De Europa, barbárie e civilização a 15 de Setembro de 2014 às 11:03
Barbárie e civilização


«A Europa,
tendo abandonado a religião, desmantelado a família, comercializado a cultura e corrompido as instituições,
não se pode surpreender que os outros povos a desprezem e seduzam os seus jovens.

Mas, apesar das crises, livre de ditadores e fanáticos, massacres e caos,
a Europa permanece um dos melhores cantinhos do planeta».


Publicada por RCP à(s) 9/15/2014 http://maisactual.blogspot.pt/


De Independência, auto-determinação,Estados a 15 de Setembro de 2014 às 15:05
Please say yes… (à independência da Escócia)

12/09/2014 por António de Almeida , Aventar)


-Os assuntos de qualquer nação apenas a ela dizem respeito. Considero positiva a realização do referendo na Escócia. Como também defendo o mesmo princípio para o País Basco, Catalunha e nem me importaria que Portugal para satisfazer a vontade de muitos monárquicos realizasse uma consulta para decidir o regime político. No final há que respeitar o resultado. Principalmente os estrangeiros, como eu, era o que mais faltava ter uma palavra a dizer nos destinos de qualquer nação que não a minha. A Democracia pode ser uma maçada para alguns e nem sempre estamos de acordo com as consequências da livre escolha. Mas não existe sistema melhor. No entanto confesso estar a torcer por uma vitória do Sim à independência da Escócia.


De independência vs federação a 19 de Setembro de 2014 às 17:37

-- Nacionalismo (e patriotismo e unitarismo) vs Unionismo ;
-- Autonomia (restrita ou alargada) vs Federalismo (e con-federalismo) ;
-- Independência (e soberania política e económica ...) vs Dependência (e subjugação ou neo-colonialismo ...);
...

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Uma boa notícia para a Europa

(por Pedro Correia, em 19.09.14, delito de opiniao)

Os escoceses demonstraram a sua opinião sobre a fragmentação do Reino Unido, rejeitando-a num referendo em que participaram 84,5% dos cidadãos recenseados. Fizeram-no com indiscutível maturidade democrática. O Partido Nacional, embora derrotado nas urnas, obtém no entanto mais autonomia para a Escócia, o que é positivo e adequado à realidade.

Este processo -- como já tinha sublinhado aqui -- decorreu sem rupturas constitucionais, o que merece ser enaltecido. Todas as forças políticas conservam vias de diálogo e margem de progressão para fazer evoluir as suas teses. Porque um dos aspectos positivos nesta vitória do não é a possibilidade de fazer novos referendos. A vitória do sim seria sempre de sentido único: nunca mais haveria referendo algum.

Os nacionalismos que já ferviam de júbilo perante um possível triunfo das teses independentistas na Escócia vão arrefecer ligeiramente. E, de caminho, os seus arautos devem meditar nos motivos que levaram uma clara maioria dos eleitores a optar pelo não. Aliás valeria a pena fazer tal reflexão mesmo que o sim vencesse por curta margem.

Uma declaração de independência só faz sentido se estiver apoiada na vontade largamente maioritária do povo -- como sucedeu em Timor-Leste, por exemplo, no referendo de 1999. Num mundo globalizado, nenhum país é totalmente independente -- salvo, talvez, a Coreia do Norte. Em termos políticos, ou a independência é um projecto realmente colectivo -- disposto a enfrentar todos os riscos -- ou não é nada. Dite a aritmética das urnas o que ditar.


De Escócia: Sim, Não, ... , medo e ameaças. a 19 de Setembro de 2014 às 18:23
-- http://aventar.eu/2014/09/18/escocia-e-o-lobo-mau/#more-1220051

Não, não tenho a certeza de qual é a melhor escolha para os escoceses. A complexidade da questão e a ausência de propostas de caminhos e opções políticas para além da independência pura e simples levam-me a reservar entusiasmos e suspender a opinião, até por não dominar grande parte das variáveis em jogo. Além do mais, tenho as maiores reservas sobre o referendo como instrumento de deliberação democrática – por razões que podemos discutir noutro lugar e em diferentes condições.

Mas coisa bem diferente é não reconhecer o direito dos escoceses tomarem a sua decisão sem ameaças torpes vindas do poder – de todos os partidos parlamentares – político e económico inglês. Tais ameaças vêm de todo o lado. Até a União Europeia já resmunga ameaças. Mesmo Platini e a merdosa UEFA se sentem no direito de ameaçar! Os últimos dias têm sido um compêndio da arte de fazer uma campanha suja.

Longe vão os dias de arrogante e paternal indiferença do governo da velha Albion. Enquanto não houve a real possibilidade do “sim” vencer, assistimos a sorrisos condescendentes. Como é de costume, os referendos patrocinados ou tolerados pelo poder fazem-se porque este tem a certeza de os ganhar (a história mostra bem como a direita e a extrema direita, desde que governantes, gostavam de referendos).

Agora, os sacanas do costume levantam a voz. Que só há um caminho, que a Escócia, sozinha, está perdida, que os bancos fogem e as libras também, numa palavra, se a Escócia se mete em caminhos desconhecidos, arrisca-se a dar de caras com o lobo mau. Assim, a Escócia pode escolher ,desde que escolha o que os poderes hegemónicos querem para ela. Mas se ela escolher o caminho do lobo mau, preferindo enfrentar o bicho a seguir os conselhos e temer os sustos da mãe Albion e da tia UE, seria bom que, em vez das pragas com que é ameaçada, tivesse o apoio e acompanhamento de que vai necessitar. Apoio da família, não violência familiar.
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--- http://aventar.eu/2014/09/18/pela-alba-independente-sonhar-nao-e-pecado/#more-1220019

Não acredito que o dia de hoje acabe com uma Escócia independente. Conheço tão bem a perfídia da Velha Albion, sou português, ou seja nativo de uma ex-colónia britânica (e às vezes ainda parecemos) que duvido sempre quando se trata de a derrotar.

Une-me aos escoceses essa mesma História, o Walter Scott que me sabe sempre ao travo doce do malte da infância, a parte Astérix das terras que os romanos não conquistaram, a gaita-de-foles catedral dos instrumentos e nem por isso o uísque, que os prefiro de outras paragens.

Mas acima de tudo sou escocês como sou palestiniano, basco e catalão, irlandês ou galego, filho de uma pátria conseguida com mais sorte que juízo e muito sacrifício, seja os dos que caíram no séc XIV ou nos levantamentos populares que forçaram a fidalguia ao golpe de estado de 1640 ou em tantas outras guerras mais esquecidas, e por isso solidário com os povos que outros sequestraram..

A independência da Escócia pode abanar a Europa, e europeu também sou dos seus povos e do direito a se governarem.

Seria um sinal, também, de que estes tempos trazem um tempo onde até o desenho das fronteiras pode aproximar-se da História e da liberdade.

--- http://aventar.eu/2014/09/18/pela-alba-independente-sonhar-nao-e-pecado/#more-1220019

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De 37 independentistas na Europa a 23 de Setembro de 2014 às 15:37
Como seria o mapa da Europa se houvesse uma vaga independentista ? (18/9/2014, Expresso)

Imagine que se alastra uma vaga de referendos como o que se realizou quinta-feira na Escócia. Imagine que todos terminam com vitória dos movimentos independentistas. Consequência: iríamos ter 37 novas nações e territórios. Veja o mapa ao detalhe. (Infografia de J. Figueiredo)

Existem atualmente na União Europeia 37 movimentos nacionalistas e regionalistas representados na European Free Aliance (mais três como observadores), partido político representado junto do Parlamento Europeu.

Espanha, com os casos da Andaluzia, Aragão, Canárias, Catalunha, Galiza e País Basco, assume especial destaque. Esta quinta-feira, por exemplo, representantes das forças políticas nacionalistas foram ao Congresso de Deputados, a Madrid, para saudar o processo de referendo sobre a independência da Escócia.

Em declarações aos jornalistas, líderes políticos bascos, catalães, canários e galegos saudaram o povo escocês pela sua opção de exercer o direito de autodeterminação e as autoridades britânicas por permitirem a consulta, apelando ao Governo espanhol para que "ouça e aprenda".

Também o chefe do Governo basco manifestou intenção de "avançar pelo caminho" da Escócia. Para Iñigo Urkullu, o caso escocês demonstra que pela "negociação e acordo" é possível decidir o futuro político em liberdade.

Discursando no Palácio Intsausti de Azkoitia (Giouzkoa), onde presidiu ao ato de comemoração do 250º aniversário da Real Sociedad Bascongada de los Amigos del País, Iñigo Urkullu defendeu que o futuro da região é a Europa, "unida na diversidade" e transformada "num modelo de nova governação, baseada no diálogo e no acordo e na soberania partilhada".

Esta sexta-feira, o parlamento regional da Catalunha reúne-se em plenário extraordinário para aprovar a Lei de Consultas, o instrumento jurídico com base no qual o Governo regional pretende convocar a ida às urnas sobre independência para 9 de novembro.

Também a França acolhe pretensões independentistas. A União Democrática da Bretanha, que defende maior autonomia para uma região que foi independente do Reino de França até 1532, convocou uma "grande manifestação pela unidade" para 27 de setembro, em Nantes. A sul, o Partido Occitânica, formado em Toulouse em 1987, sonha com o reconhecimento de uma comunidade que fala uma língua - occitana - que terá surgido no século IX e que liga alguns vales dos Alpes italianos a alguns aragoneses nos Pirenéus espanhóis.

Seja qual for o sentido de voto dos escoceses, a pura e simples realização do referendo abriu uma janela de esperança aos movimentos e partidos independentistas europeus. E não são assim tão poucos.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/como-seria-o-mapa-da-europa-se-houvesse-uma-vaga-independentista=f889831#ixzz3E9IcStvh


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