Quinta-feira, 22 de Outubro de 2015

             Podia ser sobre a UE  ou sobre Portugal ...     (por CRG, 365forte)

    "A razão esteve muito longe de aí se encontrar. Nesse tempo, a Política reinava em Roma, e tinha como ministros as suas duas irmãs, a Falsidade e a Avareza. Via-se a Ignorância, o Fanatismo, e a Fúria, correrem às suas ordens pela Europa; a Pobreza seguia-os para todo o lado.   A Razão escondeu-se num poço com a sua filha Verdade. Ninguém sabia onde esse poço ficava; e, caso alguém tivesse suspeitado da sua localização, teria descido para degolar mãe e filha.     (...)  
     A Razão, informada do que se passava por alguns exilados que se haviam refugiado no seu retiro, foi tomada de compaixão, ainda que não tenha fama de ser extremamente sensível. A sua filha, que é mais ousada do que a mãe, encorajou-a a ver o mundo, e a fazer o possível por curá-lo. Fizeram-se ver; falaram; mas depararam-se com tantos malvados interessados em contradizê-las, tantos imbecis ao serviço desses malvados, tantos indiferentes unicamente preocupados consigo mesmos e com o momento presente, que regressaram sabiamente ao seu asilo."  --"Elogio Histórico da Razão" - Voltaire

               Choque e pavor      (por CRG, 365forte)

      Desde os tempos de preparação da Guerra do Iraque que não se assistia a uma tal intoxicação da opinião pública - só que agora os mercados são as novas armas de destruição maciça.       É possível num contexto europeu que funciona como um espartilho ideológico de direita existir políticas de esquerda?    Este que era o único ponto que poderia ser objecto de discussão sobre uma coligação de esquerda - e numa visão mais alargada numa discussão sobre o estado da democracia.  ...
                Acordo sinistra      (por CRG, 365forte) 
     "After all, what is travel — or life, for that matter — but a continuing negotiation between expectation and reality?" -- Rachel Donadio 
     Sempre fui céptico em relação a um acordo governativo de esquerda. Pensava eu que  do lado do PS as negociações serviriam para ter uma posição de força perante a PAF, enquanto do lado do BE e da CDU haveria necessidade de colocar junto do eleitorado o ónus no PS pela quebra do eventual acordo.      Agora que o acordo está próximo, socorrendo-me das práticas milenares dos cronistas, vou analisar a posteriori as razões pelas quais este acordo era afinal inevitável:     Apesar do seu segundo pior resultado de sempre, se um eventual governo minoritário PSD/CDS fosse empossado e posteriormente derrubado, nas próximas eleições existiria um forte apelo ao voto útil, legitimado pela experiência recente. Assim, a única forma de o BE e a CDU não perderem os ganhos das últimas eleições é darem apoio a um governo do PS.     Do lado do PS, um apoio a um governo de direita reforçaria a posição que se tenta vender de que não há nada de substancial a distingui-lo dos partidos à sua direita. Resultado: perderia votos quer para a sua esquerda quer para a sua direita.      A sobrevivência política da esquerda joga-se, portanto, na obtenção de um acordo de governo e eis que a necessidade concretiza o impossível: a TINA da esquerda derruba a PAF.

      Contas à vida ou  "até quando estaremos todos amarrados a isto"

 (por David Crisóstomo) ... Resumindo:  dando 5 dias (3 dias úteis...) à CNE, estamos reféns disto:

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Publicado por Xa2 às 07:51 | link do post | comentar

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