Sexta-feira, 27 de Março de 2015

E lá vai mais um  (-por J.V. Costa, 23/3/2015)

 
Assistiu-se ontem a mais uma operação tipo OPA em que um grupo de pessoas, não querendo inserir-se num partido, usa-o como instrumento de candidatura eleitoral às legislativas, reservadas aos partidos. Trata-se do grupo (quantos? com que expressão?) talvez dueto, Joana Amaral Dias (JAD) e Nuno Ramos de Almeida (NRA), que se aliou ao quase esquecido Partido Trabalhista Português (PTP) para constituir a candidatura PTP/AG!R.     O outro caso mais recente é o do Tempo de Avançar, em que o partido barriga de aluguer é o LIVRE. Aqui ficam algumas notas, em geral para comparar ambos os casos.
    Em princípio, não posso discordar da criação de novos partidos, e facilitada ao máximo. É a contrapartida de um sistema que, salvo nas autárquicas, limita aos partidos a capacidade eleitoral passiva. No entanto, sou sensível à preocupação de muita gente de esquerda que receia a divisão ou mesmo pulverização, embora eu admita que, em casos concretos, o alargamento da oferta possa ter efeitos positivos, por exemplo em relação à diminuição da abstenção.   Também pode haver reflexos negativos na imagem da esquerda entre os eleitores que nela não estão fixados mas que é necessário atrair. Neste sentido, há diferenças consideráveis entre os dois casos, que agora só enumero muito sucintamente.
O LIVRE/Tempo de Avançar é uma plataforma de um partido de esquerda (concorde-se ou não com o seu programa e funcionamento) e de um número indeterminado mas não negligível de pessoas com conhecida intervenção política, individualmente ou no âmbito de organizações como o Fórum Manifesto ou a Renovação Comunista. No entanto, não dei muita atenção ao Tempo de Avançar porque dele me afasta, irrefutavelmente, a sua posição de abertura à viabilização de um governo PS que, como tudo indica, em nada mude as posições do PS em relação à Europa, à dívida e ao euro.
    O AG!R era uma incógnita, tendo demorado largos tempos a dar sinais da sua posição política. Como um dos seus pais me disse que ontem ia haver uma grande surpresa, lá me pus em jeito de gato curioso. O que vi e ouvi, descontando alguma reacção minha instintiva a tiques e vedetismo, ultrapassou tudo o que imaginava. salvo melhor opinião, cai dentro daquela margem de factos políticos que afecta toda a esquerda. Ou melhor, não. Estou a ser injusto, porque não ouvi qualquer invocação de esquerda, o que, aliás, certamente seria recusado pelo partido de acolhimento.
    Antes de ir mais longe, lembre-se que há dois tipos essenciais de discurso político (a que se pode juntar um terceiro, o teórico). Há o discurso protestativo, panfletário, de denúncia, emotivo, a ir de encontro ao sentimento. Há o discurso programático, propositivo, em que a denúncia dos males é acompanhada de propostas de medidas correctivas.
    É dramático que quem proclama que os eleitores estão alheados da política por falta de alternativas insista num discurso quase exclusivamente protestativo. Falem com o homem comum, que dirá que “todos dizem o mesmo, não mostram saída”. De certa forma, é a versão à esquerda do TINA (“there is no alternative”, Thatcher) do pensamento único. Que a austeridade mata, que os filhos emigraram, que as reformas estão a ser comidas, as pessoas sabem. O que querem saber é como sair disto.
    O Tempo de Avançar tem um programa. Não concordo com muita coisa, mas parece-me uma proposta honesta para discussão pelos eleitores. Também o LIVRE tem um programa. Da mesma forma, não concordo de todo com ele. O que é aceitável é banal e o que não é banal é inaceitável, nomeadamente o seu extremado europeísmo. Em todo o caso, há um programa.
    Na sessão final da Conferência deste fim de semana do AG!R, NRA e JAD intervieram exclusivamente num discurso de protesto, sem uma única proposta. “A democracia está em crise. As pessoas não se sentem representadas. Confrontamo-nos com a simples sobrevivência e, ao contrário das lições de Aristóteles, não estamos a pensar o impossível como abertura para novos possíveis (gostei!). Não temos autonomia política, não temos autonomia económica, não temos autonomia financeira. A austeridade é um crime”.
    Quais são as posições positiva, programáticas, do AG!R? Não se sabe. Ontem, tomando notas apressadas, vi que eram: 1. necessidade de aprofundar a democracia, contra a elite medíocre e os interesses privados [Nota, JVC: o que é uma democracia aprofundada, em relação à actual?]. 2. luta contra a corrupção, quer a do Estado e da administração, quer a das sentidas privadas. 3. não aceitar o discurso troikiano da nossa culpa, não nos intimidarmos com o “não há dinheiro” [JVC: mas não dizem como se obtém o dinheiro].   A mais, slogans com fartura. Como exemplo, o já gasto 1% e 99%.      Hoje, o seu mural do Facebook traz o compromisso que foi assinado entre o grupo/duo NRA/JAD e o PTP. Como verão os que o lerem, não enganei na caracterização que fiz atrás.
   Mas parece que vai haver programa, feito à moda, como por cá se pensa que fez o Podemos  (erradamente, como mostrarei um destes dias), “com as pessoas”, sem propostas centrais, tudo em lógica assembleist e só com propostas mínimas.     Com que bases ideológicas não percebi.   Mas ouvi o suficiente para me permitir localizar o AG!R.   Desde logo, a desvalorização da dicotomia esquerda-direita, em relação a “os de cima” e “os de baixo”. Que o essencial hoje é unir todos os democratas [JVC: como se estivéssemos em fascismo], lembrando que a clivagem é entre os bancos e os seus explorados e devedores (!).    Parece que tudo isto ainda vai ser elaborado, com o contributo dos grupos e movimentos que aderirão ao AG!R.   Mas, seja qual for esse contributo e o respeito pelo diálogo, uma coisa já está definida:  a cabeça-de-lista será JAD.  Isto é que é democracia.
    Outra diferença em relação ao Tempo de Avançar tem a ver com as alianças. Como tantas vezes temos dito, outros e eu, a disponibilidade para servir de muleta ao PS, no caso, mais do que provável, de ele manter a sua política, é a pedra de toque dos novos partidos que se apresentam como preenchedores de um vazio à esquerda. É o caso do LIVRE/Tempo de Avançar, mesmo que não se concorde com essa posição. Mas é honesta.
    Mas já o AG!R não é de esquerda, não diz o que pensa em relação à resolução da crise austeritária e do problema da dívida, não diz uma palavra sobre o estado social de bem-estar. O que é, claramente, é um partido/movimento populista, com apelos vagos a uma democracia “que é de todos”. “Agir é essa proposta: não interessa se és de esquerda, de direita, de centro, ou não te reconheces em lugar nenhum, o que interessa é a tua vontade de participar nesta ruptura popular e construir uma verdadeira democracia.” O primarismo ideológico e a demagogia de tudo isto são confrangedores.
   Muito se disse, mas ficaria forçosamente incompleto sem se falar do partido mãe de aluguer.  Até ontem, já nem me lembrava de que existia um Partido Trabalhista Português (PTP), insignificantemente sempre inferior a 1% (de votos), excepto no caso de umas eleições madeirenses em que serviu de candidatura ao candidato amalucado, José Coelho.     Interveio ontem o seu presidente, Amândio Madaleno, dizendo transparentemente coisas que, fosse eu a estar na mesa com ele, me enfiaria chão abaixo.   Fez largos anos de carreira partidária no PSD, em particular na área sindical. No tempo de Manuela Ferreira Leite, entendeu que “o partido não ia a parte nenhuma” e, de um dia para o outro (?!) fez o PTP, cujos estatutos dizem ser de centro-esquerda. No entanto, ele define-se como social-democrata, sob a grande inspiração de Sá Carneiro. E, como objectivo principal, dar voz a todos os que estão descontentes com o CDS e com o PSD. É com este homem que NRA e JAD se querem sentar à mesa? Ou estão confiantes de que o vão empalmar?  Vejam o MPT (Movim. Partido da Terra)!    Quanto à pessoa, devo dar todo o benefício da dúvida, mas a impressão com que fiquei foi a de um advogado provinciano, pouco culto e de fraca estruturação mental. 
    E já basta de AG!R.     Virá a seguir o MAS/Juntos Podemos. Lembremo-nos de que inicialmente estavam todos junto numa tentativa infantil e desinformada de fazer um Podemos, depois zangaram-se e houve uma guerra de registo de nomes, também acusações de João Labrincha a NRA de manobrismo já desde o tempo do Que se Lixe a Troika (com vagas alusões ao PCP). A novela promete. Tudo isto é triste e fraudulento, mas dá vontade de rir.
-------- 
    O movimento «Nós Cidadãos»    entregou hoje cerca de 8500 assinaturas no Tribunal Constitucional para se constituir como partido político e poder candidatar-se às próximas eleições legislativas, informou o porta-voz Mendo Henriques.  "Ao longo dos últimos meses reunimos ... e entregámos mais do que as assinaturas necessárias (7500) para ser um partido político, "... para poder dar voz aos cidadãos  ... nas eleições legislativas" , sublinhou.   ... o programa eleitoral está a ser constituído juntamente com "associações e movimentos cívicos", e terá "medidas que farão a diferença". ... espera "que no prazo de dois meses" o movimento/partido esteja "cá fora". 
    Quanto à pessoa que vai ser o rosto da candidatura do Nós Cidadãos às próximas legislativas (de 2015), Mendo Henriques referiu apenas que "o cabeça de lista será escolhido em congresso". Porém, admitiu que o movimento está "em contacto com muitas personalidades independentes e que vêm de quadrantes que estão insatisfeitos com as políticas (e medidas neoliberais) do arco da governação", mas cujos nomes só serão revelados "em devida altura".
    Em relação ao eleitorado que pretendem atingir, ... são os "abstencionistas", as pessoas que "estão indignadas com as soluções" dos últimos governos e que, por isso, "querem mudar o país".  ... criticar "o pior que há da esquerda", que classificou como "confisco fiscal",   e da direita, que chamou de "um conjunto de facilitadores e de privilegiados".     A entregar as assinaturas no TC estavam outras seis pessoas, entre elas, o antigo deputado afeto à lista do PSD  P.Quartin Graça.
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O líder do PS-Madeira e candidato da    COLIGAÇÃO  MUDANÇA (PS-PTP-PAN-MPT), Victor Freitas, defende Renegociação da Dívida, o pagamento da dívida indexado ao crescimento económico e admite coligação pós-eleitoral, mas só à esquerda (BE, PCP, ...).
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                Parem para pensar e ser cidadãos activos e coerentes:
        No nosso sistema político-eleitoral os portugueses só podem decidir o seu presente e futuro colectivo  através  de partidos ou coligações (para eleições legislativas...) ... abstenções e votos nulos não levam a nada. 
     Os principais partidos que têm responsabilidades no estado em que está o país são os 3 partidos do "arco da governação", da promiscuidade e do  "centrão de interesses privados e obscuros"
     Porque razão somos 'casmurros'...?  Porque não dar o benefício da dúvida a outros partidos para  limpar o sistema democrático e republicano dos que têm destruído o país e a sociedade portuguesa? 
     Se não te reconheces "nisto-e-neles", participa na mudança para uma melhor democracia e sociedade mais justa e transparente
     E a solução é ... ser activo na cidadania e política e, no mínimo, Votar noutro partido ou coligação que não seja do rotativo "centrão de interesses privados e obscuros".


Publicado por Xa2 às 07:43 | link do post | comentar

13 comentários:
De Syriza, BE e esquerdas. a 27 de Março de 2015 às 16:57
Syriza em Portugal?

Há quem veja na vitória do Syriza e nos resultados do Podemos o prenúncio de uma grande mudança política na Europa.
Duvido, e em primeiro lugar porque tal mudança seria sempre muito limitada e com pouco impacto na “fortaleza europeia” se não incluísse a França e a Itália.
Por outro lado, estes recentes fenómenos grego e espanhol são em boa parte conjunturais e contingentes.

Lembremo-nos de que o Syriza, não obstante estar a governar, ficou muito longe (36%) de uma maioria eleitoral, beneficiando de um bónus para o partido mais votado.
Na Espanha, a posição fulgurante do Podemos também não basta. Com cerca de 22-23% nas sondagens recentes, nem uma coligação com a Esquerda Unida (5,5-6%) permite uma maioria absoluta.
Restaria a coligação com o PSOE, desdizendo todas as afirmações em contrário do Podemos, ou uma aliança espúria com o Cidadãos, outro “partido espectáculo” mas de centro-direita.

Apesar de Syriza e Podemos serem casos únicos, não falta em Portugal quem se reveja neles e neles procure a sua razão de ser.
Por um lado, o BE, apesar de já ter uma identidade firmada, tem procurado capitalizar a sua pertença, com os partidos grego e espanhóis no grupo parlamentar europeu da Esquerda Unitária e Verdes Nórdicos, GUE/NGL (também o PCP, mas muito mais próximo do KKE grego).

Não é abusivo que o BE o faça em relação ao Syriza, com o qual tem bastante afinidade programática, mas parece-me que o parentesco com o Podemos é mais distante e um aproveitamento mediático.
O Podemos não tem um programa ainda consolidado, desvia a dicotomia esquerda-direita para baixo/cima, assenta muito em círculos populares remanescentes do movimento 15-M mas,
em contrapartida, com uma direcção central com controlo total sobre o partido, o que, diga-se em seu louvor, não parece ser o caso do BE.

De qualquer forma, há diferenças essenciais entre a situação grega e a portuguesa que não tenho visto salientar devidamente:

A Grécia tem um problema de dívida insustentável ao nível do português, com um excedente primário, muito superior ao português, a ser todo consumido no serviço da dívida, e a sua economia já é deflacionária.
Mais marcante como diferença é que a Grécia ainda está em programa de resgate, sujeita a condicionalidades, que também afectam o seu principal problema, como se está a ver, o de falta de liquidez.

Também há diferenças importantes na situação política.
Ao contrário de Portugal, a esquerda grega da resistência não foi monolítica ou predominantemente centrada num partido comunista ortodoxo (marxista-leninista e alinha do com o bloco soviético).
Praticamente depois da invasão da Checoslováquia mas principalmente depois do colapso da URSS, sempre se viram, em contraponto, uma ala ortodoxa e saudosista do “socialismo real”, o KKE, e o actual Syriza, um conjunto de partidos, movimentos e grupos em que preponderava a ala comunista de tendência eurocomunista.

Pode parecer que é coisa só histórica, mas penso que ainda é determinante em Portugal não ter havido uma formação de tipo eurocomunista, papel não desempenhado pelo BE.
Gostava de saber em que orientação de esquerda é que a maioria dos eleitores vêem o BE.
Mais do que uns jovens hoje a envelhecer, com umas causas motivadoras cedo roubadas pelo PS? Com que ideologia?

O sectarismo do KKE, em permanente ataque ao Syriza, conferiu a este, junto do eleitorado, uma imagem de moderação por contraponto para com o próprio KKE.
O desequilíbrio de forças entre os dois partidos tem consequências. O Syriza dava a esperança de uma vitória e, por isso, evoluiu vertiginosamente em resultados eleitorais, enquanto que o KKE estagnou.
E dava essa esperança a muitos eleitores de esquerda ainda influenciados pela atitude contra o comunismo ortodoxo.

Em Portugal, o polo forte é o colocado mais à esquerda, o PCP. O BE é só um pequeno apêndice eleitoral do PCP.
Para o mesmo tipo de eleitorado do que votou Syriza, a escolha não é num partido “moderado”, mas sim numa aliança determinada por um PCP ainda largamente visto como crispado e sectário.

No entanto, não é um óbice intransponível para o BE. Nas eleições gregas até 2012 o Syriza teve pequenas votações, abaixo do BE em Portugal. Como provavelmente se lembram, em 2012 houve duas eleições na Grécia.
Na pri


De Syriza, Podemos, BE e esquerdas. a 27 de Março de 2015 às 17:02
Syriza em Portugal ?

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...
...

Na primeira, o Syriza sobe dos 5% de 2009 para 17%. Apenas um mês depois, espectacularmente, consegue 27%. Anote-se que boa parte destes acréscimos se devem ao esvaziamento do Pasok

Com efeito, outra diferença considerável tem a ver com o partido da “social-democracia” em cada país.
Como já muitas vezes escrevi, o fenómeno da “pasokização” (esvaziamento eleitoral por prática de obediência à troika”) foi determinante na vitória do Syriza mas ainda não se verifica em Portugal por o PS não ter estado envolvido numa governação austeritária.
Enquanto o PS agarrar o eleitorado de centro esquerda, tipicamente da pequena burguesia e dos serviços, não haverá nenhum Syriza em Portugal:
um partido de esquerda radical, anticapitalista, com a noção clara do que significam a União Europeia e o euro

O que não significa que, entretanto, quem já está no terreno ou venha a aparecer não tenha desde já de começar a preparar o período pós-pasokização do PS.
E principalmente tirar lições e estudar bem as contradições em que o Syriza se deixou enredar,
entre uma vitória eleitoral conseguida com um programa ambicioso
e uma situação de dificuldade financeira a obrigar a recuos desmoralizados do seu eleitorado.

Fica para próxima entrada.

( por João Vasconcelos-Costa ,27/3/2015, http://no-moleskine.blogspot.pt/)


De Crise do € e do social-liberalismo a 7 de Abril de 2015 às 17:14
(-Ladrões de B., 3/4/2015, post de J.Bateira --- coments:)

--- o maior problema é conseguir fazer aceitar à maioria da população, uma real alternativa de esquerda.
Ninguém olha com bons olhos um corte com o Euro.
A maioria deseja realmente mudar -porque tem uma qualquer noção, do perigo actual- mas sem alterar muita coisa, existe um conformismo paralisante.
Sair do Euro, é para a maioria, um verdadeiro salto no escuro e ninguém quer correr esse risco, sem ter uma projecção clara do que pode acontecer.
Mesmo os mais prejudicados com a actual situação, negam cair nessa hipótese de mudar radicalmente.
Medo, é a palavra mais acertada e corrente.

A solução ao alcance do PS é abrir-se à esquerda e aliar-se quer ao PCP quer ao Bloco, ou apenas a um deles.
----
É incrível que os partidos tradicionais ditos de esquerda, não saibam oferecer uma alternativa real de Governo ao país.
E passam por isso a vidinha a criticarem as alternativas oferecidas pelo PS ... como se isso fosse alguma alternativa real de governo!
Qual é a alternativa oferecida pelo PCP?
Qual é a alternativa oferecida pelo BE?
Qual é a alternativsa oferecida pela CGTP /UGT aos trabalhadores?
O PS pelo menos diz que quer governar e propõe um Primeiro Ministro. Será assim tão difícil á esquerda tradicional fazer o mesmo?
Enquanto assim não acontecer, o PCP e o BE não passarão de meras muletas da "direita" para esta continuar a governar o país, a favor dos "donos do negócio" e contra os interesses de quem trabalha!

-----
O PSucialista não é alternativa nenhuma à 'politica' dos ,também corruptos ,PSD/CDS como sabe pelas noticias das malas de dinheiro para o mário soares(Rui Mateus) e,o outro gajo do PS q era do CA do BES-sim,o q entrava calado e, saia mudo!Noticia do diarioeconomico de set 2014!-além dum denunciante q pertenceu à CIA e bufou q a 'agencia' compra políticos de excelência europeus com malas de dinheiro...)

Pôr a CGTP ao nível duma ugt em q este secretário geral PEDIU, ao 'Doutor' Ricardo Espirito Santo a bênção para assumir os 'contróis' da ugt, nada abona para as 'alternativas' do PSucialista.Aliás,penso q o PS , juntamente com clones mais achegados à Plutocracia deveriam,pura e simplesmente,desaparecerem duma vez por todas.O seu PS, juntamente com os partidos do arco da corrupção,ooops!,(des)governação, deveriam desaparecer para NUNCA MAIS!
SÃO TÃO CORRUPTOS Q O sr.ainda tem a supina lata de defender gajos como o sócas, o rodas baixas Vitorino de macau e uma miríade de F.da P. Tenha VERGONHA NESSA CARA!!!!!!

----
Um excitado Salgado Alves pergunta qual é a alternativa oferecida pelos "partidos tradicionais ditos de esquerda". No fundo está preocupado por estes não se oferecerem em mesuras ao PS, partido de esquerda nominal.

Para não variar do discurso fascista de uma certa clique, lá vem com a treta do PCP e BE "aliados" da direita, recusando a estes partidos e seus eleitores o direito de discutirem linhas programáticas diferentes das que o PS gosta de levar nos seus assaltos ao poder. Para esta gente, BE e PCO só deviam existir na medida em que servissem para manter o PS no Governo - e mesmo que este o mais das vezes vote com PSD e CDS-PP, deixe passar ou piore em questões do ADN esquerdista como o Código do Trabalho, a privatização de serviços públicos, a feitura de PPP, a afronta à Função Pública.

Como tem Salgado Alves tem dificuldade em descobrir alternativas, junto o que obtive numa rápida pesquisa na net, nesse sentido. É verdade que não achei alternativas da UGT, mas isso era o Manuel Salgado Alves a brincar connosco. Carlos Silva, que foi da direcção do PS, não informou Ricardo Salgado que ia concorrer a sg da central?

http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=4427595
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=764991&tm=9&layout=121&visual=49

hhttp://www.publico.pt/economia/noticia/nacionalizacao-da-banca-comercial-e-imperativo-nacional-diz-pcp-1661245

http://www.esquerda.net/artigo/bloco-prop%C3%B5e-ronda-de-negocia%C3%A7%C3%A3o-para-governo-de-esquerda/28686

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=4480176

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/bloco_propoe_discussao_de_programa_de_governo_de_esquerda_com_ps_e_pcp


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