«Passos Coelho, com a sua pala ideológica, só consegue ver muito à direita e não enxerga nada do que transformou o Mundo depois da II Guerra Mundial.
O seu Governo é o campeão do DESVIO de RENDIMENTOS do trabalho para o capital e da criação de mecanismos – onde se incluíram importantes alterações aos processos e condições da prestação e organização do trabalho – que, em nome do combate à dívida "pública", têm servido para transferir e concentrar riqueza.
Não contente com a sua "obra", coloca ainda hoje a redução dos custos de trabalho como a grande questão para "conseguirmos ser mais atractivos para o investimento".
O desprezo pelo desenvolvimento conseguido na sociedade portuguesa, a obsessão ideológica, a negação da memória histórica e o atrevimento tão típico da ignorância,
convergem na estruturação das receitas deste primeiro-ministro, que contribuiu significativamente para pôr em marcha um processo de retrocesso social e civilizacional no nosso país. (...)
Quanto mais precário e instável for o trabalho e mais baixa a exigência de qualificações dos trabalhadores;
quanto mais reduzido for o nível de formação de patrões e gestores e estes tiverem de decidir em contexto de inseguranças e fragilidades,
menos possibilidades teremos de nos tornar mais produtivos.
Por outro lado, a efectividade dos direitos no trabalho e a existência de relações de poder equilibradas entre trabalhadores e patrões
são determinantes para moldar a valorização que se atribui ao trabalho, para garantir emprego, e ainda para definir o sentido concreto do desenvolvimento económico, social, cultural e político de uma sociedade.
Já chega de chantagens e maldades sobre os trabalhadores.
Precisamos, é certo, de melhorar o nível de gestão, mas talvez sejam mais perniciosas as "excepcionais" capacidades dos Zeinal Bava que actuam neste país do que
as fragilidades e falta de motivação (que são reais) para inovar e aprender de muitos pequenos patrões,
inseridos numa economia e sociedade tolhidos por uma austeridade sem sentido.
O tempo que vivemos sem dúvida exige aprendizagens no trabalho, desde logo aos gestores,
mas também nos desafia a trabalhar outros rumos e compromissos de desenvolvimento e a encontrar governantes sérios e capazes.»
Manuel Carvalho da Silva
(via Entre as brumas da m.,)
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Governo em modo delirium tremens
O governo entrou em fase delirium tremens. Situação recorrente neste executivo, mas que tem picos na Primavera. Só esta semana, destaque para três momentos zen ( embora fossem muitos mais)
--Apoio ao truca truca
Depois de aumentar o horário de trabalho na função pública para 40 horas semanais, apenas porque sim,
lembrou-se que era preciso fomentar o apoio à natalidade e propõe a possibilidade de pais e avós trabalharem a meio tempo recebendo 60% do salário.
(Não seria melhor reduzir o horário novamente para as 35 horas e pagar apenas 50% aos trabalhadores em part-time?)
--Se vai legislar, não beba
Movido pela fúria legífera, aprovou uma lei que proíbe o consumo de álcool a menores de 18 anos, mas reduziu a capacidade operacional da ASAE.
Sem meios para fiscalizar o cumprimento da Lei, como é que o governo pensa fazer cumpri-la?
--Teimosia ou psicopatia?
Passos Coelho insiste na redução da TSU para as empresas, agora com a nuance de não prejudicar os trabalhadores. Como?
Segundo explicou Marco António Costa, numa primeira fase a perda de receitas da segurança social será compensada através da injecção de verbas provenientes do Orçamento de Estado.
Ou seja, serão os contribuintes a pagar este favor do governo aos patrões.
Como já acontece, por via da descida do IRC.
Os trabalhadores não serão contribuintes ?
(- por C.B. Oliveira, abril 16, 2015, Crónicas do rochedo)
-------comentários:
--Primeiro para os pais trabalharem a meio tempo, é preciso terem trabalho...
Segundo, a proibição do consumo de álcool a menores de idade é utópica...eles são muito mais criativos que o governo!
Por último, fazem dos trabalhadores parvos usando falácias que retoricamente suportam o seu palavreado.
--Psicopatia, naturalmente! (...)
As expressões faciais do embuste não enganam ninguém. Excetuando aqueles que gostam de ser enganados.
Uns porque são beneficiários diretos,
outros por ignorância e cegueira mental.
O estarola em funções de primeiro ministro vai ficar na história de Portugal ao lado do pior que aconteceu ao país em nove seculos de existência.
--Gosto especialmente da lei seca.
Não são os pais que vão educar os filhos, é o Estado que vai proibir.
O[s] Verdadeiro[s] Artista[s]
(-por josé simões, 17/4/2015, http://derterrorist.blogs.sapo.pt/ )
O CDS apoia o corte de 600 milhões de euros nas PENSÕES porque «há um problema de sustentabilidade do sistema de pensões»
e porque o CDS é favorável à descida da TSU, com a luz verde e irrevogável de Paulo Portas, sem custos para -os trabalhadores, o que faz toda a diferença, olarilas,
a descapitalização da Segurança Social não é tida nem achada, olarilas mais uma vez,
e porque os jovens não descontam porque no país da retoma e do milagre económico e do exemplo para a Europa e para o mundo
emprego não existe, quanto mais trabalho, e porque os que que descontam fazem-no nos países de destino, para onde emigraram,
e porque como ninguém desconta voltamos outra vez ao princípio que é a descida da TSU sem custos para -os trabalhadores
e porque uma maioria absoluta não chega para levar a cabo tão hercúlea e patriota tarefa
é preciso um consenso alargado na forma de um «compromisso com o principal partido da oposição» - o PS, para que a culpa tenha marido e não morra solteira.
São demasiados "porque" para um partido de pantomineiros – o CDS, propriedade de um pantomineiro – Paulo Portas.
Esta é a política do aumento da EXPLORAÇÃO, de corte nos salários e pensões, de alterações para pior ao Código do Trabalho e à Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, de golpe na contratação coletiva, facilitação dos despedimentos, eliminação de feriados, desregulação e aumento dos horários de trabalho, promoção dos despedimentos, corte dos complementos de reforma em empresas públicas de transportes e de generalização da precariedade com os falsos recibos verdes e o recurso a trabalho forçado e não pago, como os chamados "Contratos Emprego Inserção" ou os estágios a preencher necessidades permanentes.
Os salários no sector privado baixaram 13% entre 2011 e 2013 e na administração pública baixaram praticamente o dobro. A parte do trabalho na distribuição do rendimento nacional reduziu-se e representa apenas 37%, enquanto a parte do capital atinge 62%.
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As políticas dos PECs e do Pacto de Agressão traduziram-se no EMPOBRECIMENTO, que promove baixos salários e pensões, cortes nos seus montantes, desemprego, eliminação de apoios sociais, abono de família, complemento solidário para idosos, rendimento social de inserção.
Uma razia que cria uma situação dramática com a taxa de pobreza a passar, entre 2009 e 2013 de 17,9 para 25,9%, mais 800 mil pessoas na pobreza, 2 milhões e 700 mil portugueses atingidos nas suas vidas.
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As políticas dos PECs e do Pacto de Agressão traduziram-se no DESEMPREGO massivo. Entre 2009 e 2014 o número de postos de trabalhou foi reduzido em quase meio milhão, a taxa de desemprego em sentido restrito passou de 9,4 para 13,9 %, apesar da emigração e da não contabilização de mais de 160 mil “ocupados” em estágios, programas ocupacionais e ações de formação.
O número de desempregados em sentido amplo passou de 653 mil para mais de 1 milhão e 200 mil, a taxa de desemprego dos jovens atinge os 35%, o número de desempregados de longa duração duplicou e apenas 23% dos trabalhadores desempregados recebem subsídio de desemprego.
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Traduziram-se na política da EMIGRAÇÃO forçada, que expulsou do País, por razões económicas, nos últimos cinco anos quase 400 mil portugueses, uma dimensão que sem paralelo nos últimos cinquenta anos só comparável com o tempo do fascismo.
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As políticas dos PECs e do Pacto de Agressão traduziram-se no CORTE do INVESTIMENTO público. O investimento decisivo para manter a produção, as infraestruturas, equipamentos e para o desenvolvimento caiu de 7,2 mil milhões de euros em 2009, para 4,2 mil milhões de euros em 2014.
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As políticas dos PECs e do Pacto de Agressão traduziram-se na DESTRUIÇÃO do aparelho PRODUTIVO e da produção nacional. O PIB em termos reais passou de 181 mil milhões de euros em 2008, para 169 mil milhões de euros em 2014, uma quebra de 6,6%, recuando para o nível existente em 2001, há uma década e meia atrás.
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(- http://ocastendo.blogs.sapo.pt/ 16/4/2015)
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