De Jihadistas do neoLiberalismo no desgover a 23 de Setembro de 2014 às 11:32
O Estado Novo e o estado a que isto chegou

Pese tudo o que de mau os mais velhos viveram sob as políticas do Estado Novo, é inegável que até ele, Estado Novo, percebeu que era imperioso melhorar as fronteiras deploráveis do analfabetismo de então. Porque, até ele, Estado Novo, aceitou como inevitável o papel que a Educação tem no progresso humano.

Stiglitz, Nobel da Economia de 2001, foi peremptório quando afirmou que a Educação é vital para o êxito das sociedades e que cortar em Educação é agravar as desigualdades sociais (O Preço da Desigualdade, Bertrand, 2013). Vai iniciar-se o ano-lectivo de 2014-15. Teremos (já estamos a ter) um desfile banal dos mesmíssimos problemas de processo e de vergonha, que dissimulará uma verdade tão inconveniente como indesmentível: em três anos deste Governo, a Educação regrediu como nunca aconteceu, mesmo em pleno Estado Novo.

As famílias portuguesas, esmagadas com um empobrecimento executado com tanta desumanidade quanta a ignorância que o decidiu, (é ver o reconhecimento do erro que começa a ganhar eco no seio dos meios de decisão europeia) viram o esforço com o custo da educação dos filhos subir exponencialmente, na razão inversa da redução do esforço do Estado. E isso irá esmagá-las ainda mais quando os filhos que abandonaram os cursos de formação superior entrarem no difícil e fechado mercado de trabalho. Porquê? Porque na faixa etária dos 25 aos 34 anos, tomando por referência o salário médio de quem tem formação secundária, se verifica que um activo empregado apenas com o ensino básico tem um salário médio 25% mais baixo, enquanto o salário médio dos trabalhadores com licenciatura é 46,3% mais alto (Education at a Glance 2013, OCDE).

A discussão que antecipou a recente aprovação de mais um orçamento rectificativo permitiu percebermos que, enquanto o Estado foi recordista a arrecadar receita proveniente de impostos, voltou a crescer a sua despesa primária (expressa antes de juros de dívida ou medidas extraordinárias). Mas, no mundo da Educação e da Ciência, impressiona a regularidade e a persistência implacável dos cortes. Traduzidos em termos reais, os números relativos aos orçamentos de Estado de 2012, 2013 e 2014 demonstram que este governo retirou 1.751,6 milhões de euros ao financiamento do ensino pré-escolar, básico e secundário (- 25,7%) e 401,2 milhões de euros ao financiamento do ensino superior e ciência (-16,1%). Se apertarmos a malha da análise e descermos às acções que particularizam os gastos, percebemos melhor o desrespeito com que o Governo trata os cidadãos: a educação especial, onde se incluem as crianças portadoras de deficiências, reduziu 15.3%; a educação e formação de adultos, 38,6%; os complementos educativos, no sector não superior, 47,6%; os serviços de apoio no ensino superior, 68,8%.

Não são precisos altos recursos intelectuais ou capacidade especial para decifrar a linguagem hermética dos relatórios das contas públicas para percebermos de que é feito o coração de quem governa. É uma evidência que esta forma de tratar a Educação, junta à chaga do desemprego, está a gerar um gravíssimo desenquadramento social dos mais débeis, infelizmente a maioria dos portugueses, depois do varrimento selectivo da classe média. Até o Estado Novo, repito, compreendeu o papel social da Educação, quando a ruptura o começou a ameaçar. Marcello Caetano chamou Veiga Simão, um homem de rasgo. Passos Coelho foi buscar Nuno Crato, uma coisa de trago. Marcello Caetano tentou abrir o futuro. Passos Coelho fechou-o. A Constituição assumiu a universalidade do ensino como veículo fundamental da criação de um Estado moderno. Passos só não derrogou essa universalidade porque existe um Tribunal Constitucional. Mas Crato encarregou-se de a iludir por via administrativa e financeira.

Por mais que os jihadistas do neoliberalismo tenham, durante os últimos três anos, tentado convencer os portugueses ...


De Estado desgraçado por jihadistas neolibe a 23 de Setembro de 2014 às 11:36
O estado a que isto chegou

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... Por mais que os jihadistas do neoliberalismo tenham, durante os últimos três anos, tentado convencer os portugueses de que a direcção e intervenção do Estado nos sectores vitais da vida em sociedade trava a liberdade, mostram os factos da história deste curto período que não há desenvolvimento social quando a política caminha nesse sentido. Foi essa orientação que trouxe a escola pública para onde está no início de mais um ano-lectivo: alvo de descredibilização sistematicamente programada, vítima de uma ignóbil estigmatização da profissão de professor. Tudo orquestrado e executado por quem, constitucionalmente, devia defender e promover uma e outros.

Está tudo a postos para o início de mais um ano em escolas de dimensão infra-humana, que se assemelham cada vez mais a cadeias de montagem: pedagogia vergada à econometria, arautos de estatísticas hipócritas nos comandos, burocratas de interesses privados mercantilizando o ensino, governantes ensimesmados em delírios de sucesso e de infantilização eterna.

* Professor do ensino superior (s.castilho@netcabo.pt)


De + neoLiberalismo= +fraude+vampir+corrupç a 23 de Setembro de 2014 às 12:49

Mais liberalismo
( = +fraude social, + sugar recursos estatais, + injustiças, ...)

(-por josé simões, derTerrorist,22/9/2014 )

Ensino privado, cheque-ensino, liberdade de escolha, rigor, blah-blah-blah, rxigência, blah-blah-blah, rankings das escolas
«and reducing and rationalising transfers to private schools in association» (recomendação da Troika, que o desgoverno nativo nisto não quis seguir...) .
Viva!

«Há escolas que inflacionam notas para alunos entrarem na universidade»
-- http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2014-09-20-Escolas-inflacionam-notas-internas-para-compensar-notas-de-exame

E que tal se o salsicha política que ocupa a cadeira de primeiro-ministro ao invés de recorrer a metáforas manhosas para esconder a incompetência e o fanatismo ideológico do ministro da Educação, Nuno Crato, começasse a implementar o memorando de entendimento assinado com a troika, no capítulo referente ao ensino e à educação, «and reducing and rationalising transfers to private schools in association», e não o seu contrário, cortar, cortar, cortar no orçamento da escola pública, aumentar as turmas, reduzir professores e pessoal não docente, ao mesmo tempo que aumenta as transferências para os colégios privados com contratos de associação que se dedicam ao ensino de qualidade, rigor e exigência que é o inflacionar as notas para o acesso à universidade e para os primeiros lugares do top of the pops que é o ranking das escolas, metaforizando também, o ensino farinheira?

«Sistema de ensino entre as "cobaias" e as "salsichas educativas" não deu resultados»
--- http://www.publico.pt/politica/noticia/sistema-de-ensino-entre-as-cobaias-e-as-salsichas-educativas-nao-deu-resultados-diz-passos-coelho-1670480
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Um MENTIROSO compulsivo
(-por josé simões, 23/9/2014, derTerrorist)


Ninguém se demite porque os mandatos são para levar até ao fim e ainda falta saquear a TAP, a RTP, a Águas de Portugal e a Caixa Geral de Depósitos.

Ninguém é demitido porque Cavaco Silva é um "institucionalista" e os mandatos são para levar até ao fim e ainda falta saquear a TAP, a RTP, a Águas de Portugal e a Caixa Geral de Depósitos.

«[...] se esteve em exclusividade não podia ter recebido qualquer pagamento pelo exercício de actividades profissionais exteriores ao Parlamento. E se não esteve em exclusividade, [...], isso quer dizer que recebeu indevidamente cerca de 30 mil euros, correspondentes a parte do subsídio de reintegração que requereu e foi aceite.

Mas se for verdade que recebeu cinco mil euros por mês da empresa Tecnoforma, entre 1997 e 1999, para desempenhar as funções de presidente do Centro Português para a Cooperação (CPPC) — uma organização não-governamental criada por aquela empresa para lhe angariar financiamentos internacionais —, então o problema é bastante mais complicado: terá violado as regras da exclusividade e terá incorrido num crime fiscal por não ter declarado tais rendimentos nas suas declarações de IRS.»


De + incompetência e estragos no público a 23 de Setembro de 2014 às 13:06

Imensas turmas sem professores colocados, escolas artísticas e profissionais ainda não iniciaram o ano lectivo, turmas de 30 e mais alunos, escolas com coberturas (nos pavilhões e passadiços) com amianto cancerígeno e/ou sem protecção para a chuva, ...

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Apagão das 'ofertas de escola' travou concurso de técnicos especializados

(-GB.Ribeiro 22/09/2014, Público)

O MEC confirma o desaparecimento das ofertas de escola e promete que a situação será reposta entre esta segunda-feira e a manhã de terça, mas não explica o que se passou. Directores perplexos e preocupados.

 As escolas ainda não sabem quando chegam os professores
 Colocação dos professores tem de partir do zero, defendem contratados e directores
 Professores dizem que a bolsa de contratação é "o mais obscuro dos concursos"
 Aulas nas escolas artísticas só em Outubro
 Associação denuncia "erro matemático" na colocação de professores
 Sistema de ensino entre as “cobaias” e as “salsichas educativas” não deu resultados, diz Passos Coelho
 Ministério ainda não tem “solução” para resolver problema das listas dos professores
 Fenprof diz que há meio milhão de alunos que ainda não têm todos os professores


O Ministério da Educação e Ciência confirmou mas não deu qualquer justificação para o apagão que durante o fim-de-semana ocorreu na plataforma electrónica destinada às ofertas de escola, através da qual são contratados técnicos especializados (entre os quais psicólogos, assistentes sociais e docentes das áreas técnicas, artísticas e profissionais). Informou, apenas, que entre a tarde e noite desta segunda-feira e a manhã de terça a aplicação que contém os horários será reposta, o que não descansa os directores. “Já havia atraso. Agora será ainda maior”, lamentou Filinto Lima, vice-presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

Em resposta a questões colocadas pelo PÚBLICO o MEC informa que “as escolas vão poder iniciar os procedimentos estabelecidos na lei para a selecção e recrutamento dos candidatos”, mas, “na verdade”, frisa Filinto Lima, “o início ocorreu, já com atraso, no último dia do prazo fixado para a abertura das aulas, 15 de Setembro”. “Na sexta-feira ao princípio da tarde, nalguns casos uma horas antes de terminar o prazo para as candidaturas, as ofertas de escola desapareceram”, relatou Filinto Lima.

O dirigente da ANDAEP, o da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira e o presidente do Conselho das Escolas (CE), José Eduardo Lemos, disseram estar a receber telefonemas de outros directores de escolas que tentam perceber o que se está a passar. “Estamos perplexos, parece que os problemas nas colocações não páram. O que é que vai acontecer agora? Alarga-se o prazo para a candidatura?", questionou Filinto Lima.

Os técnicos especializados das escolas artísticas e dos cursos profissionais e vocacionais (que também dão aulas) são escolhidos através das ofertas de escola. O mesmo acontece com os psicólogos, por exemplo. Ao PÚBLICO o MEC informou que as candidaturas não terão de ser refeitas.

Além das ofertas de escola, também a Bolsa de Recrutamento está paralisada, à espera que o MEC encontre solução para o erro matemático que deu origem à ordenação errada dos professores. O director-geral da Administração Escolar, responsável pelos concursos pediu sexta-feira a demissão, que foi aceite pelo ministro.



De Destruidores d Escola pública e Cidadani a 25 de Setembro de 2014 às 15:10
Comunicado dos Professores do Movimento Boicote&Cerco da região de Coimbra
(2014/9/24, por pestanandre , 5Dias)

No passado dia 18 de setembro de 2014 tivemos o DESprazer de assistir ao debate encomendado pelo PSD, para que o ministro Nuno Crato pudesse fazer uma mea culpa (mais do que evidente), na nossa opinião e corroborando a do Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, um pedido de desculpas que soou a falsidade e com o mero intuito de passar uma imagem de humildade, tão adequada ao período que se aproxima de eleições!

Qualquer ser humano que tenha prestado atenção à fórmula por 3 segundos percebe que ela estava mais do que errada. Um erro pouco admissível a um aluno de 4ª classe (4ºano)! Porém, por orgulho, o ministro e toda a sua equipa de trabalho, levaram semanas a compreender (tiveram que lhes explicar devagarinho, uma vez, e outra, e outra…). Continuamos a achar que se tratou de desonestidade intelectual, e desiludiu-nos que os maiores representantes legais a nível nacional tivessem ficado em silêncio, compactuando com este “crime” e ignorando as suas funções de zelar pela justiça e interesses do povo português!

Neste sentido, hoje escrevemos pelo DESprazer de ter assistido ao debate parlamentar e termos visto 3 “prostitutos intelectuais” (perdoem-nos a rudeza da expressão mas não nos ocorre expressão mais adequada) a falar perante um país. É que acreditem: são pagos a peso de ouro, com os nossos impostos!

Falamos naturalmente de Amadeu Albergaria, licenciado em Direito, advogado com inscrição suspensa, Duarte Marques, consultor, actualmente a tirar mestrado, e Michael Seufert, estudante de mestrado, e ao que parece teve frequência em licenciatura (Estranho? Talvez a conclusão desta tenha sido por equivalência similar a outra situação bem conhecida por todos nós).

Verificamos claramente que não são homens de números. Revelam clara necessidade de realizar uma PAAC política, apesar de nem todos reunirem habilitações para tal.

Ouvi-los foi de uma repugnância intelectual tremenda! Deviam ter-nos pago para tamanho feito!

Acreditamos que ainda hoje não percebam o erro da fórmula e por isso não falaram nela durante as suas

intervenções. Estavam claramente pouco à vontade para falar e, aqui entre nós, pareceram-me muito pouco informados sobre o assunto, não fosse essa a clara obrigação das suas funções!

Mas mesmo assim aventuraram e referiram 1% ou 2% de erros na colocação de professores. Esperamos por isso clarificá-los mais uma vez!

Na realidade dos factos e números, o problema das colocações NÃO afecta os 1% ou 2% dos professores! A VERDADEIRA percentagem dos professores que, sob a tutela deles, estão a ser afectados por este concurso é muito superior! Para não voltarem a cometer erros de matemática básicos, deveriam retirar à equação os mais de 90% dos professores que são de quadro e não foram alvo de qualquer concurso, não podendo entrar nas contas do problema que a incompetência deles causou! Ou seja, a TRAPALHADA do ministério da educação na colocação de professores não deverá fugir muito do extremo oposto nos números que erradamente referem, ou seja 98% ou 99% dos professores a concurso! Uma troca de valores (in)compreensível, como se pode ironicamente perceber!

O mais grave é estes senhores não perceberem que os mais penalizados com todas estas trapalhadas e evidentes sinais de incompetência não são apenas os professores e as suas famílias mas sobretudo as crianças e os jovens deste país que continuam sem muitos professores após mais de uma semana do início oficial do ano lectivo 2014/2015 e, ano após ano, a encontrarem condições para o sucesso escolar mais deficientes!
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