A extrema-direita portuguesa não está minimamente preocupada com um atentado à liberdade de expressão, que vitimou hoje vários dos seus heróis.
É uma guerra que não lhes assiste, a deles é económica e santa
(a dos neoliberais e sacrossantos mercados, privatizações, austeritarismo, destruição do Estado Social Europeu, globalização desregulada, paraísos fiscais, ...).
Assim a indignação virou-se contra esta afirmação de Ana Gomes :
#CharlieHebdo – Horror! Também o resultado de políticas anti-europeias de austeritarismo: desemprego, xenofobia, injustiça, extremismo, terrorismo.
Evitar confundir religião com bárbara escumalha…
07/01/2015 por António de Almeida
Questões de fé, neste caso o Islão, nada têm a ver com a barbárie ocorrida hoje em França.
Segundo a própria doutrina, a prática religiosa deve ser livre e não contempla os actos de violência
que algumas bestas teimam utilizar em prol do fanatismo, visando o condicionamento das sociedades, buscando o confronto de valores, graças à visão distorcida dos livros sagrados.
O ódio ao muçulmano será a pior resposta que a civilização ocidental pode optar.
Nesta matéria há que continuar afirmando e praticando os valores da Liberdade,
sem atender a raça, convicções políticas ou religiosas e outras,
nem descurar naturalmente a acção policial na prevenção, repressão e severa punição judicial dos vermes que praticam hediondos atentados terroristas.
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Charlie Hebdo – a barbárie mora ao lado
07/01/2015 por Fernando Moreira de Sá
... ... O problema é grave. Por força do comportamento extremista alucinado de uma minoria no seio das centenas de milhar de muçulmanos que vivem e trabalham na Europa, os partidos radicais estão a ganhar votos e poder. A Frente Nacional está a um passo de vencer as eleições legislativas francesas. É fundamental que a comunidade muçulmana na Europa lidere a batalha contra o terrorismo. É a única forma de evitar a escalada vitoriosa do radicalismo oposto. É sintomático que hoje, em França (e na Alemanha, na Bélgica, na Holanda, etc.) sejam outras comunidades outrora olhadas de lado (africanos, asiáticos, etc.) a apoiarem os partidos que defendem medidas radicais contra as comunidades muçulmanas.
Uma coisa é certa, por este andar vamos todos ser derrotados pelos radicais de um e outro lado. E o dia seguinte será negro…
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Para começar, deus não existe
07/01/2015 por João José Cardoso
E para continuar, essa que é a pior invenção de sempre da humanidade não pode continuar a ter fanáticos.
A bem, mas de preferência a mal.
Sois merda, abaixo de cão 1000 vezes, e não temos medo.
Mais vale morrer de pé do que viver de joelhos ou de cu para o ar.
E ficai sabendo, ó canalhas, que Charb, Cabu, Tignous e Wolinsky é que foram hoje directamente para o paraíso da imortalidade.
De fanatismo vs securitismo a 8 de Janeiro de 2015 às 12:26
----- Admito perfeitamente que o Charlie Hebdo irrite muita gente muitas vezes.
Também me irrita a mim muitas vezes:
irritam-me publicações do tipo do Charlie Hebdo.
Irrita-me o engraçadismo em geral, para usar a expressão de Pacheco Pereira.
Também frequentemente me irritam o DN, o Público, o Expresso, A Bola, o Record, o Jogo e, menos frequentemente (porque não os levo tão a sério), o Correio da Manhã e o Sol.
Mas isto é um problema meu. Só meu.
... ...
------- L.Lavoura:
Em Portugal o Charlie nunca teria sido destruído à bomba nem os seus caricaturistas mortos.
Teria sido destruído por sucessivos processos em tribunais e os seus caricaturistas arruinados por pedidos de indemnizações.
É a liberdade de imprensa à portuguesa.
Com a concordância do Filipe.
Liberdade, anonimato e crítica não podem ser crimes !
Nós rejeitamos esta criminalização kafkiana dos movimentos sociais, das manifestações pacíficas, da crítica em jornais ou em redes sociais,
e a implicação ridícula e extremamente alarmante de que proteger a sua privacidade na internet seja equivalente a terrorismo.
--por Riseup
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