De oportunistas, burlões e farsantes a 28 de Abril de 2014 às 10:45
Viva o 25 de Abril
Honra à memória de Salgueiro Maia.
Lembro aqui a entrevista que Salgueiro Maia deu a Francisco Assis Pacheco no Jornal a 29.04.1988.
'É um facto que me sinto orgulhoso pela acção desenvolvida em prol do meu ideal de liberdade e democracia.(...)
À margem disso deploro que, tendo nós realizado um acto ímpar- pela primeira vez na História da Humanidade uma força militar realiza uma acção de destruição de um poder sem se apropriar desse poder- isto que em todos os países é relevante,
passa aqui pura e simplesmente desapercebido ou então, ao contrário, serve de base para sermos marginalizados, quando não tratados como traidores à Pátria.
Mas tenho outros sentimentos. Tenho um sentimento de gozo em especial nas comemorações do 25 de Abril por ver o comportamento de muita gente que é anti-25 de Abril mas que depois tem que ir lá pelas funções que o 25 de Abril lhe deu,e até tem que dizer coisas a favor do 25 de Abril'
Eu vou ao Largo do Carmo.
27.4.14
«Declaração de Entrega dos Ex-Membros do Governo»
Este documento é magnífico! (ver no http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/2014/04/declaracao-de-entrega-dos-ex-membros-do.html )
No dia 26 de Abril de 1974, «foram entregues» no Funchal, pelo comandante do avião que as levou de Lisboa, as «seguintes entidades»: Américo Tomás, Marcelo Caetano, Silva Cunha e Moreira Baptista.
O governador militar assina a aceitação da «mercadoria» e o Chefe do Estado Maior / CTIM autentica. Tudo ordeiramente, na maior das legalidades – estranho ou não, mas foi assim.
Posted by Joana Lopes : 1974
comments:
Victor Nogueira :
1. - Em 25 de Abril de 1974 a farsa entre spínola e marcelo para que o poder não caísse na rua foi pela RTP anunciada deste modo:
São já quase 20 horas e um novo comunicado informa que "Sua Excelência o ex-Presidente do Conselho de Ministros se rendeu incondicionalmente a Sua Excelência o General António de Spínola, juntamente com os ex-Ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros". Ainda era o tempo das “Excelências” e do respeitinho.
E no dia 27 em Caxias ainda se discutia à porta do Forte se era ou não legal libertar os presos políticos, enquanto o Governo era entregue a um conjunto de Generais alguns que se vieram a revelar claramente defensores da (des)ordem derrubada e tenha sido lançado um apelo para evitar os excessos que possam por em causa “o poder que o General Spínola vos oferece”.
2. - Durante a guerra colonial e nos arredores de Luanda havia um Quartel – o Grafanil – espécie de albergue ou placa giratória das tropas em trânsito entre o mato e a cidade ou o Puto (Portugal) onde existia um enorme barracão, que se via da estrada, onde letras garrafais identificavam como “Depósito de Convalescentes”. Era um dos muitos depósitos do material de guerra, este de soldados convalescentes.
27 de Abril de 2014 às 12:33
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