Segunda-feira, 6 de Julho de 2015

 -----  Bandeira grega subiu ao Castelo de São JorgeBandeira da Grécia no Castelo de São Jorge 



Publicado por Xa2 às 07:50 | link do post | comentar

8 comentários:
De .'NÃO', mesmo com FOME.! a 6 de Julho de 2015 às 16:02
Quiseram dizer «Não», mesmo que fiquem sem comer

(6/7/2015,Pedro Santos Guerreiro , http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/ )

«“As pessoas quiseram dizer 'não', mesmo que fiquem sem comer”.
Stavros Stellas tem 60 anos e anda de lágrimas nos olhos na Praça Sintagma com a bandeira de PORTUGAL quando a jornalista Joana Pereira Bastos o topa.
Porquê a bandeira?
Porque estamos a passar pelo mesmo, diz. Mas não da mesma maneira:
“O governo português vai ter de explicar ao seu povo porque não lutou pelos direitos das pessoas, como lutou o nosso aqui na Grécia.
Vai ter de explicar porque disse que sim a tudo, porque nunca fez frente à UE.”
Ouve-se isto e engole-se em seco. (...)

É exactamente por causa desta tibieza política e pela opção pela dissimulação consentida em Portugal
que se olha para o povo grego e se admira a coragem,
mesmo que ela abra portas para salas tenebrosas onde não há uma só luz que alumie o futuro.
Ajuda?
Os gregos não precisam de esmola, precisam de um plano que funcione).
O que é indisputável é o contrário, os gregos querem ajuda. Não estão a virar as costas à Europa,
estão a abrir o peito da sua dignidade e a mostrar com as suas próprias cicatrizes
– desemprego, recessão, pobreza, cortes de salários, de pensões e noção esclarecida de que vai ser assim durante décadas –
que a austeridade levou de mais e trouxe de menos.
Não é só ser doloroso, é ser estúpido insistir num modelo que, trazendo austeridade, não traga mais que austeridade. (...)

É também por isso que as reportagens da noite de domingo estão cheias de emoção, daqueles que falam e também de muitos que lêem.
Festeja-se uma espécie de liberdade que não vem da vitória em si mas da dignidade de quem, mesmo sabendo que vai passar fome, não aceita mais planos de austeridade inférteis.
Stavros Stellas é só mais um e nós devíamos perceber que aquela bandeira portuguesa que ele leva nos braços não é a representação de um credor mas de um povo.
Afinal, é isso que eles são, o povo grego.
Afinal, é isso que nós nunca seremos, o povo da Europa.
E se desistimos deles, desistimos de parte de nós.
É que o “não” ganhou.
E cinco anos de austeridade depois, os gregos não estão a querer tirar, estão a querer dar.
Para que o sacrifício valha a pena.
O deles. E o nosso.»


De Hellas e nós venceremos tiranos/vampiros a 7 de Julho de 2015 às 09:58
Em solidariedade com a Grécia, deixo-vos “Discurso de Péricles aos Atenienses” poema do meu livro Chegar Aqui, de 1984.
Bruxelas tomou o papel de Esparta e hoje, como então, a nossa força é a diferença.
Manuel Alegre

Discurso de Péricles aos Atenienses

Deixai-os em treino permanente
Como se a vida fosse apenas exercício
Atenas ama o vinho e a poesia
E Esparta o sacrifício
Que nos acusem de vida fácil e leviandade
Que digam que não sabemos guardar segredo
Nem combater
Em Atenas reina a liberdade
E em Esparta o medo
A nossa força é a diferença
Não são precisas provações nem disciplina
Atenas vive como quer e como gosta
Porque a nossa coragem não se aprende não se ensina
A nossa é de nascença
E não imposta
Deixai-os pois dizer que vão vencer
Eles fogem da vida por temor da morte
Nós vamos para a morte por amor da vida
E enquanto Esparta só combate por dever
Nós iremos lutar com alegria
Por isso Atenas não será vencida


De Vale a pena LUTAR contra «a realidade». a 7 de Julho de 2015 às 10:57

Partes da INTERVENÇÃO de JPP

Falemos de patriotismo.

Imaginemos 1640 e os conjurados, imaginemos 1765 e os colonos americanos, imaginemos 1940 e os franceses que ouviam a palavras de Pétain após a capitulação, tudo situações muito diversas, mas com uma coisa em comum.

Os portugueses, os colonos americanos e os franceses, todos ouviram as mesmas palavras, todos ouviram os mesmos sábios conselhos, todos escutaram apelos à razão, à realidade, ao realismo, à sensatez, à passividade, à prudência, ao respeito por quem manda, à ordem estabelecida.
Todos também ouviram algumas ameaças:
deixem-se estar quietos porque as consequências serão terríveis, não tenham veleidades que não vão conseguir alguma coisa, as coisas são como são, a realidade é muito forte e quem a contestar verá cair-lhe sobre o corpo toda a força dos poderosos.

A realidade. Falemos da realidade. Ou, como dizem alguns neo-filósofos da direita, que confundem ignorância com desenvoltura e topete, a p.d.r., a «p…. da realidade» que atiram à cara dos que dizem que há alternativas.

Isso é tudo muito bonito, dizem, muito solidário, muito nobre, mas e a p.d.r.?

Vamos pois devolver-lhes a realidade com juros. Com juros como os da Grécia.

Havia algo de pior do que a realidade, do que a que existia em 1640, 1765 e em 1940? A realidade em 1640 eram os Filipes e Miguel de Vasconcelos, em 1765 eram os casacas vermelhas e os seus mosquetes, os barcos de Sua Majestade Jorge III e os mercenários do Hesse e. em 1940, as tropas do Reich de 1000 anos mais a Gestapo, a que em breve se juntaram as milícias e a polícia francesa.

Em matéria de p.d.r. é difícil haver melhor. Os tecnocratas da troika e os seus mandantes políticos são anjinhos comparados com estes mandatários da realidade. Da p.d.r.

Mas não chegou, não era assim tão realidade como isso, havia, como há sempre, outras realidades, as que nós fazemos.

A Duquesa de Bragança queria ser rainha pelo menos por um dia e, como nestas coisas as mulheres costumam ir à frente, disse ao seu homem para conspirar.
A realidade ameaçava-lhe separar a cabeça do corpo, mas ele e os 40 conjurados acabaram por enviar Miguel de Vasconcelos pela janela a bombar e devolver à origem a outra Duquesa, a de Mântua. A I República, e bem, resolveu que o 1º de Dezembro tinha que ser feriado e os nossos patriotas de bandeirinha à lapela, acabaram com ele. É que os conjurados deviam ser radicais e do Syriza.

A realidade devia dizer ao senhor Benjamin Franklin que podia fazer uma startup com os seus para-raios, a John Adams que podia ser um bom advogado de negócios de Boston, ao senhor Hamilton um eficaz administrador colonial, ao senhor Jefferson um scholar erudito, ao senhor Washington um bom agricultor e a mil e um dos “pais fundadores” que podiam ser apenas... pais.

Mas a outra realidade disse-lhes que “no taxation without representation”, e que o Parlamento inglês não devia mandar nos colonos americanos que não o elegiam.
O resultado é que o chá foi para o fundo do Porto de Boston e apareceram umas bandeiras com uma víbora e que diziam: “não me pises”.
“Não me pises”, foi assim que foi fundado esse tenebroso país esquerdista e irreal, os EUA.

Em 1940, - quanto mais perto de nós, mais a realidade é dura, - o que é que Pétain disse aos franceses? Aceitem a realidade. E a realidade é a ocupação alemã. E quais são os interesses da França? Colaborar com o ocupante, ser bom aluno da Nova Ordem Europeia e fazer o "sale boulot" dos alemães: perseguir os judeus, executar os resistentes, combater ao lado das SS. Era o “trabalho de casa”.

Mas havia em França uns irrealistas criminosos, um radical esquerdista chamado De Gaulle que foi para Londres apelar à revolta contra a realidade. Franceses tão radicais como ele, como Jean Moulin, e franceses menos radicais do que ele, os comunistas depois do fim do Pacto Germano-Soviético, começaram a trabalhar contra a realidade. E depois foi o que se viu.

Amigos, companheiros e camaradas

Eu gosto do meu país. É o meu povo, a minha língua, as minhas palavras e as dos meus, falem "assim" ou "axim", digam "vaca" ou digam "baca", digam "feijão verde" ou "vagens". Portugal é, ou devia ser, o único sítio onde o meu voto manda. Mas o meu voto manda cada vez menos. ...


De Podem Falhar, mas RESISTIRAM ! a 7 de Julho de 2015 às 11:06
3.7.2015
19:17 (JPP)
Partes da Intervenção de José Pacheco Pereira na Sessão de Solidariedade com a Grécia
...
...
...
Mas o meu voto manda cada vez menos. Como para os revolucionários americanos, também no meu país, há “taxation without representation”.
Também no meu país há colaboração, submissão, diktats,
Também no meu país, a realidade é feita de mentiras.

É por isso que o destino dos gregos não me é indiferente, bem pelo contrário.

Não quero saber se o governo grego está a fazer tudo bem ou não. Não quero saber se Varufakis é arrogante ou não.
Nem, verdadeiramente, o meu julgamento sobre os gregos está dependente de eles terem sucesso ou não.

O que eu sei é que houve um governo na União Europeia que RESISTIU a cortar mais salários e pensões a quem já tinha visto salários e pensões cortadas.

Podem falhar, mas resistiram.

O que eu sei é que houve um governo que quis DEFENDER o seu país de ser controlado por estrangeiros e por uma burocracia TRANSNACIONAL de tecnocratas pedantes que detestam a democracia e “esnobam” dos políticos. Os "adultos" que estão na sala.

Podem falhar, mas resistiram.

O que eu sei é que houve um governo que quis ser FIEL às suas PROMESSAS eleitorais e que não quis ser uma versão grega do Senhor Hollande, nem dos 'socialistas' que acham que são membros suplentes do PPE. (partido popular europeu, de direita e centro direita, do PSD)

Podem falhar, mas resistiram.

Não sei se isto é de esquerda ou de direita, sei que isto é ser um bom grego. E isso é um EXEMPLO que nós queremos seguir, para sermos bons portugueses, que gostam do seu país e do seu povo.

Perante uma realidade iníqua há um valor moral em tentar criar outra realidade que não comece por p..

Se há coisa que a história mostra é que vale a pena.


De Portugal tb a Referendo a 7 de Julho de 2015 às 15:37
--------
(DesGovernante Fantoche, pró-NAZI-Fascista, Situacionista, Colaboracionista, traidor, assassino, ...)

Pétain também está ligado ao colaboracionista Laval e aos esquadrões «Maquis».
-
------
As reescritas miseráveis da História não podem passar impunes, Porque atrás delas é a própria História que querem mudar.

Com a colaboração activa dos petains da actualidade,
sejam mais ou menos canalhas ou mais ou menos fascistoides
----

texto miserável:
"Petain estava tão certo quanto de Gaule:
a um competia-lhe não ser suicidário,
ao outro aliar-se a quem pudesse reverter a situação.
E para ambos a causa era a sobrevivência da França."

O elogio a Pétain ultrapassa o limite da decência. Por detrás disto é a face da barbárie que aparece.

Quase sempre de máscara.
Mas por vezes de forma horrenda e crua

----xxxxxxxxx-----

Referendo em Portugal será em Setembro 2015
...
... O actual governo PSD/CDS-PP já demonstrou que governo quer ser:
o menino bem comportado, que até vai além do exigido pelo professor, que levanta a mão antes de ir à casa de banho.
Comportamentos aceitáveis por um pupilo, mas não entre Estados soberanos e independentes.

O PS também já demonstrou que postura terá no Governo, pelas votações que tem feito relativamente à proposta de renegociação da dívida,
elemento fundamental para garantir desenvolvimento a curto prazo em Portugal e evitar ainda mais degradação das funções sociais do Estado.

Aliás a Troika nacional (PS, PSD, CDS-PP) tem sido clara na sua visão sobre a soberania nacional ao convergirem na sua aprovação, promoção e cumprimento dos múltiplos tratados e acordos da UE,
incluindo na sua recusa de sujeitar ao escrutínio popular quaisquer decisões supra-nacionais que têm vindo a destroçar a independência de Portugal.

Recordem-se apenas o mais recentes:
- o Tratado de Lisboa e os decorrentes pacotes legislativos da Governação Económica (Six Pack e Two Pack)

- Tratado sobre a Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária – também conhecido como Tratado Orçamental;

- o «Semestre Europeu»;
- a «União Bancária»;

- o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (o TTIP: «Transatlantic Trade and Investment Partnership»)

Tal é o colete de forças em que a troika nacional nos meteu, que pouco podem os seus partidos diferir nas suas propostas legislativas.
Cavalo ou jumento, produzem muita merda e a de ambos cheira mal.
Na campanha que se avizinha há que direccionar o debate político sobre fundamentos, e não nos deixarmos distrair com questões ilusórias, promessas que não tencionam ser cumpridas.
É o futuro do país que está em jogo.


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