Quarta-feira, 16 de Março de 2016

  O  mal     (-J.M. Cordeiro, 14/3/2016, Aventar)

Matt-Kenyon-illustration--009 (ilustr.: Matt Kenyon, The Guardian)

     Na semana passada foi a Siemens a anunciar o despedimento de 2500 pessoas. (e esta, aqui, o NB/"Bes bom" a despedir 500 agora e +500 depois em 'acordos'...). Terá o negócio desaparecido? Certamente que não, mas há onde produzir mais barato a riqueza da empresa, apesar disso se traduzir  na pobreza dos (trabalhadores) que a fizeram.

    É um exemplo entre imensos. Os medos levantam-se e os oportunistas políticos usam-nos como estratégia.

    «A extrema-direita deverá entrar nos parlamentos dos três estados, tendo largamente superado a barreira necessária dos 5% dos votos. Este partido, que nasceu apenas há três anos, passa assim a estar representado nos parlamentos de oito das 16 regiões da Alemanha, a 18 meses das eleições legislativas, e quando ainda são esperadas até lá mais eleições»- [PÚBLICO, 13/03/2016]

                   Aproximam-se tempos ainda mais difíceis.

----- O  nosso aliado  islamofascista      (-por j.simões, 15/3/2016, derTerrorist)

 Recep-Tayyip-Erdogan-Adolf-Hitler-Mischung-Diktatur-Europa-Tuerkei-Beitritt.jpg Ainda ontem andava tudo em polvorosa com a possibilidade do Parlamento, a esquerda no Parlamento, chumbar uma alínea no Orçamento do Estado para 2016, o apoio à Turquia, o "compromisso internacional de Portugal". 
«Erdogan quer "alargar definição de terrorismo" para incluir jornalistas, activistas e advogados»

     ---- Um jornal com todos os planos         (via Ladrões de B.)

 A impopularidade persistente dos dirigentes socialistas franceses não resulta de uma excepção nacional que pudesse ser imputada aos maus números do emprego ou à renúncia metódica aos principais ideais da esquerda. O esgotamento de um ciclo ideológico incarnado há vinte anos pela «terceira via» de Bill Clinton, Tony Blair, Felipe González, Dominique Strauss-Kahn e Gerhard Schröder é observável nos Estados Unidos e na maior parte dos países europeus. -- Serge Halimi
     Se as ameaças e imposições desta União Europeia em auto-decomposição chegarem ao ponto de obrigar o país a empobrecer com planos de «ajustamento estrutural» sem fim, destruindo os patamares de bem-estar social que uma vida digna exige, não será altura de responder a esta União, adaptando o que ouvimos nos filmes americanos, que «o Estado social não negoceia com terroristas»?   E, para isso poder ser feito, não é necessário preparar seriamente esta hipótese, esse «plano B»? (…) É altura de lhe mostrarmos que «planos B» há muitos… -- Sandra Monteiro
     Para lá destes sugestivos excertos, deixo aqui o resumo do excelente número, que conta com o contributo de três ladrões de bicicletas:     «Este mês dedicamos um dossiê ao Orçamento do Estado para 2016. Eugénio Rosa analisa a “Redução da austeridade num quadro insuficiente e restritivo”, António Carlos dos Santos as “Controvérsias sobre a política fiscal”, Isabel do Carmo a “Taxação de refrigerantes na prevenção da obesidade” e José Gusmão a forma como a União Europeia piorou o documento inicial em “Europa e liberdade”.
    Relendo os discursos de seis jornalistas de economia sobre a crise, José Castro Caldas e João Ramos de Almeida mostram como foi feita nos últimos anos uma “Fabricação do consenso”. No internacional destacamos o dossiê “Fim de ciclo para a social-democracia” (artigos de Serge Halimi, Frédéric Lordon e Thomas Frank), as restrições ao associativismo em Israel, os problemas que se colocam à zona do Sael, entre a Al-Quaeda e o Daech, os dois eixos da geopolítica paquistanesa, as razões da implantação da direita na Polónia… e muito mais.»


Publicado por Xa2 às 07:49 | link do post | comentar

6 comentários:
De Humanismo cede a Fascistas ... a 16 de Março de 2016 às 09:29
---- Refugiados: péssimo 'acordo' UE-Turquia
(9 .3.2016 )

O acordo de princípio alcançado entre a União Europeia e a Turquia, para o repatriamento de todos os refugiados que chegaram clandestinamente às ilhas gregas, não só
viola os preceitos da lei internacional e humanitária,
como pode condenar definitivamente as populações em risco e em fuga da guerra, da perseguição política ou religiosa e da pobreza extrema.
Mas o alerta, em tom dramático, do Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, de pouco deve valer.
Tendo em conta o tom congratulatório com que vários líderes europeus saudaram o surpreendente compromisso alcançado em Bruxelas para “pôr fim à migração irregular para a Europa”,
as incertezas jurídicas e os dilemas morais não deverão inviabilizar a solução encontrada para travar o fluxo migratório.

O acordo, anunciado de surpresa ao fim da noite, depois de mais de doze horas de conversações que pareciam inconclusivas,
assenta num controverso programa de troca de refugiados, no âmbito do qual a Turquia aceita a deportação de todos os estrangeiros que partirem do país para o espaço europeu de forma ilegal, independentemente da sua origem ou estatuto legal:
por cada migrante “devolvido” a território turco, a União Europeia acolherá um refugiado sírio “legítimo”, entre os 2,7 milhões que vivem nos campos turcos.

O “ambicioso” projecto atende aos desejos dos governantes europeus, interessados numa fórmula que permita travar as entradas e impedir a instalação de milhares de refugiados nos seus países,
e responde às pretensões da Turquia, que aproveitou a abertura de Bruxelas para forçar a liberalização da entrada dos seus cidadãos no espaço Schengen já em Junho
e para agilizar o seu processo de adesão à União Europeia.

Numa prova da sua boa-vontade, a Turquia aceitou aplicar o acordo retroactivamente e acolher os migrantes que já estão retidos nas ilhas gregas ou na fronteira de Idomeni, impedidos de passar para a Macedónia.
A colaboração do Governo de Ancara tem um custo acrescido: pelo menos mais três mil milhões de euros, isto é, o dobro da verba inicialmente acordada entre Bruxelas e a Turquia.
Mas mais do que dinheiro, a solução tem custos políticos para a União, que até agora não conseguiu ultrapassar as divisões internas sobre o tratamento dos refugiados (ou sobre a entrada da Turquia no clube).

O acordo ainda não foi formalizado:
os parceiros comprometeram-se a trabalhar estes “princípios gerais” e finalizar um documento definitivo para ser aprovado numa nova reunião de alto nível, dentro de nove dias.
“Não posso deixar de expressar a minha profunda preocupação com qualquer acordo que implique transferências entre países sem as devidas salvaguardas de protecção de refugiados e o respeito pela legislação internacional”, reagiu imediatamente o Alto-comissário para os refugiados.

Peremptório, o director para a Europa da agência para os refugiados da ONU disse em Genebra que
“a expulsão colectiva de estrangeiros é proibida pela convenção europeia dos direitos humanos”.
Organizações como a Amnistia Internacional ou a Human Rights Watch (HRW), “destruíram” o novo plano, que nas leituras mais benevolentes foi descrito como impraticável e irrealista, e nas críticas mais contundentes foi atacado como desumano e ilegal.
“É uma não solução, uma vez que não resolve problema nenhum”, resumiram os Médicos Sem Fronteiras.

“Penso que nunca se bateu tão fundo durante os 18 meses de confusões e trapalhadas dos líderes europeus nas suas tentativas de responder ao fluxo de refugiados e migrantes.
Finalmente tornou-se claro o desespero dos europeus, que para conter a crise estão dispostos a ignorar completamente os direitos mais elementares”, censurou a responsável da HRW, Judith Sunderland, entrevistada pela NBC News.
“Este plano é absolutamente incompatível com as obrigações da União Europeia, e não consigo imaginar como esta ideia de troca de refugiados será posta em prática”, acrescentou.

A Amnistia Int'l perguntava como era possível que os chefes de Estado e de governo, na Europa e na Turquia, estivessem dispostos a regatear “os direitos e a dignidade de algumas das pessoas mais vulneráveis do mundo”.

“Esta ideia peregrina de trocar refugiados é perigosamente desumana ...


De Indignos dirigentes Europeus ... e ... a 16 de Março de 2016 às 09:40

...
...“Esta ideia peregrina de trocar refugiados é perigosamente desumana e não oferece nenhuma solução sustentável de longo prazo...

----- 'Solução final' ou problema maior próximo
O desonroso bazar euro-turco

(por AG , 9/3/2016, CausaNossa)

"A Turquia devia ser parte da solução para esta crise mas é muito parte do problema,
não só ao manipular a torneira dos traficantes de pessoas,
mas também ao instigar o conflito violento na sua região sudeste e nos vizinhos Síria e Iraque.

O Conselho Europeu negligenciou tudo isto e sucumbiu à chantagem descarada do Presidente Erdogan,
sob a ilusão de que é possível fazer o "outsource" das obrigações legais e morais da Europa para com os refugiados à Turquia,
em troca de facilitar negociações de adesão e vistos,
fechando os olhos às violações dos critérios de Copenhaga e
à repressão brutal que o Presidente Erdogan dirige contra os cidadãos e media turcos,
contra os curdos turcos em particular e contra os curdos na Síria,
que têm sido valentes combatentes contra o Daesh e outros grupos terroristas.

O que o Conselho contempla em política de retorno e readmissões - ilustrado no bazar de se propor trocar um sírio por outro sírio - significa, ominosamente, violar o princípio de "non-refoulement".

E como podem Conselho e Comissão manter cara séria ao falar de primado da lei e de direitos humanos
se não agiram para disciplinar os Estados Membros que se associaram para violar Schengen,
asfixiar a Grécia e sujeitar mulheres e crianças refugiadas a tratamento indigno mesmo para animais
na fronteira FYROM/Grécia?"


De Americanos, guerras: e Refugiados? a 21 de Março de 2016 às 12:43
Ainda que mal pergunte

( por josé simões, derTerrorist, 18/3/2016)
Alan Thomlinson.png


Pelas guerras inventadas (e apoiadas) onde elas não existiam quantos refugiados é que os amaricanos vão receber no seu território?


[Imagem "Syrian children were asked to draw their fears for the future and the results are heartbreaking"]
(crianças e adultos a serem atingidos/sangrar por aviões e tanques !!)


De Europa B: pró neoliberal e fascista. a 16 de Março de 2016 às 09:32

A Europa do "temos um plano" (-por josé simões, derTerrorist, 8/3/2016)

A Europa do "temos um plano", intolerante por antecipação com os objectivos orçamentais e as décimas, exemplares, do défice português a que urge aplicar o Plano B;

a Europa das mãos largas, e olhos fechados para com o islamofascismo turco, para travar as vítimas das guerras, inventadas onde elas não existiam, pela Europa do "temos um plano": o Plano Amaricano.

-Plan b : https://m.youtube.com/watch?v=bCNLec2RZ70 "European outsorcing - Bleeding money to a Tampax State".


De Acordem cidadãos Europeus ! a 22 de Março de 2016 às 10:05
Quando acordarem será tarde...

Embora Passos Coelho considere uma eventual privatização do Novo Banco uma estupidez, porque o Estado já tem a CGD e não precisa de outro, isso só demonstra a sua ignorância.
Em Portugal, há gente ( incluindo banqueiros, economistas e políticos de direita) "genuinamente" preocupada com a possibilidade de os bancos portugueses ficarem na mão de espanhóis.

No entanto, há coisas piores que se estão a passar na Europa e me aterrorizam,
por revelarem uma confrangedora incompetência dos líderes europeus.

Pagar a um ditador turco sem escrúpulos, para a livrar dos refugiados e imigrantes (em troca de outros... escolhidos pelo governo islamo-fascista turco !!)
ou chamar privatização à venda das suas riquezas energéticas ao estado chinês.
são apenas dois exemplos recentes.

É este o estado da Europa, mas as pessoas continuam adormecidas e alheadas com o que se passa à sua volta,
como se a Europa (incluindo Portugal) não se estivesse a desmoronar todos os dias.

Quando isto der o estoiro completo não faltará quem se espante, desespere e reclame.
Tivessem acordado mais cedo!


(-por Carlos Barbosa de Oliveira, 17/3/2016 , Crónicas do rochedo)


De Sórdidos dirigentes da UE-Turquia a 22 de Março de 2016 às 10:48

21.3.16

----- Cohn-Bendit, ainda ele

.(vídeo comentário para a 'Europe1', do excelente deputado do Parlamento Europeu, sobre o execrável «acordo UE-Turquia » )

(-Joana Lopes , Entre as brumas..., )
Labels: refugiados


----- A UE a vender a alma

Leitura recomendada: este texto de Wolfgang Münchau:


A UE está a vender a alma no acordo com a Turquia.

«O acordo com a Turquia é o mais sórdido que eu já vi na política europeia moderna.
No dia em que os líderes da UE assinaram o acordo, Recep Tayyip Erdogan, o presidente turco, revelou tudo:

"A democracia, a liberdade e o Estado de direito... Para nós, essas palavras já não têm absolutamente nenhum valor."

Naquele momento, o Conselho Europeu deveria ter terminado a conversa com Ahmet Davutoglu, o primeiro-ministro turco,
e tê-lo mandado para casa.

Mas, em vez disso, fez um acordo com ele - dinheiro e muito mais em troca de ajuda com a crise de refugiados.»
.


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