Quarta-feira, 18 de Junho de 2014

Amanhã  (-via N.Serra, Ladrões de B.)

«Introdução: o Estado Social não é gordura, é músculo»; ...  - o CDA a combater ideias de direita.

 Modelos de economia

    Uma colossal fortuna pessoal? Uma forma de enriquecimento baseada nos ganhos do capital e sua acumulação? Práticas de exploração do trabalho humano (baixos salários, horários excessivos, precariedade nas relações laborais)? Expedientes fiscais para fugir aos impostos? Um modelo de economia que permite o desemprego massivo, a grande concentração do património individual e correspondente poder político, com risco para a democracia e para a coesão social?
     Esta semana, um grupo de cristãos, de José Mattoso a Frei Bento Domingues, interrogou-se corajosa e oportunamente sobre os critérios para a atribuição do Prémio “Fé e Liberdade” a Alexandre Soares dos Santos, um capitalista de que muito temos falado no blogue. Assinalam e bem a contradicção entre “a economia que mata”, denunciada pelo Papa Francisco, e o Prémio atribuído por um instituto da Universidade Católica. Acontece que esta é há muito um dos principais centros intelectuais irradiadores deste tipo de economia, pelo que o Prémio, em linha com outros, é tão consistente quanto ideologicamente revelador.
 ----------

Meter na gaveta  (-por J.Rodrigues, Ladrões de B., 15/6/2014)

     Numa reportagem na revista do Público de hoje, sintomaticamente intitulada “os intelectuais de direita estão a sair do armário”, o jornalista Paulo Moura consegue escrever que há uma direita intelectual que começa a desafiar a hegemonia da esquerda no campo das ideias, graças ao esforço e mérito de um punhado de intelectuais, alguns saídos da clandestinidade da blogosfera e que confrontam com “realismo” as “utopias” dessa tal esquerda dominante. Incrível, não é? Em que país vive Paulo Moura pelo menos desde os anos oitenta/noventa, já lá vão bem mais de duas décadas?
     Na realidade, Paulo Moura reproduz todos os lugares comuns de que é feita a hegemonia das direitas, incluindo a ideia de que continuam a ser uma minoria a precisar de conquistar espaço para as suas ideias prudentes e sensatas. Na realidade, são a maioria e têm o monopólio do radicalismo verbal, um contraponto direitista ao esquerdismo de outros tempos, na comunicação social. E sabem-no, claro. O seu à vontade é sintomático.
     Olhem para o que se passa no campo da economia, onde a hegemonia é quase total, da produção ideias à sua reprodução nos jornais ou nos debates na televisão, onde o que surpreende é aparecer alguém a dizer qualquer coisa de esquerda, qualquer coisa civilizada. Façamos aliás um exercício simples. Abramos o Expresso: por cada keynesiano moderado, como Nicolau Santos, há um Daniel Bessa, um João Duque, um João Vieira Pereira e um Pedro Guerreiro.
     Pensemos agora no campo das relações internacionais, em geral, ou no da integração europeia, em particular. Aí o panorama é tão desolador como na economia: o debate vai dos neoconservadores, como Miguel Monjardino, aos liberais de “centro-esquerda”, como Teresa de Sousa ou Jorge Almeida Fernandes.  Os dois últimos especializaram-se, neste caso no Público, em saudar a esquerda que adopta os termos da direita e em apodar de populistas os que não o fazem. E que dizer de Nuno Rogeiro, por exemplo?   E que dizer da quase ausência de espaço para o equivalente à esquerda, por exemplo para intelectuais marxistas, nesta e noutras áreas decisivas no debate político. Será demérito?
    E que dizer de uma tendência, essa sim mais recente, mas pouco falada: a aposta dos capitalistas no campo da produção de ideias, sem mediações, com os muitos milhões de Soares dos Santos a patrocinar a melhor inteligência neoliberal que o dinheiro consegue comprar, agora na figura de um Nuno Garoupa?   A verdade é que sempre que o capitalismo se purifica, volta, com menos desfasamentos e mediações, a verdade que temos a obrigação de conhecer com realismo:   as ideias dominantes são as ideias da classe dominante.
    Nisto da hegemonia, até pode haver mérito, claro, mas há sobretudo redes sociais e aparelhos ideológicos bem financiados e oleados, diga Henrique Raposo as balelas meritocráticas que disser.  A verdade é que hoje chegámos aqui:  a utopia é um luxo da direita e já não requer nenhuma coragem.   E a alardeada disposição conservadora à Oakeshott nunca passou de uma postura só para disfarçar o que sempre foi, é e será o natural activismo das direitas, com os seus usos e abusos do Estado e de outros aparelhos. Não se deixem enganar por Paulo Moura.
   «É fundamental falar verdade aos portugueses»  (-por N. Serra)
  ...


Publicado por Xa2 às 07:47 | link do post | comentar

6 comentários:
De Crítica a "socialistas"-neoliberais Fina a 18 de Junho de 2014 às 10:35

Tarde demais?
(ou crítica a "socialistas"- neoliberais, 'mercados', alta finança, e seus capatazes e avençados...)

•«Se há uma crítica que podemos fazer aos socialistas em geral é que a esquerda socialista na Europa, durante muito tempo, foi demasiado
complacente com os interesses financeiros globais - e com o discurso tecnocrático da União Europeia a partir de Maastricht -
e foi complacente com os grandes grupos empresariais.

Pagámos um preço elevado por não termos combatido de forma consistente as desigualdades.

Os estados não se impuseram aos mercados e isto gerou uma situação de desconfiança dos cidadãos.» (Alberto Martins)

-------------

Os «velocímetros» da Pordata
(ou como manipular através de estatístisticas )

Não é de hoje nem é algo que prime propriamente pela incongruência. Na página da Pordata continua a investir-se em PROPAGANDA SUBLIMINAR,
tendo em vista - sob a capa de uma aparente neutralidade científica - sugestionar os visitantes para a voragem e desperdício de recursos orçamentais que o Estado, esse malandro gordo, desvia da «economia real» para esturrar em serviços públicos de educação e saúde.
Tecnicamente, é tudo bastante simples:
fazem-se cálculos, ao segundo, da despesa anual por sector e apresenta-se uma espécie de «velocímetros», cujo ritmo de rotação facilmente capta a atenção de quem consulta a base de dados da Fundação Pingo Doce.

Por uma questão de diversificação de indicadores e de refrescamento da página, fica aqui uma sugestão:
apliquem agora estes velocímetros, por exemplo,
ao aumento da dívida pública,
ao número de famílias que deixam de poder pagar a casa,
à evolução do crédito malparado, ou
ao aumento de pedidos de ajuda alimentar recebidos por instituições e cantinas sociais.
É bem possível que obtenham resultados igualmente «interessantes».

Postado por Nuno Serra , Ladrões de B, 18/6/2014)


De Solução europeia global a 18 de Junho de 2014 às 12:52

O primado do plano europeu

(por JV.Aguiar, vias de facto)

Só compreendendo o real carácter de supranacionalização da economia europeia poderá alguém contrapor um projecto democrático, socialista e só, dessa forma, a austeridade poderá ser travada.

Enquanto uma certa esquerda insiste no plano nacional(ista) da saída do euro, na Grécia, Alex Tsipras lembra que
só «uma solução europeia global» que integre o BCE, o Banco Europeu de Investimento e o Conselho Europeu, permitiria anular grande parte da dívida pública grega (aqui).
Mesmo as políticas de desenvolvimento, defende Tsipras, deveriam ser expressas a partir de um plano europeu.
Independentemente de discordâncias sobre outras questões, é uma excelente notícia saber que o principal rosto da esquerda europeia assume uma posição decisivamente orientada para o plano europeu.


De Favorecer os 1% à custa dos trabalhador a 18 de Junho de 2014 às 15:08
----- Gostei de ler: "Bloquear... sem saída..."

JPPereira:
...
...A passagem do tempo gera um único dinamismo: empobrecer.
(...)
Só uma coisa move tudo: garantir que há cortes na função pública, nas reformas e pensões. Tivesse o governo o mesmo tipo de tenacidade que mostra nos cortes para renegociar as PPPs ou os contratos swap, que se teriam poupado muitos milhões, ainda por cima abusivos. Para cortar, ou seja “poupar”, há uma determinação sem paralelo com qualquer outro acto de governação, mesmo legislando-se contra a Constituição de forma reiterada, uma, duas, três vezes e agora anuncia-se uma quarta, os “cortes Sócrates” que eram para ser temporários e agora voltam mais uma vez como “temporários” redivididos até à reposição plena em 2019, ou seja um governo depois.
...
-----
"Ajustamento" ...

Em 2012, a soma das fortunas de Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo, cujas empresas pagam impostos sobre lucros na Holanda, aumentou para 6573 milhões de euros.

Matar a galinha dos ovos de ouro para oferecê-los a uma clientela muito seleccionada. Os nossos governantes
sabem que mais de três em cada quatro euros de receita fiscal resultam de impostos sobre rendimentos do trabalho.
Sabem que não há contas públicas equilibradas, nem serviços públicos decentes, nem pensões de reforma no futuro se o crescimento da massa salarial for travado.
Sabem que para obterem a mesma receita fiscal com salários em queda é necessário aumentar impostos.

Mas sabem também que menores salários significam mais dinheiro em caixa para as entidades patronais, ou melhor, para algumas entidades patronais,
aquelas que no curto prazo menos se ressentem da contracção do consumo interno e dele beneficiam para eliminar a concorrência de pequenas e médias empresas, ficando com o mercado todo só para si no longo prazo.
É, portanto, ingenuidade admitir que é por pura estupidez natural ou por mera insensibilidade social e não
para desmantelar e privatizar serviços públicos e o sistema de pensões e
para concentrar ainda mais a riqueza, aumentando o fosso entre ricos e pobres, que os últimos Governos vêm desenvolvendo
políticas que comprimem salários e pulverizam direitos laborais, negligenciando os seus efeitos sobre a economia que destroem e o desemprego que originam.

Contas feitas por uma equipa do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, um trabalhador que recebesse o salário médio mensal que se praticava em Portugal em 2012, 962,4 euros, em termos médios viu o seu
rendimento anual reduzir-se entre 351,4 e 466 euros em apenas um ano Mercê das alterações introduzidas pelo Governo ao Código do Trabalho em Junho de 2012, nas regras de retribuição pelo salário complementar, pela mudança nas condições da isenção de horário, pelo fim de quatro feriados e pela diminuição de três dias de férias.
Tudo isto sem contar com os cortes salariais e com o aumento dos impostos, que vigoram desde a chegada da troika. E tudo isto contabilizado do lado dos PERDEDORES: os trabalhadores.

Fazendo as contas do lado dos GANHADORES (os grandes patrões), a mesma equipa estima que
entre reduções salariais, consequente redução dos encargos das entidades patronais para a Segurança Social e dias que antes eram ou feriados ou férias e passaram a ser trabalhados gratuitamente, o Governo conseguiu
transferir do trabalho para o capital uma soma anual calculada por defeito entre os 1,5 e os 2,2 mil milhões de euros, que em sede de IRC produzem uma receita fiscal incomparavelmente menor do que aquela que entraria nos cofres públicos caso fossem tributados como rendimentos do trabalho.

O relatório do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra “Austeridade, reformas laborais e desvalorização do trabalho” será debatido quinta-feira na conferência “A transferência de rendimentos do trabalho para o capital – Contexto, dimensões, instrumentos”.
Este trabalho, que será também publicado em livro, analisa detalhadamente o efeito económico das alterações aprovadas em Junho de 2012 ao Código do Trabalho, simulando os ganhos e perdas em que cada uma dessas alterações resultou para empresas e trabalhadores.


De Novo partido : correr escumalha ! a 18 de Junho de 2014 às 17:36
Diz o Jumento que " há muito os partidos rejeitam os mais competentes, os mais honestos ou os mais dinâmicos ".
É absolutamente certo e revelador da qualidade dos dirigentes partidários sempre receosos que os melhores ao afastem da gamela.
Durante cerca de dez anos pude observar essa verdade, na minha qualidade de secretária num partido, o que me proporcionou uma visão bem clara, uma vez que estava do lado oposto da barricada.

Muitas vezes pensei no que o Jumento afirma hoje, ou seja, na urgência de criar novos partidos.

Esta pseudodemocracia já não nos serve. E já não nos serve porque apodreceu.
Num ápice desapareceram praticamente quase todos os direitos conquistados.
Como exemplo deixo aqui ficar o caso das mulheres em idade fértil, muitas das quais continuam a ver-se confrontadas com a aberração que é a de terem de assinar uma declaração em como não tencionam engravidar durante cinco anos.
Não sei se estes empresários irão aos limites exigindo um comprovativo mensal !!!

Depois das alterações à lei do trabalho terem dado aos empregadores a possibilidade de poderem despedir com a maior das facilidades isto é verdadeiramente execrável e revelador da categoria dos patrões que temos.

A continuar esta situação, a Portugal só lhe restarão umas poucas dezenas de anos de país viável, porque as mulheres, a quem a natureza lhes concedeu a faculdade de gerar filhos, se vão negando a tê-los,
a maioria por não terem capacidade económica para os criar, não quererem abdicar do emprego muitas vezes miserável que lhes garante pouco ou quase nada para viver
e outras simplesmente por não poderem ser mães quando chegarem à idade da reforma !!!

Quem nos tem governado não tem visão do futuro, DEPOIS SE VERÁ, é a sua maneira de encarar os problemas.
Pertencem sempre a jotinhas desmiolados e
se todos quiséssemos era a altura para mudar este estado a que chegámos,
nem que para isso tivéssemos de destruir as calçadas e correr com esta escumalha para o mais longe possível.


De Pela Vida, contra vampirismo da dívida a 24 de Junho de 2014 às 12:55
IAC - Iniciativa para uma Auditoria Cidadã http://auditoriacidada.info/articles/all
-----------------------------------------------
--- O que fazer da dívida? Uma auditoria à dívida pública em França
Eugénia Pires

O CAC - «Colectivo para uma auditoria cidadã à dívida pública», os nossos homólogos em França, apresentaram a 27 de Maio o seu contributo para o debate público sobre o problema da dívida em França. Está disponível AQUI.
http://www.audit-citoyen.org/wp-content/uploads/2014/05/note-dette.pdf

Apresenta-se de seguida a tradução para português das principais conclusões daquele estudo, disponível AQUI, feita por Cristina Semblano.
.

Junho 6, 2014 12:00 PM
---Acerca do relatório enviado pela AR à IAC sobre a petição «Pobreza Não Paga a Divida/ Pela Renegociação Já»

Maio 19, 2014 11:52 AM
---Não há saída sem reestruturação da dívida

Abril 18, 2014 06:53 PM
---A dívida é pública ou privada? O pagamento da dívida arrasta a destruição do país?

Relato de uma sessão realizada em Arouca, por António Costa e Manuel Brandão Alves (publicado no jornal Discurso Directo).

----Manifesto contra o caminho único
Ribeiro Cardoso
Recentemente, um grupo de 74 cidadãos ....

---A Vida a a Dívida
Tim Jones
A dívida tem sido usada pelas instituições internacionais e pelas elites locais para impor políticas económicas que atentam contra os interesses dos cidadãos comuns. E, ao mesmo tempo que o atual colapso financeiro global alimenta uma crescente crise das dívidas, milhões de pessoas são empurradas para a pobreza, em todo o mundo.


De NeoLiberais falharam, atenção 2ª carga! a 24 de Junho de 2014 às 15:07
A experiência falhou
(oJumento, 24/6/2014)

A política económica adoptada por Vítor Gaspar obedecia a um programa ideológico e tinha pressupostos que não se limitavam ao inscrito no memorando de entendimento. No primeiro ano foi evidente que o governo pretendia uma desvalorização fiscal que conduzisse a uma redução brutal dos salários, o despedimento em massa de funcionários públicos, a redução de sectores de produção considerados parasitários.

Era proibido falar em crescimento e a primeira vítima dessa proibição foi mesmo um membro do governo, o então ministro da Economia ousou propor medidas para o crescimento e foi gozado em plena reunião de Conselho de Ministros. Não só foi gozado como alguém fez questão de passar a suposta anedota para os jornais, tendo sido dessa forma alvo de uma humilhação pública digna dos tempos da revolução cultural de Mao.

A teoria estava nos livros e Vítor Gaspar quase se tornou numa vedeta internacional, o modesto professor de economia teve direito a escrever o prefácio da edição portuguesa do livro “Desta vez é diferente. Oito séculos de loucura financeira” da autoria de Reinhart e Kenneth Rogoff dois professores de Harvard. Só que o livro continha erros e aos poucos estas personagens foram-se eclipsando, enquanto Gaspar fugia do país com uma carta escrita à pressa.

Era o tempo da experiência, uma experiência que falhou e agora o país parece um laboratório abandonado, num edifício em ruinas e com os equipamentos enferrujados e cheios de pó e teias. Os experimentalistas ou fugiram ou deixaram de falar das suas teorias, deixaram de proibir o uso da palavra crescimento e até já consegue verter lágrimas pelos jovens desempregados, os mesmos jovens a quem sugeriam que procurassem zonas e conforto no estrangeiro, em Angola sugeria o académico Miguel Relvas.

A verdade é que a experiência falhou, os donos dos restaurantes arruinados não se transformaram em donos de startups tecnológicas, a construção civil destruída não deu lugar a fábricas de automóveis, os passaportes dourados só atraíram novo-ricos chineses, a liberalização da legislação laboral não atraiu nem um dos muitos investimentos prometidos. As gorduras do Estado estão onde sempre estiveram, as fundações e institutos estão em forma, os do BdP continuam bem na vida, os banqueiros foram salvos.

É como se esse laboratório fosse uma velha estação de serviço abandonada da estrada 66 dos EUA, à sua volta há abandono e deserto. O governo dedica-se a arrebanhar investimentos suportados por benefícios fiscais para promover cerimónias públicas ou embarca em show offs de multinacionais promovidos com dinheiros de Bruxelas. É o fim triste de um presidente da Comissão Europeia ajudando os seus no país que ajudou a destruir.

Onde estão os Bentos e muitos outros que tanto apoiaram as teses do empobrecimento e da desvalorização fiscal? Onde estão os famosos economistas do ISEG e da Nova que todos os dias apareciam nas televisões a fundamentar as teses do Governo? Onde estão os governantes alemães que tantas vezes vinham a Portugal elogiar a coragem de Passos Coelho? Onde está o Vítor Gaspar que de vez em quando vinha cá cobrar o favor que tinha feito ao país? Onde está o Álvaro Santos Pereira que foi humilhado e acabou por sair pelas traseiras?

E agora? Agora o país navega à vista, sem dinheiro, totalmente nas mãos dos credores, com um presidente que dá sinais de degradação física e já não consegue acabar um discurso sem sofrer uma “reacção vagal”, com um governo que não sabe o que fazer e que não representa quase ninguém. Falhada a experiência Portugal parece um navio fantasma que anda sem ninguém ao leme.


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