Quarta-feira, 15 de Julho de 2015

Mudanças na Caixa, BdP, transportes… afinal há “jobs for the boys”

27.10.2015 Expresso 

Banco presidido por José de Matos quer diminuir quadros e iniciou um processo de reformas antecipadas  (mas...)  A Caixa e o Banco de Portugal são algumas das entidades que terão “vagas” no topo. O novo ciclo político é altura para nomeações em administrações de reguladores, bancos e empresas do Estado. E não são poucas.

A compilação é feita na edição desta manhã do Negócios, que publica um extenso trabalho sobre nomeações no Estado que estarão em curso já com o próximo governo.

É o caso da Caixa Geral de Depósitos, que segundo o jornal vai ter um novo presidente executivo, seja qual for o próximo governo, pois José de Matos deverá sair no final do atual mandato, que termina no final do ano. Essa saída deverá provocar outras alterações na administração, falando o Negócios nos nomes de António Ramalho e de Sérgio Monteiro caso as nomeações sejam feitas por um governo PSD, e de Fernando Teixeira dos Santos e Carlos Costa Pina, se o governo for PS.

Já no Banco de Portugal, três administradores serão substituídos em setembro do próximo ano, que serão escolhidos pelo governador Carlos Costa, mantendo-se a nomeação como função do governo.

Também Carlos Tavares está de saída da presidência da CMVM, sendo que a sua sucessora deverá ser uma mulher, por indicação dos novos estatutos das entidades reguladoras, que supõe rotação entre sexos.

No Tribunal de Contas, recorda o Negócios, Guilherme d’Oliveira Martins está de saída para a administração da Fundação Calouste Gulbenkian.

Nas empresas públicas, destaque para o setor dos transportes. STCP e Metro do Porto, CP e Porto de Lisboa terão novos administradores, nomeados pelo próximo governo.

programa  oculto  do  PàF   (: (ida ao)  Pote  à Frente )  

A coligação de direita esgota os sucessivos prazos a que se comprometeu para apresentar o seu programa eleitoral. Ontem, reuniram-se os conselhos nacionais do PSD e do CDS para aprovar umas «banalidades» às quais foi dada a altissonante designação de «linhas gerais do programa eleitoral».
     Na verdade, a coligação de direita já submeteu o seu programa eleitoral a Bruxelas em Abril: o Programa de Estabilidade (2015-2019) e o Programa Nacional de Reformas (2015). Dada a brutalidade das medidas contempladas, não admira que a sua tradução para português ler esteja a revelar-se uma tarefa complicada.
    Assarapantado com a irrevogável demissão de Portas em 2013, Passos Coelho afirmou então: «O programa com que me apresentei pressupunha duas legislaturas e há coisas que quero fazer além do programa de assistência.»  Como pretende o alegado primeiro-ministro fazer «coisas» para «além do programa de assistência», ou seja, prosseguir a política austeritária de «ir além da troika»?
    Para além do corte de 600 milhões de euros nas pensões de reforma já atribuídas, a coligação de direita está apostada em rebentar definitivamente com o pote. Entre as «reformas estruturais» para a próxima legislatura, estarão previstas estas:
• Continuação da privatização de empresas públicas (em especial, Águas de Portugal e Caixa Geral de Depósitos, que Passos teve, em 2011, de meter na gaveta);
• Privatização da Segurança Social, através do plafonamento das pensões;
• Privatização crescente da Saúde, recorrendo à asfixia financeira do Serviço Nacional de Saúde;
• Privatização da Educação, mediante a contínua degradação da Escola Pública;
• Continuação do estrangulamento da classe média, quer através dos impostos (com redução apenas para as empresas e para os contribuintes com rendimentos mais elevados), quer através da «desvalorização salarial».
     Este é o programa oculto da coligação do PSD e do CDS. Como transformar este brutal assalto ao pote e empobrecimento da maioria dos portugueses num «conto de crianças»?    (

        «Por acaso foi uma ideia minha»  

     Se dúvidas houvesse sobre a forma como decorreu a última reunião do Conselho Europeu, Pier Carlo Padoan, ministro das Finanças italiano, desvaneceu-as: no final, «apenas nós, os franceses e o pequeno Chipre estávamos lá para atingir um compromisso», tendo os restantes países da zona euro ficado ao lado da Alemanha na «posição mais dura» para a Grécia.  

       Varoufakis confirma o alinhamento constante do governo português com as posições de Schäuble. E refere que a circunstância de Portugal surgir entre «os mais enérgicos inimigos» da Grécia tem uma explicação simples: «se nós conseguíssemos negociar com êxito um acordo melhor, isso liquidá-los-ia politicamente: teriam de explicar ao seu próprio povo por que não negociaram como nós fizemos».

     Conhecendo-se agora o modo como decorreu a reunião do Conselho Europeu, o facto de Passos Coelho ter vindo reclamar os louros do desbloqueamento do acordo com a Grécia dá-nos a medida exacta da natureza do pantomineiro que se alçou a São Bento há quatro anos.    (

    O mais recente passador do Governo

 (Min.Saúde:) — Não é um convite à emigração, mas digo-vos que há umas vagas na Alemanha para enfermeiros e paramédicos. Embora o SNS precise de mais profissionais, não serão admitidos. Mas a opção de emigrar é vossa, só vossa.

---- Resistência dos "Estranhos companheiros de cama"  (-JPP, 12/7/2015, Público)

Já tenho usado algumas vezes a frase da Tempestade de Shakespeare sobre os “estranhos companheiros de cama” gerados pela “miséria” dos dias que atravessamos.
... Existe hoje na vida política portuguesa uma série de “estranhos companheiros de cama”, cuja voz pública tem sido muitas vezes, aliás quase sempre, das mais duras contra a situação, contra o governo da coligação PSD-CDS. Incluo-me nesse grupo de pessoas e escrevo sobre elas não porque ninguém sinta qualquer necessidade de o justificar, bem pelo contrário, mas porque este fenómeno político é uma característica dos nossos dias e merece ser analisado. Muitas das críticas com mais sucesso ao actual poder, todas percursoras e algumas que se tornaram virais, vieram desse grupo de pessoas e não de outras em que, pelo seu posicionamento político, teriam sido mais previsíveis. 
     Num comício sobre a Grécia, falei ao lado de dois membros do Bloco de Esquerda, Louçã e Marisa Matias, de um economista comunista Eugénio Rosa, de um socialista Manuel Alegre, da escritora Hélia Correia e do democrata-cristão Freitas do Amaral. Algumas das palavras mais duras nessa sessão sobre o “estado da Europa” vieram da mensagem de Freitas do Amaral. Durante a semana, Bagão Félix e Manuela Ferreira Leite, pronunciaram críticas muito duras ao governo, como aliás fazem já há alguns anos. Em matérias mais específicas, como por exemplo, as questões de soberania ou a situação das Forças Armadas, Adriano Moreira e Loureiro dos Santos, não tem poupado a acção governativa, com críticas de fundo e de grande gravidade. Podia continuar com vários exemplos de outros homens e mulheres, que estão longe de serem revolucionários, radicais, extremistas mas cuja voz se ergueu com indignação face ao mal que está ser feito ao país, com intolerância face ao erro e com um espírito analítico certeiro. “Quem fala assim não é gago”, é uma frase que se lhes pode aplicar. 
      Também por isso são alvo de uma enorme raiva, impropérios, insinuações, acusações que transpiram do lado situacionista, no terreno anónimo dos comentários não moderados, que não são senão reproduções das conversas obscenas que certamente se travam nos bares da moda e nas reuniões partidárias das “jotas”. São os “velhos do restelo”, até porque na maioria não são novos, que se opõem à gloriosa caminhada governativa émula das Descobertas, não se percebe bem para quê, nem com que gente valorosa e destemida. São os “treinadores de bancada”, na linguagem futebolística que se lhes cola como um fato de treino, os que “só dizem mal”, “que falam, falam” mas não fazem nada. São os “ressabiados” porque não lhes foram dadas sinecuras, lugares, posições, quiçá negócios, a que julgavam ter direito. Esta crítica é muito interessante porque é espelhar, quem a faz vê-se ao seu próprio espelho.
      O que verdadeiramente não suportam é a independência alheia. “Jovens” de quarenta anos, cuja carreira, se reduz a cargos partidários e as respectivas nomeações como “boys”, escrevem e vociferam tudo isto. E afirmam com jactância que ninguém ouve os “velhos do Restelo”. Estão bem enganados, em termos de audiências, partilhas, e influência, são no chamado “espaço mediáticos” dos mais ouvidos, vistos e influentes. Falo dos outros e não de mim, mas também não me queixo. 
      A tempestade que criou estes “estranhos companheiros de cama” explica a sua emergência e o manto que os cobre. Em partidos como o PSD e o CDS, mas em particular no PSD, houve uma clara deslocação à direita, violando programas e práticas identitárias, já para não falar do legado genético do seu fundador Francisco Sá Carneiro. Esta deslocação de um partido que foi criado pelo desejo fundador de ser o partido da social-democracia portuguesa, consciente de que num país como Portugal a “justiça social” era uma obrigação de consciência e de acção, levou à sua descaracterização. E pior ainda, à mudança do seu papel reformador na sociedade. 
     O PSD que está no governo e que manda no partido, com as suas obscuras obediências maçónicas, com o seu linguajar tecnocrático, com a sua noção de que a “economia” são os “empreendedores” e não os trabalhadores, com os seus sonhos de criar um homem novo ao modelo de Singapura, com o seu desprezo pequeno burguês… pela burguesia, pela sua vontade de agradar aos poderosos do mundo, pela subserviência face ao estrangeiro, encheu-se de pessoas cujo currículo é constituído pelos cargos internos no partido e pelos cargos públicos a que ser do partido dá acesso. A sua repulsa e indignação pela corrupção é escassa para não dizer nula, e personagens cujos negócios são clientelares, para não dizer mais, são elogiados em público, servem de conselheiros e são nomeados para cargos de relevo. O que é que se espera que gente como Manuela Ferreira Leite, que é de outra escola da vida, diga?
      E que posições tem defendido estes “estranhos companheiros de cama” que justifica serem tratados pelos boys como sendo, pelo menos, cripto-comunistas? Falam de facto de coisas perigosas e subversivas, como do patriotismo e da soberania, falam de um Portugal que não se exibe apenas á lapela. Falam da democracia e do risco do voto dos portugueses não servir para nada, visto que o nosso parlamento tem cada vez menos poderes. Falam dos portugueses que não andam de conferências de jornais económicos, a programas de televisão a explicar que as eleições são um “risco” para a economia. Falam dos outros portugueses, dos enfermeiros e dos professores, dos médicos e dos jovens arquitectos sem trabalho, dos pescadores, dos agricultores, dos operários (sim, ainda existem), dos funcionários do estado, insultados e encurralados, da pobreza que se esconde e da que se vê. Falam das desigualdades que crescem, da pobreza envergonhada que existe na classe média, do confisco fiscal, das prepotências da administração, da indiferença face aos mais velhos, aos reformados e pensionistas. Falam muitas vezes com a voz da tradição cristã, da doutrina social da Igreja, dos que foram deixados cair no desemprego, das mulheres que antes eram operárias e ganhavam o seu sustento e hoje são donas de casa, falam dos “piegas” que perderam a casa, o carro, e pior que tudo, a dignidade de uma vida decente.
       Deviam estar calados, porque isto é “neo-realismo”. Estes são os portugueses de que não se deve falar. E fazem-no para defenderem nacionalizações, para atacarem a economia de mercado, a propriedade? Não. Falam muitas vezes porque são conservadores e genuínos liberais, gostam do seu país e gostam dos portugueses, da democracia e da liberdade. Eu sei, tudo isto é hoje revolucionário.
     Mas há mais. Sentem, como se numa mais que sensível pele, a hipocrisia dominante, ao ver aqueles que destruíram muita da política de Mariano Gago, a elogiar o seu papel na ciência em Portugal, ou quem afastou Maria Barroso da Cruz Vermelha a elogiar as suas virtudes como “grande senhora”. E sabem porque tem sucesso e influência? Porque a sua indignação é genuína e não mede as suas palavras num país de salamaleques, e não falam por conveniência própria nem por obediência partidária. Se fossem mais cordatos e mais convenientes, teriam certamente honras, lugares e prebendas.
       Por tudo isto, quando chove e venta e troveja, a manta de Caliban é bem-vinda. É meio peixe? Talvez, mas como não conto ir nadar para o mar dele e ela não conta vir para o meu, une-nos a manta que nos protege da tempestade. E enquanto chove e venta e troveja são os “meus estranhos companheiros de cama” contra a chuva, o vento e a trovoada. Penso, aliás como Churchill, que se o Diabo entende atacar Hitler, sou capaz de dizer umas palavras amáveis sobre o Inferno na Câmara dos Comuns.

      É este espírito que “os estranhos companheiros de cama” têm tido a coragem de trazer para a vida pública portuguesa em que tudo desune e nada junta, mesmo quando o adversário usa de todas as armas. É por isso que, a seu tempo, ficarão como resistentes desta tempestade e não gente que foi à primeira chuvinha abrigar-se nas mansões menores do poder.

------  Não te preocupes, está tudo bem !     ( irra...!! )

 Não penso 

... A corrupção, o tráfico de influências ou qualquer forma de clientelismo. ... a inércia... abstencionismo / voto no mesmo ...    - (15/07/2015 por João Mendes, Aventar)



Publicado por Xa2 às 13:30 | link do post | comentar

6 comentários:
De Azares com estes desgovernantes a 16 de Julho de 2015 às 10:29

-------derTerrorist, 16/7/2015:

A falta de respeito do ministro da Saúde pelo dinheiro dos contribuintes e pelo sacrifico das famílias
que, em 40 anos, construíram um dos melhores sistemas de saúde público da Europa e do mundo,
conjugada com a falta de respeito do seu colega da Educação na
destruição e desmantelamento de um dos também melhores sistemas de educação públicos da Europa, assente na mentira da excelência do privado.

Enquanto a Educação continuar a produzir os profissionais de que a Saúde PRECISA MAS NÃO contrata
há que pôr as exportações "a bombar", parafraseando outro ministerial colega e que se lixem [também de ministro] os contribuintes e as famílias.


--tags: alemanha, biocon valley, enfermeiros, mecklemburgo, ministro da saúde, paulo macedo, pomerânia ocidental, saúde

-------- delito de opinião, 16/7/2015:
SORTES
... ... o quadro mantém-se negro. João Salgueiro confirma-me o diagnóstico:
"Sim, é certo, a Europa vai desaparecer, já está a desaparecer.
É uma situação muito semelhante ao fim do Império Romano.
Mas esses, ao menos, podiam escolher, de entre os bárbaros, os melhores bárbaros..."
- Marcello Duarte Mathias, Diário da Abuxarda 2007-2014, D. Quixote, p. 142


De Não cidadão; escravo inconsciente. a 16 de Julho de 2015 às 11:34

---- Não te preocupes, está tudo bem !

[Não querer ver, ouvir, nem falar (questionar, criticar, denunciar); Não pensar ... preferir jogar, beber, ver concursos ou disparates ... alienar.]

15/07/2015 por João Mendes, Aventar

A corrupção não existe. A corrupção, o tráfico de influências ou qualquer forma de clientelismo. Pelo menos na política. Existem uns quantos chanfrados, que se escudam nestes argumentos patéticos como forma de desculpar a sua inércia enquanto pessoa, enquanto empreendedor, porque na verdade não passam de invejosos egocêntricos que mais não sabem fazer do que se queixar e criticar.

São tudo teorias da conspiração. Um político quer, por princípio, ser reeleito. Existem leis que impedem delitos. Existem grandes escritórios de advocacia que ajudam na criação dessas mesmas leis para que se tornem infalíveis. E também esses escritórios querem continuar a trabalhar e o Estado, os organismos públicos, são clientes que pagam e que por norma são muito sérios. Até porque alguns dos seus funcionários são também funcionários do Estado logo seria uma loucura achar que estas pessoas, idóneas, seriam potenciais criminosos.

Infelizmente existem aqueles que se dedicam a esmiuçar estes assuntos. Que vêm corrupção, tráfico de influências e clientelismos em todo o lado. E nós, povo, precisamos de desculpas para a nossa incapacidade de progredirmos enquanto sociedade. Precisamos de bodes expiatórios. Queremos sangue, culpados, queremos responsabilizar alguém. E quem melhor do que aqueles que estão sob os holofotes mediáticos e que se expõem pelo bem comum?

Portugal está melhor. A Europa está melhor. Se existe quem não tenha emprego, quem não tenha o que comer ou como pagar as suas contas, é porque essas mesmas pessoas são desleixadas, não se esforçam, querem tudo feito de mão beijada. Os nossos políticos, aqueles que nos têm governado, são seres humanos de bem, gente que vive em função da comunidade. Sócrates é um injustiçado, os banqueiros debaixo de fogo são injustiçados e os gestores públicos que com as melhores intenções fizeram swaps que correram mal são injustiçados. No fundo deram o que podiam, mas nem sempre correu como esperado.

O problema somos nós, uma sociedade civil fraca e incapaz de reconhecer a boa-fé, a dedicação à causa pública. A dedicação ao bem-estar comum. Somos mal-agradecidos e passivos no sentido de nos acomodarmos a subsídios e outras formas de parasitismo. Somos ingratos. Pensamos no nosso umbigo quando devíamos pensar no todo. Nas pessoas. No país. Na humanidade. Somos fraca rés.

Está na hora de mudar. De deixarmos de nos ocupar com detalhes como o jota que conseguiu um emprego no sector público apesar de não ter habilitação para isso ou do político que até entregou um negócio a uma empresa da qual recebe uma avença. Se isto acontece, é com certeza em prol do bem comum. Mas nós, na nossa apatia de rebeldes sem causa, a partilhar escândalos nas redes sociais ou a criticar uma determinada decisão que, inesperadamente, acabou por causar alguns prejuízos, insistimos em fazer parte do problema e não da solução. Até porque, se elegemos quem elegemos, é porque lhes reconhecemos capacidades. Está na hora de, de uma vez por todas, nos remetermos ao nosso canto, trabalhar e pagar impostos, e deixar as mais altas tarefas para quem sabe. Afinal de contas, Portugal não é a Grécia.

Acabemos de uma vez por todas com estas revoltas para depois deixarmos tudo na mesma. Basta de indignações vazias que não passam da mesa do café. Basta de manifestações até à hora do jantar. Coloquemos um ponto final nos radicalismos, nos lirismos e nas utopias fanáticas. Até porque, na generalidade, votamos sempre nos mesmos, ou nem sequer nos damos ao trabalho de votar. Porque que raio nos queixamos nós? Paremos com isto amigo e conterrâneo português. E não te preocupes, está tudo bem.

----Carlos Dias says:
16/07/2015

Nós bem tentamos alertá-los mas a maioria das pessoas tem mais interesse pelo futebol do que pela política, sem perceber que se quando o seu clube perde nada de importante lhes acontece, mas que quando um mau político é eleito muitas coisas graves lhe podem acontecer, entre elas, por exemplo, ter que pagar as contas decorrentes das atitudes desse político.



De Je a 27 de Julho de 2015 às 09:05
O que e que teem em comum oas pessoas identificadas no artigo do jose pacheco pereira? Nenhum criou um posto de trabalho. Todos foram funcionarios publicos. Esta explicado ou nao?


De Zé das Esquinas, o lisboeta a 29 de Julho de 2015 às 13:50
Ontem na TV líder do Bloco de Esquerda foi clara na lição que o seu partido tirou da crise grega: "Um Governo tem de estar preparado para romper com a união monetária, o mesmo é dizer, Portugal tem de ter um plano B que implique a saída do euro. A "união monetária pode ser um problema", se as suas regras só servirem a Alemanha e não os interesses da economia de Portugal, disse a dirigente bloquista, que assumiu a urgência de renegociar uma reestruturação da dívida.


De Je a 30 de Julho de 2015 às 18:18
Devia ser bonito! Um pais que importa quse tudo que consome ver no minimo duplicado o valor desses bens, sem qualquer contrapartida, seria uma atitude sensata, tao sensata que ate os gregos apos tantas ameacas tudo fizeram para nao sair do euro.
Enquanto o pais tiver este tipo de visao e continuar sem nada aprender nao e dificil adivinhar maus momentos para portugal.
O Socrates investiu no investimento publico, resultado: aumento do endividamento e quase bancarrota do pais ( temos e verdade 2 autoestradas e meia para o porto, montes de rotundas, um parque escolar nalguns sitios razoaveis e infraestruturas megalomonas que nao funcionam por falta de verba) eis a receita do bloco de esquerda e tambem de um largo setor do PS


De Votos (in)uteis e (não)coligações... a 9 de Setembro de 2015 às 12:53

O choradinho habitual do PS sobre a esquerda (BE e PCP)

(http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/ 2/9/2015)

«Afirmou ontem António Costa que nunca viu um Governo de direita ser derrubado pelos votos dos partidos à esquerda do PS,
mas que já viu os partidos da esquerda aliar-se à direita para derrubar governos do PS.
Pois bem:
esta afirmação é factualmente errada e politicamente falsa. Senão, vamos aos factos.

Em Abril de 1987, o 1.º Governo de Cavaco Silva foi derrubado com os votos PS/PCP/PRD/PEV.

E se verificarmos os últimos 25 anos, ou seja, a partir dos Governos de Guterres, vemos que:

Em 4/11/99 as moções de rejeição apresentadas pelo PSD e pelo CDS foram inviabilizadas pelos partidos da esquerda (abstenções PCP/PEV e votos contra do BE).

As moções de censura do CDS (em 5/7/2000) e do PSD (em 20/9/2000) foram inviabilizadas pelas abstenções do PCP, do BE e do PEV.

Em 30/5/2001 foram o PSD e o CDS que inviabilizaram uma moção de censura do BE. Guterres demitiu-se sem qualquer votação parlamentar que o tenha derrubado.

O Governo de Durão Barroso (de maioria absoluta) enfrentou 4 moções de censura que tiveram os votos convergentes PS/PCP/BE/PEV.

O 1.º Governo de Sócrates (de maioria absoluta) enfrentou moções de censura do BE (em 16/1/2008) e do PCP (em 8/5/2008) em que o PSD e o CDS se abstiveram. Mais tarde, enfrentou moções de censura do CDS (em 5/6/2008 e em 17/6/2009) em que o PCP, o BE e o PEV se abstiveram.

O 2.º Governo de Sócrates (minoritário) teve moções de censura do PCP (em 21/5/2010) e do BE (em 3/10/2011) que foram inviabilizadas pelas abstenções do PSD e do CDS.

A demissão de Sócrates não se deveu a qualquer votação parlamentar que o determinasse, mas à rejeição do PEC4, depois dos 3 anteriores terem sido viabilizados pelo PSD e pelo CDS e não sem que, para despedida, tivesse sido assinado o pacto com a troika, negociado e aceite precisamente pelo PSD e pelo CDS.

Na presente legislatura, o Governo PSD/CDS enfrentou 6 moções de censura (3 do PCP, uma do BE, uma do PEV e uma do PS). O PCP, o BE e o PEV votaram a favor de todas. Já o PS absteve-se em 3: na moção do PCP em 25/6/2012 e nas moções do PCP e do BE em 4/5/2012 (ou seja, no tempo em que o PS pautava a sua oposição ao Governo pelas abstenções violentas).


O moral desta história é que o PS só tem razões de se queixar de si próprio e que já era tempo de acabar com o fadinho da vítima que de tão repetido de campanha em campanha já se torna enjoativo.»

António Filipe, deputado do PCP, no Facebook (02.09.2015)


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