Quarta-feira, 4 de Fevereiro de 2015

Da lealdade partidária    (-por David Crisóstomo )

  "Para o PS, o Estado de Bem-Estar, também chamado Estado Social ou Estado-Providência, representa uma conquista histórica das forças democráticas e um pilar indispensável da democracia e do desenvolvimento.     A sua forma não é estática nem imune à crítica, antes carece de profunda reorganização, à luz dos novos desafios colocados pelas economias e sociedades do nosso tempo.    Mas só é possível reorganizar o Estado de Bem-Estar se o defendermos e renovarmos, com determinação.    As políticas para a promoção do trabalho, do emprego e do bem-estar, a protecção social, a redução de desigualdades e a justa repartição de rendimentos, constituem orientações essenciais para o Estado democrático, tal como o PS o concebe.   Neste termos, o PS defende que as políticas e os serviços públicos são essenciais ao desenvolvimento e à promoção da coesão social, em diferentes áreas, com particular destaque na provisão de serviços básicos e nos sectores sociais, educativos e culturais.   A acessibilidade e a qualidade dos serviços públicos constituem uma responsabilidade indeclinável do Estado."

     Assim começa o 9º parágrafo da Declaração de Princípios do Partido Socialista. E aqui o cito com o propósito de relembrar a muitos aquilo a que o PS deve ser ser de facto leal. Deve ser leal a estes valores, a estas causas, a estas lutas e conquistas. Deve apoiar quem por elas batalha, seja em Portugal seja noutra parte do globo. Deve ser solidário com aqueles que, por via do combate político, foram derrotados nas urnas, no sufrágio eleitoral popular. 

    Deve também assim distanciar-se daqueles que claramente demonstraram publicamente que abandonaram as causas que outrora defenderam.   O PS não deve, assim, qualquer lealdade ao PASOK («ps» grego), que, coligado com um partido de direita, implementou e defendeu uma politica que arrastava e arrastaria o povo grego para anos de subserviência, de indignidade, de desespero, de destruição do tecido socioeconómico.  O PASOK não perdeu eleições defendendo o reforço e a modernização do Estado Social, defendendo políticas que reduzissem as desigualdade de rendimentos, defendendo o reforço dos apoios sociais e do investimento público - o PASOK perdeu eleições defendendo o injusto programa de "ajustamento", defendendo a privatização e delapidação do sector público grego, defendendo o retrocesso nos programas de apoio social.  O PASOK já não representava os ideais que o Partido Socialista português sempre defendeu no exercício do poder executivo e legislativo. E faz-me confusão como possam haver militantes do PS que achem o contrário ou que acreditem que a lealdade das famílias politicas é incondicional, onde as politicas aplicadas e defendidas são um factor acessório.

     "A verdadeira e única lição que temos a retirar das eleições gregas é que o PS em Portugal não é nem será o PASOK, porque não estamos cá para servir as políticas que têm sido seguidas mas, pelo contrário, criar alternativa às políticas que têm sido seguidas" disse, e muito bem, António Costa.   Na mesma linha das declarações do deputado João Galamba no final da reunião da Comissão Nacional do PS:   a atual expressão eleitoral do PASOK é a consequência de "quem se alia a direita e pratica politicas de direita". Tão simples quanto isto.

     Quem então melhor se aproximava dos ideias do Partido Socialista português nas últimas eleições gregas? Remeto-vos para o 13º parágrafo da Declaração de Princípios do PS:

     "O PS acredita que é preciso ser-se radica l na defesa da democracia, como sistema político fundado nos direitos humanos, na soberania popular, no primado da lei e na livre competição entre ideias e programas, e como sistema social que se baseia na iniciativa das pessoas e valoriza a diversidade e a diferença, o encontro e o respeito mútuo entre gentes e culturas, a expressão criativa e a participação e inovação social."        Tirem as vossas conclusões.

(+) Uma lição grega: os partidos também morrem (-por T.B.Ribeiro, 3/2/2015)



Publicado por Xa2 às 07:39 | link do post | comentar

6 comentários:
De Morte de Valores, Militância e Partidos. a 5 de Fevereiro de 2015 às 09:34
das Mortes

Claro que os Partidos também morrem.

Normalmente acontece-lhes isso quando se transformam em clubes de sueca e, principalmente, se os croupiers forem sempre os mesmos.

LNT, [0.063/2015] http://barbearialnt.blogspot.pt/
-------------

Quem MENTE e OCULTA compulsivamente, afinal?
(-por AG, 3/2/15, Causa Nossa)

Eu preferia falar da renegociação da divida grega, que muito nos interessa a nós, Portugal, e à Europa. Mas declarações de um enervado Vice PM, na 6a.f., obrigam-me a reagir:

Apodou-me Paulo PORTAS de mentirosa porque eu reproduzi o que diz o Ministério Público no despacho de arquivamento da investigação sobre os SUBMARINOS:

Entretanto o MNE esclareceu, via Lusa, que a 24 de Junho de 2013 comunicou à PGR que tinha entregue uma carta rogatória às autoridades das Bahamas. Já PP afirmou na 6a f. que, como MNE, enviou à PGR a 24/6/2013 a resposta das Bahamas. Resposta que o MP escreve nunca ter localizado. A questão mantem-se, pois: o que aconteceu à resposta das Bahamas? Veio ou não, via MNE ou directamente, já que a PGR a não encontra?

A questão importa e muito, porque essa resposta das Bahamas pode esclarecer o circuito que percorreram os 30 MILHÕES de euros pagos pelos alemães fornecedores dos submarinos à empresa ESCOM, do Grupo Espírito Santo. Uma sexta parte, ou seja, 5 milhões sabemos hoje, pelas gravações do Conselho Superior do GES, acabaram em "LUVAS" nos bolsos de Ricardo Salgado e familiares. E 19 milhões foram transferidos para o Fundo Felltree, constituido nas Bahamas para LUDIBRIAR a Autoridade Tributária portuguesa - segundo Luis Horta e Costa, administrador da ESCOM, admitiu há dias na Comissão Parlamentar de Inquérito do BES.
Ora se os escroques da ESCOM lavaram através do chamado RERT (Regime Especial de Regularização Tributária) 10 milhões de euros que entretanto repatriaram, resta saber a que bolsos foram parar cerca de 9 milhões de euros nunca declarados ao fisco.

Lembro que na Alemanha foram condenados CORRUPTOres em Portugal e na Grécia pela compra dos submarinos; na Grécia está PRESO o ministro da Defesa envolvido; só em Portugal não se acham os corrompidos .... Ora num negócio corrupto e FRAUDulento como foi este, seria elementar investigar eventuais acréscimos de património de quem tomou as decisões que se revelaram altamente lesivas dos interesses do Estado.

Mas isso o MP encolheu-se de fazer relativamente a P.Portas e a D.Barroso, os principais decisores políticos nesta negociata - e por isso eu requeri ao juiz de instrução criminal que se prossiga a investigação. Sublinho, no entanto, que o MP no despacho de arquivamento não conclui que não houve CRIMES, antes argumenta que o procedimento criminal já estará prescrito, ao fim de 10 anos - o que eu também contesto no requerimento de abertura de instrução.

Sucede que muitas das decisões mais lesivas para o Estado foram tomadas por P.Portas enquanto Min.DN, como é confirmado pelo MP no despacho de arquivamento e por abundantes elementos no processo.

Essas decisões incluiram IMPOR a presença da ESCOM no negócio, apesar de saber que trabalhava para os fornecedores alemães, e impor o BES no consórcio financiador da aquisição, contra a vontade dos alemães que até preferiam o banco do Estado, a Caixa Geral de Depósitos, associada ao Deustche Bank.
Isto é, Paulo Portas garantiu que Ricardo Salgado e os seus outros comparsas do GES ganhavam por vários carrinhos no NEGÓCIO, via ESCOM e via BES.

O clamoroso CONFLITO de INTERESSES tinha ainda outras vertentes - o BES era o banco financiador do CDS-PP, que nele tinha contraídos 2 vultuosos empréstimos.
E fora também numa conta do CDS-PP no BES que entrara, na ultima semana de 2004, mais de um milhão de euros em súbito afã depositante de apoiantes, como o fictício "Jacinto Leite Capelo Rego" - um dos elementos que desencadeou a investigação da PGR, juntamente com intercepções telefónicas no processo PORTUCALE, em que Paulo Portas é escutado a falar sobre compromissos financeiros SECRETOS.

Por isso eu deixo ao Vice PM P.Portas umas singelas perguntas, desafiando-o a esclarecê-las publicamente:

- Que empréstimos, e em que condições, tinha o CDS no BES ...?
- Qual a origem e destino do fundo do CDS/PP ...?
- O q era "aquilo" d M.Canals, da Akoya na fuga ao fisc


De Desgoverno, regabofe, desigualdade,... a 5 de Fevereiro de 2015 às 10:16
( DesGoverno e «DesJustiça», desSaúde, desEconomia, desEnsino, desigualdade ... )

-----(-por CB.Oliveira , http://cronicasdorochedo.blogspot.pt/2015/02/eu-ja-desconfiava.html#comment-form ) --------

------xxxxx-------- Eu já desconfiava...

"A justiça em Portugal é lenta, cara, de difícil acesso e difícil compreensão" - diz Gabriela Knau, relatora das Nações Unidas

-- Em Portugal só os ricos têm direito a comprar a justiça, que lhes dá jeito. Os outros não têm direito a nada. Até parece que já nem temos juízes, pois há quem queira ser mais acusador do que os procuradores.

-- Dá jeito a quem detém o Poder que assim seja !

-- Não deu novidade nenhuma. Por vezes é necessário estas verdades serem ditas por seres superiores... Para mim , basta-me a voz do povo , que é a voz da razão .
Sei que já os antigos por aqui diziam , para praguejar contra alguém , " na justiça te vejas , nem que ganhes" ....
por ser lenta , cara ,tempo e dinheiro perdido , ouvir muitas mentiras como verdades , ser só para alguns e cada instância sua opinião. -M.A.A.

-----xxxxxxxx------

Regabofe é ... (7)

Nomear um grupo de amigos e correligionários para um pretenso Conselho Geral Independente,
cujos únicos objectivos são destituir o presidente da RTP e servir de biombo da política do governo. Porca, mas política.

REGABOFE é pagar a cada membro do CGI 500 € por reunião, mais despesas de deslocação e representação e considerar inaceitável que o salário mínimo suba para 525 €.

----xxx----

A Igualdade de género segundo o(s) Pateta(s)

Passos Coelho sempre defendeu que o governo não se deve imiscuir na vida das empresas.
Ainda recentemente o reafirmou no caso BES, ou para justificar a razão de não tentar impedir a venda da PT.

Mas se a sobrevivência de empresas chave da nossa economia em mãos portuguesas não preocupa o governo, há outras matérias em que o governo não hesita em interferir na vida das empresas.

Ainda ontem, a secretária de estado para a igualdade, Teresa Morais, acompanhada do secretário de estado da economia, Leonardo Mathias, reuniram com 29 empresas cotadas em Bolsa, com o intuito de identificar as medidas que devem ser tomadas para promover o equilíbrio entre homens e mulheres nos lugares decisórios de topo das empresas.

Se isto não é ingerência, não sei o que lhe chamar..

A verdade é que o governo está a levar o assunto muito a sério e tem já agendada nova reunião com confederações e associações empresariais, porque, segundo Leonardo Mathias,
esta desigualdade, além de ser um problema civilizacional, tem impacto na economia, porque as mulheres ganham menos do que os homens.

Concluindo:
-- o governo está-se marimbando para a pobreza, que garante estar em regressão ( apesar de os números mostrarem o contrário),
-- considera o desemprego um mal necessário, que procura minimizar com estágios e cursos de formação patéticos,
-- deixa morrer pessoas nos hospitais por falta de assistência, ou porque ( alegadamente) não tem dinheiro para comprar o medicamento para a hepatite C,
-- mas está muito preocupado com a igualdade de género nos LUGARES DE TOPO das empresas....privadas!

Seria caso para rir, não fosse uma demonstração de patetice em modo pré-eleitoral para papalvo ver.

Kiss my ass!


De Desgoverno e desavergonhice a 5 de Fevereiro de 2015 às 10:34
Não ter a puta da vergonha na cara é isto

(-por josé simões, 4/2/2015, derTerrorist)


Quando a realidade nos diz que é o Estado (que é arrastado para os buracos criados pelo privado) que tapa buracos onde o privado falha, por motivos diversos que vão desde a incompetência à incúria passando pela ausência de responsabilidade, de respeito e solidariedade para com o próximo,
ou onde o privado se desinteressa, abandona por não ser rentável e/ ou economicamente viável, ou até por falta de financiamento... do Estado,
vem o primeiro-pantomineiro reinterpretar os factos, reescrever a história
e dizer que "muitas vezes há a tentação de pensar que o privado só tem lugar onde o Estado está a falhar. Não é assim.".
Não ter a puta da vergonha na cara é isto.

------tags: ensino privado, escola pública, faculdade de medicina, medicina, passos coelho, saúde
---------:

Passos Coelho admite que médicos se formem no privado

( Alexandra Campos , 04/02/2015 Publico)

Sobre o medicamento contra a hepatite C, primeiro-ministro disse que Estados devem “fazer tudo o que está ao seu alcance para salvar vidas humanas” mas não a qualquer preço.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reconheceu esta quarta-feira que faltam médicos em Portugal e admitiu que a formação destes profissionais se possa alargar às universidades privadas. “Precisamos de formar mais médicos. Talvez aqui haja uma oportunidade para o investimento privado. O Estado não tem de ter o monopólio [da formação destes profissionais]”, afirmou, na inauguração de um centro médico e de investigação privado em Santa Maria da Feira, uma unidade que se vai dedicar sobretudo ao diagnóstico e tratamento de doenças oncológicas.

Sem o ministro da Saúde (cuja presença estava prevista, mas que acabou por não aparecer) e na ausência de outros responsáveis nacionais do sector, Passos Coelho admitiu que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) enfrenta “dificuldades em ter recursos humanos”, nomeadamente na área médica, mas defendeu que isto não acontece “por falta de dinheiro”. Voltou a afirmar, a propósito, como já tinha feito no Parlamento, que o seu Governo transferiu para a saúde e para o SNS “financiamentos nunca [antes] transferidos em Portugal”. “Que fique bem registado: não foi por falta de dinheiro que os hospitais evidenciaram, num ou noutro caso, menos recursos médicos do que aqueles que eram necessários”.

Respondia assim ao presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, que antes dele tinha lamentado que o Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga (a que pertence o hospital da Feira, em cujo serviço de urgência um homem de 57 anos morreu depois de ter alegadamente aguardado cerca de cinco horas por atendimento médico) enfrente um problema de “grave escassez de recursos humanos não resolvidos por razões burocráticas”. “O sector da saúde não pode estar sujeito às mesmas regras que os outros [sectores]", reclamou o autarca.

Sobre a sua presença na inauguração do “Lenitudes Medical Centre & Research”, que representou um investimento de 20 milhões de euros, o primeiro-ministro disse que é preciso encarar como “bem vindo” todo o investimento privado. “Muitas vezes há a tentação de pensar que o privado só tem lugar onde o Estado está a falhar. Não é assim”, sublinhou, destacando ainda o facto de “a oncologia não [ser] uma área em que, por tradição, a oferta privada se tenha vindo a organizar”.

Antes desta visita, questionado pelos jornalistas sobre o assunto que marcou o dia – o caso de uma doente com hepatite C que morreu em Lisboa sem ter tido acesso a um medicamento inovador –, apesar de considerar “realmente preocupante” o problema do acesso aos fármacos contra esta doença, Passos Coelho defendeu que os Estados devem “fazer tudo o que está ao seu alcance para salvar vidas humanas” mas não a qualquer preço, “custe o que custar”. E considerou, citado pela Lusa, que o preço que está a ser pedido pelo laboratório com a patente do fármaco em questão “não é adequado”.

Sobre esta matéria, explicou ainda que o Estado português tem vindo “a concertar uma estratégia de modo a poder aceder a esses medicamentos mais inovadores a custos que sejam suportáveis”, em conjunto com outros países europeus. Mas não esclareceu para quando está prevista uma solução, sublinhando que isso não de


De PS: bafio e chantagem eleitoral a 16 de Março de 2015 às 17:43
Jumento do dia (14/3/2015,
http://jumento.blogspot.pt/ )

Ferro Rodrigues (líder parlamentar do PS)

Face às críticas que já se ouvem dentro do PS e que começam a generalizar-se nos seus apoiantes Ferro Rodrigues responde com o maior desprezo por essas mesmas críticas, diz que quem “define a estratégia do PS é o PS”.
O líder da bancada parlamentar do PS tem toda a razão, é ele o dono da bola e por isso decide como se joga, quando se joga e com que regras se joga.
Mas convém não esquecer que tem uma bola emprestada por aqueles que depositaram a sua esperança em António Costa.
E como se isso não bastasse sugere que os que defendem oposição governo querem sangue, esquecendo o grande argumento usado para derrubar Seguro.
Enfim, parece que para se defender das críticas dos que votam nele já parece ser mais sanguinário do que em relação ao governo mais brutal e incompetente que Portugal já teve.

A resposta de Ferro Rodrigues revela o autismo de quem julga que
por estar farto de Passos Coelho o eleitorado será forçado a votar no PS,
é uma postura de quase chantagem sobre os eleitores, ou votam em nós ou são lixados pelo Passos Coelho.
O PS ainda não percebeu que as pessoas vão envelhecendo e que a maior parte dos eleitores já não se revê nesta geração de políticos, já ninguém sabe o quer saber o que foi o MES, ninguém tem paciência para ouvir Vieira da Silva e a escolha dos cenários do passado do PS para as entrevistas de António Costa já cheiram a bafio.
Para termos a cereja em cima deste bolo que já está fora do prazo de validade
só falta a Maria de Belém ser candidata a Belém, lembra o velho anúncio televisivo de uma marca de bagaço “ai não tem Aldeia Nova? Então dê-nos um pastelinho de bacalhau!”.

Os portugueses confiaram em António Costa por representar um projecto alternativo mas esse projecto é cada vez mais um pouco de nada.
Primeiro era cedo para falar, depois fomos remetidos para a agenda da década, de um dia para o outro fala-se na ideia inovadora do cenário macroeconómico e quando os portugueses já estão a banhos lá vai aparecer um programa de governo feito por mentes brilhantes.

Parece que António Costa perdeu o jeito que tinha para analisar as sondagens no tempo de António José Seguro, assim como mudou de ideias sobre a forma de fazer oposição.
As suas sondagens já quase à beira das eleições são mais desmotivadoras do que as do seu antecessor e comparando com os tempos de Seguro o grupo parlamentar faz lembrar o camarote dos velhos, na série humorística dos Marretas.

Dantes ainda se ouviam algumas opiniões de António Costa na Quadratura do Círculo, mas desde que deixou aquele programa que o líder do PS deixou de abordar questões nacionais.
Agora se queremos saber o que pensa António Costa teremos de nos limitar Às ajudas aos clubes de futebol, às taxas e taxinhas, às suas guerras queixotescas com o Maduro e a outros assuntos de dimensão autárquica.
Se o povo quer saber o que ele pensa sobre o país que espere pelo momento adequado se alguém criticar o PS o Ferro diz que eles são os donos da bola e ponto final.

António Costa deve ter em casa um espelho simpático a quem pergunta todas as manhãs “espelho meu, há algum político mais vencedor do que eu’” e o espelho responde “Não, podes estar descansado e nada fazer porque o povo te vai dar o poder”.
O problema é se o espelho do António Costa se quebrar no dia das eleições e nessa altura o líder do PS perceber que as eleições legislativas não eram favas contadas.
Se isso acontecer ao PS estarei aqui para ver o que vai Ferro Rodrigues dizer para salvar o seu partido do desastre, sempre quero ver se repete que quem manda no PS é o PS, isto é, é ele.

Da parte que me toca só tenho uma ccoisa a dizer, se a direita voltar a ganhar as eleições deixarei de contar com o PS seja para o que for,
porque o que está em causa não é saber se o António Costa tem emprego no governo ou na câmara ou se algumas personalidades continuam a desfilar na feira de vaidades da nossa vida política,
o que está em causa é o povo e o que ele tem sofrido com esta política.
Ferro Rodrigues pode ser o dono da bola, mas sem o voto dos portugueeses essa bola é de trapos .


De Auto-destruir o PS. a 17 de Abril de 2015 às 16:03
10 conselhos malditos a Costa (para destruir o PS) (-por OJumento, 17/4/2015)

Se eu fosse um conselheiro da direita infiltrado na equipa íntima de António Costa dar-lhe-ia estes conselhos com a intenção de o derrubar e ajudar a destruir o PS:

1: confia apenas no ferro-velho
Não confies nas novas gerações, não arrisques em gente nova e com novos conselho, transforma o ferro-velho, a traquitana do PS na tua imagem de marca. Não importa que estejam num tempo diferente do da maioria dos eleitores, que percam todos os debates com o primeiro-ministro, que façam lembrar o velho politburo do PCUS, são gente de confiança, a alma do velho PS.

2: dispensa os independentes
Não confies em independentes, são sempre eles que estragam os governos do PS, lembras-te do que os Coelhones diziam no tempo de António Guterres acerca dos independentes como Sousa Franco. Para usar uma velha piada do mesmo Sousa Franco recorre a essa rapaziada que fala como taberneiros. Não te esqueças deste conselho no momento de sugerires alguém para o teu lugar na Quadratura do Círculo, é preferível colocar alguém de quem nem as gaivotas das Berlengas gostam.

3: não te preocupes com a coerência
Esquece que foram deputados do teu círculo que contra a vontade de Seguro enviaram os cortes dos vencimentos para o Tribunal Constitucional, esquece isso e se algum deputado subir ao púlpito parlamentar para assegurar que o PS reporá os vencimentos apressa-te a desmentir, assegura que o TC deixou margem para manter os cortes e ao contrário da direita não assumas qualquer calendário para a sua reposição.

4: alegra-te com as vitórias eleitorais da extrema-esquerda
se algum partido de extrema-esquerda esteja à beira de ganhar eleições e de se coligar com a extrema-direita não esconda a alegria e a esperança de que daí poderá resultar a mudança da Europa.

5: Não faças qualquer proposta
Sempre que alguém te perguntar o que pensas ou o que propões não te comprometas e manda-os ler essa coisa que te impingiram com o nome pomposo de “Agenda da Década”. Lá mais para a frente começa a dizer que esperem pelo programa e uns tempos antes avança com cenários, não dizes nada mas passas a imagem do político científico.

6: não percas uma oportunidade para ofender os funcionários públicos
Esses funcionários públicos são uns malandros e se tiveres a oportunidade de falar sobre reformas do Estado aproveita para defender que só podem ser feitas nos primeiros três meses da legislatura, porque a seguir os funcionários já prenderam e manietaram os governantes. Assim passas a imagem de que o funcionalismo é uma imensa máfia e os ministros que vais escolher são uns bananas.

7: critica só o Maduro
Não te importas que algum Jumento te mande a um psicólogo tratar-te dos problemas de madurofobia, mas concentra o teu ímpeto opositor nessa triste figura que a maior parte dos portugueses ainda nem repararam que é do governo. Esquece a incompetência da ministra da Justiça porque é uma tipa porreira dos tempos da câmara municipal, não te importes que morram portugueses abandonados nas urgências porque vários amigos, como o omnipresente Coelhone, te garantem que o Opus Macedo é o supra sumo da gestão. Mas mesmo em, relação ao Maduro fala só das ajudas europeias, não digas nem uma palavra sobre a manipulação da comunicação social ou sobre os saneamentos nas estações públicas de rádio e televisão.

8: deixa a autarquia o mais tarde possível
Refugia-te na autarquia porque no luxuoso gabinete da Praça do Município os jornalistas não te fazem perguntas incómodas sobre alternativas, propostas ou ideias novas. Quanto mais tempo lá estiveres resguardado menos erosão sofres, deixa a oposição ao Ferro Rodrigues e ao Vieira da Silva. Quando as coisas correrem mal

9: Fala só do IVA dos restaurantes
O pessoal dos restaurantes fica com o IVA que os clientes pagam, mas mesmo assim abre uma excepção ao silêncio sobre as tuas propostas e mesmo antes de dizeres o que quer que seja sobre o IRS promete logo baixar o IVA dos restaurantes, essa é que é a grande reforma fiscal desejada pelo povo.

10. Alimenta os casos e casinhos e as listas e listinhas
Como não tens nada a dizer sobre o país, ou já está tudo na Agenda da Década ou ficaremos a saber uns tempo


De PS: Desenvolvim. e soc. decente. a 25 de Março de 2015 às 15:02
23/3/2015:
Qual é o calendário?
O cenário macroeconómico será divulgado no fim deste mês. No princípio de Junho, haverá PROGRAMA (do PS). Já têm sido avançadas propostas do PS em várias áreas: investimento, pobreza infantil, planeamento, descentralização.
É óbvio que as pessoas querem saber o pacote global, os compromissos, designadamente em finanças públicas. Mas uma coisa é o querermos ser exactos, outra é o objectivo. Quanto ao objectivo, há uma coisa clara para o PS: não há desenvolvimento sem sociedade decente.

Decente?
Sim. Não podemos pensar só em termos dos resultados económicos, temos de pensar na dignidade das pessoas
— por exemplo, podemos discutir se em situação de desemprego é melhor ter ou não salário mínimo, se é melhor ele ser mais alto ou mais baixo.
Mas, quando 10% das pessoas com emprego estão em situação de risco de pobreza, não podemos pensar no salário mínimo apenas como uma questão económica, temos de pensar em termos de dignidade do trabalho.
O mesmo com a precariedade. Um trabalhador mais firme no seu emprego tem mais capacidade para dar mais de si à empresa.
Mas também é uma questão de dignidade. A incerteza permanente mina a vida das pessoas.
Temos de trabalhar para mais igualdade de oportunidades, menos desigualdade excessiva, para mais autonomia das pessoas e não mais submissão a poderes económicos ou políticos. A dignidade não se negoceia.

Mas como é que o PS prepara uma alternativa? Os gregos não estão a conseguir.
Essa ideia de que a política de austeridade é a única que é possível dentro da União Europeia é uma tese muito curiosa — porque ao mesmo tempo é a tese de uma certa direita que diz que a austeridade é que é boa e não se pode fazer outra coisa;
e é a tese de uma certa esquerda que diz que na Europa só conseguimos fazer política de austeridade.
Há outras forças que dizem não, não há só austeridade. Na realidade, há duas maneiras de estar na União Europeia que não dão resultado.

Uma delas é a política da submissão, que é a do actual Governo português e que se resume a que alguém disse o que temos de fazer e nós vamos fazer e tentar ser os bons alunos —o que significa que prescindimos da nossa voz na União Europeia.
E depois há a via da proclamação e depois logo se vê, que num certo sentido é aquilo que está a acontecer com a Grécia.

Como vê a situação na Grécia?
O que aconteceu na Grécia tem um aspecto positivo e outro que merece mais reflexão.
Há um povo que expressa a recusa de um tipo de política que estava a ser seguida. É preciso voltar a afirmar que os povos têm direito a fazer escolhas democráticas, dizer:
"Nós não queremos este Governo, queremos outro e temos de mudar de política."
A ideia de que a política vale a pena, de que o voto pode mudar é um aspecto positivo do que aconteceu na Grécia.

E o negativo?
Creio que o Governo grego tem vontade de encetar um diálogo produtivo com a Europa. Agora, na verdade, o Governo grego não respeitou um aspecto que é central na política europeia, que é perceber que há vários níveis de negociação e que a propositura tem de ser acompanhada com a negociação.
O vosso jornal trouxe uma entrevista com o professor Stuart Holland, que lembrava que o engenheiro Guterres, quando era primeiro-ministro, tinha uma técnica de convencer Kohl, o então chanceler alemão, de como certas posições que Portugal defendia eram perfeitamente compagináveis com os interesses da Alemanha.
É quase um mito europeu e aconteceu várias vezes o engenheiro Guterres chegar isolado aos conselhos europeus com toda a gente contra a sua posição e no fim dos conselhos estava toda a gente de acordo com o que ele tinha defendido.

Defende as alianças à esquerda. É contra o Bloco Central?
Penso que o PS não pode envolver-se em qualquer coisa que pareça conciliação com esta política ou com este Governo.
Isso seria inaceitável. Os partidos existem para oferecer alternativas.
Nós queremos uma política completamente diferente, queremos reverter o retrocesso social em curso.
...


Comentar post

MARCADORES

administração pública

alternativas

ambiente

análise

austeridade

autarquias

banca

bancocracia

bancos

bangsters

capitalismo

cavaco silva

cidadania

classe média

comunicação social

corrupção

crime

crise

crise?

cultura

democracia

desemprego

desgoverno

desigualdade

direita

direitos

direitos humanos

ditadura

dívida

economia

educação

eleições

empresas

esquerda

estado

estado social

estado-capturado

euro

europa

exploração

fascismo

finança

fisco

globalização

governo

grécia

humor

impostos

interesses obscuros

internacional

jornalismo

justiça

legislação

legislativas

liberdade

lisboa

lobbies

manifestação

manipulação

medo

mercados

mfl

mídia

multinacionais

neoliberal

offshores

oligarquia

orçamento

parlamento

partido socialista

partidos

pobreza

poder

política

politica

políticos

portugal

precariedade

presidente da república

privados

privatização

privatizações

propaganda

ps

psd

público

saúde

segurança

sindicalismo

soberania

sociedade

sócrates

solidariedade

trabalhadores

trabalho

transnacionais

transparência

troika

união europeia

valores

todas as tags

ARQUIVO

Janeiro 2022

Novembro 2019

Junho 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

RSS