Sexta-feira, 25 de Abril de 2014

Cravo  

 
  Esta é a madrugada que eu esperava
  O dia inicial inteiro e limpo
  Onde emergimos da noite e do silêncio
  E livres habitamos a substância do tempo
 
Sophia de Mello Breyner Andresen

 

 

 

   1974 – O mural de 48 artistas    (-por Joana Lopes)

... No dia 10 de Junho de 1974, um grupo de quarenta e oito artistas plásticos pintou, em Lisboa, um mural que viria a desaparecer, num incêndio, em 1981. Entre os pintores, muitas caras conhecidas: Júlio Pomar, João Abel Manta, Nikias Skapinakis, Menez, Vespeira, Costa Pinheiro, etc, etc.
 

 


Publicado por Xa2 às 00:01 | link do post | comentar

6 comentários:
De 25 Abril : fazedores\ oportunista-falsos a 28 de Abril de 2014 às 10:42
Salgueiro Maia


Amanhã, no Largo do Carmo, será evocado Salgueiro Maia. As referências ao «capitão» Salgueiro Maia costumam enfatizar o papel decisivo que assumiu no 25 de Abril, mas sobre a sua carreira militar após o PREC cai um manto de silêncio.

Tendo igualmente tido um papel relevante no 25 de Novembro, não pode apontar-se a Salgueiro Maia nada em seu desabono — a não ser a defesa intransigente da democracia: manteve-se fiel à condição militar, não alinhou com extremismos de direita ou de esquerda, não se deslumbrou pelos holofotes da política, recusou ocupar quaisquer cargos (mesmo de natureza político-militar, como integrar o Conselho da Revolução).

Tal não obstou a que a direita militar, que, entretanto, reassumira as chefias das Forças Armadas, o perseguisse logo em 1976, tendo Salgueiro Maia sido afastado do comando militar para tarefas administrativas, primeiro chamado a Lisboa, depois enviado para os Açores, antes de ser atirado para a chefia da secção prisional do Presídio Militar de Santarém.

Alguns dos que desempenharam cargos de chefia por esses tempos não sentiram necessidade de também dizerem alguma coisa sobre as perseguições de que Salgueiro Maia foi alvo, ainda que fosse para se justificarem.

Acresce que, com a multiplicidade de historiadores que apareceram recentemente a debitar sobre o 25 de Abril, é surpreendente que ninguém — que eu me tenha apercebido — se tenha detido no que representa a perseguição que foi movida a Salgueiro Maia a partir de 1976.

_______
Leituras sobre Salgueiro Maia:
• Biografia de Salgueiro Maia
• Salgueiro Maia, O Insigne Capitão


De oportunistas, burlões e farsantes a 28 de Abril de 2014 às 10:45
Viva o 25 de Abril

Honra à memória de Salgueiro Maia.

Lembro aqui a entrevista que Salgueiro Maia deu a Francisco Assis Pacheco no Jornal a 29.04.1988.

'É um facto que me sinto orgulhoso pela acção desenvolvida em prol do meu ideal de liberdade e democracia.(...)
À margem disso deploro que, tendo nós realizado um acto ímpar- pela primeira vez na História da Humanidade uma força militar realiza uma acção de destruição de um poder sem se apropriar desse poder- isto que em todos os países é relevante,
passa aqui pura e simplesmente desapercebido ou então, ao contrário, serve de base para sermos marginalizados, quando não tratados como traidores à Pátria.
Mas tenho outros sentimentos. Tenho um sentimento de gozo em especial nas comemorações do 25 de Abril por ver o comportamento de muita gente que é anti-25 de Abril mas que depois tem que ir lá pelas funções que o 25 de Abril lhe deu,e até tem que dizer coisas a favor do 25 de Abril'

Eu vou ao Largo do Carmo.


De Transição da Ditadura para a Democracia a 2 de Maio de 2014 às 17:34
27.4.14

«Declaração de Entrega dos Ex-Membros do Governo»

Este documento é magnífico! (ver no http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/2014/04/declaracao-de-entrega-dos-ex-membros-do.html )

No dia 26 de Abril de 1974, «foram entregues» no Funchal, pelo comandante do avião que as levou de Lisboa, as «seguintes entidades»: Américo Tomás, Marcelo Caetano, Silva Cunha e Moreira Baptista.

O governador militar assina a aceitação da «mercadoria» e o Chefe do Estado Maior / CTIM autentica. Tudo ordeiramente, na maior das legalidades – estranho ou não, mas foi assim.

Posted by Joana Lopes : 1974

comments:
Victor Nogueira :
1. - Em 25 de Abril de 1974 a farsa entre spínola e marcelo para que o poder não caísse na rua foi pela RTP anunciada deste modo:
São já quase 20 horas e um novo comunicado informa que "Sua Excelência o ex-Presidente do Conselho de Ministros se rendeu incondicionalmente a Sua Excelência o General António de Spínola, juntamente com os ex-Ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros". Ainda era o tempo das “Excelências” e do respeitinho.

E no dia 27 em Caxias ainda se discutia à porta do Forte se era ou não legal libertar os presos políticos, enquanto o Governo era entregue a um conjunto de Generais alguns que se vieram a revelar claramente defensores da (des)ordem derrubada e tenha sido lançado um apelo para evitar os excessos que possam por em causa “o poder que o General Spínola vos oferece”.

2. - Durante a guerra colonial e nos arredores de Luanda havia um Quartel – o Grafanil – espécie de albergue ou placa giratória das tropas em trânsito entre o mato e a cidade ou o Puto (Portugal) onde existia um enorme barracão, que se via da estrada, onde letras garrafais identificavam como “Depósito de Convalescentes”. Era um dos muitos depósitos do material de guerra, este de soldados convalescentes.

27 de Abril de 2014 às 12:33


Comentar post

MARCADORES

administração pública

alternativas

ambiente

análise

austeridade

autarquias

banca

bancocracia

bancos

bangsters

capitalismo

cavaco silva

cidadania

classe média

comunicação social

corrupção

crime

crise

crise?

cultura

democracia

desemprego

desgoverno

desigualdade

direita

direitos

direitos humanos

ditadura

dívida

economia

educação

eleições

empresas

esquerda

estado

estado social

estado-capturado

euro

europa

exploração

fascismo

finança

fisco

globalização

governo

grécia

humor

impostos

interesses obscuros

internacional

jornalismo

justiça

legislação

legislativas

liberdade

lisboa

lobbies

manifestação

manipulação

medo

mercados

mfl

mídia

multinacionais

neoliberal

offshores

oligarquia

orçamento

parlamento

partido socialista

partidos

pobreza

poder

política

politica

políticos

portugal

precariedade

presidente da república

privados

privatização

privatizações

propaganda

ps

psd

público

saúde

segurança

sindicalismo

soberania

sociedade

sócrates

solidariedade

trabalhadores

trabalho

transnacionais

transparência

troika

união europeia

valores

todas as tags

ARQUIVO

Janeiro 2022

Novembro 2019

Junho 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

RSS