Domingo, 13 de Dezembro de 2015

      Não tenho a mesma percepção (que N.Serra) dos principais problemas / factores que influenciam/determinam a situação do sistema de ensino nas escolas públicas, mas reconheço que se devem "atacar" principalmente as causas  e não tentar fazer "remendos" sobre "buracos" ou andar sempre a "apagar fogos" e a fazer "mais um esforço"...
   - mas perguntem aos profissionais da educação, no terreno, nas escolas públicas  e àqueles docentes (e ...) que têm vindo a pedir a reforma antecipada (porque estão FARTOS / desgastados até ao limite/exaustão ... pois trabalhar neste contexto não é "pêra doce"!), mesmo com grandes penalizações, ...
   . o porquê da situação, quais as causas (...aumento da carga burocrática, sucessivas e  muito discutíveis alterações de programas e nomenclaturas/TLEBS, gramática, "acordo ortográfico", ... ou das des/orientações/ má governação, 'cortes', ... distribuição de diversos níveis/anos/ciclos e disciplinas por docente, avaliação depois de corrigir 100a300 testes x2ou3 em cada período, ... alunos NEEs e/ou 'problemáticos' e/ou sem 'pré-requisitos')  e algumas medidas para melhorar, ...
   . em vez de consultarem (e pagarem caro a) "especialistas externos" e de encomendarem "elaborados estudos" (a ...) 'confirmadores' ou tomarem decisões 'em cima do joelho', nos gabinetes (cheios de 'boys' e 'yesmen'),
   . ou intencionalmente seguirem a cartilha neoliberal (mais dolosa ou incompetente ?) procurando destruir o sistema público (desinvestir, mal-organizar, ...) para privilegiar o "empreendedorismo" e contratos-negócios privados. ...

     Eu, já com + de 50 anos, no meu percurso escolar nunca estive em turmas com mais de 29 alunos -- valor que actualmente é ultrapassado em algumas turmas de várias escolas e onde a inclusão de alunos NEE e/ou 'problemáticos' e/ou sem 'pré-requisitos' (de aprendizagem de matéria anterior e/ou domínio da língua, falada, escrita e sua interpretação/ iliteracia), faz baixar imenso a duração efectiva das aulas, o seu aproveitamento e o progresso dos alunos dessas turmas ... e desgastar docentes e pais/enc.educ., e desacreditar o sistema de ensino público.
           Por outro lado, no passado:
  . as escolas não se integravam em mega-agrupamentos e a gestão era mais simples e directa/próxima;
  . a burocracia era reduzida (menos 'grelhas' e planos disto e daquilo, menos reuniões, menos papeis, ...);
  . os regulamentos/directivas e a educação (familiar e social) restringiam imenso os "maus comportamentos" e em especial a perturbação/abandalhamento durante e nas aulas,   pelo que as aulas serviam para transmitir saber, praticar e aprender a "matéria"/programa;
  . não havia turmas 'normais' com inclusão de vários NEE (alunos com necessidades educativas especiais, algumas bem graves e exigentes), ou 'problemáticos' e tratamentos diversificados (no ensino, na avaliação, ... e 'passagem administrativa/empurrar prá frente');
  . os programas eram mais simples/concentrados e não estavam em constante alteração
  . claro que (antes de 1974) também havia uma restrição de acesso e "selecção económico-social" (e até intelectual/comportamental) dos alunos (como fazem as escolas/ colégios privados), menos liberdade, etc.
...  -----

--- Reprovações: acabar com elas sem  intervir a montante ?   (-Nuno Serra,

       Na recente Recomendação sobre Retenção Escolar no Ensino Básico e Secundário, o Conselho Nacional da Educação assinala de forma certeira as principais consequências das reprovações nestes níveis de ensino. Os seus efeitos são hoje bem conhecidos e verificam-se tendencialmente, entre outros aspectos: na desmotivação, indisciplina e abandono escolar; no facto de as reprovações não se traduzirem numa recuperação das aprendizagens e na melhoria de resultados (aumentando, ao invés, a propensão para novas retenções); na maior probabilidade de reprovação nos casos de alunos de baixa condição socioeconómica e/ou de alunos provenientes de países estrangeiros. Em suma, sabe-se hoje que as reprovações constituem uma medida inútil, iníqua e ineficiente.
     O Conselho Nacional de Educação não deixa também de assinalar o peso que as retenções assumem em termos comparativos internacionais. Anualmente, são cerca de 150 mil os alunos do sistema educativo português que ficam retidos no mesmo ano de escolaridade, o que explica o facto de «35% dos jovens portugueses com 15 anos terem já sido retidos pelo menos uma vez, contra a média OCDE de 13%».   Nos 31 países analisados no Relatório PISA de 2012, Portugal encontra-se entre os quatro países com maiores taxas de retenção. E o CNE constata ainda a inversão, a partir de 2011, da tendência de descida do número de retenções, verificada em anos anteriores.      Não é pois ao nível do diagnóstico, da sinalização e da caracterização do fenómeno, que a Recomendação do CNE suscita algumas reservas. Desse ponto de vista, o documento é não só consistente e relevante como particularmente oportuno. O problema reside, isso sim, em dois aspectos fundamentais:
     1. Por um lado, na ausência de referência explícita e assertiva, como se impunha, à profunda degradação e desvirtuação a que foi sujeito o sistema de ensino nos últimos anos, muito em particular a Escola Pública.   Não o fazer implica branquear os impactos, ao nível da qualidade do ensino e da igualdade de oportunidades, de medidas como o aumento do número de alunos por turma, a redução no número de professores, a criação de mega-agrupamentos  (aumento da carga burocrática, sucessivas e  muito discutíveis alterações de programas e nomenclaturas/TLEBS, "acordo ortográfico", gramática, ...) ou das orientações que acentuaram a dualização da rede educativa.   Isto é, políticas que contribuem para o risco de aumento de retenções, como de resto os dados mais recentes já demonstram.
     Especialmente no que respeita ao aumento do número de alunos por turma e às condições de exercício da actividade docente, resultante da redução selvática no número de professores, basta lembrar o que já foi referido neste blogue:   tratou-se de (espezinhar toda uma classe profissional e fazer) um despedimento massivo de docentes, muito para lá do propalado «factor demográfico» ou de supostos ganhos virtuosos de «eficiência».
      Assim, ao não contemplar as respostas estruturantes que permitem enfrentar os danos causados no sistema educativo ao longo dos últimos três anos e meio (propondo por exemplo o regresso a rácios razoáveis de alunos por turma e/ou a redução do número de turmas por professor), e ao limitar-se a estabelecer um quadro difuso de medidas, casuísticas e pontuais, de sinalização precoce e de apoio complementar aos alunos com dificuldades, o Conselho Nacional de Educação sugere que é suficiente apagar um incêndio com regadores de água, descartando uma intervenção consistente e sistemática nos factores que o originam. Como se nenhuma transformação de relevo tivesse ocorrido nas escolas nos últimos três anos e meio.
     2. No quadro das recomendações especificas formuladas pelo CNE, a maioria das quais certeiras - como é o caso das que visam o combate à «cultura da nota e dos exames» (que hoje se sobrepõe a processos de avaliação continuada e formativa) ou tendentes a que a reprovação em algumas disciplinas não implique a repetição do ano - sobressai o «romance da autonomia» (e/ou da "municipalização do ensino" que, como sempre, vem acompanhado da esconjura do «monstro do centralismo»).    Critica o CNE, neste sentido, aspectos como a «legislação uniforme e prescritiva para a organização das turmas» ou «as formas e critérios de distribuição de serviço lectivo e colocação de profissionais, dirigidos e controlados centralmente», para advogar um reforço da autonomia das escolas nestes domínios.
     Mas parece assim esquecer-se o Conselho Nacional de Educação que foi por exemplo reforçada nas escolas, nos últimos anos, a já de si excessiva autonomia para organizar turmas e distribuir professores e horários, com as profundas iniquidades que todos conhecem e que consagram, logo à partida, o reforço da desigualdade de oportunidades que o sistema educativo tão frequentemente acentua e reproduz.
     Não se espantem, portanto, se para além de legitimar as políticas seguidas recentemente, a questão das retenções vier a servir, de modo perverso, para alimentar as lógicas de «descentralização» em curso e que mais não são do que uma outra forma de atacar e subverter o sistema público de educação e os princípios que o enformam.    
 
Dia de São Ranking  (das escolas)    (-por A.F.Nabais , 13/12/2015, Aventar)

     Graças à abundância de dados estatísticos, vivemos no paradigma da rankinguização, porque tudo é rankinguizável. Ele é as três melhores cidades com as mais belas repartições de Finanças, ele é as dez livrarias com mais ácaros no mundo, ele é os cinco cus mais espectaculares dos países nórdicos, ele é o diabo a quatro!

No fundo, esta moda está associada a uma certa pimbalhização (o neologismo está a render, hoje), patente em revistas e livros de auto-ajuda com títulos como “As dez maneiras de a/o deixar louca na cama” ou “As quinze perguntas que deve fazer a si próprio dois minutos antes de se levantar”.

Ontem, voltaram a ser publicados os rankings das escolas e reapareceram os mesmos erros de análise e as mesmas frases bombásticas. Por isso, não há muito mais a dizer, porque o mundo está transformado num campeonato perpétuo.

Os defensores cegos do Ensino Privado continuam a esconder que as escolas mais bem classificadas, de uma maneira geral, escolhem os alunos, desvalorizam as disciplinas que não estejam sujeitas a exames nacionais, inflacionam as classificações internas e desrespeitam abundantemente os direitos laborais dos professores.

Entretanto, pessoas ligadas às escolas públicas deixam-se arrastar para este festim de marketing, comemorando subidas nos rankings e ajudando, desse modo, a perpetuar publicamente a ideia de que estas listas servem para avaliar o seu trabalho. Ora, a verdade é que, em muitos estabelecimentos de ensino, uma média negativa pode corresponder a um enorme sucesso, se se tiver em conta muitos outros condicionalismos.

Leia-se a recomendação do Paulo Guinote (tb em comentário anexo e de textos de Santana Castilho) para que haja uma melhor publicação dos rankings. Um dia, talvez seja possível, mesmo sabendo que os desonestos e os distraídos não ficarão calados.



Publicado por Xa2 às 07:22 | link do post | comentar

18 comentários:
De Ranking escolas 2015-aproveita/demagogia a 14 de Dezembro de 2015 às 15:35
Mais informação, melhor informação

Paulo Guinote 12/12/2015

... ordenações de escolas com base no desempenho dos seus alunos em exames ou provas finais (no ensino básico limitadas a duas disciplinas) e começa ...uma fase de ... obtenção de melhor informação. ... os rankings (não) são a panaceia ou o demónio, preferindo encará-los como uma fonte de conhecimento que é necessário alargar, filtrar, contextualizar.
E prefiro ter acesso aos seus dados do que não ter, até porque da micro à macro escala eles me dão indicações úteis, mesmo se é inegável que deles são feitos frequentes aproveitamentos demagógicos com base em indicadores truncados.
Mas esse é um risco que pode e deve ser desmontado e não um factor que justifique a sua inexistência.

Para que os rankings ...mais racional e menos vulnerável a devaneios emocionais, parece-me essencial que se invista ...na qualidade da informação:
a consistência dos dados analisados ao longo do tempo e a transparência e equidade desses mesmos dados entre todas as escolas classificadas.

--- aspecto da consistência:
é complicado estabelecerem-se análises significativas do desempenho dos alunos, no seu todo, e de cada escola em particular sem a fixação de um modelo de exames ou provas finais que não seja vulnerável a humores conjunturais de quem coordena a sua elaboração.
Ao fim de um determinado número de anos (fiquemo-nos por uma mão-cheia deles) em que se admite que se façam experiências ou acertos, não me parece razoável que alguns dos instrumentos da avaliação externa em disciplinas fundamentais (no básico são apenas duas) vejam a sua estrutura ou grau de dificuldade variar a cada ano ou par de anos.
Seja como resultado de alterações dos programas, seja porque alguém acha que é necessário tornar mais fáceis ou difíceis as provas por razões exógenas (leia-se, na maior parte dos casos, “políticas”).
Quem acompanha por dentro o que se passa, aplicando as provas e classificando-as sabe que se torna quase impossível definir tendências credíveis em relação aos seus resultados no curto, médio ou mesmo longo prazo, sem entrar com ponderações subjectivas.
Enquanto os exames forem usados como instrumento político e ideológico, analisar do ponto de vista diacrónico os seus resultados é um exercício académico pouco útil.
Assim como se estarão apenas a analisar desempenhos relativos (quem subiu, quem desceu) e não o desempenho global de todo o sistema de ensino (que não pode basear-se apenas nos testes PISA).

--- transparência:
começa a ser tempo de exigir às escolas privadas tudo aquilo que é exigido às públicas.
Quem fez pressão para que os dados dos resultados dos exames fossem conhecidos publicamente também deveria pressionar para que não fossem apenas as escolas públicas a revelar os dados de contexto desses resultados.
Eu gostaria de ter rankings em que não fosse apenas a rede pública a revelar os dados sobre o nível socio-económico dos seus alunos ou as habilitações académicas dos pais, enquanto as escolas privadas os ocultam ou conseguem que não lhes sejam exigidos.
O mesmo se passa com a necessidade de conhecermos indicadores como a incidência de alunos com necessidades educativas especiais ou adaptações curriculares em todas as escolas ou ainda o peso relativo de turmas “não regulares”.
Ou as condições de acesso e funcionamento de muitas escolas privadas, se são escolas de tendência confessional ou não, que políticas de propinas praticam, quais as escolas privadas com subsídios públicos.
Seria mesmo interessante conhecer que modelo de gestão existe.
Todos estes elementos são fundamentais para sabermos caracterizar o perfil de cada escola para além da sua posição relativa no ranking.
E, a partir daí, termos uma maior qualidade da informação disponibilizada ao público, quando se comparam escolas públicas e privadas ou mesmo cada um desses subsistemas.

...a tese de que o factor que mais faz a diferença no desempenho dos alunos são os professores
e uma outra que se esforça por demonstrar que o que permite melhores resultados são as práticas pedagógicas e organizacionais das escolas privadas.
e se afinal há um 3º factor determinante:
as expectativas das famílias dos alunos, seu perfil académico e a sua capacidade de pressão económica sobre a gestão das escolas.


De Ignorantes atrevidos e com poder! a 14 de Dezembro de 2015 às 18:04

---- A pressa é inimiga da Educação

(11/12/2013 por António Fernando Nabais, https://osdiasdopisco.wordpress.com/2013/12/11/a-pressa-e-inimiga-da-educacao/ )


A Educação é um território frequentemente invadido por ignorantes atrevidos que desprezam os que trabalham
nas escolas com a mesma sobranceria com que os colonizadores decidiam que era necessário civilizar e evangelizar indígenas evidentemente ignaros.

O atrevimento do ignorante nota-se na facilidade com que debita opiniões sobre o que não sabe.
As razões para se ser ignorante podem ter na sua origem a impossibilidade de se informar, mas, na maior parte das vezes,
derivam da total ausência de vontade de se informar, porque, entre outras razões, correr-se-ia o risco de se ser obrigado a exprimir uma opinião contrária à sua própria crença.

Uma das muitas coisas que o ignorante ignora, no que se refere à Educação, corresponde ao facto de que
os efeitos da acção educativa são sempre mediatos, o que deve levar-nos a analisar dados, usando do maior distanciamento possível e resistindo, ao máximo, a preconceitos ideológicos.
Ao mesmo tempo, as ilações a retirar devem estar sujeitas a uma dúvida metódica que é tão saudável como estranha numa época em que se exprimem tantas certezas absolutas.
Convém, é claro, não esquecer que não há ninguém melhor do que um ignorante para ter certezas absolutas.

Num ano em que se juntou o resultado dos testes PISA à habitual divulgação dos rankings,
os ignorantes atrevidos agitaram-se nas suas tribunas e deixaram escapar muitos disparates, porque o ignorante atrevido sofre do problema de opinião precoce:

– no que se refere aos rankings, os crentes nas virtudes absolutas da privatização global
voltaram a explicar que a solução está em privatizar, uma vez que são as escolas privadas que estão no topo da classificação, e ponto final parágrafo.
Os outros factores exógenos, como o estatuto socioeconómico ou sociocultural da família, são absolutamente desvalorizados, como faz José Manuel Fernandes, ao explicar que já houve investimentos mais do que suficientes na escola estatal para que se possa continuar a fazer referência a esses factores,
não colocando, portanto, a hipótese de que o investimento não tenha resolvido os problemas sociais, realçando, como exemplo, as obras da Parque Escolar, numa estranha associação entre construção civil e iluminação interior;

– a queda da Suécia privatizadora e a contínua subida do Portugal comunista nos testes PISA fez disparar as sirenes no terreno dos ignorantes atrevidos da direita,
ao ponto de Vítor Cunha ter tentado explicar a ideia de que as falhas suecas se deviam ao afluxo de emigrantes.
É estranho, no entanto que tantas escolas, tão virtuosas porque privadas, não tenham conseguido resolver o problema descoberto pelo especialista blasfemo.
Descobrir que os fundamentos de uma religião ou de uma ideologia são menos sólidos do que se pensava é sempre traumático:
Vítor Cunha está a olhar para as escolas privadas suecas com o mesmo espanto horrorizado com que um comunista empedernido terá visto cair o Muro de Berlim;

– José Sócrates, um dos mais bem classificados no ranking dos ignorantes atrevidos, já veio afirmar que os resultados dos testes PISA são resultado da acção dos seus dois governos, o que poderia ter piada se não tivesse sido tão grave.
É o costume:
já em 2010, o mesmo Sócrates tinha falhado na explicação dos testes PISA 2009, utilizando a mesma técnica de José Manuel Fernandes,
ao ignorar o maior número possível de factores e ao tirar conclusões precipitadas, como qualquer ignorante atrevido que se preze.

Entretanto, nas escolas, continuam directores e funcionários a permitir que tudo vá funcionando,
suportando as decisões CRIMINOSAS de ministros ignorantes e as opiniões de ignorantes que não são ministros.


Comentar post

MARCADORES

administração pública

alternativas

ambiente

análise

austeridade

autarquias

banca

bancocracia

bancos

bangsters

capitalismo

cavaco silva

cidadania

classe média

comunicação social

corrupção

crime

crise

crise?

cultura

democracia

desemprego

desgoverno

desigualdade

direita

direitos

direitos humanos

ditadura

dívida

economia

educação

eleições

empresas

esquerda

estado

estado social

estado-capturado

euro

europa

exploração

fascismo

finança

fisco

globalização

governo

grécia

humor

impostos

interesses obscuros

internacional

jornalismo

justiça

legislação

legislativas

liberdade

lisboa

lobbies

manifestação

manipulação

medo

mercados

mfl

mídia

multinacionais

neoliberal

offshores

oligarquia

orçamento

parlamento

partido socialista

partidos

pobreza

poder

política

politica

políticos

portugal

precariedade

presidente da república

privados

privatização

privatizações

propaganda

ps

psd

público

saúde

segurança

sindicalismo

soberania

sociedade

sócrates

solidariedade

trabalhadores

trabalho

transnacionais

transparência

troika

união europeia

valores

todas as tags

ARQUIVO

Janeiro 2022

Novembro 2019

Junho 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

RSS