"O Nascimento da Democracia"
Estes são os 200 nomes selecionados por Pacheco Pereira para a exposição "O Nascimento da Democracia", relativa ao período de 25 de Abril de 1974 a 1976 que em 16 de Abril foi inaugurada na Assembleia da República. JPP explica no Público de 2014-04-16:
1. A exposição que podem ver na Assembleia da República não é sobre o dia 25 de Abril de 1974, cujo 40.º aniversário se comemora este ano. É sobre o que esse dia permitiu, fez nascer, “abriu”, é sobre o nascimento da democracia portuguesa no meio da turbulência de um país que saía de 48 anos de ditadura.
2. Nos 40 anos do 25 de Abril de 1974, muitas das comemorações vão centrar-se no que aconteceu nesse dia. As interpretações variam: golpe de Estado, revolução, golpe de Estado seguido de uma revolução, etc. Mas uma coisa é incontroversa: no dia 25 de Abril começou a nascer uma democracia e ela apenas foi possível pelo que aconteceu nesse dia. O que aconteceu em 25 de Abril com a ação do MFA foi de facto o “dia lustral”. O dia do começo. Mas, a partir desse dia, o nascimento de uma democracia fez-se na sociedade e com a sociedade, com os portugueses. Como se passa em todas as democracias, foi um processo essencialmente civil, e numa democracia que nasceu de uma ação militar, foram os civis que se revelaram fundamentais para a sua construção.
3. Como se retrata o nascimento de uma democracia? Em primeiro lugar, pela diferença em relação ao que havia. Pelo tempo de acabar, da PIDE, da Censura, da União Nacional, da ditadura. Depois, e esse é um dos objetivos desta exposição, começar, mostrar como se começa: o direito e o exercício de vir à rua manifestar-se, o direito e o exercício de organizar-se, a passagem à legalidade dos partidos clandestinos e a génese de novos partidos, o direito de falar e escrever livremente, o direito de votar em liberdade e escolher quem nos representa e quem nos governa.
A democracia faz-se com política em liberdade, instituições e representação com génese eleitoral, partidos, participação cívica numa miríade de organizações, discurso público e propaganda política. No nascimento da nossa democracia, os sinais da sua pujança revelaram-se em todos estes símbolos, com uma nova iconografia, paisagem sonora e visual: cartazes, autocolantes, emblemas, faixas, panfletos, brochuras e livros, fotografias, imagens, filmes e sons. O objetivo desta exposição é mostrar o rastro que no nosso olhar ficou desses tempos. Privilegia o que nos envolve, imagens e sons, valoriza o retorno ao passado pela recriação da sua paisagem. (Texto completo aqui) (Um clique na imagem amplia-a).
# via R.P. Narciso, PuxaPalavra
Consenso, consenso, muito consenso
Oiço os noticiários de TV a TV, leio nos diários e nos semanários e fico impressionado, comovido, com os esforços que vão do Governo ao Presidente da República e dos nossos amigos do FMI aos da União Europeia, Lagardes e Barrosos, para que haja consenso, consenso, muito consenso.
Para que os bons resultados da politica de austeridade da querida troica, desvanecidamente aplaudida pelo governo dos "bons alunos" Passos-Portas apadrinhado pelo "Sr. Silva" se mantenham duradouramente na terra lusa a caminho da boa tradição de Deus Pátria e Familia.
E como não concordar com os bons resultados?!
Não nos orgulharmos com o sucesso dos nossos 870 multimilionários que num período de crise, num ano, conseguiram aumentar a sua riqueza em 7,5 mil milhões de euros?
Podem vir aí os do costume argumentar com slogans miserabilistas dos milhões de desempregados, dos milhões de portugueses atirados para a pobreza e a miséria, da destruição do estado social, da democracia atraiçoada, etc, etc.
São velhos do Restelo!!! Perceberam???
É gente perigosa do 25 de Abril
Ora é evidente que não se pode ter tudo.
Para nos orgulharmos do sucesso daqueles 870 grandes empreendedores temos de aceitar que têm de ir buscar (ROUBAR legalmente) o dinheiro aonde ele existe.
O dinheiro não nasce do chão. O dinheiro só pode ir daqui para ali. Paciência!
Apoio incondicionalmente a necessidade de consenso.
E a minha proposta é que se reúnam os representantes dos milhões de empobrecidos com aqueles 870 enriquecidos e assinem um papel onde digam que são amigos, estão contentes, agradecem e estão numa de alegre consenso, consenso, muitíssimo consenso!!
_______
Os MULTiMILIONÁRIOS portugueses são mais e estão mais ricos (Link)-Por Camilo Soldado Publico
07/11/2013
No total, a fortuna dos 870 multimilionários portugueses aumentou 10 mil milhões de dólares (7,5 mil milhões de euros), apesar da crise económica que assola o país.
Um relatório do banco suíço UBS conclui que, em Portugal, há mais 85 milionários – indivíduos com fortunas superiores a 30 milhões de dólares (perto de 22,4 milhões de euros) – do que em 2012.
Segundo o Relatório de Ultra-Riqueza no Mundo 2013, este aumento significa que os 870 milionários portugueses detêm, em conjunto, 100 mil milhões de dólares (75 mil milhões de euros), o que representa um aumento de 11,1% em relação a 2012.
Na Grécia, outro país intervencionado pela troika, o aumento da fortuna dos mais ricos foi de 20%, passando de 50 para 60 mil milhões de dólares, enquanto o número de multimilionários passou de 455 para 505.
Portugal é o décimo segundo país da Europa onde há mais multimilionários e está no grupo dos países onde se registou um aumento de mais de 10%. Acima de Portugal nesta tabela, com um aumento de 10,8% do número de multimilionários, está apenas a Alemanha (13%), Roménia (12%), Grécia e Sérvia (ambas com uma subida de 11,1%).
Quanto ao aumento da fortuna, Portugal é apenas ultrapassado por Hungria (12,5%), Suíça (14,5%), República Checa (16,67%), Áustria (16,7%), Grécia (20%) e Roménia (21,4%).
De 2012 para 2013, apenas Finlândia e Ucrânia verificaram uma redução no número de multimilionários, sendo que no país do Leste europeu a fortuna destes também diminuiu.
O país da Europa com mais multimilionários é a Alemanha, com 17.820, seguido por Reino Unido (10.910) e Suíça (6330). Londres é a cidade que mais multimilionários escolhem, com 6360 com residência na cidade do Tamisa, seguida por Paris (3195) e Zurique (1940).
Na Europa, o número de multimilionários aumentou 8,7% em relação a 2012, o que significa mais 58.065 indivíduos com fortunas acima dos 30 milhões de euros.
Na América Latina, o Brasil é o país que mais multimilionários alberga (4015), apesar de ter sofrido um decréscimo em relação aos 4640 de 2012. No continente africano, é a África do Sul o país com o maior número de multimilionários, enquanto Angola fica em sexta posição, com 110 multimilionários, mais 10 do que no ano anterior.
O estudo da UBS aponta ainda que 23% da riqueza total do planeta está nas mãos de 2170 multimilionários, a maioria concentrada na Europa e na América do Norte.
# posted by Raimundo P. Narciso, 22/4/2014, PuxaPalavra
De Generais e gorduras no desGoverno de Pt a 23 de Abril de 2014 às 10:30
--- Generais e gorduras do Estado Português
Será possível que isto seja verdade?
Pois é. . . .
E já lá vão 40 anos ....
E parece que temos mais generais que Angola...
Como é que "eles" explicam isto ?
Não é pelo tamanho do país.
Não é pelo tamanho da população.
A guerra em África acabou há 40 anos.
PAÍS DA BRINCADEIRA
Queiram conferir em: generais/wikipedia:
Suécia: 1 general
Noruega: 1 general
Inglaterra: 3 generais
Espanha: 28 generais
EUA: 31 generais
França: 55 generais
Alemanha: 189 generais
Brasil: 100 generais
Portugal: 238 generais
Os partidos que constituem o governo (PPD/PSD´CDS/PP), quando estão na oposição, são quem mais ataca o Estado, as "gorduras" do Estado.
E o que fizerem até hoje quanto isso, a não ser
ROUBAR os funcionários dos Estaco e os reformados e pensionistas,
poupando as elites do Estado, os altos quadros, os "tachistas", que acumulam vários empregos, os políticos, cujos salários aumentaram em 2014 para 4,99%, enquanto que os subsídios, ajudas e outras mordomias, imagine-se, aumentaram em 91,8%!
O Presidente da República tem 500 assessores, superanto o triplo dos do Presidente de França.
Tudo isto à custa dos nossos impostos e da destruição da classe média e da desgraça que semearam nos mais pobres e desfavorecidos!!!
PERANTE TUDO ISTO, QUE ESTÁ À ESPERA ESTE POVO PARA AGIR ?!!?
De «Ensino de excelência» e Reaccionários ! a 23 de Abril de 2014 às 11:36
BARROSO E “O ENSINO DE EXCELÊNCIA” ANTES DO 25 DE ABRIL
A última pessoa que podia ter dito o que disse sobre uma hipotética “excelência” do ensino antes do 25 de Abril era Durão Barroso.
Primeiro, porque é falso, depois, porque é um daqueles casos em que as palavras ditas actuam como ferrete para quem as diz.
Que havia ensino de excelência antes do 25 de Abril, é verdade, como sempre o houve depois do 25 de Abril.
O problema é que, em muitos casos era, e é, caro e só acessível a poucos, e quando não é assim, principalmente no caso do ensino universitário público, foi fruto de uma dura e prolongada resistência contra o próprio “24 de Abril”.
Ou seja, o antes do 25 de Abril era um enorme obstáculo para que houvesse “excelência” em coisa alguma, a começar pelo ensino.
Como podia haver ensino de excelência antes do 25 de Abril, quando uma parte significativa da população portuguesa era analfabeta?
Quer-se comparar a meia dúzia de liceus de elite de antes do 25 de Abril com a multidão de escolas complicadas dos dias de hoje, sem dizer que a esmagadora maioria dos portugueses com idade escolar estavam de fora do sistema de ensino e iam trabalhar nas obras e nas fábricas?
Nos anos sessenta apenas 4% dos alunos universitários eram de origem operária e camponesa, era porque não eram “excelentes”?
Como podia haver ensino de excelência sem liberdade académica?
Eu tive um “excelente” professor, profundamente conhecedor de Husserl, mas o ensino da filosofia parava em termos gerais em Hegel e evitava-se cuidadosamente a filosofia contemporânea, acontecendo o mesmo na história que ficava à porta da Revolução Francesa.
E onde é que se estudava, nesse ensino de “excelência”, a sociologia, ou as outras ciências sociais e humanas?
Eu compreendo muito bem que haja conservadores, conservadores na velha acepção do termo, gente com apego a tradições, com receio de que a mudança traga perdas importantes no que está adquirido, atitudes que não são desprovidas de algum mérito político e muitas vezes travam um excessivo experimentalismo cujos custos podem ser onerosos.
Mas, o que não compreendo de todo são os reaccionários e o tempo parece estar a fazê-los medrar como cogumelos.
Barroso juntou-se a esses cogumelos.
(url) 12:01 (JPP) Abrupto
Comentar post