Pablo Iglesias não tem este nome por acaso: é uma homenagem ao Pablo Iglesias fundador do PSOE, em 1879. Militou nas Juventudes Comunistas entre os 14 e os 21 anos. Passou depois pelos movimentos alternativos e antiglobalização. Estudou o movimento zapatista. Doutorou-se em Direito e Ciência Política na Complutense.

Lançou-se numa carreira mediática, primeiro em canais de baixa audiência, onde foi comentador, apresentador, entrevistador. Procurava novas formas de comunicação política, disse ao El País. As grandes estações de televisão começaram a sentir-se atraídas pelas opiniões dos que participavam nessas tertúlias — os programas de debate político na Espanha.

A chave das tertúlias — ...


De Populismo de Esquerda: PODEMOS ! a 2 de Junho de 2014 às 10:47
Podemos: o “populismo de esquerda” que emerge
...
...
“A chave das tertúlias — explica Iglesias ao El Confidencial — é que são os espaços mais poderosos de combate político. É mais importante o que se discute nas tertúlias do que o que se debate no Parlamento. A maioria das pessoas forma a sua opinião a partir do que ouve na televisão. (...) E a crise politizou muito a sociedade.”

Sintetiza o El Mundo: “O 25 de Abril de 2013 foi o dia em que começou a mudar a política espanhola sem que ninguém desse conta.” Nessa noite, Iglesias foi convidado como “tertuliano” no programa ‘El Gato al agua’ da televisão (conservadora) Intereconomia. Bastou uma aparição para que todos os canais se batessem por o ter o “tertuliano rojo” nos seus debates. Treze meses depois, converte-se na grande revelação eleitoral e faz uma “entrada triunfal na esfera do poder”.

“Leninismo digital”
“Tanto a ascensão de Marine Le Pen em França como a surpresa espanhola do Podemos são sintomas do mesmo descontentamento”, anota o jornalista e escritor Juan Soto Ivars. “E partilham muito mais do que a ambos agradaria.”

Enric Juliana, do La Vanguardia, faz uma análise irónica do fenómeno: “Um intelectual marxista que saltou dos livros para o plasma, infiltrando-se nas tertúlias mais ruidosas com a astúcia de um bochevique do soviete de Petrogrado”.

“Enquanto a Esquerda Unida permanece nas mãos da velha guarda comunista (...) o círculo de leitores de Slavoj Zizek [filósofo marxista esloveno) idealizava o partido de novo tipo. O Partido da indignação. O partido da raiva social. O Podemos é leninismo digital.”

“Deixaram perplexo o PSOE e deram uma alegria ao PP”. Confessou ao La Vanguardia um alto dirigente popular: “Tivemos sorte por o Podemos ter capitalizado boa parte do voto de protesto; sem o Podemos, o PSOE podia ter-nos ganho as eleições.”


De Esquerda pronta para "sujar" as mãos a 2 de Junho de 2014 às 12:28

The return of the left in Europe?

The rise of the far right in Europe is undeniable, but is the left really dead?
(-31 May 2014, Srecko Horvat )
...
...
In short, what the European elections have shown is not only a definite end of bipartisanship in Europe or the success of extreme right-wing parties, but also the rise of a new left that is willing to take a risk, even if it can mean failure ("compromise", "social democratic turn", "the long march through the institutions", etc.).

What we had until these European elections - and what to a large degree holds also for the "contemporary impotence" of the left - is what Hegel would call the "beautiful soul" (die schöne Seele). Subjects - either activists, intellectuals or the electorate - are withdrawing from engagement, unwilling to dirty their hands.

Isn't the famous passage from Hegel's "Phenomenology of Spirit" the best description of all those who complain about the rise of the far right, but do nothing to fight it or are even opposed to voting at the European elections?

The beautiful soul "lives in dread of besmirching the splendour of its inner being by action and an existence; and, in order to preserve the purity of its heart, it flees from contact with the real world, and persists in its stubborn impotence to renounce itself which is reduced to the extreme of ultimate abstraction?"

Yes, we are all familiar with the oft-cited anarchist sentiment "If voting changed anything, it would be illegal", but it doesn't stop the far-right voters to give their voice to neo-Nazi parties and thus help legalising previously illegal measures (anti-immigrant laws, etc.). So, is it better to abstain from voting and give them the floor?

Here the leader of the Spanish Podemos, Pablo Iglesias, is correct when he told the Guardian that the idea behind the party is simple, "It's citizens doing politics. If the citizens don't get involved in politics, others will. And that opens the door to them robbing you of democracy, your rights and your wallet."

Isn't this the best recipe how to fight not only the far right but also the contemporary "beautiful souls"? Maybe the new left MEPS won't achieve anything except visibility in theEuropean Parliament, but their seats are already changing the political landscape in their national countries.

If SYRIZA really succeeds in their call for earlier national elections and comes to power in Greece, there is no doubt this event would change the current European deadlock. On the other hand, if the far right and eurosceptic parties succeed to turn their electoral progress into political reality, the European continent might, once again, face the worst nightmares of the 20th century.

Since the current European establishment is only deepening the crisis and thereby directly giving rise to all these openly neo-Nazi parties, the only future for Europe is the left. And the only Left capable of changing its own future is a Left without a "beautiful soul", ready to get its hands dirty.


De Boas novas de Espanha a 2 de Junho de 2014 às 11:28

De Espanha, nem sempre maus ventos

----- Los jueces españoles, indignados: denunciarán al Fondo Monetario Internacional por injerencia en la Justicia española.

«Resulta preocupante que organismos internacionales como el FMI pretendan presentar como soluciones técnicas e inevitables lo que son meras apuestas ideológicas desde una visión partidista de las relaciones económicas.»

----- Juan Carlos abdica a favor do filho ...

----- PODEMOS elege 5 deputados para P.Europeu ...


De Juizes, funcionários púb., votantes, PS a 2 de Junho de 2014 às 11:35

Na vida real


--- «Na vida real, o Tribunal Constitucional veta leis. Acusar os juízes de facciosismo político é marrar contra o espelho sem querer parti-lo: os juízes foram coerentes com os acórdãos anteriores. Ou se muda a Constituição ou se mudam as leis. (...)

---- Na vida real, os funcionários públicos não sabem a quantas andam e, provavelmente, já nem querem saber. (...)

---- Na vida real, o povo vota, vota a favor e vota abaixo. Mais do que votar contra aquilo que não gosta, vota contra aquilo em que não acredita. Ou em quem não acredita.
O povo português suportou a austeridade durante bastante tempo, provavelmente por aceitar que ela seria necessária, mas
deixou de acreditar que era limitada (os cortes temporários são permanentes) e que tinha um propósito maior do que o défice nosso de cada ano. (...)

---Na vida real, os partidos que não vingam, vingam-se. O PS está a vingar-se de Seguro. António Costa não está a trair mais do que Matteo Renzi traiu Enrico Letta — e Renzi é a nova coqueluche da democracia europeia.
O problema de Costa não é o desafio a Seguro, que é legítimo, é ter sido eleito há meia dúzia de meses pelos cidadãos de Lisboa, que foram trampolim. Qual é a diferença entre Costa deixar Lisboa para ir para o Governo e Barroso ter deixado o Governo para ir para Bruxelas?
Uma é Barroso ter fugido de uma derrota enquanto Costa corre para uma vitória. Outra é ter boa imprensa. Mas isso, na vida real, acaba num ápice.» (...)

(-P.S.Guerreiro, via J.Lopes, Entre as Brumas da M., 31/5/2014)


De Desgoverno anti-Constit. anti-Econ, ... a 2 de Junho de 2014 às 12:49
O TC salva, o governo destrói

• João Galamba: O TC salva, o governo destrói:

«(…) Imediatamente após a apresentação do orçamento do Estado, em Outubro de 2013, os indicadores económicos começaram a degradar-se.
O crescimento (em cadeia) continuou positivo até ao final do ano, mas desacelerou fortemente.
E, no 1º trimestre de 2014, aconteceu o óbvio: o PIB caiu -0.7%.
A retoma foi possível quando a austeridade foi travada;
a retoma desapareceu quando se voltou a insistir no caminho da austeridade.

Ainda não sabemos os detalhes da austeridade que aí vem.
Só sabemos que, com este governo e com as políticas que têm sido seguidas, o que aí vem não é seguramente o crescimento do PIB e do emprego.

O TC pode proteger-nos de alguns excessos deste governo, mas não nos salva dele.»

⇒ Miguel Abrantes à(s) 2.6.14 Camara Corporativa


De DesgoverDireita: neoliberal, totalitário a 4 de Junho de 2014 às 09:58

De regresso ao absolutismo

(-3 de Junho de 2014, ValupiVal, http://aspirinab.com/ )


O ataque do PSD e CDS à Constituição já era uma promessa em 2010, isto para ficarmos por uma memória recente.
É um ataque ideologicamente legítimo, como qualquer outro que venha de outros quadrantes e entidades políticas.
Mas a estratégia não foi levada às urnas em 2011.

Também fora da decisão dos eleitores ficou a estratégia do empobrecimento, vocalizada apenas avulsamente e baixinho em 2010.
PSD e CDS optaram por mentir em todas as matérias onde viam que poderiam perder votos.
Ao mesmo tempo, sabiam que o Memorando era a desculpa perfeita para terem carta branca numa tentativa de revisão constitucional sem necessidade de obter dois terços de aprovação no Parlamento.
Estão a cumprir zelosamente o plano, pois ainda não apresentaram um Orçamento isento de ilegalidades constitucionais.
Algumas têm recebido cobertura do próprio Tribunal Constitucional.

Esta actual investida da direita contra o órgão de soberania sem o qual a Constituição será apenas letra morta tanto pode ser uma manobra retórica para embrulhar mais um aumento de impostos como até poderá ser o início da antecipação das legislativas,
aproveitando a crise socialista para ir a eleições nas melhores condições possíveis:
com o PS ainda nas mãos de um Seguro completamente descontrolado e sem qualquer credibilidade.

PSD e CDS cavalgaram radiantes o tigre populista quando atiçaram durante anos a Grei contra os “corruptos” socialistas
que dominavam o aparelho de Estado e pervertiam a moral e os bons costumes.
Era preciso acabar com as fundações, os motoristas e as viagens de avião em 1º classe.
Era preciso que os socialistas, esses vírus, fossem metidos nas prisões pois os males do mundo vinham deles e só deles.
Chegados ao poder, desfrutando de uma situação onde se escudam na invasão estrangeira e contam com a cumplicidade activa do Presidente da República,
e em que nem sequer a oposição consegue ter uma qualquer bandeira para agitar,
o inimigo passou a ser o Tribunal Constitucional e os seus procedimentos democráticos.

Passos, Portas e Cavaco podem parecer políticos medíocres, mesmo decadentes, com percursos e atitudes caricatos e/ou desprezíveis, tantas as mentiras e contradições.
Mas são eles que mandam no País.
E, se conseguirem vergar o Tribunal Constitucional, se conseguirem organizar manifestações ou mesmo agressões contra os juízes, o absolutismo (totalitarismo, fascismo) estará factualmente de volta.
-----------
Fontes políticas ... de notas falsas
... ...
Por estes dias, em plena crise do PS e em pleno ataque do Governo ao Tribunal Constitucional, como acontece sempre em momentos de maior nervosismo político, vários protagonistas e actores políticos querem “meter na imprensa” as suas histórias. Ou as suas versões dos factos.

Porém, na maior parte dos casos, o que se constata é que fazem da imprensa e dos jornalistas apenas o amplificador das suas mensagens, o altifalante das suas convicções, os transmissores das suas opiniões, os moços dos recados das suas intenções.

É curioso verificar como, apesar de tudo, ainda há quem consiga dar a golpada e usar a imprensa para publicar informação que, na maior parte dos casos, é apenas tralha para confundir as pessoas e espuma encardida sob a forma de notícia.

Há expressões ou palavras facilmente identificáveis nesses textos. Deixaram uma marca. Ficam impressas as marcas digitais das “fontes” que tentaram (e conseguiram) vender essas “notícias”.

As fontes podiam ser mais criativas, por exemplo, ao não repetirem “chavões” a vários jornalistas, sob pena de, após a publicação, todos saberem quem são uns e quem são outros. E os jornalistas deviam ser mais exigentes e fazer o seu trabalho, em vez de publicarem "sem tirar nem pôr" a história tal como lhes foi passada.

É nesses momentos que devia haver um sistema de alarme semelhante ao das caixas multibanco. Deviam ser accionados mecanismos de alerta automáticos também na imprensa. Desse modo, essas "notícias" seriam tingidas com uma indisfarçável mancha vermelha, para todos os leitores saberem que ali houve um assalto. De ética.

(- por A.C. Santos, http://diario-metafisico.blogspot.pt/ , 3/6/2014)


De Neoliberais, Nacionalismo, ... Na-(so)Zi a 4 de Junho de 2014 às 10:27

Romper o "duplo vínculo" da opção entre austeritarismo e nacionalismo

(-por Miguel Serras Pereira, Vias de facto, 3/6/2014)

Um comentador anónimo acusa-me de ao criticar o nacionalismo de Jorge Bateira (http://www.ionline.pt/iopiniao/tiro-no-coracao-federalismo/pag/-1) adoptar uma posição que, no imediato, não se distingue daqueles que chama os "neoliberais" no que se refere à questão europeia.
Dada a importância da questão — apesar da fraqueza dos argumentos do referido comentador — e a extensão da resposta, opto por dar-lhe aqui a forma de post.
Anónimo,
-- os "neoliberais", como você lhes chama, são em boa medida responsáveis pelo surto nacionalista,
e pretendem agora combatê-lo reforçando os mecanismos de cooptação nas cúpulas e outros métodos antidemocráticos.
É essa a lógica do austeritarismo, que, desde o início da crise (e já antes disso) tenho, como outros denunciado.
Mas responder-lhe com o nacionalismo é juntar à peste a fome e a guerra.
É o que, apesar de tudo, um "keynesiano de esquerda" como Vicenç Navarro — para recorrer ao título que lhe dava aclamando-o um neo-"patriota de esquerda" como João Rodrigues, que hoje cerra fileiras ao lado de Jorge Bateira — compreendeu bem nesta breve análise que tem pontos de convergência importantes com a que o colectivo do Passa Palavra acaba também de publicar conforme refiro alhures.

Vicenç Navarro: "O caso da França é claro. A Frente Nacional, dirigida por Le Pen, foi a que utilizou, durante a campanha das eleições para o Parlamento Europeu,
um discurso mobilizador da classe trabalhadora, apresentando-se, a si mesma, sem nenhuma inibição, como o melhor instrumento para defender os interesses da classe trabalhadora, na luta de classes,
frente à oligarquia nacional que atraiçoara a pátria, vendendo-se à Troika.
É o nacional-socialismo (-->NaZi), que, historicamente, teve uma base operária e que, agora, a recupera, com a cumplicidade da esquerda tradicional (muito especialmente a social-democracia),
ao impor políticas que prejudicam os interesses das classes trabalhadoras, para aumentar os lucros do capital.
Neste discurso, a luta de classes e a identidade nacional são idênticas, utilizando a bandeira e a defesa da identidade e da pátria como princípios mobilizadores.
Foi uma mistura ideológica imbatível. Era lógico e predizível que o fascismo ocupasse o vazio criado pelo socialismo e comunismo.
No domingo passado, Le Pen conseguiu o apoio de 30% dos jovens e 43% dos trabalhadores franceses".

Colectivo do Passa Palavra: "A crítica da austeridade só é completa se criticar com igual veemência o nacionalismo que a agrava e procura replicá-la num grau imensamente superior.
Sem esta dupla crítica, a esquerda radical corre o risco de ficar cada vez aprisionada numa teia que tem escapado das suas reflexões.
Repetimos: mais de 20 anos após o colapso da URSS, eis que em Portugal os herdeiros do estalinismo têm mais peso e influência eleitoral e social do que o conjunto das outras correntes à esquerda.
A restante esquerda vai continuar a deixar passar em branco este fenómeno ou irá finalmente reflectir nas suas implicações?"

Em suma, e como escreve Yves Pagès num balanço excelentemente apresentado pelo Jorge Valadas:
"nunca é tarde para levantar cabeça e não ceder à resignação comum, induzida por este «duplo vínculo» mortífero:
ou o pragmatismo económico ou o perigo populista;
para encontrar a força colectiva de neutralizar a alternativa VICIADA que pretendem agora IMPOR-nos:
apertar o cinto com o FMI ou cair sob a bota das centúrias fascista".

----- Niet disse...
A.Esquerre e L Boltanski publicaram um texto surpreendente no Libération sobre
o perigo da deriva neo-fascista criada pela vitória eleitoral do Front National na disputa em França das Eleições Europeias.
A análise- que invoca em termos dilacerantes a necessidade de uma Ontologia da Actualidade-
foca a gravidade da conquista pelo FN de Marinne Le Pen de duas posições estratégicas-
o Ultraconservadorismo e a Xenofobia- que serviram de terreno incendiário nuclear para a ascensão da direita radical neo-nazi nos anos 30.
In " Front National: de quel peuple parle-t-on? ",Libé.29/05


De Sim, PODEMOS pt + partido LIVRE + ... a 12 de Junho de 2014 às 13:03
Sim, Podemos !... ( Yes, We can ! )

A intervenção é de um Professor de Ciência Política e alerta-nos para as redes corporativas que sustentam os mecanismos partidários, inquinando a democracia! O problema não são os partidos e menos ainda a Democracia... o problema são os seres humanos, feitos de pequenos interesses, muitos defeitos, muitas ambições, pouco escrúpulos e pouca ética, muita capacidade racional de relativização e demasiado sentimento recalcado "a pedra e cal", de hierarquia e submissão que lhes não permite viver, afirmando ou assumindo o melhor da natureza Humanidade!... mas... mesmo assim:
Podemos !... apesar do ar ditatorial sob o qual se oculta a opressão e a injustiça. dissimulados de um pretenso rigor que conhecemos sob o rosto e as máscaras dos governos e das impotências cobardes e medíocres das oposições!... Podemos!... apesar do medo... do medo do desemprego, da fome, da doença e do futuro sem esperança... Podemos! ... apesar dos cortes, das contas e da hipocrisia palaciana em que a política se transformou!... Acreditem!... e Façam!... porque SIM... porque... PODEMOS !
(-por Ana Paula Fitas, 14e15/2/2014)


De PODEMOS: Lutar, Direitos Sociais, ... a 18 de Junho de 2014 às 16:22
Noam Chomsky, Eduardo Galeano, Naomi Klein, Antonio Negri e Slavoj Žižek figuram entre os 36 intelectuais que subscrevem o manifesto
“Apoio Internacional ao Podemos”.

Os subscritores do documento frisam que “ante a paisagem desoladora que as políticas de austeridade desenharam para o sul da Europa, é acalentador que surjam novas alternativas dispostas a batalhar pela democracia, direitos sociais e soberania popular”.

http://www.esquerda.net//artigo/chomsky-galeano-e-zizek-associam-se-ao-manifesto-apoio-internacional-ao-podemos/33071


Comentar post

MARCADORES

administração pública

alternativas

ambiente

análise

austeridade

autarquias

banca

bancocracia

bancos

bangsters

capitalismo

cavaco silva

cidadania

classe média

comunicação social

corrupção

crime

crise

crise?

cultura

democracia

desemprego

desgoverno

desigualdade

direita

direitos

direitos humanos

ditadura

dívida

economia

educação

eleições

empresas

esquerda

estado

estado social

estado-capturado

euro

europa

exploração

fascismo

finança

fisco

globalização

governo

grécia

humor

impostos

interesses obscuros

internacional

jornalismo

justiça

legislação

legislativas

liberdade

lisboa

lobbies

manifestação

manipulação

medo

mercados

mfl

mídia

multinacionais

neoliberal

offshores

oligarquia

orçamento

parlamento

partido socialista

partidos

pobreza

poder

política

politica

políticos

portugal

precariedade

presidente da república

privados

privatização

privatizações

propaganda

ps

psd

público

saúde

segurança

sindicalismo

soberania

sociedade

sócrates

solidariedade

trabalhadores

trabalho

transnacionais

transparência

troika

união europeia

valores

todas as tags

ARQUIVO

Janeiro 2022

Novembro 2019

Junho 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

RSS