Sexta-feira, 27 de Março de 2015

E lá vai mais um  (-por J.V. Costa, 23/3/2015)

 
Assistiu-se ontem a mais uma operação tipo OPA em que um grupo de pessoas, não querendo inserir-se num partido, usa-o como instrumento de candidatura eleitoral às legislativas, reservadas aos partidos. Trata-se do grupo (quantos? com que expressão?) talvez dueto, Joana Amaral Dias (JAD) e Nuno Ramos de Almeida (NRA), que se aliou ao quase esquecido Partido Trabalhista Português (PTP) para constituir a candidatura PTP/AG!R.     O outro caso mais recente é o do Tempo de Avançar, em que o partido barriga de aluguer é o LIVRE. Aqui ficam algumas notas, em geral para comparar ambos os casos.
    Em princípio, não posso discordar da criação de novos partidos, e facilitada ao máximo. É a contrapartida de um sistema que, salvo nas autárquicas, limita aos partidos a capacidade eleitoral passiva. No entanto, sou sensível à preocupação de muita gente de esquerda que receia a divisão ou mesmo pulverização, embora eu admita que, em casos concretos, o alargamento da oferta possa ter efeitos positivos, por exemplo em relação à diminuição da abstenção.   Também pode haver reflexos negativos na imagem da esquerda entre os eleitores que nela não estão fixados mas que é necessário atrair. Neste sentido, há diferenças consideráveis entre os dois casos, que agora só enumero muito sucintamente.
O LIVRE/Tempo de Avançar é uma plataforma de um partido de esquerda (concorde-se ou não com o seu programa e funcionamento) e de um número indeterminado mas não negligível de pessoas com conhecida intervenção política, individualmente ou no âmbito de organizações como o Fórum Manifesto ou a Renovação Comunista. No entanto, não dei muita atenção ao Tempo de Avançar porque dele me afasta, irrefutavelmente, a sua posição de abertura à viabilização de um governo PS que, como tudo indica, em nada mude as posições do PS em relação à Europa, à dívida e ao euro.
    O AG!R era uma incógnita, tendo demorado largos tempos a dar sinais da sua posição política. Como um dos seus pais me disse que ontem ia haver uma grande surpresa, lá me pus em jeito de gato curioso. O que vi e ouvi, descontando alguma reacção minha instintiva a tiques e vedetismo, ultrapassou tudo o que imaginava. salvo melhor opinião, cai dentro daquela margem de factos políticos que afecta toda a esquerda. Ou melhor, não. Estou a ser injusto, porque não ouvi qualquer invocação de esquerda, o que, aliás, certamente seria recusado pelo partido de acolhimento.
    Antes de ir mais longe, lembre-se que há dois tipos essenciais de discurso político (a que se pode juntar um terceiro, o teórico). Há o discurso protestativo, panfletário, de denúncia, emotivo, a ir de encontro ao sentimento. Há o discurso programático, propositivo, em que a denúncia dos males é acompanhada de propostas de medidas correctivas.
    É dramático que quem proclama que os eleitores estão alheados da política por falta de alternativas insista num discurso quase exclusivamente protestativo. Falem com o homem comum, que dirá que “todos dizem o mesmo, não mostram saída”. De certa forma, é a versão à esquerda do TINA (“there is no alternative”, Thatcher) do pensamento único. Que a austeridade mata, que os filhos emigraram, que as reformas estão a ser comidas, as pessoas sabem. O que querem saber é como sair disto.
    O Tempo de Avançar tem um programa. Não concordo com muita coisa, mas parece-me uma proposta honesta para discussão pelos eleitores. Também o LIVRE tem um programa. Da mesma forma, não concordo de todo com ele. O que é aceitável é banal e o que não é banal é inaceitável, nomeadamente o seu extremado europeísmo. Em todo o caso, há um programa.
    Na sessão final da Conferência deste fim de semana do AG!R, NRA e JAD intervieram exclusivamente num discurso de protesto, sem uma única proposta. “A democracia está em crise. As pessoas não se sentem representadas. Confrontamo-nos com a simples sobrevivência e, ao contrário das lições de Aristóteles, não estamos a pensar o impossível como abertura para novos possíveis (gostei!). Não temos autonomia política, não temos autonomia económica, não temos autonomia financeira. A austeridade é um crime”.
    Quais são as posições positiva, programáticas, do AG!R? Não se sabe. Ontem, tomando notas apressadas, vi que eram: 1. necessidade de aprofundar a democracia, contra a elite medíocre e os interesses privados [Nota, JVC: o que é uma democracia aprofundada, em relação à actual?]. 2. luta contra a corrupção, quer a do Estado e da administração, quer a das sentidas privadas. 3. não aceitar o discurso troikiano da nossa culpa, não nos intimidarmos com o “não há dinheiro” [JVC: mas não dizem como se obtém o dinheiro].   A mais, slogans com fartura. Como exemplo, o já gasto 1% e 99%.      Hoje, o seu mural do Facebook traz o compromisso que foi assinado entre o grupo/duo NRA/JAD e o PTP. Como verão os que o lerem, não enganei na caracterização que fiz atrás.
   Mas parece que vai haver programa, feito à moda, como por cá se pensa que fez o Podemos  (erradamente, como mostrarei um destes dias), “com as pessoas”, sem propostas centrais, tudo em lógica assembleist e só com propostas mínimas.     Com que bases ideológicas não percebi.   Mas ouvi o suficiente para me permitir localizar o AG!R.   Desde logo, a desvalorização da dicotomia esquerda-direita, em relação a “os de cima” e “os de baixo”. Que o essencial hoje é unir todos os democratas [JVC: como se estivéssemos em fascismo], lembrando que a clivagem é entre os bancos e os seus explorados e devedores (!).    Parece que tudo isto ainda vai ser elaborado, com o contributo dos grupos e movimentos que aderirão ao AG!R.   Mas, seja qual for esse contributo e o respeito pelo diálogo, uma coisa já está definida:  a cabeça-de-lista será JAD.  Isto é que é democracia.
    Outra diferença em relação ao Tempo de Avançar tem a ver com as alianças. Como tantas vezes temos dito, outros e eu, a disponibilidade para servir de muleta ao PS, no caso, mais do que provável, de ele manter a sua política, é a pedra de toque dos novos partidos que se apresentam como preenchedores de um vazio à esquerda. É o caso do LIVRE/Tempo de Avançar, mesmo que não se concorde com essa posição. Mas é honesta.
    Mas já o AG!R não é de esquerda, não diz o que pensa em relação à resolução da crise austeritária e do problema da dívida, não diz uma palavra sobre o estado social de bem-estar. O que é, claramente, é um partido/movimento populista, com apelos vagos a uma democracia “que é de todos”. “Agir é essa proposta: não interessa se és de esquerda, de direita, de centro, ou não te reconheces em lugar nenhum, o que interessa é a tua vontade de participar nesta ruptura popular e construir uma verdadeira democracia.” O primarismo ideológico e a demagogia de tudo isto são confrangedores.
   Muito se disse, mas ficaria forçosamente incompleto sem se falar do partido mãe de aluguer.  Até ontem, já nem me lembrava de que existia um Partido Trabalhista Português (PTP), insignificantemente sempre inferior a 1% (de votos), excepto no caso de umas eleições madeirenses em que serviu de candidatura ao candidato amalucado, José Coelho.     Interveio ontem o seu presidente, Amândio Madaleno, dizendo transparentemente coisas que, fosse eu a estar na mesa com ele, me enfiaria chão abaixo.   Fez largos anos de carreira partidária no PSD, em particular na área sindical. No tempo de Manuela Ferreira Leite, entendeu que “o partido não ia a parte nenhuma” e, de um dia para o outro (?!) fez o PTP, cujos estatutos dizem ser de centro-esquerda. No entanto, ele define-se como social-democrata, sob a grande inspiração de Sá Carneiro. E, como objectivo principal, dar voz a todos os que estão descontentes com o CDS e com o PSD. É com este homem que NRA e JAD se querem sentar à mesa? Ou estão confiantes de que o vão empalmar?  Vejam o MPT (Movim. Partido da Terra)!    Quanto à pessoa, devo dar todo o benefício da dúvida, mas a impressão com que fiquei foi a de um advogado provinciano, pouco culto e de fraca estruturação mental. 
    E já basta de AG!R.     Virá a seguir o MAS/Juntos Podemos. Lembremo-nos de que inicialmente estavam todos junto numa tentativa infantil e desinformada de fazer um Podemos, depois zangaram-se e houve uma guerra de registo de nomes, também acusações de João Labrincha a NRA de manobrismo já desde o tempo do Que se Lixe a Troika (com vagas alusões ao PCP). A novela promete. Tudo isto é triste e fraudulento, mas dá vontade de rir.
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    O movimento «Nós Cidadãos»    entregou hoje cerca de 8500 assinaturas no Tribunal Constitucional para se constituir como partido político e poder candidatar-se às próximas eleições legislativas, informou o porta-voz Mendo Henriques.  "Ao longo dos últimos meses reunimos ... e entregámos mais do que as assinaturas necessárias (7500) para ser um partido político, "... para poder dar voz aos cidadãos  ... nas eleições legislativas" , sublinhou.   ... o programa eleitoral está a ser constituído juntamente com "associações e movimentos cívicos", e terá "medidas que farão a diferença". ... espera "que no prazo de dois meses" o movimento/partido esteja "cá fora". 
    Quanto à pessoa que vai ser o rosto da candidatura do Nós Cidadãos às próximas legislativas (de 2015), Mendo Henriques referiu apenas que "o cabeça de lista será escolhido em congresso". Porém, admitiu que o movimento está "em contacto com muitas personalidades independentes e que vêm de quadrantes que estão insatisfeitos com as políticas (e medidas neoliberais) do arco da governação", mas cujos nomes só serão revelados "em devida altura".
    Em relação ao eleitorado que pretendem atingir, ... são os "abstencionistas", as pessoas que "estão indignadas com as soluções" dos últimos governos e que, por isso, "querem mudar o país".  ... criticar "o pior que há da esquerda", que classificou como "confisco fiscal",   e da direita, que chamou de "um conjunto de facilitadores e de privilegiados".     A entregar as assinaturas no TC estavam outras seis pessoas, entre elas, o antigo deputado afeto à lista do PSD  P.Quartin Graça.
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O líder do PS-Madeira e candidato da    COLIGAÇÃO  MUDANÇA (PS-PTP-PAN-MPT), Victor Freitas, defende Renegociação da Dívida, o pagamento da dívida indexado ao crescimento económico e admite coligação pós-eleitoral, mas só à esquerda (BE, PCP, ...).
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                Parem para pensar e ser cidadãos activos e coerentes:
        No nosso sistema político-eleitoral os portugueses só podem decidir o seu presente e futuro colectivo  através  de partidos ou coligações (para eleições legislativas...) ... abstenções e votos nulos não levam a nada. 
     Os principais partidos que têm responsabilidades no estado em que está o país são os 3 partidos do "arco da governação", da promiscuidade e do  "centrão de interesses privados e obscuros"
     Porque razão somos 'casmurros'...?  Porque não dar o benefício da dúvida a outros partidos para  limpar o sistema democrático e republicano dos que têm destruído o país e a sociedade portuguesa? 
     Se não te reconheces "nisto-e-neles", participa na mudança para uma melhor democracia e sociedade mais justa e transparente
     E a solução é ... ser activo na cidadania e política e, no mínimo, Votar noutro partido ou coligação que não seja do rotativo "centrão de interesses privados e obscuros".


Publicado por Xa2 às 07:43 | link do post | comentar

13 comentários:
De o irmão Lello a 27 de Março de 2015 às 11:27
Todos os partidos têm o seu porteiro de discoteca, e o do PS chama-se José Lello. A sua função é controlar a clientela, actividade que pratica há décadas com muita alegria e evidentes proveitos, recompensando quem se porta bem e dispensando uns carolos a quem se porta mal. Desta vez, a vítima foi Henrique Neto, um dos raríssimos socialistas que não embarcaram na aventura socrática e que nunca se cansaram de avisar quem era o senhor engenheiro técnico e para onde ele estava a conduzir o país.
Confrontado com o anúncio da candidatura de Neto à Presidência da República, José Lello decidiu chamar-lhe o “Beppe Grillo português”, o que faz tanto sentido quanto Batatinha acusar Henrique Neto de ser um palhaço. Houve outras reacções destemperadas, como a de Augusto Santos Silva (“sempre que os [candidatos] responsáveis se resguardam, os bobos ocupam a cena”), e a do próprio António Costa foi, no mínimo, deselegante, quando comentou a candidatura com um seco “é-me indiferente” — expressão que talvez tenha de engolir num futuro próximo. Mas no campeonato da fancaria política nada bate o camionismo verbal de José Lello, um mestre da traulitada que em 2009 acusou Manuel Alegre de “falta de carácter” por ter avançado para Belém sem o apoio do PS, em 2011 chamou “foleiro” a Cavaco Silva por não ter sido convidado para as cerimónias oficiais do 25 de Abril, e em 2013 afirmou que os portugueses estavam “desesperados por se verem livres” de Passos Coelho, “morto ou vivo”.
Atenção: nada tenho contra linguagem colorida, nem contra personagens catitas. O meu problema é mesmo com o irmão Lello e aquilo que ele representa — uma encarnação ululante dos piores defeitos da política portuguesa. Basta ler quatro páginas (30 a 33, para os interessados) do livro Os Privilegiados, de Gustavo Sampaio, para ficarmos esclarecidos sobre o ser Lello. Ora reparem: o Governo Sócrates teve início em Março de 2005, e nove meses depois o deputado José Lello deixou de exercer o seu mandato em exclusividade, para passar a integrar o conselho consultivo da Capgemini em Portugal, uma consultora especializada em tecnologias de informação. Durante os seis anos do consulado lello-socrático, a Capgemini firmou 113 contratos por ajuste directo com entidades públicas, no valor de 6,7 milhões de euros, alguns dos quais relacionados com o famoso Simplex.
Ao mesmo tempo, o incansável deputado Lello exercia ainda o cargo de membro não executivo do conselho de administração da Domingos da Silva Teixeira (DST), uma empresa de construção e engenharia com negócios na área das energias renováveis, águas e saneamento. Enquanto Lello foi administrador da DST, celebraram-se 62 contratos por ajuste directo com entidades públicas, num total superior a 71 milhões de euros. Um único contrato com a Parque Escolar, em Maio de 2009, rendeu quase 25 milhões.
José Lello foi consultor da Capgemini entre Setembro de 2006 e Novembro de 2012 e administrador da DST entre Janeiro de 2007 e Fevereiro de 2012. O Governo Sócrates caiu em Junho de 2011, e com ele parecem ter caído também — curiosa coincidência — as notáveis capacidades administrativas de José Lello, um homem cujo talento insiste em manifestar-se apenas na órbita do Estado socialista. E é este pobre Lello que vem agora chamar Beppe Grillo a Henrique Neto, que enriqueceu no privado, tomou posições corajosas e tem um pensamento estruturado sobre o país. Caro porteiro Lello: não dá para gerir a clientela com a boca fechada?
Jornalista; jmtavares


De Syriza, BE e esquerdas. a 27 de Março de 2015 às 16:57
Syriza em Portugal?

Há quem veja na vitória do Syriza e nos resultados do Podemos o prenúncio de uma grande mudança política na Europa.
Duvido, e em primeiro lugar porque tal mudança seria sempre muito limitada e com pouco impacto na “fortaleza europeia” se não incluísse a França e a Itália.
Por outro lado, estes recentes fenómenos grego e espanhol são em boa parte conjunturais e contingentes.

Lembremo-nos de que o Syriza, não obstante estar a governar, ficou muito longe (36%) de uma maioria eleitoral, beneficiando de um bónus para o partido mais votado.
Na Espanha, a posição fulgurante do Podemos também não basta. Com cerca de 22-23% nas sondagens recentes, nem uma coligação com a Esquerda Unida (5,5-6%) permite uma maioria absoluta.
Restaria a coligação com o PSOE, desdizendo todas as afirmações em contrário do Podemos, ou uma aliança espúria com o Cidadãos, outro “partido espectáculo” mas de centro-direita.

Apesar de Syriza e Podemos serem casos únicos, não falta em Portugal quem se reveja neles e neles procure a sua razão de ser.
Por um lado, o BE, apesar de já ter uma identidade firmada, tem procurado capitalizar a sua pertença, com os partidos grego e espanhóis no grupo parlamentar europeu da Esquerda Unitária e Verdes Nórdicos, GUE/NGL (também o PCP, mas muito mais próximo do KKE grego).

Não é abusivo que o BE o faça em relação ao Syriza, com o qual tem bastante afinidade programática, mas parece-me que o parentesco com o Podemos é mais distante e um aproveitamento mediático.
O Podemos não tem um programa ainda consolidado, desvia a dicotomia esquerda-direita para baixo/cima, assenta muito em círculos populares remanescentes do movimento 15-M mas,
em contrapartida, com uma direcção central com controlo total sobre o partido, o que, diga-se em seu louvor, não parece ser o caso do BE.

De qualquer forma, há diferenças essenciais entre a situação grega e a portuguesa que não tenho visto salientar devidamente:

A Grécia tem um problema de dívida insustentável ao nível do português, com um excedente primário, muito superior ao português, a ser todo consumido no serviço da dívida, e a sua economia já é deflacionária.
Mais marcante como diferença é que a Grécia ainda está em programa de resgate, sujeita a condicionalidades, que também afectam o seu principal problema, como se está a ver, o de falta de liquidez.

Também há diferenças importantes na situação política.
Ao contrário de Portugal, a esquerda grega da resistência não foi monolítica ou predominantemente centrada num partido comunista ortodoxo (marxista-leninista e alinha do com o bloco soviético).
Praticamente depois da invasão da Checoslováquia mas principalmente depois do colapso da URSS, sempre se viram, em contraponto, uma ala ortodoxa e saudosista do “socialismo real”, o KKE, e o actual Syriza, um conjunto de partidos, movimentos e grupos em que preponderava a ala comunista de tendência eurocomunista.

Pode parecer que é coisa só histórica, mas penso que ainda é determinante em Portugal não ter havido uma formação de tipo eurocomunista, papel não desempenhado pelo BE.
Gostava de saber em que orientação de esquerda é que a maioria dos eleitores vêem o BE.
Mais do que uns jovens hoje a envelhecer, com umas causas motivadoras cedo roubadas pelo PS? Com que ideologia?

O sectarismo do KKE, em permanente ataque ao Syriza, conferiu a este, junto do eleitorado, uma imagem de moderação por contraponto para com o próprio KKE.
O desequilíbrio de forças entre os dois partidos tem consequências. O Syriza dava a esperança de uma vitória e, por isso, evoluiu vertiginosamente em resultados eleitorais, enquanto que o KKE estagnou.
E dava essa esperança a muitos eleitores de esquerda ainda influenciados pela atitude contra o comunismo ortodoxo.

Em Portugal, o polo forte é o colocado mais à esquerda, o PCP. O BE é só um pequeno apêndice eleitoral do PCP.
Para o mesmo tipo de eleitorado do que votou Syriza, a escolha não é num partido “moderado”, mas sim numa aliança determinada por um PCP ainda largamente visto como crispado e sectário.

No entanto, não é um óbice intransponível para o BE. Nas eleições gregas até 2012 o Syriza teve pequenas votações, abaixo do BE em Portugal. Como provavelmente se lembram, em 2012 houve duas eleições na Grécia.
Na pri


De Syriza, Podemos, BE e esquerdas. a 27 de Março de 2015 às 17:02
Syriza em Portugal ?

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...
...

Na primeira, o Syriza sobe dos 5% de 2009 para 17%. Apenas um mês depois, espectacularmente, consegue 27%. Anote-se que boa parte destes acréscimos se devem ao esvaziamento do Pasok

Com efeito, outra diferença considerável tem a ver com o partido da “social-democracia” em cada país.
Como já muitas vezes escrevi, o fenómeno da “pasokização” (esvaziamento eleitoral por prática de obediência à troika”) foi determinante na vitória do Syriza mas ainda não se verifica em Portugal por o PS não ter estado envolvido numa governação austeritária.
Enquanto o PS agarrar o eleitorado de centro esquerda, tipicamente da pequena burguesia e dos serviços, não haverá nenhum Syriza em Portugal:
um partido de esquerda radical, anticapitalista, com a noção clara do que significam a União Europeia e o euro

O que não significa que, entretanto, quem já está no terreno ou venha a aparecer não tenha desde já de começar a preparar o período pós-pasokização do PS.
E principalmente tirar lições e estudar bem as contradições em que o Syriza se deixou enredar,
entre uma vitória eleitoral conseguida com um programa ambicioso
e uma situação de dificuldade financeira a obrigar a recuos desmoralizados do seu eleitorado.

Fica para próxima entrada.

( por João Vasconcelos-Costa ,27/3/2015, http://no-moleskine.blogspot.pt/)


De Crise do € e do social-liberalismo a 7 de Abril de 2015 às 17:14
(-Ladrões de B., 3/4/2015, post de J.Bateira --- coments:)

--- o maior problema é conseguir fazer aceitar à maioria da população, uma real alternativa de esquerda.
Ninguém olha com bons olhos um corte com o Euro.
A maioria deseja realmente mudar -porque tem uma qualquer noção, do perigo actual- mas sem alterar muita coisa, existe um conformismo paralisante.
Sair do Euro, é para a maioria, um verdadeiro salto no escuro e ninguém quer correr esse risco, sem ter uma projecção clara do que pode acontecer.
Mesmo os mais prejudicados com a actual situação, negam cair nessa hipótese de mudar radicalmente.
Medo, é a palavra mais acertada e corrente.

A solução ao alcance do PS é abrir-se à esquerda e aliar-se quer ao PCP quer ao Bloco, ou apenas a um deles.
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É incrível que os partidos tradicionais ditos de esquerda, não saibam oferecer uma alternativa real de Governo ao país.
E passam por isso a vidinha a criticarem as alternativas oferecidas pelo PS ... como se isso fosse alguma alternativa real de governo!
Qual é a alternativa oferecida pelo PCP?
Qual é a alternativa oferecida pelo BE?
Qual é a alternativsa oferecida pela CGTP /UGT aos trabalhadores?
O PS pelo menos diz que quer governar e propõe um Primeiro Ministro. Será assim tão difícil á esquerda tradicional fazer o mesmo?
Enquanto assim não acontecer, o PCP e o BE não passarão de meras muletas da "direita" para esta continuar a governar o país, a favor dos "donos do negócio" e contra os interesses de quem trabalha!

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O PSucialista não é alternativa nenhuma à 'politica' dos ,também corruptos ,PSD/CDS como sabe pelas noticias das malas de dinheiro para o mário soares(Rui Mateus) e,o outro gajo do PS q era do CA do BES-sim,o q entrava calado e, saia mudo!Noticia do diarioeconomico de set 2014!-além dum denunciante q pertenceu à CIA e bufou q a 'agencia' compra políticos de excelência europeus com malas de dinheiro...)

Pôr a CGTP ao nível duma ugt em q este secretário geral PEDIU, ao 'Doutor' Ricardo Espirito Santo a bênção para assumir os 'contróis' da ugt, nada abona para as 'alternativas' do PSucialista.Aliás,penso q o PS , juntamente com clones mais achegados à Plutocracia deveriam,pura e simplesmente,desaparecerem duma vez por todas.O seu PS, juntamente com os partidos do arco da corrupção,ooops!,(des)governação, deveriam desaparecer para NUNCA MAIS!
SÃO TÃO CORRUPTOS Q O sr.ainda tem a supina lata de defender gajos como o sócas, o rodas baixas Vitorino de macau e uma miríade de F.da P. Tenha VERGONHA NESSA CARA!!!!!!

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Um excitado Salgado Alves pergunta qual é a alternativa oferecida pelos "partidos tradicionais ditos de esquerda". No fundo está preocupado por estes não se oferecerem em mesuras ao PS, partido de esquerda nominal.

Para não variar do discurso fascista de uma certa clique, lá vem com a treta do PCP e BE "aliados" da direita, recusando a estes partidos e seus eleitores o direito de discutirem linhas programáticas diferentes das que o PS gosta de levar nos seus assaltos ao poder. Para esta gente, BE e PCO só deviam existir na medida em que servissem para manter o PS no Governo - e mesmo que este o mais das vezes vote com PSD e CDS-PP, deixe passar ou piore em questões do ADN esquerdista como o Código do Trabalho, a privatização de serviços públicos, a feitura de PPP, a afronta à Função Pública.

Como tem Salgado Alves tem dificuldade em descobrir alternativas, junto o que obtive numa rápida pesquisa na net, nesse sentido. É verdade que não achei alternativas da UGT, mas isso era o Manuel Salgado Alves a brincar connosco. Carlos Silva, que foi da direcção do PS, não informou Ricardo Salgado que ia concorrer a sg da central?

http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=4427595
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=764991&tm=9&layout=121&visual=49

hhttp://www.publico.pt/economia/noticia/nacionalizacao-da-banca-comercial-e-imperativo-nacional-diz-pcp-1661245

http://www.esquerda.net/artigo/bloco-prop%C3%B5e-ronda-de-negocia%C3%A7%C3%A3o-para-governo-de-esquerda/28686

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=4480176

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/bloco_propoe_discussao_de_programa_de_governo_de_esquerda_com_ps_e_pcp


De Partido Unido dos Reformados e Pensionis a 7 de Abril de 2015 às 18:31
(e agora + 1 : )
Lusa, 7/4/2015

O movimento político Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP)
entregou nesta terça-feira 8770 assinaturas no Tribunal Constitucional para se constituir oficialmente como partido político e poder concorrer às próximas eleições legislativas.

“Recolhemos 8770 [assinaturas], achamos que é o suficiente. Entregámos o projecto de estatutos e entregámos a declaração de princípios”
no Tribunal Constitucional, disse à agência Lusa o fundador do movimento António Mateus Dias, acrescentando que foram precisos cerca de quatro meses para juntar as assinaturas.

António Mateus Dias, reformado da empresa ANA, afirmou também que o objectivo do PURP é concorrer “a todos os cargos do país”, nomeadamente às próximas eleições legislativas.

“É para ganharmos as eleições, temos capacidade e material para isso”, respondeu o fundador do PURP quando questionado acerca do objectivo nas legislativas.

Quanto ao cabeça de lista, António Mateus não quis avançar nomes, remetendo o anúncio para “depois do partido estar formado”, respondendo o mesmo acerca do apoio a algum candidato presidencial.

Nas medidas propostas pelo PURP encontram-se:
a reposição dos escalões de IRS para “valores e tabelas anteriores”,
o aumento do “valor das reformas mínimas para o acompanhamento do aumento do salário mínimo nacional” (505 euros), ou
a “criação de um ministério ou secretaria de Estado para o estudo e defesa desta franja da sociedade”.

Nos folhetos do movimento, lê-se também que o PURP quer “que a lei sobre os sinais exteriores de riqueza seja implementada o mais célere possível”.

O fundador desta força política declarou à Lusa que o público-alvo não são só os eleitores reformados e pensionistas, mas “todas as pessoas que não se revêm nesta austeridade e neste país miserável”.

Quanto ao posicionamento à esquerda ou à direita, António Mateus Dias referiu que o partido
defende “o bem comum” e não tem “esses dogmas”, considerando que estas classificações “são teorias atrasadas no tempo e que não vêm resolver nada à sociedade.

António Mateus Dias sublinhou ainda que formou o movimento porque, na sua opinião, Portugal não tem “associações de reformados que defendam esta camada da população de quatro milhões de pessoas, com dois milhões praticamente na miséria”.

“Partimos para a fundação deste partido para sermos nós próprios a defender-nos”, disse.

------- http://www.publico.pt/politica/noticia/partido-unido-dos-reformados-e-pensionistas-quer-concorrer-as-proximas-eleicoes-1691650


De .Candidat Presid RP - H.Neto. a 9 de Abril de 2015 às 09:40

Uma estratégia para Portugal

«Ao iniciar esta caminhada em direcção à Presidência da República, aquilo que me move é essencialmente servir o meu País da melhor forma que posso e sei, o que é indissociável do debate de ideias, com o objectivo de encontrar soluções para os grandes desafios que temos pela frente: unir os portugueses, criar empregos, fomentar o crescimento económico, pagar a dívida, reformar o sistema político, promover a continuidade e a estabilidade das políticas públicas. Em resumo, criar as condições necessárias para melhorar a vida dos portugueses. Venho em paz, porque estou certo que nenhum destes objectivos será facilitado por um clima de confrontação e de guerra permanente entre ideologias, partidos e agentes políticos. Não pretendo nenhuma ruptura na nossa democracia. Antes, quero evitar que ela ocorra entre os portugueses e o sistema político, como está em desenvolvimento noutros países, mas para que isso aconteça o sistema político vai ter que mudar o seu funcionamento colocando os cidadãos no centro das preocupações da política, e dando-lhes mais capacidade para exercer um escrutínio reforçado sobre a escolha dos seus representantes e sobre a sua actuação. Pela minha parte, o debate será baseado em convicções, muitas delas adquiridas na minha experiência de operário, técnico industrial, gestor e empresário, bem como o resultado de inúmeras viagens que fiz por todo o mundo e dos contactos internacionais a que tive acesso. Alguma coisa terá também resultado das leituras e do estudo, que os muitos anos de vida sempre proporcionam. Portanto, serão essencialmente ideias e convicções o que apresentarei aos eleitores, para ouvir a avaliação que sobre elas é feita por todos os sectores da vida nacional e de forma tão rigorosa e pedagógica quanto o engenho nos permita (...). É importante melhorar a nossa capacidade de previsão e saber antecipar as transformações necessárias, seja nos planos social e económico, seja na ciência e nas tecnologias. Temos também de mudar os comportamentos e passar a ser mais rigorosos, chegar a horas aos nossos compromissos e deixar de fugir às dificuldades e ao debate sobre as formas de as vencer. Finalmente, não me digam que a Presidência da República não tem poderes para ser um catalisador de mudanças nos comportamentos e nas políticas destinadas a ajudar os portugueses a vencer a crise e a criar uma Nação onde valha a pena viver e legar com orgulho aos nossos filhos. O verdadeiro poder está em nós, na força das nossas convicções e na criatividade que nos foi legada por gerações de outros portugueses.»

Henrique Neto, in Diário Económico (via
http://portugaldospequeninos.blogs.sapo.pt/ 8/4/2015, Unir os portugueses)


De .Legislativas e Presidenciais... e PS. a 9 de Abril de 2015 às 09:56
PRESIDENCIAIS

SAMPAIO DA NÓVOA E O PS

Face ao que se perfila pelo lado da direita, a esquerda entendida em sentido lato, de modo a nela englobar o PS, só pode ganhar as presidenciais se apresentar um candidato susceptível de recolher o voto à esquerda do PS e simultaneamente for capaz de fazer o pleno do PS.
Para isso terá de ser alguém oriundo do PS que a outra esquerda aprove sem reticências. Não é fácil.
E mais difícil se torna quando o PS tem um secretário-geral sem capacidade política para tomar a iniciativa que anda manifestamente a reboque dos acontecimentos.

Nóvoa, tanto quanto se percebe, aparece à revelia de Costa, com o apoio de Soares, sendo todavia
um candidato a que o hesitante e inconclusivo António Costa não desdenharia dar o seu apoio pela comodidade que tal candidatura lhe traria
no plano da condução interna da política partidária – dispensava-o de ter de escolher entre vários potenciais aspirantes (quase todos fracos).

Todavia, já se percebeu, pelas reacções que vieram a público de gente com peso no aparelho que desta vez a habitual manha de Costa não terá êxito.
Uns porque contavam ser escolhidos, outros porque não querem gente de fora, outros ainda porque reconhecem que Nóvoa não é um candidato aglutinador,
ou seja, uns por umas razões, outros por outras trazem à evidência um PS relativamente esfrangalhado para a batalha das presidenciais que se aproxima.

A partir daqui não será difícil antever nova derrota nas presidenciais com consequências devastadoras no plano político-constitucional.
O PS não aprendeu nada com Cavaco. Ou talvez pior: o PS não considera grave a permanência de Cavaco em Belém por 10 anos.
Para o PS importante é ganhar as legislativas.
Simplesmente, ganhar…já que de política lhe parece bastar a receita de Passos e Portas com alguns arredondamentos. Os possíveis.

(por JM Correia Pinto ,8/4/2015, Politeia)
-------------

Não sejamos tão pessimistas. Sampaio da Nóvoa dará um bom (eu diria mesmo excelente) candidato presidencial. Possui todos os requesitos para tal. O PS apoiará, mais tarde ou mais cedo, esta candidatura. Não lhe restará outra alternativa.
--- Guterres seria um fraco candidato, Vitorino pior, bem como Gama.
E Sampaio Nóvoa faz bem em "adiantar-se" já, para melhor se dar a conhecer e para não ser um candidato "resultante do que se vier a passar nas Legislativas" (o que é sempre má política),
as quais, não irão dar uma maioria absoluta ao PS - e ainda bem. Este PS/Costa não a merece.
Agora, se o PS avançar com um candidato seu, este e Nóvoa acabarão por se anular, o que prejudicará bastante o PS. E a Esquerda.
Não fará pois sentido nenhum, caso Sampaio Nóvoa avance mesmo até ao final deste mês, como dizem, que, nesse caso, o PS e Costa se decidam, depois do resultado eleitoral de Outubro, apresentar o "seu" candidato.
Estaria votado a uma derrota, podendo arrastar com ele Sampaio da Nóvoa.
E, deste modo, até o Prof. Pardal poderia ganhar as Presidenciais.
A Direita não tem ninguém capaz de as ganhar.
Não dou um chavo pela aposta em Marcelo Rebelo de Sousa, P.Santana Lopes ou outro nome qualquer já ouvido.
Mas, se o PS se decidir dividir, caso Nóvoa avance, então a Direita ganha.
O PS, quando muito, tem até ao final de Abril, de decidir apresentar um candidato. Depois será tarde, visto entretanto Sampaio da Nóvoa já ter anunciado a sua.
E, deste modo, ou Costa avança até aí um nome, ou terá de aceitar Nóvoa. Acredito que Sampaio da Nóvoa, se o candidato do PS for forte e credível, acabaria por recuar, para não dividir. É um homem sério, para além de brilhante e de Esquerda.

Fica a sugestão:
ou o PS vai buscar FSC, ou então aceita e dá todo o apoio a Sampaio da Nóvoa.
--------
--e porque não Carvalho da Silva?
e H. Neto... ?
--------
Costa não vai Seguro

--------
Ao contrário do que para aí se diz as eleições mais importantes são as presidenciais. Quem as ganhar controla o ciclo político.
Se o ps ganhar em setembro/outubro mas perder as presidenciais pode estar descansado que não dura muito no poder.
Quando a coisa estiver a correr mal o tapete foge.

Aos apoiantes de J.Gama: um peixe de águas profundas, uma garoupa e com o carisma duma garoupa. vai encher as praças.


De Eleições e eleitores: a 9 de Abril de 2015 às 10:44
http://aspirinab.com/ 6/4/2015---

...Sampaio da Nóvoa daria um Presidente da República um gugol de vezes melhor do que Cavaco.
Mas também com Fernando Mendes, do Preço Certo, teríamos uma melhoria dessa magnitude.
Ou com a minha vizinha do 4º andar.

Aqui para o meu palato, nenhum candidato presidencial que abdique do confronto com a “questão central” dos ataques ao Estado de direito, o qual nunca como com Passos e Cavaco foi tão desprezado e maltratado em democracia, ganhará o meu voto.
Pelo menos, na 1ª volta.
-----------

--- se Fr. Louçã (BE) não consegue votos do centro e direita,
--- o Amado (de ex-MNE do governo PS passa a banqueiro) não recolhe simpatias na esquerda.
--- sobre Presid. Rep., uma consolação tiririca:
(seja qual for o candidato não-perdedor) «pior do que está, não fica»!
--- logo, acho que tb devo concorrer a PR.

---------

Estas Eleições Legislativas e depois as Presidenciais, vão dar merd...


De Adelina franco a 26 de Abril de 2015 às 13:34
Lamento mas como Fundadora do Partido Trabalhista Português
e ter saído pois quando o fundei não era para seguir o rumo
que seguiu dou os meus parabéns pelo seu comentário

Adelina Franco


De Rui GOnçalves a 10 de Maio de 2015 às 13:24
Já no caso PSD/CDS que é a barriga de aluguer?
O PTP /AGIR incomoda muita gente do sistema e ainda bem, porque os cidadãos estão fartos de governos que se governam antes de governar!
O PTP sempre foi o mesmo partido, sempre teve o seu caminho no mesmo rumo, sem nunca se desviar e só está enquadrado no centro esquerda por imposição do sistema, mas certo é que nunca afirmou designar-se de um lado, quando a sociedade é de todos os cidadãos,....
Até ao momento é o único partido que dá a possibilidade aos cidadãos de se candidatar!
Um Partido dos cidadãos, para os cidadãos!
Quero esclarecer que o caminho do PTP /AGIR não é voltado a esquerda ou a direita, mas em frente, em direcção ao futuro, com a união de todos os cidadãos. contra este sistema corrupto feito por políticos corruptos e seus apoiantes, esse sim demagogos!

É pena apetecerem estes Blogues escritos por jornaleiros a querer desvirtuar a realidade!


De Abstenção = governo pelos Piores. a 22 de Maio de 2015 às 09:56

Escolher os melhores de nós

(-por Sérgio Lavos, 19/5/2015, http://365forte.blogs.sapo.pt/ )


Para que serve uma eleição? De acordo com cerca de quarenta por cento dos votantes, para nada. Os que, por uma razão ou por outra, por preguiça ou por militância, por falta de disponibilidade ou por um sentido de cidadania enviesado, escolhem não ir depositar o seu voto em dia de plebiscito. Mas a abstenção não é uma escolha igual às outras, não é como preferir ir à praia em vez de ir ao cinema. Não votar tem um preço. Decisivo, grave, essencial.

Pensemos por exemplo em Cavaco Silva, o presidente da República mais impopular da história da democracia portuguesa. Em 2011, foi eleito com 52.95% dos votos depositados. Mas a abstenção chegou aos 53%.
Na prática, Cavaco Silva pode ocupar o mais alto cargo da nação apenas com o voto de 23% dos eleitores. A legitimidade formal da sua eleição é inegável. Mas a verdade é que o formalismo democrático não ilude o facto de que apenas uma minoria escolheu votar Cavaco.
Talvez por isso a sua taxa de popularidade, aferida em sondagens, partiu de uma base baixa e foi caindo ao longo de cinco penosos anos. Aos que decidiram não ir votar juntam-se os que foram e não votaram nele.
Os 77% de eleitores que não se reviam em Cavaco têm assim vindo a sentir na pele o peso de um presidente que nunca esteve à altura do cargo que temporariamente ocupa.
Os que escolheram ir e votar noutros candidatos podem sempre dizer que a culpa não é deles.
E quem não foi, quem ficou em casa, o que pode dizer em seu favor?

A abstenção não ocupa lugares na Assembleia da República. Não toma decisões, não legisla, não decide.
Os votos que não chegam a acontecer transformam-se em votos nos outros partidos e, com o nosso sistema eleitoral (baseado no método de Hondt), os partidos mais votados estão em vantagem.
A abstenção favorece apenas os partidos grandes e enfraquece o debate democrático, contribuindo para o pensamento único.
A diversidade política e a emergência de alternativas exigem participação e cidadania e dispensam a alienação e a anomia.

Como escreve Platão n’A República:
“o preço a pagar pela não participação na política é podermos ser governados pelos piores”.
Quem envereda pela via da abstenção (uma negação da escolha democrática) corre esse risco.


(Texto publicado inicialmente no LIVRE/Tempo de Avançar.)


De Votar e conscientemente. a 22 de Maio de 2015 às 10:08

--De Joe Strummer a 20.05.2015

Sejamos realistas, a unica forma de mudar alguma coisa é não votar.
A abstenção ser tão grande que ilegitime qualquer poder.
A recusa é o unico poder que resta realmente às pessoas.

--De Teodoro a 21.05.2015

Não diga disparates, só as pessoas que gravitam à volta dos partidos
(e estas vão votar, até para defenderem os seus 'tachos' ou para obter algum emprego...)
bastam para ('legalizar' este sistema eleitoral e os governantes e deputados eleitos)
evitar o que você anda a propagandear.

O melhor é ir Votar e conscientemente (e independentemente de apelos a "votos úteis"),
ou seja pensar no que os partidos (governo) disseram na ultima campanha e o que fizeram durante todo o periodo de governação... (e o que propõem no seu programa eleitoral e a credibilidade que lhe merecem).


De Livre: represent, primárias, abstenção,. a 30 de Junho de 2015 às 10:34
Tempo de avançar, livre de representatividade

(24/6/ 2015, André Albuquerque)
Talvez que 7.500 assinaturas seja um número demasiado elevado para constituir um partido político.
Se as compararmos com as 35.000 necessárias para apresentar na Assembleia da República uma Iniciativa Legislativa de Cidadãos, o número é ainda mais estranho.
Talvez que o certo fosse ao contrário. Talvez que o mesmo, mesmo, mesmo certo fosse tirar 30 mil à ILC e manter as 7.500 onde estão. Talvez.

Certo é que não me parece muito democrático, diria até que não é racional e lógico, que um conjunto vastíssimo de ideias e propostas programáticas possam ver a luz do dia em forma de partido com 7.500 assinaturas e uma proposta de lei cidadã sobre um tema específico a ser escrutinado na Assembleia da República necessite de 4,6666666 vezes mais assinaturas.

É de representatividade democrática que falo. De adequar a realidade política de um país onde muitas pessoas se colocam aparte dos processos de decisão à possibilidade que alguns grupos extremamente minoritários de cidadãos têm, aproveitando a ausência de intervenção da maioria, de se fazer representar nos mais diversos fóruns e sob as mais diversas formas sob uma capa de verdadeira representatividade.

Vem este relambório a propósito dos RESULTADOS das PRIMÁRIAS do LIVRE/Tempo de Avançar.
De um universo de cerca de 8 mil votantes registados, acabaram por votar no fim de semana passado - sim, urnas abertas em dois dias diferentes - 2.197 pessoas.
Sim, os candidatos a deputados à Assembleia da República que o LIVRE/Tempo de Avançar vai apresentar em Setembro/Outubro, foram decididos por 25% das pessoas que se inscreveram nestas eleições. As primárias. As tais que iriam devolver os cidadãos à participação política activa e abnegada.

Bem, para ser mais preciso, aos 2.197 votantes, há que retirar os 385 candidatos, contando que todos tenham ido votar. Portanto, podemos dizer que temos 1.812 pessoas a decidir os candidatos do LIVRE/Tempo de Avançar.

Deixo-vos uma pergunta de escolha múltipla.

- Qual é mais democrático e representativo?

Hipótese A:
Um partido em que 1.812 pessoas decidem quais serão os seus candidatos nas eleições através de um voto em eleições primárias? Sendo que cada um dos vencedores pode ter um programa de acção bastante diferente. Sim, li algumas das propostas dos candidatos do LIVRE/Tempo de Avançar e esta coligação permitiu nas primárias, por exemplo, um candidato que defendia a privatização da TAP e dos transportes públicos.

Hipótese B:
Um partido em que todos os dias os seus militantes e apoiantes trabalham, reúnem, organizam ideias, estabelecem prioridades de acção, redefinem objectivos imediatos consoante as necessidades de cada momento, convocam e participam em acções de protesto, fazem chegar as suas preocupações aos seus eleitos e escolhem os seus candidatos de forma natural porque esta ou aquela pessoa, dentro do partido, se foi destacando em determinada área mostrando ser o militante mais apto,
e isto é muito importante, para quando eleito, transmitir e tentar implementar da melhor forma as ideias e o projecto político do partido?
E aqui já nem coloco em causa o número de militantes e apoiantes, tanto vale para os maiores como para os mais pequenos.

Reflictam. Mesmo. A resposta pode não ser óbvia. Sei lá. Pode haver alguma rasteira ou outro tipo de armadilha. Sei lá.

O presidente da comissão eleitoral das primárias do LIVRE/Tempo de Avançar justifica este número de votantes com o calor do fim de semana e com a novidade do processo.
...o processo é tão mas tão novo e inovador, que a euforia de poder nele participar suplantou a pulsão de ir votar.

Num tom mais sério. Não me parece nada mal que quem assim o entenda decida criar um partido político. Mas certamente que é um pouco embaraçoso que um partido/coligação que se apresenta ao país como representante de um espaço que faltava ocupar - aliás de um espaço que era imperioso ocupar por representar um largo número de pessoas - e que como o partido/coligação iria devolver a política aos cidadãos, tenha apenas 2.197 pessoas a querer participar no seu mais relevante processo de decisão até agora. ...nº represente 75% de ABSTENÇÃO interna.
...


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