1 comentário:
De Br.: é golpe d Direita e Capital, c.Corr a 18 de Março de 2016 às 10:16
De Anónimo:

Se assim não é porque razão todos eles são corruptos e só se lembram do Lula?
Sejamos sérios, aqui, já que eles, lá, usam tudo, até um possível golpe de estado, para subiram aos palcos da ribalta e continuarem a corromper e a ser corrompidos.
... Tudo vale para o bota abaixo quando o que se tem em mente é a destruição, não importando o dia seguinte. ...

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"O que está em curso no Brasil não é um combate à corrupção, mas sim um golpe de Estado promovido pela direita e os sectores mais retrógrados do país.

A corrupção existe, mas é só o pano de fundo e o pretexto que a oposição precisa para deitar abaixo um governo eleito democraticamente.

Esta é, no essencial, a posição do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Comunista Português (PCP) sobre os acontecimentos mais recentes do Brasil."

Os dois partidos convergem na questão essencial, mas notam-se algumas nuances:
Bloco deixa subentendidas algumas críticas ao Partido dos Trabalhadores, de Dilma e Lula;
ao passo que o PCP aponta como causas desta crise política a crise do capitalismo e o papel destabilizador dos Estados Unidos na região.

---- Para Jorge Costa, dirigente do Bloco de Esquerda, o PT está a pagar pelas "alianças à direita" que fez nos últimos anos para apoiar os seus governos.
"Não podia acabar bem", porque "Lula e Dilma dependeram de representantes das piores práticas de corrupção da política brasileira e acabaram por ver o seu governo envolvido no caso Mensalão, entre outros". "Está mesmo a acabar mal", admite.

E está em curso um golpe de Estado, analisa Jorge Costa.
"Apoiadas nos sucessivos escândalos, a direita e a extrema-direita brasileiras desencadeiam agora um golpe de Estado no estilo do século XXI, articulado a partir do sistema judicial e alguns grandes empórios financeiros", afirma.
As perspectivas são, agora, negras para os brasileiros.

"Entre uma política sem rumo e sem critério e a vingança da oligarquia pelos anos de modesta redistribuição da riqueza, afundam-se as esperanças populares num mar de confusão e desespero".

---- Para o PCP, a explicação é similar, embora também haja dedo dos Estados Unidos.
"Os recentes desenvolvimentos no Brasil não podem ser desligados do aprofundamento da crise do capitalismo
que marca a situação internacional e que tem actualmente profundas consequências nos chamados países emergentes", indica o partido, numa nota enviada ao Negócios.

Os comunistas acusam os sectores "mais retrógrados e anti-democráticos" do Brasil de tentarem tirar "partido de reais problemas e de profundas contradições na sociedade"
para promoverem "uma intensa operação de desestabilização e de cariz golpista procurando alcançar o que não conseguiram nas últimas eleições presidenciais".
É nesse contexto que se insere a "a acção montada contra Lula da Silva".

Não está em causa, portanto, a "tentativa de combater a corrupção e um sistema político que a favorece".
Está, sim, em curso "uma acção protagonizada pelos sectores mais retrógrados – eles próprios mergulhados em décadas de corrupção –,
visando, por via da instrumentalização do poder judicial e da acção de órgãos de comunicação social,
a criação das condições para a reversão dos avanços nas condições de vida do povo brasileiro alcançados nos últimos 13 anos".

Essa "acção de desestabilização" é "indissociável do conjunto de manobras de ingerência promovidas pelos Estados Unidos
visando os processos progressistas e de afirmação soberana na América Latina".
A terminar, O PCP manifesta-se "solidário com as forças progressistas brasileiras, com os trabalhadores e o povo brasileiro
e a sua luta em defesa dos seus direitos, da democracia, da justiça e progresso social".

--- O PS, apesar de várias tentativas, optou por não comentar a situação no Brasil.

---- As ligações de Lula da Silva a Portugal estão a ser investigadas pela justiça brasileira, que pediu a cooperação das autoridades portuguesas.
Em causa estão negócios como a privatização da EGF, em que Lula terá pedido o favorecimento
da brasileira Odebrecht (que acabaria por não apresentar proposta), a venda da operadora brasileira Vivo, detida pela PT, à Telefónica (que permitiu a entrada da Oi na operadora portuguesa) ou a compra da Cimpor pela brasileira Camargo Corrêa.


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