Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2014

Martifer ou  Lúcifer ?  (-por Renato, 5Dias, 10/2/2014)

anti-capitalism  Eis uma empresa do universo Mota-Engil verdadeiramente empreendedora. Em apenas uma semana está na berlinda por motivos tão diferentes como  o  operário português que morreu a construir um estádio no Brasil,  o  despedimento fraudulento de estivadores profissionais  e  da luta contra a privatização dos Estaleiros de Viana  e ainda  tem responsabilidades na cobertura do estádio da Luz  que,  apesar das garantias de seguranças dadas pela empresaparece ter sido a única infraestrutura destruída pela tempestade Stephanie (que este fim-de-semana atingiu todo o litoral português).  Sobre capitalismo monopolista pendurado na mama do Estado, dos trabalhadores e da bola, estamos conversados.

--- A CAROCHINHA da M-E: Joana N.Coelho, mais um nome a (de)reter… (-por Menor ,8/2/2014)

Joana Nunes Coelho   Porque mente de forma tão descarada a porta-voz dos patrões?   O que esconde a Mota-Engil ?   Qual o negócio atrás da substituição de estivadores profissionais por precários ?  Porque não abrem as portas do porto à comunicação social ?  Porque não mostram a produtividade e os resultados do desempenho dos fura-greves que contrataram sem experiência ?  Como é que os gestores de uma empresa defendem tão acerrimamente a entrada no mercado da sua concorrente desleal ?  Porque é que o governo é cúmplice de toda a fantochada ?  Será que com tudo o que está a vir a público a senhora vai continuar a fazer jogo de espelhos ?

   Ou muito me engano ou a Carochinha da Mota-Engil é capaz de ter mais respostas para dar do que aquelas que apresenta. Não basta mentir para esconder a verdade.  Até para isso é preciso alguma competência.

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Mente, e mente com todos os dentes. 1º, porque diz, que os actuais trabalhadores não serão preteridos. Então vejamos o que estes grupos económicos fizeram em Aveiro, e prepararam o mesmo cenário para Lisboa.  Em Aveiro, depois de conduzirem a ETP à insolvência (desviando as cargas para o porto de leixões, onde também operam), seguiu-se a demissão na gestão da empresa(ETP). Os Trabalhadores como principais credores, conseguiram e decidiram pela recuperação da empresa.  Entretanto, ao lado (50 metros), as empresa de estiva (dos grupos mota e engil e E.T.E.) abriram uma nova empresa de trabalho portuário (GPA).  De seguida, essa GPA, vai recrutar trabalhadores a uma ETT.  Tudo para que possam colocar os trabalhadores temporários, prioritariamente ao serviço.  E é isso que temos, trabalhadores temporários, a trabalhar, e trabalhadores efectivos, a aguardar que haja eventualmente um volume de trabalho que justifique a sua requisição.  Note-se, que a especificidade das (ETT´S), sendo de trabalho temporário, seria só de elas mesmo, acudirem temporariamente a picos de maior trabalho, o que não acontece. Tudo isto se passa, perante uma errada interpretação da lei 3/2013 (contra a qual lutámos e muito), e com total inércia do governo e do instituto que regula o sector. Esta senhora, Joana Coelho,efectivamente oculta a realidade e a verdadeira intenção.  - A. Júlio, Trabalhador Portuário (Aveiro).

--- Felizmente está a chegar o dia em que vamos perceber quem é o João Ratão que a Carochinha esconde…    Martifer ou Lúcifer | L´obéissance est morte 

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---  Estivadores pela economia nacional, Mota-Engil pelo lucro  (-por A. Mariano, 8/2/2014)

   Começa a ficar definitivamente claro o que move os estivadores e o que defendem os patrões.  Os primeiros estão em luta pelo trabalho digno e com direitos, pela reintegração dos estivadores despedidos e contra a negociata que está a levar à sua progressiva substituição por trabalhadores precários.   Os segundos estão em luta pelos lucros da Mota-Engil e dos seus enteados, pela exploração de um negócio que se agiganta à conta da relação promiscua entre os governantes e os representantes dos interesses económicos em jogo.   Os primeiros pela produtividade nos portos, pela segurança dos trabalhadores e das cargas e, consequentemente pelo interesse nacional.   Os segundos pela transferência dos salários de centenas de trabalhadores para a fortuna e subida no ranking de bilionários deste país.

   Joana N.Coelho, a porta voz dos patrões e a mulher de mão da Mota-Engil, que acusa o sindicato pela quebra da produção, devia era dizer qual tem sido a produtividade dos trabalhadores precários, que não têm nem experiência nem a devida formação, e cuja inépcia e baixa produtividade tem mais responsabilidades na quebra de produção do que a greve ao primeiro turno.

    Será que agora são as empresas que querem escolher as direcções dos sindicatos? (tal como no salazarismo!/fascismo!)   O que pretendem com mais esta calúnia no dia em que aceitaram reunir-se à mesa com os sindicalistas, pressionados pela recusa dos armadores em aceitar que os seus navios sejam operados por equipas de fura-greves inexperientes?  Porque não reconhecem que andam a provocar a falência da actual empresa de trabalho portuário?

    É sabido que aqueles que só respondem às perguntas que colocam, normalmente não estão a dizer a verdade. Esperamos para ver se vão continuar a insistir na história ou se, face à enormidade dos dados que têm vindo a público e à incapacidade de continuarem a esconder a verdade, os seus últimos refúgios são o silêncio e as falácias.



Publicado por Xa2 às 07:47 | link do post | comentar

1 comentário:
De Peq. comércio vs grandes a 11 de Fevereiro de 2014 às 13:49
Todo o poder aos (grandes) merceeiros!

[Governo quer acabar com algumas taxas pagas pelo comércio e baixar o valor pago pelas grandes superfícies.]

É a própria Assunção Cristas (v. vídeo) que confirmou que a pequena distribuição pagou a taxa de segurança alimentar,
mas que a grande distribuição se recusa a fazê-lo, mesmo depois de o Governo ter recuado, tornando a taxa numa caricatura ridícula.
Ainda assim, o Governo prepara-se para se vergar ainda mais à grande distribuição.

Com efeito, Leonardo Mathias, secretário de Estado Adjunto do ministro da Economia, dá hoje uma entrevista de duas páginas ao Público, na qual anuncia que irá estudar a forma de simplificar os procedimentos a que está obrigado o “comércio”.
Por enquanto, uma ideia vaga para fazer propaganda junto do pequeno comércio, mas que permite antecipar as escolhas que o Governo quer fazer.

Espremida a entrevista de duas páginas, fica-se com a ideia de que a “selecção natural” — nas extraordinárias palavras de Passos Coelho — não está, afinal, concluída. Por duas razões:

A primeira é que há o propósito de aligeirar os procedimentos de abertura e de encerramento de um negócio, que passará a exigir apenas uma comunicação sem pagamentos.
Mas como isso se aplicará também às grandes superfícies, uma parte das receitas cobradas às grandes superfícies (e que reverte para o fundo de modernização do comércio) ressentir-se-á, como o secretário de Estado reconhece: “É certo que haverá uma diminuição do montante disponível.”

A segunda razão é que parece que o Governo se prepara para levantar as barreiras impostas
a fim de impedir as grandes superfícies de poderem levar de arrastão o que resta do pequeno comércio — muito embora o secretário de Estado se embrulhe em contradições.
Diz ele: “Vamos também simplificar o regime de instalação das grandes superfícies comerciais,
sujeitando-as apenas à mera comunicação, quando o que hoje existe é um licenciamento.”
Depois contradiz-se:
“Manter-se-á o procedimento de licenciamento, que considero essencial para garantir uma política de ordenamento comercial equilibrada”.
Mas não hesita quando manifesta a intenção de o pagamento de taxas por parte de empresas com lojas acima dos 2000 metros quadrados ser reduzido:
“Vamos baixar significativamente o valor das taxas.”

Mais um “choque repentino” em perspectiva para erradicar os “maus hábitos” de que falava o Moedinhas (v. vídeo).

⇒ Miguel Abrantes, 10/2/2014 , http://corporacoes.blogspot.pt/


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