Sexta-feira, 7 de Fevereiro de 2014

   emigração…   … novos empregos são desqualificados e com salários mais baixos 

  O processo de transferência em curso:   do trabalho para o capital,    da periferia para o centro

        Desemprego:  ele parte,  outro parte ...

Por  cada  3,2  desempregados  que  desaparecem  só  surge  um  novo  empregado

Cem  mil  jovens  desapareceram  das  estatísticas  de  emprego

Taxa  real  de  desemprego  é  de  20,7%   (1.180.000  desempregados)

    Moral da história: Passos Coelho ... transforma o país numa economia de salários miseráveis e que destrói os fundamentos do Estado Social.

"O senhor ministro é um irresponsável e vai destruir este país"

           O país está melhor ? A prova dos nove. 

 Mais um grande sucesso!  E bem grande:" A dívida pública atingiu no ano passado os 129,4% do PIB,"

Troika              É este o espírito
«A venda dos Miró é simbólica, não financeira. A seguir vêm as águas e depois a CGD. E quanto mais barato tudo se vender, melhor. No caso das empresas, é para favorecer a "iniciativa" privada. No caso dos quadros, é por castigo. É este o espírito. Vão por mim.» - P. Lains (via fb)
  E... Advogados negoceiam indemnização à Christie's
A Parvalorem sabe que terá de pagar uma indemnização à Christie's apesar de já ter feito saber que o "cancelamento do leilão foi uma decisão unilateral". O assunto está na mão dos advogados.       o Estado (desgoverno) não observa a lei a que está obrigado e pela qual devia dar o exemplo à sociedade; a sociedade de Advogados a ganhar rios de dinheiro com estas avenças são os mesmos do costume; falta dinheiro para Educação e I&D - mas terá agora o Governo do Sr. Passos ..., de ir buscar 5 Milhões € ao erário público para indemnizar uma leiloeira.

Corrupção: o Regresso do Rio do Deserto chamado Enriquecimento ilícito (6/1/2014)

O Economista Português louva a solidariedade ministerial e a coragem política da Drª Paula Teixeira da Cruz, que aceitou vir para a cabeça do touro da corrupção, manifestando qualidades que não sobrenadam na vida política em geral e no presente governo em concreto; mas permite-se os seguintes comentários:

  • A questão da corrupção respeita a todo o governo, e a não a um ministro em particular, seja ele o da Justiça; sobre o assunto deveria por isso responder o Sr. Primeiro Ministro;
  • A criminalização do enriquecimento ilícito punirá potencialmente apenas parte dos beneficiários da corrupção mas deixará imunes os seus promotores e os seus autores; é uma medida repressiva e não uma medida preventiva; ao saberem que ela será adoptada, os promotores da corrupção dirão: «estamos na maior, podemos continuar»;
  • A criminalização do enriquecimento ilícito seria adequada para resolver uma corrupção minoritária, mas não para enfrentar uma corrupção endémica ( muito gravosa entre os grandes empresários/grupos económicos e os desgovernantes e altos dirigentes) como a que nos aflige;
  • A criminalização do enriquecimento ilícito pressupõe a inversão do ónus da prova: o Estado dirá ao leitor que, se não provar um título de aquisição lícita do seu sobretudo de pêlo de camelo ou do seu anel de casamento é suspeito de corrupção, o que significa considerar que a propriedade privada é em si mesma suspeita; os cidadãos de bom senso suporiam que esse crime só surgiria numa fase avançada da transição para o comunismo mas quem se propõe concretizá-lo é um governo que se diz partidário do Estado de Direito e da livre iniciativa   – um governo do Partido Popular Europeu. Sem a inversão do ónus da procva, o novo e hipotético crime de nada servirá, pois o arsenal legislativo português sobrenada em tipos criminais de combate à corrução – até agora de reduzida aplicação por razões que não vêm ao caso.
  • Combater a corrupção com a criminalização do enriquecimento sem causa é tapar o sol com uma peneira ou acabar com o Estado de Direito.


Publicado por Xa2 às 07:22 | link do post | comentar

7 comentários:
De emigrantes, medo, liberdade, democracia a 11 de Fevereiro de 2014 às 10:40

Horizontes sombrios

( http://defenderoquadrado.blogs.sapo.pt/ 10/2/2014 )

Regressam os sentimentos XENÓFOBOS e racistas. Esta Europa, que durante tantos anos permitiu a vivência das fronteiras abertas, da tolerância para os outros, da interligação cultural, retoma TEMORES e ódios de um passado que quereríamos esquecido.

Mas o esquecimento é o que permite que estas ondas cíclicas nos afoguem.

Esta Europa está a ficar PERIGOSA.
As sondagens mostram o AFASTAMENTO cada vez maior entre os CIDADÃOS e os seus REPRESENTANTES, nacionais e europeus.

A política arrasta-se e os LÍDERES parece viverem num planeta diferente do comum dos mortais.
A descrença e o abatimento larvares são o pior INIMIGO da democracia e da liberdade.


Os horizontes estão sombrios.

Temas: europa, política, sociedade
publicado por Sofia Loureiro dos Santos


De Sinais de Peste e Poder destituinte. a 11 de Fevereiro de 2014 às 10:49

Sinais de Peste

por Miguel Serras Pereira, 10/2/2014, http://viasfacto.blogspot.pt/

A extrema-direita nacionalsita suíça vence um referendo contra a liberdade de circulação de estrangeiros, e o Front National aplaude e exosta os franceses a fazerem o mesmo, reafirmando a sua soberania, a sua economia, a sua identidade — a "preferência nacional", em suma. Para piorar estas perspectivas de peste, fome e guerra, não faltam vozes que se reivindicam de esquerda, ou reivindicam direitos de propriedade sobre essa marca, que recomendam o reforço da soberania e das prerrogativas do Estado-nação, bem como a recusa do aprofundamento federalista da UE, como via privilegiada do combate à austeridade económica e política crescentes que assolam a Europa. As suas recomendações e argumentos — mais ênfase na "identidade", menos ênfase nela — não se distinguem demasiado claramente das que Marine Le Pen, também ela animada de preocupações sociais, reiterou ao saudar os resultados do referendo suíço e ao convidar os franceses a que "sigam o exemplo dos suíços em defesa 'da liberdade, da soberania, da economia, do sistema de proteção social e da identidade'". Quem tenha dúvidas pode conferir, na caixa de comentários de um artigo do Passa Palavra que o João Valente Aguiar aqui lembrou há dias, as posições do teórico marxista Jacques Sapir, ao qual toda uma série de adeptos portugueses da saída do euro e do nacionalismo económico sob a égide daquilo a que um deles chamava o "Estado estratega" tem por costume dispensar calorosas aclamações.

--------

Por um Poder Destituinte

por Pedro Viana, 7/2/2014

Numa palestra pública recente, Giorgio Agamben, filósofo italiano, defende que a classe dominante, em particular através das estruturas de Estado, tem vindo a mudar o modo como aborda a contestação às medidas que tenta implementar e as crises sistémicas do capitalismo. Aqui podem encontrar a transcrição dessa palestra muito interessante. Segundo Giorgio Agamben, cada vez mais a governação tem substituído o planeamento estratégico, que pretendia evitar crises futuras que pudessem colocar em causa o Poder da classe dominante, pelo desenvolvimento de instrumentos de controlo da contestação ao sistema, que se agudiza em situação de crise (sociais, económicas, ambientais).
...
Esta mudança resulta da percepção no seio da classe dominante que a frequência e a severidade dessas crises vai aumentar, pouco podendo fazer para o evitar, pelo menos sem abdicar duma fracção muito substancial do seu Poder. As implicações desta mudança de paradigma para a contestação ao sistema ainda não são claras, mas não as podemos deixar de discutir, sob pena de continuarmos a insistir em processos que acabam por reforçar o sistema na vã tentativa de o derrubar.
...


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