A emigração… … novos empregos são desqualificados e com salários mais baixos
O processo de transferência em curso: do trabalho para o capital, da periferia para o centro
Desemprego: ele parte, outro parte ...
• Por cada 3,2 desempregados que desaparecem só surge um novo empregado
• Cem mil jovens desapareceram das estatísticas de emprego
• Taxa real de desemprego é de 20,7% (1.180.000 desempregados)
Moral da história: Passos Coelho ... transforma o país numa economia de salários miseráveis e que destrói os fundamentos do Estado Social.
"O senhor ministro é um irresponsável e vai destruir este país"
O país está melhor ? A prova dos nove.
Mais um grande sucesso! E bem grande:" A dívida pública atingiu no ano passado os 129,4% do PIB,"
Corrupção: o Regresso do Rio do Deserto chamado Enriquecimento ilícito (6/1/2014)
A Comissão de Bruxelas disse que o governo português não tinha estratégia contra a corrupção e o governo reagiu por intermédio da Srª Ministra da Justiça que voltou a prometer-nos a criminalização do enriquecimento ilícito, além de evocar medidas que, estando a ser executadas, não escapavam à crítica bruxelina e eram portanto de evocação redundante.O Economista Português louva a solidariedade ministerial e a coragem política da Drª Paula Teixeira da Cruz, que aceitou vir para a cabeça do touro da corrupção, manifestando qualidades que não sobrenadam na vida política em geral e no presente governo em concreto; mas permite-se os seguintes comentários:
- A questão da corrupção respeita a todo o governo, e a não a um ministro em particular, seja ele o da Justiça; sobre o assunto deveria por isso responder o Sr. Primeiro Ministro;
- A criminalização do enriquecimento ilícito punirá potencialmente apenas parte dos beneficiários da corrupção mas deixará imunes os seus promotores e os seus autores; é uma medida repressiva e não uma medida preventiva; ao saberem que ela será adoptada, os promotores da corrupção dirão: «estamos na maior, podemos continuar»;
- A criminalização do enriquecimento ilícito seria adequada para resolver uma corrupção minoritária, mas não para enfrentar uma corrupção endémica ( muito gravosa entre os grandes empresários/grupos económicos e os desgovernantes e altos dirigentes) como a que nos aflige;
- A criminalização do enriquecimento ilícito pressupõe a inversão do ónus da prova: o Estado dirá ao leitor que, se não provar um título de aquisição lícita do seu sobretudo de pêlo de camelo ou do seu anel de casamento é suspeito de corrupção, o que significa considerar que a propriedade privada é em si mesma suspeita; os cidadãos de bom senso suporiam que esse crime só surgiria numa fase avançada da transição para o comunismo mas quem se propõe concretizá-lo é um governo que se diz partidário do Estado de Direito e da livre iniciativa – um governo do Partido Popular Europeu. Sem a inversão do ónus da procva, o novo e hipotético crime de nada servirá, pois o arsenal legislativo português sobrenada em tipos criminais de combate à corrução – até agora de reduzida aplicação por razões que não vêm ao caso.
- Combater a corrupção com a criminalização do enriquecimento sem causa é tapar o sol com uma peneira ou acabar com o Estado de Direito.
Horizontes sombrios
( http://defenderoquadrado.blogs.sapo.pt/ 10/2/2014 )
Regressam os sentimentos XENÓFOBOS e racistas. Esta Europa, que durante tantos anos permitiu a vivência das fronteiras abertas, da tolerância para os outros, da interligação cultural, retoma TEMORES e ódios de um passado que quereríamos esquecido.
Mas o esquecimento é o que permite que estas ondas cíclicas nos afoguem.
Esta Europa está a ficar PERIGOSA.
As sondagens mostram o AFASTAMENTO cada vez maior entre os CIDADÃOS e os seus REPRESENTANTES, nacionais e europeus.
A política arrasta-se e os LÍDERES parece viverem num planeta diferente do comum dos mortais.
A descrença e o abatimento larvares são o pior INIMIGO da democracia e da liberdade.
Os horizontes estão sombrios.
Temas: europa, política, sociedade
publicado por Sofia Loureiro dos Santos
Sinais de Peste
por Miguel Serras Pereira, 10/2/2014, http://viasfacto.blogspot.pt/
A extrema-direita nacionalsita suíça vence um referendo contra a liberdade de circulação de estrangeiros, e o Front National aplaude e exosta os franceses a fazerem o mesmo, reafirmando a sua soberania, a sua economia, a sua identidade — a "preferência nacional", em suma. Para piorar estas perspectivas de peste, fome e guerra, não faltam vozes que se reivindicam de esquerda, ou reivindicam direitos de propriedade sobre essa marca, que recomendam o reforço da soberania e das prerrogativas do Estado-nação, bem como a recusa do aprofundamento federalista da UE, como via privilegiada do combate à austeridade económica e política crescentes que assolam a Europa. As suas recomendações e argumentos — mais ênfase na "identidade", menos ênfase nela — não se distinguem demasiado claramente das que Marine Le Pen, também ela animada de preocupações sociais, reiterou ao saudar os resultados do referendo suíço e ao convidar os franceses a que "sigam o exemplo dos suíços em defesa 'da liberdade, da soberania, da economia, do sistema de proteção social e da identidade'". Quem tenha dúvidas pode conferir, na caixa de comentários de um artigo do Passa Palavra que o João Valente Aguiar aqui lembrou há dias, as posições do teórico marxista Jacques Sapir, ao qual toda uma série de adeptos portugueses da saída do euro e do nacionalismo económico sob a égide daquilo a que um deles chamava o "Estado estratega" tem por costume dispensar calorosas aclamações.
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Por um Poder Destituinte
por Pedro Viana, 7/2/2014
Numa palestra pública recente, Giorgio Agamben, filósofo italiano, defende que a classe dominante, em particular através das estruturas de Estado, tem vindo a mudar o modo como aborda a contestação às medidas que tenta implementar e as crises sistémicas do capitalismo. Aqui podem encontrar a transcrição dessa palestra muito interessante. Segundo Giorgio Agamben, cada vez mais a governação tem substituído o planeamento estratégico, que pretendia evitar crises futuras que pudessem colocar em causa o Poder da classe dominante, pelo desenvolvimento de instrumentos de controlo da contestação ao sistema, que se agudiza em situação de crise (sociais, económicas, ambientais).
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Esta mudança resulta da percepção no seio da classe dominante que a frequência e a severidade dessas crises vai aumentar, pouco podendo fazer para o evitar, pelo menos sem abdicar duma fracção muito substancial do seu Poder. As implicações desta mudança de paradigma para a contestação ao sistema ainda não são claras, mas não as podemos deixar de discutir, sob pena de continuarmos a insistir em processos que acabam por reforçar o sistema na vã tentativa de o derrubar.
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