De Diferenças de candidatos ou política nim a 15 de Setembro de 2014 às 10:50
COSTA E SEGURO
DIFERENTES ? TALVEZ
...
O grande equívoco de ambos assenta na convicção de que o PS pode com a política que tem defendido desde que começou a crise mobilizar a maioria dos portugueses.
Não pode. Seguro acredita que pode com base nas propostas que faz. E nisso não mente nem engana. Costa acredita que pode com base nas propostas que não faz.
Ou seja, assenta a sua estratégia na indução de uma convicção por parte do eleitorado da qual pode a todo o momento afastar-se com o argumento de que não são dele as propostas que levaram à formação daquela convicção. Usa, portanto, uma forma superior de mentira que é a de criar as condições para que o eleitorado se engane a si próprio.
Todavia, no pouco que deixa antever, Costa está mais próximo de Passos do que Seguro. É mais liberal do que Seguro no sentido europeu do conceito. É a conclusão que decorre da sua propositada ausência de clareza para todos os que não queiram enganar-se a si próprios.
(-por JM Correia Pinto , Politeia, 10/9/2014)
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João Vasconcelos-Costa disse...
Zé Lucas, anda por aí a manipulação mais vergonhosa, a levar já 50.000 candidatos a eleitores na luta dos Antónios, como se fosse uma coisa de relevância nacional, mais do que questão particular de um partido.
Mas estou convencido que há muito mais gente de esquerda a quem tanto se lhe dá e que não embarca nesta
demagogia e na vacuidade deste confronto meramente personalístico e de faces diferentes do mesmo espírito aparelhístico e sem diferenças em relação à
rendição social-democrata ao social-liberalismo (/ neoliberalismo e saque selvagem).
Assim, parece-me claro do "post" ser esta a posição do JMCP, de alheamento, com que concordo. Isto não impede a análise, sem prós e contras.
Está péssimo, Seguro
• João Galamba : Está péssimo, Seguro. :
«A narrativa de António José Seguro é simples: aqui temos um líder que, com grande sacrifício pessoal, pegou num partido que vinha de uma pesada derrota (28%) e, três anos depois, conseguiu a extraordinária proeza de o "tirar da lama" e chegar aos 31% numas eleições europeias. Para Seguro, o resultado das europeias só não foi histórico porque os portugueses ainda culpam o Partido Socialista.
-- E o que tem Seguro a dizer desta culpa? Concorda com ela, concordando portanto com a maioria PSD-CDS? Discorda, tentando, na medida das suas possibilidades, contestar a narrativa que a sustenta, apresentando uma alternativa? Concorda com parte? Com tudo? Não sabemos.
Sabemos apenas que Seguro se limita a tomar nota e a constatar que "uma parte dos portugueses ainda responsabilizarem o PS pela situação a que chegámos".
Em vez de fazer aquilo que se espera de um líder de esquerda, que é contestar e apresentar uma alternativa à narrativa (falsa) de que foi o despesismo público, a insustentabilidade do Estado Social e a perda de competitividade (falta das famosas reformas estruturais) que nos trouxe até aqui,
Seguro transforma-se num líder populista e elege a reforma do sistema político e a regeneração ética da política como prioridades estratégicas.
Na cabeça de Seguro, o descontentamento não vem da crise económica e social, nem resulta da aparente incapacidade dos partidos políticos em apresentar caminhos para superar essa crise.
A reforma do sistema eleitoral e a reforma da lei das incompatibilidades não são necessariamente erradas, só não são é uma resposta à crise que vivemos hoje.
Pensar que sim, que é isso vai reconciliar os portugueses com a política, é não perceber que esse caminho está condenado ao fracasso,
porque o descontentamento e a frustração dos cidadãos não só se manterão intactos como até terão tendência a aumentar.
Seguro teve necessidade de apostar na via populista porque não tem nada de interessante para dizer sobre a crise actual, ou melhor,
porque não tem nada para dizer sobre a crise actual que seja significativamente diferente do que a direita já diz.
Seguro tem uma lista de 80 medidas, mas não tem uma estratégia, porque não há estratégia sem uma narrativa que a enquadre, que lhe dê sentido.
Partilhando com a direita a narrativa do que nos trouxe até aqui, Seguro só se consegue distinguir do actual governo imitando (em pior) Marinho Pinto,
ou então, como se viu no debate de terça-feira com António Costa, dizendo coisas disparatadas como aquela de se demitir de primeiro-ministro caso a carga fiscal aumentasse.
Não está mal, Seguro, está péssimo.»
⇒ Miguel Abrantes, 15.9.14 http://corporacoes.blogspot.pt/
De :P a 15 de Setembro de 2014 às 17:07
Comentário sem relação com o post - o monorail suspenso custa 16 milhões por km, o TGV 30 milhões. Acabado de ouvir na TV5 francesa. Que se passa, o governo português não tem esta informação?
De
Diogo a 15 de Setembro de 2014 às 22:31
Ao contrário do meu amigo, o Ricardo Araújo Pereira tem a máxima admiração, tanto por Seguro como por Costa. Disse o Ricardo que uma vez conseguiu estar a falar durante um minuto e vinte segundos sem dizer absolutamente nada. Ora, Costa e Seguro atingem com facilidade o mesmo durante mais de 30 minutos...
De Comunic. Social TOUREIA cidadãos. a 26 de Setembro de 2014 às 09:41
Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer.
-Molière.
BISCATES
por Carlos de Matos Gomes
Para que servem as primeiras páginas dos jornais e os grandes casos dos noticiários das TV?
Se pensarmos no que as primeiras páginas e as aberturas dos telejornais nos disseram enquanto decorriam as traficâncias que iriam dar origem aos casos do BPN, do BPP, dos submarinos, das PPP, dos SWAPs, da dívida, e agora do Espírito Santo, é fácil concluir que servem para nos tourear.
Desde 2008 que as primeiras páginas dos Correios das Manhas, os telejornais das Moura Guedes, os comentários dos Medinas Carreiras, dos Gomes Ferreiras, dos Camilos Lourenços, dos assessores do Presidente da República, dos assessores e boys dos gabinetes dos ministros, dos jornalistas de investigação, nos andam a falar de tudo e mais alguma coisa, excepto das grandes vigarices, aquelas que, de facto, colocam em causa o governo das nossas vidas, da nossa sociedade, os nossos empregos, os nossos salários, as nossas pensões, o futuro dos nossos filhos, dos nossos netos. Que me lembre falaram do caso Freeport, do caso do exame de inglês de Sócrates, da casa da mãe do Sócrates, do tio do Sócrates, do primo do Sócrates que foi treinar artes marciais para a China, enfim que o Sócrates se estava a abotoar com umas massas que davam para passar um ano em Paris, mas nem uma página sobre os Espirito Santo! É claro que é importante saber se um primeiro ministro é merecedor de confiança, mas também é, julgo, importante saber se os Donos Disto Tudo o são. E, quanto a estes, nem uma palavra. O máximo que sei é que alguns passam férias na Comporta a brincar aos pobrezinhos. Eu, que sei tudo do Freeport, não sei nada da Rioforte! E esta minha informação, num caso, e falta dela, noutro, não pode ser fruto do acaso. Os directores de informação são responsáveis pela decisão de saber uma e desconhecer outra.
Os jornais, os jornalistas, andaram a tourear o público que compra jornais e que vê telejornais.
Em vez de directores de informação e jornalistas, temos novilheiros, bandarilheiros, apoderados, moços de estoques, em vez de notícias temos chicuelinas.
Não tenho nenhuma confiança no espírito de auto critica dos jornalistas que dirigem e condicionam o meu acesso à informação: todos eles aparecerão com uma cara à José Alberto de Carvalho, à Rodrigues dos Santos, à Guedes de Carvalho, à Judite de Sousa (entre tantos outros) a dar as mesmas notícias sobre os gravíssimos casos da sucata, dos apelos ao consenso do venerando chefe de Estado, do desempenho das exportações, dos engarrafamentos do IC 19, das notas a matemática, do roubo das máquinas multibanco, da vinda de um rebenta canelas uzebeque para o ataque do Paiolense de Cima, dos enjoos de uma apresentadeira de TV, das tiradas filosóficas da Teresa Guilherme. Todos continuarão a acenar-me com um pano diante dos olhos para eu não ver o que se passa onde se decide tudo o que me diz respeito.
Tenho a máxima confiança no profissionalismo dos directores de informação, que eles continuarão a fazer o que melhor sabem: tourear-nos. Abanar-nos diante dos olhos uma falsa ameaça para nos fazerem investir contra ela enquanto alguém nos espeta umas farpas no cachaço e os empresários arrecadam o dinheiro do respeitável público.
Não temos comunicação social: temos quadrilhas de toureiros, uns a pé, outros a cavalo.
Uma primeira página de um jornal é, hoje em dia e após o silêncio sobre os Espirito Santo, um passe de peito.
Uma segunda página será uma sorte de bandarilhas.
Um editor é um embolador, um tipo que enfia umas peúgas de couro nos cornos do touro para a marrada não doer.
Um director de informação é um “inteligente” que dirige uma corrida.
Quando uma estação de televisão convida um Camilo Lourenço, um Proença de Carvalho, um Gomes Ferreira, um João Duque, um Judice, um Marcelo, um Miguel Sousa Tavares, um Angelo Correia, devia anunciá-los como um grupo de forcados: Os Amadores do Espirito Santo, por exemplo. Eles pegam-nos sempre e imobilizam-nos. Caem-nos literalmente em cima.
As primeiras páginas do Correio da Manhã podiam começar por uma introdução diária: Para não falarmos de toiros mansos, os nossos queridos espectadores, nem de toureios manhosos, os comentador
De .$ € mídia p. Portuguesinhos : OLÉ ! a 26 de Setembro de 2014 às 09:56
Biscates.
(i.e. a Tourada e os estoques que os "Jornalistas" e "comentadores" a soldo dos "Donos Disto Tudo" dão aos cidadãos ...)
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introdução diária (nos canais de TV e capas de jornais):
Para não falarmos de toiros mansos, os nossos queridos espectadores,
nem de toureios manhosos, os nossos queridos comentadores,
temos as habituais notícias de José Sócrates, do memorando da troika, da imperiosa necessidade de pagar as nossas dividas.
Todos os programas de comentário político nas TV deviam começar com a música de um passo doble. Ou com a premonitória “Tourada” do Ary dos Santos, cantada pelo Fernando Tordo.
O silêncio que os “negócios “ da família "Dona Disto Tudo" mereceu da comunicação social, tão exigente noutros casos, é um atestado de cumplicidade: uns, os jornalistas venderam-se, outros queriam ser como os Espirito Santo. Em qualquer caso, as redacções dos jornais e das TV estão cheias de Espiritos Santos. Em termos tauromáticos, na melhor das hipóteses não temos jornalistas, mas moços de estoques. Na pior, temos as redacções cheias de vacas a que se chamam na gíria as “chocas”.
O que o silêncio cúmplice, deliberadamente cúmplice, feito sobre o caso Espirito Santo, o que a técnica do desvio de atenções, já usada por Goebels, o ministro da propaganda de Hitler, revelam é que temos uma comunicação social avacalhada, que não merece nenhuma confiança.
Quando um jornal, uma TV deu uma notícia na primeira página sobre Sócrates( e falo dele porque a comunicação social montou sobre ele um operação de barragem pelo fogo, que na altura justificou com o direito a sabermos o que se passava com quem nos governava e se esqueceu de nos informar sobre quem se governava) ficamos agora a saber que esteve a fazer como o toureiro, a abanar-nos um trapo diante dos olhos para nos enganar com ele e a esconder as suas verdadeiras intenções: dar-nos uma estocada fatal!
Porque será que comentadores e seus patrões, tão lestos a opinar sobre pensões de reforma, TSU, competitividade, despedimentos, aumentos de impostos, gente tão distinta como Miguel Júdice, Proença de Carvalho, Angelo Correia, Soares dos Santos, Ulrich, Maria João Avilez e esposo Vanzeller, não aparecem agora a dar a cara pelos amigos Espirito Santo?
Porque será que os jornais e as televisões não os chamam, agora que acabou o campeonato da bola?
Um grande Olé aos que estão agachados nas trincheiras, atrás dos burladeros!
Carlos de Matos Gomes
Nascido em 24/07/1946, em V. N. da Barquinha. Coronel do Exército (reforma). Cumpriu três comissões na guerra colonial em Angola, Moçambique e Guiné, nas tropas especiais «comandos».
Assunto:
este Coronel tem tomates!... Chama os bois pelos nomes!!!
Portugal precisa de Homens de carácter e honrados, como este, para
acabar com esta "pseudo democracia" em que vivemos, dominada,
a partir de 1985, pela mão de Cavaco Silva (ex PIDE- 1961/74) pela oligarquia salazarista-financeirizada, que amordaçou o povo durante 48 anos.
A Comunicação Social e este País está nas mãos do grande capital financeiro, económico , de meia dúzia de grandes sociedades de advogados... e da direita política !!!
Abram os olhos!
Recusem continuar a ser tratados como vacas chocas e touros cornudos, para toureio e abate.!
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