«Partido Socialista» de esquerda, radical e solidário ... ou morte.
"Para o PS, o Estado de Bem-Estar, também chamado Estado Social ou Estado-Providência, representa uma conquista histórica das forças democráticas e um pilar indispensável da democracia e do desenvolvimento. A sua forma não é estática nem imune à crítica, antes carece de profunda reorganização, à luz dos novos desafios colocados pelas economias e sociedades do nosso tempo. Mas só é possível reorganizar o Estado de Bem-Estar se o defendermos e renovarmos, com determinação. As políticas para a promoção do trabalho, do emprego e do bem-estar, a protecção social, a redução de desigualdades e a justa repartição de rendimentos, constituem orientações essenciais para o Estado democrático, tal como o PS o concebe. Neste termos, o PS defende que as políticas e os serviços públicos são essenciais ao desenvolvimento e à promoção da coesão social, em diferentes áreas, com particular destaque na provisão de serviços básicos e nos sectores sociais, educativos e culturais. A acessibilidade e a qualidade dos serviços públicos constituem uma responsabilidade indeclinável do Estado."
Assim começa o 9º parágrafo da Declaração de Princípios do Partido Socialista. E aqui o cito com o propósito de relembrar a muitos aquilo a que o PS deve ser ser de facto leal. Deve ser leal a estes valores, a estas causas, a estas lutas e conquistas. Deve apoiar quem por elas batalha, seja em Portugal seja noutra parte do globo. Deve ser solidário com aqueles que, por via do combate político, foram derrotados nas urnas, no sufrágio eleitoral popular.
Deve também assim distanciar-se daqueles que claramente demonstraram publicamente que abandonaram as causas que outrora defenderam. O PS não deve, assim, qualquer lealdade ao PASOK («ps» grego), que, coligado com um partido de direita, implementou e defendeu uma politica que arrastava e arrastaria o povo grego para anos de subserviência, de indignidade, de desespero, de destruição do tecido socioeconómico. O PASOK não perdeu eleições defendendo o reforço e a modernização do Estado Social, defendendo políticas que reduzissem as desigualdade de rendimentos, defendendo o reforço dos apoios sociais e do investimento público - o PASOK perdeu eleições defendendo o injusto programa de "ajustamento", defendendo a privatização e delapidação do sector público grego, defendendo o retrocesso nos programas de apoio social. O PASOK já não representava os ideais que o Partido Socialista português sempre defendeu no exercício do poder executivo e legislativo. E faz-me confusão como possam haver militantes do PS que achem o contrário ou que acreditem que a lealdade das famílias politicas é incondicional, onde as politicas aplicadas e defendidas são um factor acessório.
"A verdadeira e única lição que temos a retirar das eleições gregas é que o PS em Portugal não é nem será o PASOK, porque não estamos cá para servir as políticas que têm sido seguidas mas, pelo contrário, criar alternativa às políticas que têm sido seguidas" disse, e muito bem, António Costa. Na mesma linha das declarações do deputado João Galamba no final da reunião da Comissão Nacional do PS: a atual expressão eleitoral do PASOK é a consequência de "quem se alia a direita e pratica politicas de direita". Tão simples quanto isto.
Quem então melhor se aproximava dos ideias do Partido Socialista português nas últimas eleições gregas? Remeto-vos para o 13º parágrafo da Declaração de Princípios do PS:
"O PS acredita que é preciso ser-se radica l na defesa da democracia, como sistema político fundado nos direitos humanos, na soberania popular, no primado da lei e na livre competição entre ideias e programas, e como sistema social que se baseia na iniciativa das pessoas e valoriza a diversidade e a diferença, o encontro e o respeito mútuo entre gentes e culturas, a expressão criativa e a participação e inovação social." Tirem as vossas conclusões.
(+) Uma lição grega: os partidos também morrem (-por T.B.Ribeiro, 3/2/2015)
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Jumento do dia (14/3/2015,
http://jumento.blogspot.pt/ )
Ferro Rodrigues (líder parlamentar do PS)
Face às críticas que já se ouvem dentro do PS e que começam a generalizar-se nos seus apoiantes Ferro Rodrigues responde com o maior desprezo por essas mesmas críticas, diz que quem “define a estratégia do PS é o PS”.
O líder da bancada parlamentar do PS tem toda a razão, é ele o dono da bola e por isso decide como se joga, quando se joga e com que regras se joga.
Mas convém não esquecer que tem uma bola emprestada por aqueles que depositaram a sua esperança em António Costa.
E como se isso não bastasse sugere que os que defendem oposição governo querem sangue, esquecendo o grande argumento usado para derrubar Seguro.
Enfim, parece que para se defender das críticas dos que votam nele já parece ser mais sanguinário do que em relação ao governo mais brutal e incompetente que Portugal já teve.
A resposta de Ferro Rodrigues revela o autismo de quem julga que
por estar farto de Passos Coelho o eleitorado será forçado a votar no PS,
é uma postura de quase chantagem sobre os eleitores, ou votam em nós ou são lixados pelo Passos Coelho.
O PS ainda não percebeu que as pessoas vão envelhecendo e que a maior parte dos eleitores já não se revê nesta geração de políticos, já ninguém sabe o quer saber o que foi o MES, ninguém tem paciência para ouvir Vieira da Silva e a escolha dos cenários do passado do PS para as entrevistas de António Costa já cheiram a bafio.
Para termos a cereja em cima deste bolo que já está fora do prazo de validade
só falta a Maria de Belém ser candidata a Belém, lembra o velho anúncio televisivo de uma marca de bagaço “ai não tem Aldeia Nova? Então dê-nos um pastelinho de bacalhau!”.
Os portugueses confiaram em António Costa por representar um projecto alternativo mas esse projecto é cada vez mais um pouco de nada.
Primeiro era cedo para falar, depois fomos remetidos para a agenda da década, de um dia para o outro fala-se na ideia inovadora do cenário macroeconómico e quando os portugueses já estão a banhos lá vai aparecer um programa de governo feito por mentes brilhantes.
Parece que António Costa perdeu o jeito que tinha para analisar as sondagens no tempo de António José Seguro, assim como mudou de ideias sobre a forma de fazer oposição.
As suas sondagens já quase à beira das eleições são mais desmotivadoras do que as do seu antecessor e comparando com os tempos de Seguro o grupo parlamentar faz lembrar o camarote dos velhos, na série humorística dos Marretas.
Dantes ainda se ouviam algumas opiniões de António Costa na Quadratura do Círculo, mas desde que deixou aquele programa que o líder do PS deixou de abordar questões nacionais.
Agora se queremos saber o que pensa António Costa teremos de nos limitar Às ajudas aos clubes de futebol, às taxas e taxinhas, às suas guerras queixotescas com o Maduro e a outros assuntos de dimensão autárquica.
Se o povo quer saber o que ele pensa sobre o país que espere pelo momento adequado se alguém criticar o PS o Ferro diz que eles são os donos da bola e ponto final.
António Costa deve ter em casa um espelho simpático a quem pergunta todas as manhãs “espelho meu, há algum político mais vencedor do que eu’” e o espelho responde “Não, podes estar descansado e nada fazer porque o povo te vai dar o poder”.
O problema é se o espelho do António Costa se quebrar no dia das eleições e nessa altura o líder do PS perceber que as eleições legislativas não eram favas contadas.
Se isso acontecer ao PS estarei aqui para ver o que vai Ferro Rodrigues dizer para salvar o seu partido do desastre, sempre quero ver se repete que quem manda no PS é o PS, isto é, é ele.
Da parte que me toca só tenho uma ccoisa a dizer, se a direita voltar a ganhar as eleições deixarei de contar com o PS seja para o que for,
porque o que está em causa não é saber se o António Costa tem emprego no governo ou na câmara ou se algumas personalidades continuam a desfilar na feira de vaidades da nossa vida política,
o que está em causa é o povo e o que ele tem sofrido com esta política.
Ferro Rodrigues pode ser o dono da bola, mas sem o voto dos portugueeses essa bola é de trapos .
10 conselhos malditos a Costa (para destruir o PS) (-por OJumento, 17/4/2015)
Se eu fosse um conselheiro da direita infiltrado na equipa íntima de António Costa dar-lhe-ia estes conselhos com a intenção de o derrubar e ajudar a destruir o PS:
1: confia apenas no ferro-velho
Não confies nas novas gerações, não arrisques em gente nova e com novos conselho, transforma o ferro-velho, a traquitana do PS na tua imagem de marca. Não importa que estejam num tempo diferente do da maioria dos eleitores, que percam todos os debates com o primeiro-ministro, que façam lembrar o velho politburo do PCUS, são gente de confiança, a alma do velho PS.
2: dispensa os independentes
Não confies em independentes, são sempre eles que estragam os governos do PS, lembras-te do que os Coelhones diziam no tempo de António Guterres acerca dos independentes como Sousa Franco. Para usar uma velha piada do mesmo Sousa Franco recorre a essa rapaziada que fala como taberneiros. Não te esqueças deste conselho no momento de sugerires alguém para o teu lugar na Quadratura do Círculo, é preferível colocar alguém de quem nem as gaivotas das Berlengas gostam.
3: não te preocupes com a coerência
Esquece que foram deputados do teu círculo que contra a vontade de Seguro enviaram os cortes dos vencimentos para o Tribunal Constitucional, esquece isso e se algum deputado subir ao púlpito parlamentar para assegurar que o PS reporá os vencimentos apressa-te a desmentir, assegura que o TC deixou margem para manter os cortes e ao contrário da direita não assumas qualquer calendário para a sua reposição.
4: alegra-te com as vitórias eleitorais da extrema-esquerda
se algum partido de extrema-esquerda esteja à beira de ganhar eleições e de se coligar com a extrema-direita não esconda a alegria e a esperança de que daí poderá resultar a mudança da Europa.
5: Não faças qualquer proposta
Sempre que alguém te perguntar o que pensas ou o que propões não te comprometas e manda-os ler essa coisa que te impingiram com o nome pomposo de “Agenda da Década”. Lá mais para a frente começa a dizer que esperem pelo programa e uns tempos antes avança com cenários, não dizes nada mas passas a imagem do político científico.
6: não percas uma oportunidade para ofender os funcionários públicos
Esses funcionários públicos são uns malandros e se tiveres a oportunidade de falar sobre reformas do Estado aproveita para defender que só podem ser feitas nos primeiros três meses da legislatura, porque a seguir os funcionários já prenderam e manietaram os governantes. Assim passas a imagem de que o funcionalismo é uma imensa máfia e os ministros que vais escolher são uns bananas.
7: critica só o Maduro
Não te importas que algum Jumento te mande a um psicólogo tratar-te dos problemas de madurofobia, mas concentra o teu ímpeto opositor nessa triste figura que a maior parte dos portugueses ainda nem repararam que é do governo. Esquece a incompetência da ministra da Justiça porque é uma tipa porreira dos tempos da câmara municipal, não te importes que morram portugueses abandonados nas urgências porque vários amigos, como o omnipresente Coelhone, te garantem que o Opus Macedo é o supra sumo da gestão. Mas mesmo em, relação ao Maduro fala só das ajudas europeias, não digas nem uma palavra sobre a manipulação da comunicação social ou sobre os saneamentos nas estações públicas de rádio e televisão.
8: deixa a autarquia o mais tarde possível
Refugia-te na autarquia porque no luxuoso gabinete da Praça do Município os jornalistas não te fazem perguntas incómodas sobre alternativas, propostas ou ideias novas. Quanto mais tempo lá estiveres resguardado menos erosão sofres, deixa a oposição ao Ferro Rodrigues e ao Vieira da Silva. Quando as coisas correrem mal
9: Fala só do IVA dos restaurantes
O pessoal dos restaurantes fica com o IVA que os clientes pagam, mas mesmo assim abre uma excepção ao silêncio sobre as tuas propostas e mesmo antes de dizeres o que quer que seja sobre o IRS promete logo baixar o IVA dos restaurantes, essa é que é a grande reforma fiscal desejada pelo povo.
10. Alimenta os casos e casinhos e as listas e listinhas
Como não tens nada a dizer sobre o país, ou já está tudo na Agenda da Década ou ficaremos a saber uns tempo
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