Sábado, 23 de Abril de 2016

            Isto da tropa tem muito que se lhe diga!

    Tenho muitos amigos que me dizem, quase aconselham: deve-se ter cuidado a falar da tropa.
São muito sensíveis e tal e tal....
    É evidente que lhe devemos o 25 de Abril e mesmo assim não é a todos. Por um lado, não se trata de um dívida perpétua e, por outro, a tropa que o fez, hesitou em muitas fases e perdeu o comboio do tempo. Foram ou deixaram-se ir quase todos para a prateleira e temos o país que se vê a empobrecer.
    Mas esta dos chefes militares exigirem promoções em todas as patentes, como leio hoje, não me encaixa.
    E os argumentos são patéticos. O Governo decretou que, em certos casos, os generais podem ser promovidos segundo apreendi para exercer um posto de comando. Vi isso nos tempos do 25 de Abril só com uma diferença: quando deixavam o posto regressavam ao seu posto. Agora não. É para a vida.
    Então os generais que querem ficar bem com a arraia mais miúda e não querem ser contestados vêm propor promoções também para baixo, certamente para os sargentos que se mexem um pouco aí pelas ruas.
    E sabem porquê as promoções?
    Para minorar os problemas de funcionamento e motivação nas fileiras.
    Só há fileiras na tropa?  Parece que o resto do país anda bem motivado e não precisa de funcionamento !          (-Joao Abel de Freitas, PuxaPalavra, 31.1.2012)
--------------
        Os governos e as crises     (-F.Seixas da Costa, 13/4/2016, 2ou3coisas)
...
(Um parêntesis para dizer que começo a ter escassa paciência para esta ideia de que a "tropa" é uma espécie de "chasse gardée" em que sempre se deve tocar com pinças, por uma espécie de reverência eterna que é devida a uma instituição composta por gente que, em princípio, se dispõe a arriscar a vida pela pátria (embora paga para isso) e a quem, além do mais, devemos o 25 de abril.
    Alguns militares parecem pretenderem preservar neste país um estatuto à parte, como se, lá no fundo, recusassem uma completa subordinação ao poder político, tentando garantir que na sua "quinta" mandam eles. Detesto e rejeito este sentimento de casta, até porque faço parte de uma carreira (diplomática) que lhes pede meças em patriotismo e devoção ao interesse nacional.
    Acho, aliás, que já chegou a hora do país deixar de levar a sério algumas indignações castrenses, que indiciam um tropismo obsessivo de afirmação de uma espécie de aristocracia fardada, pouco consentânea com os valores de abril.)   ...


Publicado por Xa2 às 07:45 | link do post | comentar

5 comentários:
De E os civis ?! e =repartição de sacrifíc a 1 de Fevereiro de 2012 às 10:28
O senhor parece não entender as organizações hierarquizadas (militarizadas).
As promoções não representam assim um aumento muito elevado.

Um coronel para general é aumentado uns 200 € liquidos (- e qual é o FP ou trab.por conta de outrem que tem um aumento de 200€liquido ?!!!) ,
e são apenas necessários 4 ou cinco em cada ramo, pois existem neste momento acumulações em diversas no comando das FA em todos os ramos.

(e depois ++ promoções para outros oficiais generais, ++ oficiais superiores, ... !!! )
Pode crer que não está em causa vencimentos, nem grandes poupanças ao país, (?!!)
um professor do básico a o secundário, no ultimo escalão recebe liquido mais que um coronel e pouco menos que um general. (isso já foi há decadas !!)

As razões tem a ver, entre outros aspectos da estrutura militar, com a organização e com o estatuto dos militares, daí a necessidade da existência de promoções em todos os postos.

Quero referir o facto de que em alguns postos, atingida que seja uma determinada idade, o militar é compulsivamente passado á reserva, ficando desse modo prejudicado (?!!), o que não acontece noutras carreiras.

Por este motivo passam a faltar (?!!) militares para desemprenhar as funções inerentes, normalmente no comando dos Ramos, onde existe grande carência.

Os generais só passam à reserva sempre com mais de 40 anos de serviço efectivo. Noutras profissões, por exemplo magistratura os juizes trabalham 25 anos apenas antes de se jubilarem.
Um general só o poderá ser ao fim de pelo menos 35 anos de serviço efectivo.

Eu não sou general, nem o poderia vir a ser, mas entendo a situação...pelo que o aconselhava a inteirar-se melhor e só então ridicularizar, ou insultar mesmo, se assim o entender, o general Luis Araújo que andou a pilotar heli´s em Mueda Moçambique, penso que percebe o que tal significava.

Conteste, mas informe-se primeiro, pois o que escreveu é um ponto de táxista profissional, que julgo o senhor não ser, . Sem ofensa
Os meus cumprimentos
-------

(- e também não deveria haver uma re-organização e redução do excesso de unidades militares e de efectivos e das passagem à reserva com 50 e poucos anos ?!!!
compare-se com a situação existente nas polícias e nos restantes civis da administração pública, especialmente aqueles que não são dos ''corpos especiais'' !!

Eu compreendo que um grupo profissional reivindique melhores remunerações (...) mas não aceito que haja discriminações (ou não se considere também a sua promoção económico-social) para com outros grupos profissionais, sejam os militares não oficiais superiores, sejam os militares milicianos, sejam os polícias, bombeiros, e todos os civis, especialmente os que pertencem às carreiras e corpos gerais (pior remunerados que os ''especiais''), ...



De Soldados, sarg, Oficiais generais a + + a 9 de Março de 2012 às 20:20
COMO É A TROPA PORTUGUESA

COMO É A TROPA PORTUGUESA ???....

ANÁLISE INTERESSANTE... !!!

O Comando Militar:

Os generais, por definição, comandam unidades. Brigadas, Divisões, Corpos de Exército e Exércitos.

5 tropas -> 1 Cabo

10 tropas + 2 cabos -> 1 Sargento

40 tropas + 8 cabos + 4 sargentos -> 1 Alferes

200 tropas + 40 cabos + 20 sargentos + 5 Alferes -> 1 Capitão

1.000 tropas + 200 cabos + 100 sargentos + 25 Alferes + 5 capitães -> 1 Tenente Coronel

8.000 tropas + 1.600 cabos + 800 sargentos + 200 alferes + 40 capitães + 8 tenentes coronéis -> General de Brigada.

Somando toda a linha de cima,

Cada General tem por baixo de si 10.648 homens (faz sentido)


AS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS TÊM MENOS DE 64.000 EFECTIVOS

LOGO, DEVERIAM TER, APROXIMADAMENTE, 6 Generais? MAS, PASME-SE...

TEM 123 (CENTO E VINTE E TRÊS) GENERAIS!!!

E PAGA PENSÕES BRUTAIS A UM SEM NÚMERO DELES QUE SE APOSENTARAM NOS ÚLTIMOS 25 ANOS ! !!

EM DOIS "PEQUENOS E POUCO DESENVOLVIDOS" PAÍSES - CANADÁ E ALEMANHA -

AS FORÇAS ARMADAS CONTAM COM 1 GENERAL DE 4 ESTRELAS.

EM PORTUGAL HÁ 4 (QUATRO) GENERAIS DE 4 ESTRELAS !! !!

Assim o Estado vai penalizando os que menos têm !!!!!!!!!!



De .Militares a mais ? e orçamento ... a 27 de Fevereiro de 2013 às 10:56

"Temos 18.803 efectivos militares. Dá 4131 efectivos por um milhão de habitantes. Em Espanha a relação é de 2983 efectivos para 1 milhão, no Reino Unido 2883 e na Holanda 2599 para um milhão de habitantes. (...)
Destes 18.803 efectivos, metade faz parte da estrutura de comando, oficiais e sargentos. A outra metade são os que obedecem.
Temos mais oficiais e sargentos, em termos proporcionais, do que, por exemplo, o Reino Unido. Portugal tem 30% de sargentos na estrutura militar e o Reino Unido 23%.
A relação nos oficiais é de 19% em Portugal para 17% no Reino Unido. (...)
Estes 18.803 efectivos fazem com que Portugal seja o segundo país da NATO que, em termos percentuais, mais despende com pessoal das Forças Armadas a seguir à Roménia.
Portugal gasta 1,6 do PIB na Defesa, mais do que a Alemanha, Espanha e Holanda. Só fica atrás da França e da Grécia.
Para 2013, o Orçamento de Estado prevê que os gastos com a Defesa sejam de 2% do PIB, o dobro da Espanha.
Quando é que isto pára?
Haverá medo de um golpe de Estado militar em Portugal?" (aqui)


... contudo, a "família militar" (ou melhor, "la famiglia") acha que existe uma "ameaça à pátria" e está a ser "empurrada para um beco".

Importante mesmo seria consumar o "empurrão para o beco".
Há minutos, no simulador do "Expresso" online para o Orçamento de Estado 2013, baixei IVA, IRS e IRC, subi pensões de velhice, invalidez, sobrevivência e subsídios de desemprego, baixei despesas com Municípios e Regiões Autónomas, subi os orçamentos para Saúde, Educação, Ciência e Agricultura e reduzi até ao mínimo permitido o orçamento para Defesa (2.310M€).
O resultado final do "meu" orçamento é consideravelmente melhor do que o proposto pelo Governo: redução do défice para 4,1% (6.757M€).

(-por João Lisboa 10.11.2012)


De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 1 de Fevereiro de 2012 às 13:39
Só um anjinho é que não sabe ou um distraído é que não se lembra que o poder civil pode ser derrubado por quem detem o poder das armas.
Ora é preciso ter na mão os que as têm: os militares e as forças paramilitarizadas, não vá o diabo tecê-las e quando o povo sair à rua a sério, quem tem as armas olhe para o lado ou tome o lado do povo.
Não se lembram dos recentes levantamento dos indignados nos países do norte de áfrica?
E como se podem os poderosos ter as armas do seu lado? Pagando! É que reza a lenda que todos os homens têm um preço... E nos tempos que correm há para aí uns homenzinhos bem baratos!


De Forças Armadas: q.dimensão? e custo? a 2 de Fevereiro de 2012 às 12:32
Aguiar-Branco: "As Forças Armadas não são sustentáveis"
O ministro da Defesa considerou hoje que "tal como existem as Forças Armadas não são sustentáveis" e defendeu a realização de reformas estruturais, depois de ter recebido avisos de "prudência" nesta matéria por parte de antigos chefes militares.
...
"Vivemos acima daquilo que podíamos, em todos os setores"

"A adaptação tem de acontecer em todo o lado. Vivemos acima daquilo que podíamos, em todos os setores", considerou Aguiar-Branco, que referiu a sua experiência enquanto porta-voz do PSD para a Defesa, quando foram feitas as reformas de 2009.

"Era um país que, bem ou mal, nós julgávamos que era outro", disse, advertindo que "tal como hoje existem, as Forças Armadas não são sustentáveis" e que estas correm o risco de uma "implosão" caso seja ignorada "a sustentabilidade das mesmas".

Na sua intervenção, José Pedro Aguiar-Branco elencou várias reformas já feitas, como a redução de estruturas no seu ministério, a localização do novo Hospital, o início da revisão da Lei de Programação Militar ou a transposição para a nova tabela remuneratória.

"Estamos igualmente a trabalhar em conjunto com o Ministério da Economia no estudo de viabilidade do aeroporto complementar de Lisboa, estamos a preceder a um estudo sobre os Estabelecimentos Militares de Ensino, procurando gerir melhor os recursos, de forma mais racional, sem olhar a dogmas ou preconceitos", acrescentou ainda.

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/aguiar-branco-as-forcas-armadas-nao-sao-sustentaveis=f702478#ixzz1lDpafX69
------------

Moncarapacho:
Alguma gente opina que devíamos abolir as FA.
É o mesmo que tirar a espinha ao Estado.
... ( Que Estado ? Que espinha? Portugal jã não tem mais espinha, perdeu a soberania... Ocparam Portugal e não precisaram disparar um tiro... ) ...

Há uma grande reforma a fazer nas FA, está identificada e só não foi ainda posta em prática por cobardia politica.

Há centenas de oficiais sem tropas para comandar, a relação general/forças está distorcida,
qualquer jovem que entra na Academia sonha com o generalato.
Manter 3 Estados Maiores mais o Cemgfa, edifícios enormes, cheios de gente a dar trabalho uns aos outros é um desperdício e um luxo que só grandes potências justificam.

Cada ramo quer ter todos os meios, a Marinha tem infantaria e helicópteros, o Exercito tem lanchas e helicópteros, só falta a Força Aérea ter barcos e artilharia.

Manter 3 academias militares, outro luxo desnecessário e o ensino nessas academias devia ser alterado para um estatuto mais democrático (sabem as pessoas que os alunos têm aulas valsa e chá-chá-cha para os bailes de gala ???
Sabem que fardas de gala, cheias de dourados, são pagas pelo erário público ???

Podia estar aqui a encher páginas com toda a alteração de gastos e mentalidades que é necessária e urgente...
---------

Ficções:
com ou sem Forças Armadas a capacidade retaliatóriia e disuasora e praticamente nula em termos militares modernos. E como sabe existem vários paises sem forças armadas (CostaRica, ...http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_without_armed_forces ).

Mas a verdadeira questão não é essa! A verdadeira questão é que as Forças Armadas custam demasisado em relação ao que oferecem. E não só!
Grande parte das Forças Armadas estão na reserva a auferir chorudos vencimentos sem dar qualquer contribuição.

« "As Forças Armadas não são sustentáveis" »
Claro que Aguiar Branco tem razão.
Está a dizer o óbvio, um pouco a medo.
Mas mesmo assim foi preciso coragem para enfrentar esta poderosa máquina corporativa, mas de mais-valia igual a zero.
...Se tivermos que abater os submarinos, sempre os podemos vender a um desses países que realmente precisem deles.
Mesmo vendê-los barato já é lucro, porque deixamos de ter essas enormes despesas de manutenção.
-----

Reconheço a necessidade de uma Marinha e Força Aérea até porventura reforçadas. Mas duvido da necessidade de cerca de 25 mil pessoas no Exército, num país com a dimensão que temos, pertencendo à Nato, dentro do espaço europeu, afastado de cenários de guerra ou de vizinhos propensos a invasões.


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